Caminhão elétrico da Mercedes-Benz começa a ser testado por clientes

Frota de caminhão elétrico será utilizada por um ano

“Desenvolvemos um veículo que foi configurado desde o início para a mobilidade elétrica. Em comparação com nosso protótipo, lançado em 2016, foram realizadas algumas alterações: o suprimento de energia agora é feito por onze pacotes de baterias e, sempre que possível, utilizamos componentes comprovados que já estão prontos para produção em série ou estão muito próximos disso”, destaca Stefan Buchner. “Participam do teste dez clientes de diversos setores. As empresas são: Dachser, Edeka, Hermes, Kraftverkehr Nagel, Ludwig Meyer, pfenning logistics, TBS Rhein-Neckar e Rigterink, da Alemanha, e Camion Transport e Migros, da Suíça”.

Para esse teste, foram selecionados transportadores que trabalham com diferentes aplicações, desde alimentos e materiais de construção até matérias-primas. Os eActros serão utilizados para operações que seriam realizadas por veículos com motor a diesel.

Os motoristas dos eActros foram treinados especialmente para trabalhar com os veículos. Os clientes vão testar os modelos por doze meses. Depois, os caminhões serão repassados a um segundo grupo, para mais doze meses de uso. “Isso nos permitirá satisfazer aos muitos pedidos que recebemos dos transportadores e ganhar um conhecimento ainda maior”, diz Stefan Buchner. “Nosso objetivo é chegar à produção em série e à maturidade de mercado para uma linha de caminhões elétricos economicamente competitivos para operações de transporte pesado até 2021.”

Mercedes-Benz vai começar a testar este mês seu caminhão elétrico pesado, o eActros, com seus clientes em transportadoras na Europa.

Dez unidades, em duas versões (PBT de 18 ou 25 toneladas), serão colocados em condições reais de uso. De acordo com a empresa, objetivo a longo prazo é a condução silenciosa e livre de emissões em ambientes urbanos, com caminhões produzidos em série para esta aplicação.

Para esse teste, foram selecionados transportadores que trabalham em diferentes áreas, desde alimentos e materiais de construção até matérias-primas. Os eActros serão utilizados para operações que seriam realizadas por veículos com motor a diesel.

O período de teste será de 1 ano.

Dois motores elétricos

O sistema de propulsão conta com dois motores elétricos localizados junto aos cubos de roda do eixo traseiro. Esses motores têm refrigeração líquida e operam a uma voltagem nominal de 400 Volts.

Esses propulsores geram 125 kW de potência cada um, com torque máximo individual de 485 Nm. As reduções de engrenagem convertem esse torque para 11.000 Nm cada. Sua autonomia máxima de 200 km.

De acodo com a empresa, o resultando é um desempenho de rodagem equivalente ao de um caminhão com motor a diesel.

Muitos avanços e poucas melhorias

Hoje, ao contrário do que acontecia no passado, os fabricantes de caminhões se preocupam em investir cada vez mais em tecnologia embarcada tanto para oferecer segurança quanto trocas de informações para que a condução seja efi­ciente, confortável, segura e, principalmente, econômica. Transmissão automatizada, freio motor, dispositi­vos, sensores, painel multimídia, ban­cos e volantes com múltiplas re­gu­­lagens, sistema de rastreamento e agora a conectividade, são os principais itens disponibilizados hoje nos caminhões.

Quando comparado há alguns anos, o atual cenário do transporte rodoviário de cargas mudou muito, assim como muitas regras que regem o setor. A carta-frete perdeu espaço para o pagamento eletrônico de frete, o tempo de direção e descanso do condutor passaram a ser obrigatórios através da falada Lei do Motorista (mesmo que não seja cumprida à risca) e a oferta de frete chega até o carreteiro na tela do seu smartphone. Isso tudo sem contar que cada vez mais se fala na chegada do caminhão autônomo dentro de alguns anos.

Diante de tantas mudanças, o perfil do motorista também sofreu alterações. Se antes ser carreteiro era sinônimo de liberdade, oportunidade de conhecer lugares e pessoas diferentes, vivenciar diversas situações a cada parada e ser reconhecido como herói; hoje esse profissional passou a ter horários e roteiros a serem seguidos. E mais, sempre vigiados pelos sistemas de rastreamento, embora as transformações não tenham trazido, ainda, mais valorização ao motorista.

