Arquivo da categoria: Greve

Petrobras muda política de preço do diesel ante ameaça de caminhoneiros

Os reajustes, que antes eram feitos diariamente, agora ocorrerem a cada 15 dias. Está entre as pautas da categoria, justamente, a alteração do regime

Um dia após os rumores de uma paralisação de caminhoneiros supostamente marcada para essa sexta-feira (30/3), a Petrobras mudou a política de alteração do preço do óleo diesel nas refinarias. Os reajustes, que antes eram feitos diariamente, agora ocorrerão a cada 15 dias. A alteração está entre as pautas da categoria. Os trabalhadores do setor pediram, no entanto, que as mudanças no valor do combustível fossem mensais, como chegou a ser no governo Temer, no auge da greve da categoria.

Sob essa perspectiva, a mudança promovida pela Petrobras atende apenas parcialmente a reivindicação. Vem acompanhada, porém, da criação do Cartão Caminhoneiro, a ser implementado em até 90 dias. A intenção é possibilitar que os caminhoneiros paguem preço fixo no litro de diesel nos postos BR. Com o benefício, segundo nota divulgada pela própria empresa, os motoristas terão “uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens”.

Como funcionará

Valores do diesel operados pela Petrobras nas refinarias correspondem a 54% do valor aplicado ao consumidor final. É essa parcela que sofrerá reajustes quinzenais. A companhia ainda vai atrelar os custos ao preço de paridade internacional (PPI), para garantir que não atuará com poder de monopólio no Brasil. A Petrobras ressaltou, annda, que o valor do diesel no país é 18% inferior à média global.

Reivindicações

Além da alteração na política de reajustes do preço do diesel, os caminhoneiros pedem, também, a aplicação do piso mínimo de preço do frete. A crise, que promete chegar dia 30, já era discutida com lideranças desde a semana passada, quando uma das principais lideranças do movimento de 2018, Wallace Ladim, o Chorão, se reuniu com o chefe da casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com a diretoria da Agência Nacional dos transportes Terrestres (ANTT).
Diferente de maio de 2018, Wallace está com um discurso apaziguador. Afirmou ser contra a paralisação, destacou que o governo está abrindo as portas para o diálogo, “o que nunca aconteceu”, ressalta, e que a ANTT intensificou as fiscalizações de abusos contra a categoria. Ele acredita que caminhoneiros devem parar em algumas regiões do país, mas com impacto pequeno, e afirma que a categoria não está tão mobilizada quanto no ano passado. “Há insatisfação. Isso é fato”, podera.

Protestos de motoristas são destaque neste começo de semana

Todos os cidadãos podem reivindicar os próprios direitos ou manifestar insatisfação, incluindo os motoristas. Caminhoneiros já foram protagonistas de diversas manifestações ao longo dos anos e nesta semana não foi diferente. Entre segunda e terça-feira, houve protestos de motoristas profissionais em várias rodovias, além de muita repercussão nas redes sociais.

Nessas ocasiões, algumas pessoas se aproveitam para soltar notícias falsas ou fake news sobre o assunto. Por isso, conferir a veracidade das informações é crucial para descobrir se a notícia é verdadeira ou falsa. Afinal, quais dessas manifestações divulgadas aconteceram de fato? Continue lendo e entenda.

Via Dutra

dutra_manifestacao

Imagem: PRF/Divulgação

Muita gente recebeu mensagens sobre uma manifestação na Dutra, entre domingo e segunda-feira. A informação é verdadeira. A paralisação começou no fim da tarde e a noite do domingo, 6, fechando os dois sentidos da Via Dutra, em Barra Mansa, Sul do Rio de Janeiro.

O ato aconteceu no km 275, na altura da Bocaininha e próximo a um posto de combustíveis. Segundo a NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, o protesto foi promovido por um grupo de caminhoneiros por conta do aumento no preço dos combustíveis.

Os manifestantes colocaram pneus nos dois sentidos da estrada e atearam fogo. Ainda de acordo com a empresa, eles deixavam passar somente carros de passeio.

No fim de tarde da segunda-feira, o tráfego foi liberado aos poucos no sentido Rio, que fluía em meia pista. Mesmo assim, ainda eram registrados 6 km de lentidão no trecho. Já o sentido SP, seguia bloqueado, com 4 km de congestionamento. As informações são do G1.

