Recursos estarão disponíveis semana que vem e serão liberados se houver demanda
RIO – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES) , Joaquim Levy, disse nesta terça-feira que o programa de empréstimos a caminhoneirosdeve ser liberado à categoria a partir da próxima semana. O financiamento será concedido no valor de até R$ 30 mil por caminhoneiro. Ao todo, o banco disponibilizará até R$ 1 bilhão para o programa, anunciado mês passado , numa tentativa de o governo federal evitar uma nova paralisação da categoria. Ele faz parte de um pacote de medidas de socorro a estes profissionais.
– Temos pré-aprovação de R$ 500 milhões para o programa, mas pode chegar a R$ 1 bilhão sem a menor dificuldade, a depender da demanda. Ele será de R$ 30 mil para cada caminhoneiro porque entendemos que essa é a sua capacidade de endividamento e o necessário para preservar seu principal ativo, o caminhão. É um dinheiro que deve ser investido em manutenção, como forma de preservação do capital e da vida de quem está na estrada – explicou o presidente do BNDES, durante coletiva de imprensa na sede do banco, no Rio, para a divulgação do lucro de R$ 11,1 bilhões atingido pelo banco no primeiro trimestre.
Levy disse que vai se reunir com os bancos repassadores do crédito esta semana para discutir a operacionalização do programa e acrescentou que o Ministério da Economia já deu o sinal verde para a concessão do financiamento:
– O modelo já foi pré-aprovado pelo Ministério da Economia e temos uma renião hoje para finalizar o processo. Aí, acertado com os bancos os detalhes, fecharemos o direcionamento da implementação.
A linha de crédito do BNDES beneficia transportadores autônomos que têm dois caminhões, no máximo, e também cooperativas de caminhoneiros. Com 12 meses de vigência, o programa tem dotação orçamentária inicial de R$ 500 milhões destinados às despesas de seguro pessoal ou do veículo, gastos com manutenção mecânica, peças de reposição, pneus e gastos emergenciais, como guincho. Gastos com combustível não serão financiados.
Fonte: O Globo