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Dono e gerente de supermercado no DF são acusados de vender cargas roubadas

Carga roubada geralmente já tem destino certo e é vendida por valores abaixo do mercado. Se esse tipo de crime existe, é porque existe quem compre. Nesta quarta-feira, 7, começa uma operação contra o dono dos supermercados Alvorada, no Distrito Federal, além de outras pessoas que trabalham na rede, acusados de comercializar cargas roubadas.

Chamada de Operação Latrinariam e comandada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a operação acusa o dono Eudes Teixeira, 49 anos, além de gerente da rede de supermercados Alvorada e outras pessoas de integrar quadrilha que repassava os produtos roubados a estabelecimentos do DF e do Entorno.

A operação cumpre 14 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão domiciliar nas regiões administrativas de Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, Taguatinga, Recanto das Emas, Gama, Brazlândia e Valparaíso de Goiás.

A polícia também recolheu produtos em más condições de conservação e possivelmente provenientes de roubo. Um caminhão carregado também foi localizado pela polícia nas dependências de um estabelecimento.

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Caminhão localizado no depósito do Supermercado Alvorada, Céu Azul, Valparaíso de Goiás | PCDF/Divulgação

A investigação durou cerca de 10 meses. Segundo a PCDF, o grupo criminoso agia sob extrema organização, principalmente no furto mediante fraude de cargas e a receptação por meio de comércios legalizados em Santa Maria e no Entorno. Eles usavam caminhões com placas clonadas para se passar por uma empresa de transporte de cargas.

O supermercado tinha a função dentro da organização criminosa de vender os produtos roubados e aferir os lucros do crime. “Ainda não sabemos exatamente a quantidade, mas a gente acredita que grande parte das mercadorias que estão sendo vendidas para a população local são mercadorias ilícitas advinda do furto de cargas”, informou o delegado Luiz Fernando, responsável pela investigação do caso.

A investigação está a cargo da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri/DF), da Polícia Civil.

Fonte: Pé na Estrada

Caminhos para combate e prevenção de roubo de cargas

Você sabia que 70% dos roubos de carga acontecem por fuga de informação – quando alguém envolvido na cadeia logística passa informações importantes aos assaltantes? Esse foi um dos dados divulgados durante o IV Fórum de Prevenção de Roubo de Cargas, evento que aconteceu em São Paulo nessa segunda-feira, 11. No evento, estiveram presentes representantes de instituições como o Setcesp, DHL e Fiesp, além de seguradoras como a Galcorr e a BPI Partners.

Somente em 2017, o segmento do transporte rodoviário de cargas teve prejuízo de R$ 1,570 bilhão decorrente do roubo de cargas. De acordo com dados da NTC & Logística, 85,53% dos roubos de carga acontecem no Sudeste. Os produtos mais visados pelos assaltantes são os alimentícios, seguido de cigarro e eletroeletrônicos.

O evento reuniu representantes de diversos setores envolvidos com o transporte rodoviário de cargas.

Segundo dados trazidos pelo Coronel Souza, do Setcesp, o roubo de cargas é o crime contra patrimônio mais praticado no Brasil, pela facilidade em repassar produtos roubados. Nas favelas do Rio de Janeiro, a venda de carga roubada se tornou um importante braço financeiro do tráfico de drogas.

Por isso, prevenir esse tipo de crime tem sido o objetivo de transportadoras e empresas do setor de logística. Mas o que pode ser feito?

Clique aqui e conheça a ferramenta do Setcesp que auxilia transportadoras em caso de roubo de carga.

Segurança pública

O roubo de cargas é um crime mapeado. Isso quer dizer que os assaltantes planejam e escolhem lugares mais propícios para se efetuar o roubo. Segundo Anderson Fagundes, representante da ABSEG no evento, o Brasil está entre os 3 países mais perigosos para cargas, junto com o México e a África do Sul.

As fronteiras também são áreas de risco, como a estrada que liga o Mato Grosso do Sul e o Paraguai. É exatamente essa faixa de fronteira que serve como porta de entrada de parcela importante das armas usadas pelas facções criminosas brasileiras. Outra fronteira que gera preocupação é a de Mato Grosso e Bolívia. Confira no link 5 trechos considerados mais perigosos para cargas no Brasil.

Atualmente, 2,1% do PIB brasileiro é investido em segurança pública. Em comparação com países como Taiwan e China, que investem mais de 100 milhões em segurança anualmente, os investimentos nacionais são pequenos. Além disso, esses países são conhecidos pelas políticas e punições mais severas para tráfico de cargas. Mas seria essa a saída para melhorar a segurança pública no Brasil?

Imagem: PRF

Para alguns palestrantes do Fórum, deve haver uma ruptura na cadeia logística do roubo de cargas, uma vez que se trata de uma ação organizada. Isso envolve “desarmar” o crime organizado impedindo a entrada de armamento no país, melhorar a segurança nos presídios e reestruturar polícias.