BR 040

Imagem: Reprodução/TV Globo

A BR 040, na região de Congonhas em Minas Gerais, também foi palco de manifestações de caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis nesta terça-feira, 8, pela manhã. A pista chegou a ser totalmente fechada no quilômetro 602, mas foi liberada pouco depois das 10h, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

A Via 040 informou ainda que a interdição foi feita desde a madrugada no km 602, perto do distrito de Pires. Os manifestantes liberavam passagem apenas para veículos de passeio e ônibus. Já pela manhã, as vias, nos dois sentidos, foram totalmente interditadas e o congestionamento atingiu 6 km.

Durante o bloqueio, de acordo com a concessionária, motoristas usaram um desvio por Itabirito, Ouro Preto ou Ouro Branco. As informações são do G1 e do Hoje em Dia.

Guarulhos

Imagem: Jeff Dias/GESP

Motoristas de 24 linhas de ônibus municipais e metropolitanos de Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo, entraram em greve no início da manhã desta terça-feira, 8. As linhas atendem pelo menos 64 mil usuários por dia.

De acordo com a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), a paralisação começou no início da madrugada quando os motoristas de cinco linhas da Viação Atual se recusaram a deixar a garagem.

O Sincoverg (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas Próprias de Guarulhos e Arujá em São Paulo), que organizou a greve, alega que os pagamentos dos vales-alimentação e das férias de cerca de 60 funcionários estão atrasados.

O sindicato também confirmou uma reunião com a Secretaria de Transportes e Trânsito, porém ainda sem previsão oficial para o fim da paralisação. As informações são do Exame.

Régis Bittencourt

regis

Imagem: Paulo Toledo Piza

Mensagens em grupos de WhatsApp alegavam que havia uma greve de caminhoneiros no local nesta segunda-feira, 7, porém a informação era falsa. Devido ao excesso de veículos registrado durante o dia, muitos que passavam pelo local acreditavam se tratar de uma greve.

Segundo a PRF, houve um acidente no trecho, envolvendo um caminhão. A carga foi posicionada no acostamento e a faixa 2 do km 283 foi liberada para veículos. Ainda sim, a rodovia registrava 22 km de congestionamento no momento da liberação da faixa 2.

Fonte: Pé na Estrada

Caminhoneiros paraguaios fazem greve contra bitrens

Desde a madrugada desta segunda-feira (29) centenas de caminhões estão parados nas rodovias paraguaias. Segundo o portal local ABC Color, o motivo é um acordo entre os governos do Paraguai e do Mato Grosso do Sul que permite, a partir de agora, que os treminhões ou bitrens — caminhões com dupla carroceria — possam levar as safras brasileiras e paraguaias de milho e soja até o porto de Concepción, no Paraguai, onde a carga segue pela hidrovia Paraná-Paraguai.

A carga brasileira viria do município de Ponta Porã (MS), na divisa com o Paraguai e seguiria até o porto fluvial. A permissão para os bitrens valeria por seis meses, durante a época da safra de grãos.

O acordo, no entanto, não agradou em nada os caminhoneiros paraguaios que decidiram fazer uma greve. Eles argumentam que os motoristas brasileiros serão beneficiados com a medida, uma vez que, até agora, os bitrens eram proibidos de circular no Paraguai e que portanto não há motoristas paraguaios dirigindo este tipo de caminhão.

Além disso, os caminhoneiros afirmam que a Rota 5 — a rodovia paraguaia pela qual a carga seria escoada — não possui infraestrutura para suportar os caminhões maiores.

David Ramos, representante da União de Caminhoneiros do Paraguai, afirmou em entrevista à rádio local ABC Cardinal que a “resolução é antipatriótica”.

O Ministério de Obras Públicas e Comunicações, responsável pela resolução, rebate as críticas. Para o governo paraguaio, os caminhoneiros não perderão seus empregos porque a carga que será transportada pelos bitrens não circulava pelo Paraguai e que a passagem da safra brasileira pela região norte do país irá gerar novos empregos.

Em uma nota oficial, o ministério ressalta que o transporte feito pelos bitrens são seguros e que suportam 20% mais carga do que os caminhões paraguaios. O manifestantes afirmam que os bitrens suportam o dobro da carga de um caminhão normal, o que diminui a demanda dos serviços paraguaios.

Os argumentos do governo não convenceram os caminhoneiros que seguem com a greve pelas estradas paraguaias.