Assim, as transformações estabeleceram um contraponto. De um lado, o setor de transporte oferece veículos mais confortáveis e seguros e leis que – ao menos no papel – parecem garantir os direitos do motorista. Do outro, sobram reclamações da falta de condições e suporte adequados para usufruir dessas ferramentas modernas e realizar um bom trabalho na estrada.

A profissão de motorista de caminhão já foi sinônimo de liberdade e também era mais valorizada, mas hoje lidamos com insegurança, frete baixo, e muitas regras a serem cumpridas, opina o autônomo Fábio Lourenço

O autônomo Fábio Lourenço, 38 anos de idade e 11 de profissão, é de Pernambuco e viaja na rota São Paulo e Nordeste. Ele acredita que ser carreteiro já foi sinônimo de liberdade, havia mais oportunidades de frete e a profissão era mais valorizada. Hoje, opina, o carreteiro lida com a insegurança, com frete baixo e horários determinados. “São muitas regras e exigências a serem cumpridas”, diz, acrescentando que as mudanças trazidas pela evolução foram positivas, trouxeram veículos com tecnologias que garantem mais segurança e conforto, mas por outro lado esqueceram do motorista. “Somos vistos como marginais. Temos a ferramenta, mas sem condições adequadas para trabalhar”, conclui.

Lei do tempo de direção e tecnologias embarcadas foram pontos positivos, trouxeram mais segurança e conforto para o motorista, porém faltou valorizar um pouco mais a profissão, observa José de Jesus

Também houve mudanças no perfil do motorista de caminhão, conforme observa o gaúcho de Ijuí, José de Jesus Ferreira do Nascimento, 54 de idade.  Para ele, que dirige como empregado e viaja por todo o Brasil e também pelas rotas do Mercosul transportando autopeças, hoje o perfil do carreteiro é muito diferente de quando ele entrou na profissão, 18 anos atrás. Explica que atualmente é importante estar atualizado, fazer cursos, conhecer as tecnologias dos caminhões e, cumprir horários, além de viver vigiado 24 horas.

“Antes existia a paixão. Para trabalhar com caminhão bastava aprender a dirigir e não existiam tantas regras e cobranças. No entanto, por outro lado algumas mudanças como a lei do tempo de direção e as tecnologias embarcadas dos veículos foram positivas, trouxeram mais segurança e conforto para o motorista”, explica. Em sua opinião, falta agora apenas a valorização da profissão para que volte a sentir aquela paixão que havia no início da sua carreira.

Para quem pretende iniciar na profissão, José faz um alerta e diz ser importante estar consciente de que ser carreteiro é muito mais do que dirigir caminhões modernos. Acrescenta que hoje a atividade implica em ter horário controlado, menos liberdade, ficar longe de casa e ganhar o mesmo que ganha motorista de carga urbana, além de estar sujeito a assaltos.

Para o autônomo Abimael Almeida, as tecnologias incorporadas aos caminhões, ao setor de transporte de carga, e também as legislações, deram um novo perfil para o carreteiro, tornando-o mais atualizado

As tecnologias incorporadas aos veículos, ao setor e as legislações fizeram surgir um outro tipo de motorista, observa o autônomo Abimael Almeida, de Taboão da Serra/SP, 42 anos de idade e 15 de profissão. Ele faz a rota São Paulo-Minas Gerais, transportando embalagens para cosméticos e reforça que para ser um bom profissional é importante estar atualizado, fazer cursos, se inteirar das novas leis e regras.

Abimael chama atenção também para a questão do estado geral de conservação do caminhão e destaca a regulagem do motor para evitar as emissões de gases na atmosfera. “As empresas analisam tudo isso na hora de oferecer um frete. E abrir uma empresa e dar nota fiscal também faz toda a diferença. Gera uma relação de confiança entre a contratante e o contratado”, alerta.

Reconhece que as mudanças foram positivas, porque antes o motorista era mais livre, mas ele não tinha leis que o resguardavam e nem veículos confortáveis e seguros para trabalhar. “Claro que ainda falta a valorização da profissão, mas posso dizer que esse novo perfil do motorista é muito mais profissional”, concluiu.

