Ferrovia ligando Minas Gerais e Espírito Santo pode sair do papel


Uma ferrovia ligando Sete Lagoas, em Minas Gerais e São Mateus, no Espírito Santo, pode sair do papel nos próximos anos. Essa é a intenção da Petrocity, responsável pelo Centro Portuário de São Mateus. A empresa quer intensificar as negociações com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para buscar o licenciamento ambiental da ferrovia.

O investimento, de R$ 6,5 bilhões, será realizado em duas etapas e deve ser concluído em 2030. Segundo a Petrocity, a ferrovia deverá ter 553 km de extensão e será utilizada para o transporte de diversos tipos de cargas, como pedras ornamentais, derivados do aço, cimento, produtos agrícolas e veículos. As informações são do O Tempo.

Ferrovia – solução ou problema?

Trecho duplicado da ferrovia Santos-Campinas
Trecho duplicado da ferrovia Santos-Campinas

Hoje o principal modal de transporte de cargas no Brasil é o rodoviário. Inclusive, este é um dos motivos que faz as rodovias no país durarem tão pouco.

O setor rodoviário fica sobrecarregado por falta de uma política multimodal e integrada, que garanta o equilíbrio da matriz de transporte no Brasil.

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Mas é importante ter em mente que ter transporte com baixo valor agregado e altos volumes é benéfico para a cadeia logística dos produtos. A ferrovia traz uma composição que pode levar mais cargas por distâncias maiores, de tiro longo.

Os setores que mais seriam beneficiados com isso são o de grãos, minério e açúcar.

Os caminhões, por sua vez, são importantes para alimentar os outros modais. Aéreo, fluvial, ferroviário – todos esses precisam de caminhão para receber e entregar suas cargas.

O trem nunca vai substituir o caminhão. O que pode acontecer é que a existência de uma nova ferrovia diminua a frequência de viagens de tiro longo na região, quando a carga envolver grãos ou contêineres.

Fonte: Trucão

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