Cerca de 15% dos motoristas profissionais sofrem de apneia do sono


Sentir um pouco de sono durante o dia, de vez em quando, pode acontecer com qualquer um. Mas quando o cansaço é tanto que nem dá para aguentar, ou quando isso começa a representar uma dificuldade diária, é hora de procurar um médico: o sintoma pode estar sendo causado por um distúrbio do sono.
Esse alerta vale especialmente para quem precisa ter muita atenção no trabalho, como é o caso dos motoristas. Conforme a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), um dos problemas de saúde que causam a sonolência e que mais merecem atenção desses profissionais é a apneia obstrutiva do sono, uma parada respiratória que ocorre quando a pessoa está dormindo.
Segundo o diretor de do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet, Dirceu Rodrigues Junior, de 15% a 17% dos motoristas profissionais sofrem com esse problema. “A apneia obstrutiva do sono é a presença de uma parada respiratória durante o sono, que leva o motorista a ter, durante o dia, muita sonolência na direção veicular. Esse indivíduo é capaz de dormir sentado, em pé, encostado numa parede. Por isso nós precisamos alertar esse indivíduo, para que ele faça o tratamento e volte a poder dirigir”, explica o médico.
Segundo ele, em geral, quem é vítima desse distúrbio é obeso e ronca muito à noite. Além disso, alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento da apneia, como problemas respiratórios, na faringe e cordas vocais, alterações na arcada dentária e no céu da boca.
Mas Dirceu Rodrigues afirma que, após o tratamento, o motorista pode exercer a atividade normalmente.  “Isso se resolve com tratamento clínico, cirúrgico, com algumas orientações ou com uso de aparelhos que fazem com que o indivíduo tenha respiração melhor durante o sono.”
Em alguns casos, além de passar pelos cuidados médicos, o paciente pode ser encaminhado para tratamento com dentista e até fisioterapeuta. O SEST SENAT dispõe desses profissionais em unidades localizadas em todos os estados brasileiros. Para profissionais que trabalham em empresas ou autônomos que contribuem com o sistema, além de seus dependentes, o atendimento é totalmente gratuito.

Natália Pianegonda – Agência CNT de Notícias

Fonte: Caminhoneiros do Brasil 

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