O rastreador controla toda a jornada do veículo, e a lei obriga a parar e descansar. Como posso achar ruim algo que me traz benefícios e aumenta minha segurança, pergunta o motorista Júlio Isiquiel

Para o carreteiro Júlio Isiquiel, 38 anos de idade e 10 de profissão, de Panambi/RS, algumas mudanças foram positivas para o motorista. Ele cita como exemplo a questão da lei do tempo de direção que trouxe mais segurança para a estrada. “Muitos falam que a profissão perdeu a liberdade, que antes os motoristas decidiam aonde parar e em qual horário. Hoje o rastreador controla toda a jornada e a lei nos obriga a descansar. Como posso achar ruim algo que traz benefícios como o aumento da segurança? Um motorista descansado tem menos risco de provocar um acidente”, afirma.

As tecnologias dos caminhões recebem avaliação de Isiquiel. Ele defende que os tempos são outros e que o motorista hoje não pode apenas ser um condutor, pois é necessário saber operar os veículos de maneira eficiente. “É importante fazer cursos e treinamento para estar cada vez mais alinhado as novidades”. Ele manda um recado para aqueles que pretendem ingressar na profissão, que é preciso ter consciência das dificuldades do dia a dia e não apenas se encantar com os caminhões.

As tecnologias ajudam, mas os motoristas precisam mudar o pensamento, cumprir horários de entrega e descanso. Hoje em dia não dá para ser como antigamente, reconhece
José Nildo

José Nildo, 42 anos de idade, 15 de profissão, de Campinas/SP, viaja por todo o País e acredita que apesar de toda a pressão sobre os motoristas, os avanços do setor trouxeram benefícios a profissão. Ele destaca os horários obrigatórios para descanso e os caminhões mais confortáveis e seguros. “As tecnologias que chegaram nos ajudam no dia a dia”, admite.

Ele cita como exemplo o rastreador como um bom aliado dasegurança. “Mas os motoristas têm que mudar o pensamento. Hoje é preciso se atualizar, fazer cursos, cumprir horários de entrega e de descanso. Não dá mais para manter o perfil de antigamente”, reconhece. Mas assim como os demais carreteiros, Nildo acredita que apesar de muita coisa no setor ter melhorado falta ainda condições adequadas de trabalho para o carreteiro.

Itacir Gomes concorda que a tecnologia trouxe mudanças positivas para o setor, mas observa que hoje falta paixão pela profissão, tanto para quem já está nela há tempo quanto para quem está chegando agora.

Para o catarinense de Xaxim, Itacir Gomes Santos, 51 anos de idade e 27 na profissão, antigamente o caminhão não era confortável, não tinha ar condicionado e nem freio motor, mas garante que se sentia valorizado em todo o lugar onde parasse. “Era gostoso trabalhar, viajar pelo País me fazia bem. Conheci lugares e fiz amigos, mas com o passar do tempo tudo mudou e a paixão acabou”, lamentou.

No entanto, reconhece que algumas coisas como as tecnologias nos caminhões e as leis que regulamentaram a profissão melhoraram a atividade. Mas acredita que hoje falta paixão pela profissão, tanto para os que estão ingressando, quanto para quem já tem bastante tempo de experiência. No seu caso, em particular, diz que se sente desvalorizado e trabalha apenas por necessidade. “O triste é que o jovem que ainda ingressa nessa área também é por necessidade, não por paixão”, opina.

Para Itacir, faltam condições para o motorista usufruir todas as boas mudanças que aconteceram. Em sua opnião, o pedágio é uma ação ação positiva para a conservação das estradas, porém lamenta que existem falham em relação ao suporte oferecido aos motoristas. “As concessionárias deveriam oferecer estacionamento para o carreteiro parar, descansar e cumprir com segurança o que diz a lei de tempo de direção”, sugere. Saudosista, ele recorda que no passado as empresas se preocupavam com o motorista, algumas  até ofereciam alojamento. “Hoje tem muito caminhão, muita tecnologia e profissionalização, mas esqueceram da peça chave, o motorista”.

Fonte: O Carreteiro 

Fui bloqueado na gerenciadora de risco, e agora?

