Aproximadamente 2 mil caminhões aguardam atendimento do Porto Seco de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, considerado o mais movimentado da América Latina, nesta quarta-feira (7). A fila é causada pela paralisação dos auditores da Receita Federal, que já dura dois meses.
O sindicato que representa os auditores fiscais informou que, nesta quinta-feira (8), a categoria vai fazer a liberação de cargas perigosas, vivas, de produtos perecíveis, além de fertilizantes e sementes para o Paraguai. Na sexta-feira (9), os auditores voltam a fazer a paralisação.
Os caminhoneiros não conseguem seguir viagem porque os auditores da Receita Federal, realizam protestos desde 11 de julho, sempre às terças e quintas-feiras, e não liberam as cargas que vão para o exterior ou chegam ao Brasil pelo porto seco.
Só em Cidade do Leste, no Paranguai, e em Porto Iguaçu, na Argentina, cerca de 680 caminhoneiros esperar para entrar no Brasil.
Em transportadoras e em postos de combustíveis de Foz do Iguaçu, são outros 700 veículos aguardando uma vaga no porto seco. A estação aduaneira está lotada, com pelo menos 600 caminhões esperando pelo atendimento do lado de dentro.
Os caminhões não param de chegar, e alguns postos de combustíveis já não têm mais espaço.
No pátio de um dos maiores postos de combustíveis de Foz, são cerca de 500 caminhões e carretas parados.
Os veículos trazem cargas para exportação, como a carreta de Jacinto Cabaleiro, que transporta mais de 27 toneladas de tinta para Assunção, no Paraguai. Ele está parado há cinco dias. “Se você faz quatro, cinco viagens por mês, agora só faz uma”, conta o caminhoneiro.
Os auditores da Receita Federal cobram do Governo Federal o cumprimento de um acordo trabalhista. O projeto de lei que prevê o reajuste dos salários da categoria ainda não foi votado do Congresso Nacional.
Fonte: Blog do Caminhoneiro