Outro passo importante que pode romper a cadeia logística do roubo de cargas é punir quem recepta produtos roubados. Já existem hoje projetos de lei em tramitação que visam aumentar penas para quem rouba, recepta e compra carga roubada. O crime de receptação inclui situações em que alguém tenta fazer com que outra pessoa, de boa fé, compre, receba ou esconda essa mercadoria ilegal.

É possível observar que, culturalmente, o brasileiro não vê problema em comprar carga roubada. A economia subterrânea no Brasil, que envolve atividades ilegais como venda ou troca de produtos roubados, venda de drogas, contrabando, fraude e roubo, tem sido lucrativa para o país nos últimos anos.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia e a Faculdade Getúlio Vargas, em colaboração com a revista ETCO, a economia subterrânea no Brasil correspondia R$ 730 bilhões ou 16,6% do PIB brasileiro em dezembro de 2012. Embora a Secretaria da Receita Federal só consiga apreender parte das transações ilegais, em 2013 foram apreendidos R$ 1,7 bilhão em mercadorias.

Para Fagundes, o combate ao crime organizado só dará certo no futuro se ações mais efetivas forem tomadas. Uma delas é a fiscalização e controle sobre agentes públicos envolvidos no enfrentamento do crime organizado. Fagundes também defende maior integração operacional entre os entes federados e fortalecimento da cooperação internacional contra o crime organizado.

Tecnologia

Segurança pública é uma das responsabilidades do estado. Porém, transportadoras e embarcadoras se preocupam com a segurança de suas cargas e passam a investir mais em tecnologia para evitar roubos e inibir assaltantes.

Durante o Fórum, foram apresentadas diversas soluções, como a Tela Energizada T4S, uma espécie de cerca elétrica para a carga. Em caso de tentativa de roubo da carga com rompimento ou perfuração do baú, a tela energizada é acionada, repelindo agressores com choques de alto impacto, porém não letais.

A tela energizada da T4S é acionada em caso de tentativa de roubo da carga com rompimento ou perfuração do baú, com uma descarga elétrica não letal que impede assaltantes de prosseguir com ação. | Imagem: Divulgação

A “cerca” é revestida por um mix de materiais que oferece isolamento e resistência física. Ela não oferece nenhum risco aos motoristas e trabalhadores, na medida em que o sistema só ativa em caso de tentativa de violação/perfuração do baú.

Os comandos remotos só podem ser executados pela Central de Monitoramento: o acionamento e a desativação são totalmente independentes da ação do condutor do veículo.

Outro dispositivo apresentado o Jammer Evolution, da Pointer Cielo. Se trata de um equipamento de contingência que detecta sinais de recepção do rastreador, limitando a velocidade do veículo e impedindo que o rastreador instalado no caminhão seja desligado. O aparelho identifica violação no painel do veículo e é compatível com qualquer modelo de rastreador, segundo a marca.

Caminhoneiros

O problema do roubo de cargas não possui somente uma solução, pois se trata de um problema estrutural. Ainda assim, percebe-se que transportadoras enxergam motoristas como facilitadores de ações criminosas. De fato, existem casos de motoristas que facilitam o roubo de cargas e, para esses, deve haver uma punição, como o Projeto de Lei 1.530/15, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados, que defende a cassação da CNH de motoristas envolvidos em roubo de carga.

De acordo com o advogado Paulo Henrique Cremoneze, motoristas enxergarem gerenciadoras de risco não como aliadas, mas como inimigas, só comprova que a maioria deles, de fato, facilita esse tipo de ação. Entretanto, de acordo com a Setcesp, apenas 1,5% dos caminhoneiros estão envolvidos em roubos de cargas no Brasil.

Apesar de acusarem motoristas de práticas ilegais, gerenciadoras sistematicamente violam a Lei 13.103ao bloquear motoristas usando informações do Serasa e SPC.

Nesse fogo cruzado, o primeiro passo para que ambos trabalhem juntos contra os roubos de cargas é a conciliação. Uma iniciativa do Sindicam SP tem ajudado motoristas e gerenciadoras nesse processo. Se trata da Câmara de Conciliação, um espaço onde gerenciadoras e motoristas podem resolver pendências. Em média, as reclamações que chegam ao sindicato levam 15 dias para serem resolvidas.

Para ser atendido, o motorista tem que entrar no site do sindicato e preencher um pequeno formulário sobre o seu problema (clique aqui para acessar o formulário). A Câmara de Conciliação está aberta a casos de todo o Brasil e funciona gratuitamente.

Fonte: Pé na Estrada

Caminhão para sem combustível e tem carga de cerveja saqueada

Segundo a PRF, cerca de duas mil garrafas foram roubadas da carga de cerveja

Caminhão para sem combustível e tem carga de cerveja saqueada (Foto: Reprodução/TV Cabo)

Um caminhão carregado com cerveja foi saqueado por moradores do bairro dos Novais, em João Pessoa (PB), na noite de segunda-feira (26), após o veículo de transporte de carga de cerveja parar no acostamento da BR-230 por falta de combustível.