Uma das maiores reclamações que recebemos aqui no Pé na Estrada é em relação a quem é bloqueado na gerenciadora de risco e seguradoras por diversos motivos, mas principalmente por nome sujo.

“Eu trabalhei por oito anos e nunca tive problema, porque tinha o nome limpo. Agora estou querendo voltar e fui informado que não posso porque estou com o nome sujo. Isso eu acho injusto.” afirma Carlos Pires, de Itaquaquecetuba/SP.

Quem está no vermelho sempre alega a mesma coisa. Se eu não consigo trabalhar por conta do nome sujo, como vou pagar minhas contas e limpar meu nome? E é verdade. Mas além disso, existe uma questão mais importante. O que uma conta não paga diz sobre o meu caráter? O motorista se torna um potencial ladrão de carga porque deve 300 reais? É claro que não! E a questão vai ainda mais fundo. Qual o direito que essas empresas têm de vasculhar assim a minha vida?

Pois é, não têm…

Segundo o diretor jurídico do Sindicam/SP, Aílton Gonçalves, qualquer dúvida sobre este assunto foi encerrada com a Lei 13.103, a Lei do Caminhoneiro. O Artigo 13-A diz o seguinte:

É vedada a utilização de informações de bancos de dados de proteção ao crédito como mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a ETC devidamente regulares para o exercício da atividade do Transporte Rodoviário de Cargas.

Ou seja, as Gerenciadoras de Risco e Seguradoras não podem usar informações do Serasa e SPC para bloquear motoristas. A lei só abrange os casos em que o motorista é barrado por nome sujo, mas mesmo assim muitos motoristas continuam sendo barrados. Existem ainda outras situações.

“Eu fui roubado e até a gerenciadora analisar o roubo, eu fiquei bloqueado.” afirma o caminhoneiro Marcelo Fernandes, de São Paulo/SP

Para quem, assim como o parceiro, tem problemas de outra natureza ou foi barrado mesmo a com a lei dizendo que não pode, existem alguns caminhos.

Saída via justiça

Segundo o advogado do Sindicam, a própria Lei determina que a competência para julgar esse tipo de situação é da ANTT e as multas para as empresas que bloquearem injustamente um motorista variam de R$ 550,00 a R$ 10.000,00. Por isso, o primeiro passo é fazer uma denúncia através da ouvidoria da Agência Nacional (clique aqui para acessar o site da ANTT).

O motorista deve procurar também o Ministério Público do Trabalho da região de sua residência (clique aqui para acessar o site do MPT).

 Saída via Câmara de Conciliação

O problema de entrar na justiça é o prazo, que chega a ser de dois a três anos. Até lá o motorista já morreu de fome. Por isso o pessoal do Sindicam formou uma Câmara de Conciliação com as maiores gerenciadoras do País.

“A câmara funciona há mais de cinco anos, já atendemos mais de sete mil motoristas e o índice de sucesso é maior que 90%.” afirma Gastão Rodrigues, diretor do Sindicam/SP. Desde o começo, a ideia era dar uma solução que fosse mais rápida para o motorista.

Para registrar o seu caso, mande um e-mail para [email protected] ou ligue para 11 2632 4622 e procure a Débora ou o Gastão, você ainda pode entrar em contato através do site, clicando aqui. O prazo de resposta é de 48h. Para ser atendido, o motorista precisa indicar seu nome, RG e CPF, telefone para contato, o nome da gerenciadora e da transportadora que o recusou. Se for possível, passe também o nome do atendente que avisou da recusa e data em que isso aconteceu. A câmara está aberta a caminhoneiros de todos os estados e é gratuita.

Agora você já sabe, se tiver problemas com uma gerenciadora, existem dois caminhos, a justiça ou a câmara de conciliação. Mais informações sobre esse assunto, você encontra na matéria do Pé na Estrada do dia 06/03/2016.

Por Paula Toco

Fonte: Pé na Estrada

Caminhões antigos precisam ser adaptados para nova resolução da amarração de cargas

Em vigor desde o início do ano, a resolução 552/15 do Contran ainda gera dúvida entre os caminhoneiros. Essa resolução fixa os requisitos mínimos de segurança para o transporte de cargas em veículos de carga, tratando principalmente dos tipos permitidos para fixação das cargas nas carrocerias.