Os sindicatos prometem realizar um “caminhonaço” na capital, Assunção. A Polícia Nacional paraguaia já anunciou que vai intervir e organizar o protesto.

Já a Associação de Comerciantes e Industriais de Concepción convocou protestos a favor do acordo que permite a circulação dos treminhões para o final da tarde desta segunda-feira.

Fonte: Portal R7

Caminhoneiros não descartam nova paralisação

Menos de dois meses após bloquearem as principais rodovias federais no Estado, incluindo as BRs 163 e 364 em Rondonópolis, os caminhoneiros ameaçam repetir os protestos. Conforme Gílson Baitaca, que faz parte do Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG), que liderou as manifestações em janeiro, a categoria até o momento não teve suas reivindicações atendidas, e os governos, tanto Federal como o Estadual, não cumpriram as promessas feitas durante as reuniões para liberação das rodovias.
Com isso, o setor do transporte de cargas de grãos avalia a possibilidade de entrar novamente em greve, podendo a paralisação ganhar a adesão de outros segmentos do transporte. “Quando iniciamos o protesto em janeiro, o frete de Lucas do Rio Verde até Rondonópolis estava em torno de R$ 75,00 a tonelada, e subiu para R$ 98,00 para o término dos protestos. Agora, já temos uma média de queda de 5%. Hoje o frete está em torno de R$ 93,00 e a queda do diesel, de 4%, não chegou na bomba, o valor final baixou apenas R$ 0,04”, disse Baitaca.
Para dar fim às manifestações que deixaram milhares de pessoas paradas às margens das rodovias ou em pátios de postos de combustíveis, reuniões entre Governo do Estado, representantes da União, Agência Nacional de Transportes, Associação que representa as trading da soja, entre outros, foram realizadas.

Contudo, conforme destaca o líder do movimento, 13 itens foram entregues à Casa Civil como reivindicações, cujo Governo Federal se comprometeu a informar se poderia atender ou não e, até hoje, nenhuma resposta foi dada. O Governo de Mato Grosso, conforme a categoria, também não cumpriu os acordos.
“Uma greve nesse momento não seria bom, mas nossa categoria está sendo menosprezada. Estamos em estado de alerta e novos protestos não estão descartados”, reiterou.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a colheita da safra 2016/2017 atingiu na primeira semana de março 78,35% das áreas colhidas em Mato Grosso.

Fonte: Blog Caminhões e Carretas

Setor do transporte avalia nova greve diante silêncio do governo

O setor do transporte de cargas de grão de Mato Grosso avalia a possibilidade de entrar novamente em greve, podendo a paralisação ganhar a adesão de outros segmentos do transporte. O novo bloqueio dos caminhoneiros e empresários decorreria do silêncio por parte dos governos Federal e Estadual após reuniões realizadas em janeiro, que visaram o fim do manifesto na ocasião, além do fato do frete estar apresentando queda em pleno pico de safra.

Segundo o representante do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), Gilson Baitaca, o setor do transporte de cargas de grãos em Mato Grosso já avalia uma nova greve. Ele comenta que o frete em pleno pico de safra já começa apresentar retração.

A tonelada entre Sapezal e Porto Velho (RO), de acordo com o Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), fechou a semana de 27 de fevereiro a 03 de março em R$ 138. Montante este 4,83% menor que na semana entre 20 e 24 de fevereiro. Já de Campo Verde para Paranaguá (PR) o recuo foi de 48,89% e a tonelada é vista a R$ 115.

O frete, conforme Baitaca, é apenas um dos motivos para uma nova paralisação. “Até o momento não recebemos resposta do governo federal, como prometido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de cada uma das demandas apresentadas em reunião realizada em janeiro”.

Baitaca comenta que há um “silêncio” também por parte do Governo de Mato Grosso, visto durante reunião no dia 25 de janeiro, que contou com a presença do setor produtivo e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o vice-governador Carlos Fávaro “prometeu” que uma a criação de uma comissão entre caminhoneiros e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para discutir o balizamento do valor do preço pauta do frete para que o ICMS possa ser cobrado em cima desse frete.

Caminhoneiros, autônomos e empresários do setor do transporte fecharam a BR-364 em Rondonópolis em dois pontos entre os dias 13 e 18 de janeiro. O movimento só foi encerrado mediante a garantia de uma reunião com os governos Federal e Estadual.