De acordo com o motorista Francisco Freitas, o caminhão foi atacado por cerca de 60 pessoas quando ele saiu para comprar combustível no posto.

“Deu uma pane seca no caminhão, no caso faltou diesel, não deu tempo de chegar no posto. Um rapaz me deu uma carona até o posto. Comprei 20 litros e coloquei no tanque para colocar o caminhão no acostamento, mas não foi suficiente. Voltei para pegar mais diesel pela segunda vez, quando retornei, já tinha uma multidão saqueando”, relatou.

O caminhão seguia de Fortaleza (CE) para Recife (PE). O motorista explicou que passaria a noite em João Pessoa e seguiria para a capital pernambucana na manhã de terça-feira (27). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro pessoas foram detidas em flagrante.

Segundo a PRF, cerca de duas mil cervejas foram roubadas no saqueamento. Após a chegada de carros da PRF e da Polícia Militar, os suspeitos começaram a correr e quatro deles foram detidos no sentido contrário com cerca de 60 cervejas. A Polícia Militar encaminhou três adolescentes, sendo dois de 15 anos e um de 16 anos, e um jovem de 22 anos para a delegacia.

Abalado, o motorista comentou que está indignado com a situação. “É um absurdo, tão pouco, saquear uma carga. Prejudica a gente [motoristas], a empresa”, comentou. Os suspeitos detidos foram autuados na delegacia.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

PRF recupera carga roubada e prende dois suspeitos na rodovia Presidente Dutra

Dois homens foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), após serem flagrados roubando uma carreta na rodovia Presidente Dutra (BR-116), na Pavuna, Zona Norte do Rio. Eles faziam o motorista refém, enquanto levavam a mercadoria roubada. A carga estava avaliada em mais de R$ 80 mil. O flagrante aconteceu na tarde de domingo (3).

Policiais rodoviários federais foram alertados sobre um roubo em andamento na região. Então, montaram um bloqueio nas proximidades dos acessos à Linha Vermelha. As equipes conseguiram localizar a carreta roubada e abordar uma caminhonete que dava cobertura. Um dos bandidos estava na cabine ameaçando o motorista com uma arma de brinquedo.

A vítima, de 59 anos, contou que era ameaçado de morte a todo instante. Os presos, de 20 e 22 anos, são moradores de Acari, na Zona Norte. A carga de alimentos congelados foi recuperada intacta. A caminhonete utilizada pelos suspeitos possuía placas clonadas e havia sido roubada há cerca de seis meses.

A ocorrência foi encaminhada à Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte. A ação faz parte da operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Helicóptero da PRF auxilia na recuperação de carreta roubada

Policiais Rodoviários Federais (PRFs) recuperaram, com apoio da Divisão de Operações Aéreas (DOA) da PRF, um veículo de carga que foi roubado na última sexta-feira (13). A ocorrência foi registrada por volta de 11h da manhã de ontem (18), em localidade próxima à BR 324.

Durante trabalho de fiscalização utilizando a aeronave da PRF, os policiais suspeitaram de um veículo de carga estacionado nas proximidades de uma cerâmica desativada em Candeias/BA. Foi acionada uma equipe de policiais que se dirigiram ao local, onde verificaram que se tratava de uma carreta que transportava combustível roubada há 5 dias. De acordo com informações apuradas, o veículo não possuía seguro e seu condutor foi sequestrado e liberado após o crime.
O veículo foi encaminhado para a delegacia de polícia judiciária local, onde serão realizados os procedimentos de devolução ao seu proprietário.

PRF recupera caminhão roubado carregado com 19 toneladas de queijo em Simões Filho

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou, com o apoio da Polícia Militar (PM), no início da manhã desta terça-feira (02), um caminhão baú que havia sido roubado horas antes na BR 324. Funcionários da empresa proprietária do veículo compareceram à Unidade Operacional da PRF em Simões Filho e informaram o desaparecimento do caminhão e do motorista e a provável localização.

De imediato, a equipe de plantão foi até o local informado, na Via Ipitanga, bairro Via Sul, em Simões Filho, mas não encontrou o veículo roubado. Porém, ao realizar buscas nas imediações do ponto informado, o baú foi encontrado aberto, com a carga – 19 toneladas de queijo e manteiga – no chão, pronta para ser colocada em veículos menores.

Os policiais entraram em contato com o proprietário do galpão, que compareceu ao local e apresentou um contrato de locação vigente.

A equipe entrou no galpão e recuperou o veículo e a carga, que estava praticamente intacta. O motorista, que havia sido liberado pelos autores do crime em local desconhecido, compareceu ao local. Carga e veículo foram restituídos aos funcionários da empresa.

Fonte: PRF