Com a nova resolução, os caminhões antigos passam a ser obrigado a se adequarem, oferecendo pontos de fixação metálicos, não sendo permitido amarrar a carga em travessas de madeira, ou mesmo nos ganchos das pontas das travessas. Por isso os caminhões precisam ser adequados à nova legislação, recebendo adaptações para correta fixação da carga.

Outro ponto importante é a proibição do uso de cordas para fixação da carga. A partir de agora, todas as cargas devem ser fixadas com cintas têxteis, cabos de aço ou correntes, dependendo do tipo de carga. As cordas são permitidas apenas para fixação da lona do veículo.

Já para cargas indivisíveis e outras que tenham legislação própria quanto ao transporte, a Resolução 552/15 não se aplicam. Para transporte de cargas que tenham largura menor que a carroceria, a amarração deve ser feita por dentro da carroceria, em pontos de fixação metálicos presos no chassi do caminhão.

As alterações para veículos antigos são simples, como podem ser vistas nas imagens abaixo:

 


 

A resolução na íntegra pode ser lida NESTE LINK.

Polícia prende quadrilha suspeita de roubar pneus de caminhões em seis estados

A operação Corsário do Norte da Polícia Civil prendeu uma quadrilha suspeita de roubar pneus, peças e combustíveis de caminhões. O grupo agia em seis estados, Tocantins, Minas Gerais, Sergipe, Goiás, Maranhão e Piauí, segundo o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Araguaína, José Anchieta de Menezes.

Conforme o delegado, a base do grupo ficava em Araguaína. Na cidade foram presos Edimilson Passos Lima e Edvaldo Alves da Silva. As investigações apontam que Edimilson era encarregado de vender na cidade os produtos roubados, com a ajuda de Edvaldo, que trabalhava em uma borracharia e comercializava os pneus.

A polícia informou ainda que Jaqueline Silva de Andrade foi presa em Aracaju (SE). Ela é suspeita de coordenar os roubos, juntamente com Edimilson. Além disso, ela é suspeita de fornecer os recursos para que o grupo pudesse realizar os roubos.

Em Minas Gerais, os policiais cumpriram mandados contra Irineu de Jesus Sousa e Antonio Michel Andrade Silva. Segundo a polícia, eles já estavam presos desde setembro do ano passado. Os dois são suspeitos de executar os roubos e furtos.

“Em setembro, eles foram presos em flagrante por causa de um roubo. Mas o mandado de prisão expedido agora é decorrente da conclusão das investigações, já que eles estão sendo investigados por 11 roubos e 10 furtos”, informou o delegado.

A polícia investiga o grupo desde maio do ano passado, quando ocorreu um roubo em Presidente Kennedy. Na época, a polícia começou a monitorar integrantes da quadrilha e localizou um depósito com cerca de 100 conjuntos de pneus e rodas em uma casa em Araguaína.

O delegado informou que as investigações continuam para prender outras pessoas que fazem parte do esquema.

Fonte: TV Anhanguera

Caminhão não é depósito – Faça valer seu direito

Um problema recorrente nas estradas do Brasil é o tempo de espera para descarga de mercadorias. O tema é sempre falado por caminhoneiro, que, com toda razão, reclamam que caminhão não é depósito. Cada hora parada de um caminhão à espera da carga ou descarga é prejuízo para o caminhoneiro.

Os motoristas chegam a reclamar, principalmente pelas redes sociais, de esperas superiores a 24 horas, e mesmo com o tempo parado não recebem nenhum valor como compensação.

Muitas empresas, portos e etc., conseguiram reduzir ou acabar com as filas utilizando sistemas de agendamento para os caminhões. Isso faz com que o caminhão deva chegar na hora exata para carga ou descarga, e não causa filas. Há poucos anos atrás, era comum noticiarmos filas de centenas de quilômetros rumo aos portos, em época de colheita. Hoje o problema não é tão visível, mas ocorre com frequência.

Em 2015 entrou em vigor a Lei do Caminhoneiro, 13.103/2015, que entre outros assuntos que regem a vida do motorista de caminhão, regulamenta também o tempo de espera. De acordo com a lei, esse tempo pode ser de até 5 horas, no máximo. Ao ultrapassar esse tempo, a empresa deverá pagar ao motorista autônomo ou empresa de transporte um valor por tonelada/hora.