Crise

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o seu “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas. O texto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

Caminhoneiros e governo terão reunião hoje

Caminhoneiros, Governo do MT, e Eliseu Padilha, Ministro chefe da Casa Civil, terão uma reunião hoje, em Brasília, para debaterem as pautas reivindicadas na greve dos caminhoneiros do início do mês. A principal pauta a ser debatida é a criação da tabela mínima de frete, que é considerada a salvação do transporte rodoviário, já que o valor do frete está defasado há vários anos.

Comparando com 2016, o valor do frete da safra, nas rotas do MT até os portos de Paranaguá e Santos, chega a estar cerca de 30% mais baixo em 2017, enquanto os valores dos insumos não pára de subir. O diesel estava na casa dos R$ 2,60 o litro no início de 2016, enquanto hoje chega a R$ 3,80 em algumas regiões do país. Pedágio também tiveram grandes altas, e a lucratividade dos transportadores que já era baixa, acabou aumentando.

Existe no Câmara dos Deputados um projeto de lei que cria a politica de valores de fretes mínimos, a PL 528/2015, do deputado federal Assis Couto do Paraná. Esse projeto já foi aprovado pela Comissão de Viação e Transporte, e será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça.

De acordo com o Deputado José Stédile (PSB-RS), que aprovou o projeto na comissão, os preços hoje praticados não permitem que o caminhoneiro sequer cubra os custos com o transporte (combustível, pneus, alimentação, manutenção do veículo e pedágios). “No desespero, o trabalhador se vê forçado a se submeter aos valores predatórios que o mercado impõe. Há, assim, que se estabelecer uma tabela de preços mínimos, específica para cada tipo de carga, conforme propõe o autor”, afirma.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Empresas ampliam margem de frete e caminhoneiros encerram protestos

Empresas exportadoras aumentaram de 20% a 30% o valor do frete para o transporte graneleiro, dependendo do trecho, atendendo a uma das reivindicações dos caminhoneiros e motivando a suspensão do movimento realizado nesta terça e quarta-feira (18) em Campo Grande.

Os motoristas chegaram a bloquear o tráfego de cargas não perecíveis pela manhã, mas diante do êxito, a categoria decidiu não retomá-lo durante a tarde.

Na avaliação do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística) de Mato Grosso do Sul, a valorização do frete foi conquistada graças ao empenho dos que aderiram ao protesto, tanto no estado como em outras regiões.

Segundo a entidade, as tarifas não eram revisadas há anos. Espera-se que a medida tenha efeitos positivos também para empresas autônomas que não operam com grãos.

O sindicato afirma ainda que vai solicitar ao Governo Estadual a fixação de um valor mínimo de frete e cobrar fiscalização efetiva dessa cobrança, como também fizeram os trabalhadores de Mato Grosso.

Adesão – Para não atrapalhar o trânsito, os caminhoneiros estacionaram os veículos no canteiro e autorizavam a passagem de ônibus, carros de passeio, ambulâncias e cargas vivas. O Setlog (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de MS) montou um estande para os caminhoneiros, oferecendo água e entrega de panfletos para os motoristas que trafegam pela rodovia.

Nesta quarta-feira, havia mais de 30 caminhões parados no início do protesto, realizado nas saídas de Campo Grande para São Paulo e Três Lagoas, nas rodovias 163 e 262, respectivamente.

Fonte: Campo Grande News

Caminhoneiros de SP aderem à greve iniciada em MT

Caminhoneiros da região de Assis (SP) aderiram à mobilização nacional e protestaram nesta segunda-feira (16) contra a queda no preço do frete. Aproximadamente 300 caminhões, segundo os manifestantes, ocuparam o acostamento da Rodovia Raposo Tavares, em Palmital, nos dois sentidos. Segundo a Polícia Rodoviária, 100 caminhões participaram do protesto que durou aproximadamente cinco horas.

O trânsito não foi interditado e o protesto seguiu pacífico. A manifestação, que começou por volta das 14h terminou às 19h.

O protesto é nacional e as reivindicações dos caminhoneiros são que as transportadoras paguem piso mínimo para o frete, cujo valor é determinado pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) conforme a quilometragem percorrida. Segundo eles, os valores pagos estão defasados há anos, mas teve piora nos últimos meses.

