Um esquema criminoso de venda de peças de caminhões roubados e furtados foi descoberto pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), da Polícia Judiciária Civil, na operação Brasil Central Seguro, deflagrada nesta sexta-feira (23.09), pelas forças da Segurança Pública de sete estados das regiões Centro-Oeste e Norte do país.
Três estabelecimentos foram fiscalizados e nos locais apreendidos mais de 200 câmbios, 50 cabines de caminhões, além de agregados, todos sem as numerações identificadoras, que foram suprimidas para dificultar a localização da origem .
As peças pertencem a veículos de grande porte subtraídos em outros estados, principalmente na região Sudeste do país, que depois de desmanchados e adulterados eram trazidos para Mato Grosso e comercializados nas três empresas, supostamente constituídas para este fim.
De acordo com o delegado titular da Derrfva, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as empresas Truct Center, com endereço em Várzea Grande, e Mato Grosso Cabines, no Distrito Industrial, em Cuiabá, pertencem ao mesmo grupo, e a terceira, ScanVolvo, também sediada no Distrito Industrial, tiveram pedido de suspensão das atividades à Justiça.
Cinco pessoas que atuam como representantes das empresas foram presas e irão responder por crimes de associação criminosa, receptação qualificação e adulteração sinal de identificador de veículo automotor. Três pessoas presas em Cuiabá serão encaminhados neste sábado (24.09) para audiência de custódia. Outras duas autuadas nas empresas em Várzea Grande serão levadas para a Cadeia do Capão Grande.
“Temos no Estado de Mato Grosso uma demanda grande de caminhões. Estão montando lojas de vendas de peças abaixo do mercado desses veículos roubados ou furtados. Isso chamou a atenção da Polícia e dos concorrentes. É um esquema criminoso”, disse o delegado Vitor Hugo.
O delegado adjunto da unidade, Marcelo Martins Torhacs, informou que há indícios de que a organização também esquentava os produtos com notas frias, já que foram apreendidas algumas notas e elas não têm relação com os agregados.
Todas as peças apreendidas serão periciadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que já constatou que muitas das numerações estão suprimidas, inclusive, números que são colocados em segredos nos vidros.
Fonte: Caminhões e Carretas