De acordo com a lei, e após a atualização de valores em 2017, pelo INPC/IBGE, o valor atual é de R$ 1,58 por tonelada/hora. Ou seja, um caminhão rodotrem de 9 eixos e 74 toneladas de PBTC (50t de carga) deve receber R$ 79,00 por hora parada, já um caminhão toco com 2 eixos e 6 toneladas de capacidade de carga deve receber R$ 9,48.

O valor a ser pago para o motorista nesses casos deve vir do embarcador ou do destinatário da carga, dependendo se estiver carregando ou descarregando o veículo. O valor a ser pago é sempre o valor total de horas paradas x peso da carga do caminhão x o tempo. As cinco horas iniciais não devem ser descontadas da conta. Por exemplo, se o caminhão ficar parado por seis horas, uma hora a mais do que permitido por lei, e carregar 50 toneladas, a conta deve ser a seguinte:

6 horas X 50 toneladas X R$ 1,58 = R$ 474,00

Caso a empresa negue o pagamento pela hora parada, o caminhoneiro poderá procurar a Ouvidoria da ANTT, pelo telefone 166 para esclarecimentos. A ligação é gratuita. Também é possível usar o e-mail [email protected]. As empresas são obrigadas a informar a ANTT quanto ao tempo de espera dos veículos, sob risco de multa de até 5% do valor da carga.

É necessário também ficar atento ao contrato firmado com as empresa, visto que algumas podem colocar como cláusula do contrato o não pagamento de horas paradas. A Lei 14.442/2007 tinha um parágrafo que previa livre negociação entre embarcador e transportadora. Porém a Lei 13.103/2015, que substituiu a legislação anterior, não prevê esse tipo de negociação.

O texto que fala da hora parada é a Lei 13.103/2015, Artigo 15, Paragrafo 5ª, conforme abaixo:

§ 5o O prazo máximo para carga e descarga do Veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de 5 (cinco) horas, contadas da chegada do veículo ao endereço de destino, após o qual será devido ao Transportador Autônomo de Carga – TAC ou à ETC a importância equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta e oito centavos) por tonelada/hora ou fração.

§ 6o A importância de que trata o § 5o será atualizada, anualmente, de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder, definido em regulamento.

§ 7o Para o cálculo do valor de que trata o § 5o, será considerada a capacidade total de transporte do veículo.

§ 8o Incidente o pagamento relativo ao tempo de espera, este deverá ser calculado a partir da hora de chegada na procedência ou no destino.

§ 9o O embarcador e o destinatário da carga são obrigados a fornecer ao transportador documento hábil a comprovar o horário de chegada do caminhão nas dependências dos respectivos estabelecimentos, sob pena de serem punidos com multa a ser aplicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, que não excederá a 5% (cinco por cento) do valor da carga.” (NR)

Conforme citado no texto acima, o motorista deve procurar a ANTT e informar o tempo de espera. A ANTT deve fiscalizar e multar as empresas infratoras.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

Projeto concede gratuidade da CNH para pessoas de baixa renda desempregadas

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8837/17, do deputado Carlos Souza (PSDB-AM), que cria a Carteira Nacional de Habilitação Social, para beneficiar com a gratuidade da habilitação pessoas de baixa renda que estiverem desempregadas há mais de um ano.

A gratuidade abrange todo o processo de aquisição da CNH, incluindo os custos com autoescolas e demais encargos. O benefício, no entanto, mantém a obrigatoriedade de realização de todos os exames necessários e indispensáveis para a habilitação na categoria pretendida, que serão realizados por entidades públicas ou entidades credenciadas.

Pelo texto, a comprovação de baixa renda se dará com a inscrição do interessado no Cadastro Único do Governo (CadÚnico).

O projeto prevê ainda que o governo federal poderá firmar convênios com estados, municípios e entidades públicas credenciadas para implementar a CNH Social.

“O objetivo é facilitar a inserção de pessoas no mercado de trabalho, uma vez que a CNH constitui uma oportunidade a mais de conseguir trabalho, de exercer uma atividade econômica”, disse.