Os caminhoneiros dizem ainda apoiar o Projeto de Lei 528, em tramitação na Câmara Federal, que prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Bloqueio na BR-364 contra queda no preço do frete chega ao 3º dia em MT

Caminhoneiros bloqueiam pelo terceiro dia seguido trechos da BR-364 no município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, neste domingo (15). Eles fazem protesto contra a diminuição no preço do frete, algo em torno de 30% desde o ano passado. Os manifestantes fecharam os kms 200 e 206, e estão impedindo a passagem de veículos de carga de grãos e derivados.

As informações são da Rota do Oeste, responsável pela conservação e duplicação da rodovia, e da Polícia Rodoviária Federal, que está com equipes nos locais do bloqueio para fazer o monitoramento. Segundo a PRF-MT, há entre 200 e 300 manifestantes na rodovia. Os manifestantes disseram que há mais de 3 mil caminhões parados.

Os caminhoneiros querem que as transportadoras paguem o piso mínimo para o frete estabelecido pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), que varia de acordo com a quilometragem percorrida.

“Os valores pagos estão defasados há anos. Mas este ano chegou aos caos, não tem mais condições”, disse Gilmar Marinho, um dos manifestantes.

Os caminhoneiros também dizem apoiar o Projeto de Lei 528, que está na Câmara de Deputados e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

O protesto na rodovia federal teve início na manhã de sexta-feira (13), com bloqueio da passagem de veículos de carga. A previsão era que a manifestação durasse cinco dias, mas os caminhoneiros já trabalham com a hipótese de estender o bloqueio por mais dias.

Fonte: G1

Crise econômica chega em transporte de carga em Rondonópolis e caminhoneiros não descartam paralisação

A euforia e os planos de expansão ficaram para trás entre os transportadores de Rondonópolis, conhecida como “Capital Nacional do Bitrem” por conta do grande fluxo de caminhões articulados em circulação nas rodovias federais que cortam a cidade. Os transportadores passaram a vivenciar uma nova realidade: lucros menores, redução de frota e aumento das dispensas de funcionários. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) avalia que o setor de transporte rodoviário de cargas está passando por uma das maiores crises dos últimos 20 anos.

As dificuldades se intensificaram há dois anos, quando houve um aumento significativo do número de caminhões no mercado. Naquele momento, muitas empresas de outros setores e até profissionais liberais se interessaram e acabaram ingressando no transporte rodoviário de cargas. Em consequência, junto com outros imprevistos nas lavouras, as tarifas de fretes começaram a cair, gerando prejuízos.

Segundo o diretor-executivo da ATC, Miguel Mendes, o setor de transporte rodoviário de cargas é o maior gerador de renda, impostos e de empregos diretos e indiretos de Rondonópolis e região, com estimativa de mais de 20 mil trabalhadores atuando em prol do mesmo de forma direta ou indireta.

Quanto aos reflexos desta crise, aponta o aumento do número de desempregados e o enfraquecimento do comércio local, com o fechamento de muitas empresas que dependem do setor.

“Inclusive não está descartada uma Paralisação de caminhoneiros autônomos ainda este mês” afirma o Diretor.

“A crise no segmento não é fruto de mau planejamento por parte do setor e sim por uma política errada do Governo que autorizou há dois anos, o BNDES a financiar, com taxa de juros subsidiadas, a aquisição de caminhões e carretas, com o intuito de fomentar a fabricação e comercialização destes bens. Com isso, reforça que muitos empresários de outros setores acabaram se aventurando no segmento achando que poderiam enriquecer da noite para o dia.” Explica o Diretor.

No Brasil

A Comissão na Câmara Federal definiu a política de preços mínimos a serem praticados para o frete. O projeto de lei 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de cargas, foi aprovado por unanimidade pelos deputados federais que compõe a Comissão de Viação e Transporte na Câmara Federal em dezembro de 2016.

A aprovação era pleiteada pelo setor do transporte de cargas desde 2015 diante à crise pela qual passa. Os transportadores autônomos e frotistas chegaram a ameaçar entrar em greve novamente caso o projeto não fosse acatado pelos parlamentares. O projeto agora encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise.

A crise econômica fez a atividade de transporte de carga rodoviária cair 7,5% no último ano. Os caminhoneiros reclamam que a oferta de serviço faz o frete cair; além disso, o pedágio e o diesel tiveram aumentos acima da inflação. Em todo o Brasil, 37 motoristas de transportadoras foram demitidos. A expectativa é que a demanda do agronegócio ajude a reverter as perdas do setor.

Projeto de Lei 528

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas.

O projeto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

Fonte: Blog do Caminhoneiro