Fonte: Agência Câmara Notícias

De olho no conta-giros

Consultor ensina como dirigir com segurança e atingir o ponto extra-econômico do caminhão

O grande segredo para se economizar óleo diesel está no conta-giros. Dentro do faixa verde do equipamento, existe o ponto extra-econômico. E, quanto mais tempo o caminhão rodar neste ponto, menos vai consumir. Quem garante isso é o consultor Luiz Antonio Pigozzo, em suas palestras, em seu canal do Youtube e em seu livro “Consumo de combustível – uma questão de atitude”.

Com uma experiência de 35 anos na Scania, onde exerceu várias funções, Pigozzo dá a dica de ouro: é preciso dividir a faixa verde do conta-giros em três. Se, no seu caminhão, ela for de 1.000 a 1.500 rotações por minuto (rpms), serão três sub-faixas de 166 rpms. Então, o ponto extra-econômico deste veículo é o final da primeira sub-faixa, ou seja, 1.166. Mas dá para arredondar para 1.200. Quanto mais tempo o caminhão ficar em 1.200 rpms, mais econômica será a viagem. De acordo com Pigozzo, a economia pode superar 5%.

“O motorista precisa entender que o conta-giros é sua melhor ferramenta de trabalho. É este equipamento que vai dizer a ele que marcha usar na reta, na subida, na descida. No conta-giros está a segurança e a economia para o motorista”, afirma.

Logo que deixou a Scania, em 2015, Pigozzo foi dar aulas como instrutor na Fabet. Na primeira turma de caminhoneiros, ele percebeu a dificuldade de os alunos assimilarem seus conteúdos. Entendeu que tinha de mudar sua didática, foi até fazer um curso de coach para melhor atender a esse público. “O resultado foi fantástico. Hoje tenho muitos alunos dando aulas, trabalhando como multiplicadores dentro das transportadores”, conta.

O consultor diz que, quando o caminhoneiro passa a trabalhar focado no conta-giros, sua produção muda. “O sucesso vem rápido. É impressionante”, admira-se.

Mas, de acordo com ele, não é só o motorista que precisa aprender a interpretar o conta-giros. O empresário e os gestores de frota também. “Durante uma palestra, quando eu falava das rpms, um gestor percebeu que a velocidade determinada pela empresa, de 75 km por hora, não estava adequada com o caminhão que a transportadora costuma comprar”, afirma.

De acordo com o consultor, naquele caso, para ter direção extra-econômica, a empresa terá de baixar a velocidade ou passar a comprar caminhão com diferencial mais longo.

Ele destaca que, quando estimula motoristas e empresários a pensarem em economia, também está os conscientizando sobre segurança. “Um profissional que está motivado a buscar a máxima economia, precisa conduzir seu veículo com a máxima atenção, evitando assim erros que levem a um acidente ou uma distração para uma condução insegura”, observa.

A meta da economia, de acordo com o consultor, é “somente um norte”, uma referência para que o motorista não desvie sua atenção e mantenha sua condução mais segura. “Todos os requisitos de uma direção segura estão embutido na condução extra-econômica”, ensina.

Luiz Antonio Pigozzo ressalta que a profissão de motorista exige cada vez mais estudos.”Dirigir todo mundo dirige, mas para ser profissional, para bem atender o cliente, inserir informações via sistema, tem de ser diferenciado, tem de ser profissional.”

Quem tiver interesse em adquirir o livro “Consumo de combustível – uma questão de atitude”, deve clicar aqui . Contatos para palestras pelo email: [email protected]

Fonte: Revista Carga Pesada

Galpão usado para desmanche de caminhões tem câmeras, rota de fuga e bloqueador de sinal

A Polícia Militar (PM) encontrou na tarde desta terça-feira (20) um galpão utilizado para desmanche de veículos em Limeira (SP). O local é equipado com câmeras de monitoramento, bloqueadores de sinal de rastreamento e havia até uma rota de fuga com escada sendo construída. Ninguém foi preso.

Os policiais chegaram ao imóvel, que fica no Parque Egisto Ragazzo, com ajuda de uma empresa que faz rastreamento de veículos. Um caminhão carregado com produtos de limpeza foi roubado por quatro criminosos na região de Jaú (SP). O motorista trafegava pela Rodovia Anhanguera (SP-330) quando foi rendido na madrugada desta terça.

Segundo a PM, o grupo imaginou que a carga transportada fosse de carne, já que a carreta era frigorífica. Quando descobriram que se tratava de produto de limpeza, abandonaram a carreta e o motorista em um canavial e levaram o caminhão ao desmanche.

“Duas pessoas abordaram o caminhão e não deixaram ele parar, seguiram e uma pessoa armada rendeu ele e fez com que saísse do volante com o veículo em movimento. Eles ficaram decepcionados porque acharam que era carne”, disse o cabo Vanderlei Augusto de Souza.

O motorista informou aos policiais que carregou o caminhão em São Paulo e entregaria em Anápolis (GO). Com o rastreamento, a PM chegou próximo à região onde fica o galpão e encontrou o desmanche. O imóvel foi alugado há poucos meses.

Foram encontrados motores, veículos, peças de outros carros, câmeras, rádios, bloqueadores de sinal de rastreamento e até uma escada onde seria concluída uma rota de fuga. Ninguém foi localizado quando a PM entrou no local.

Transferência de carga roubada

Os criminosos utilizavam plástico bolha para embalar as peças que seriam revendidas. Segundo a PM, o local ainda era usado para que cargas roubadas fossem transferidas para caminhões com documentação regularizada e, assim, pudessem ser transportadas.

“Eles tiram do caminhão roubado, colocam no caminhão que está com a documentação em ordem e tiram daqui de dentro, enquanto o caminhão roubado fica aqui para ser desmanchado”, explica o cabo.

Fonte: EPTV

5 dicas para manter o caminhão competitivo

Para conseguir uma boa carga o carreteiro tem que estar com um caminhão em bom estado de conservação e manutenção. Afinal, o embarcador precisa de garantias de que a carga irá chegar de maneira segura e no tempo certo. Confira algumas dicas para manter o veículo competitivo e disponível e evitar quebras inesperadas de componentes que podem até levar a um grave acidente.

1. Programar as manutenções

A maneira mais correta do carreteiro programar as manutenções em seu caminhão é procurar uma oficina de confiança e seguir as orientações contidas no Manual do Fabricante para fazer as trocas periódicas.

2. Desgaste prematuro de peças

O profissional também deve estar atento a sinais de desgaste prematuro de alguns itens. A embreagem, por exemplo, pode se desgastar precocemente quando o motorista trafega no trânsito pesado em grandes centros urbanos, como a capital paulista, onde se gasta muito no anda e para. Já os motoristas que dirigem veículos que sobem e descem a serra do mar rumo ao Litoral precisam ficar atentos ao freio, pois as lonas sofrem desgaste intenso. Também é importante ter cuidado com a qualidade do combustível para prolongar a vida útil do motor.

3. Rotina de inspeção

É importante que o autônomo crie uma rotina de inspecionar alguns componentes sempre que retornar de uma viagem. Verificar itens do motor para saber se há vazamentos, a qualidade e o nível do óleo, filtro diesel (filtro de combustível), de óleo e de ar (restrição e estado visual), além de componentes de segurança como rodas, freios, palhetas do parabrisa, lanternas, faróis e pneus.

4. Óleo no compressor

A passagem de óleo para o compressor e vazamento no sistema, defeitos extremamente perigosos para a segurança nas estradas. Tanto a presença de óleo no compressor de ar quanto o vazamento no sistema de ar comprometem a eficiência do sistema de freio do caminhão.

5. Calibrador de pneus

A falta de calibrador automático de pneus, sistema instalado nos caminhões que controla e mantém a pressão dos pneus mesmo na ocorrência de vazamento também pode comprometer a boa eficiência do caminhão. É importante calibrar os pneus dos veículos a cada trinta dias para evitar um desgaste irregular. Quando há excesso de pressão, o desgaste fica mais acentuado do centro da banda de rodagem e pode causar danos à suspensão do veículo. Já na falta de pressão, o pneu tende a se apoiar nas laterais da rodagem causando um desgaste prematuro e, consequentemente, afetando a estrutura do pneu.

Fonte: O Carreteiro