Que a profissão de motorista de caminhão é fundamental para o transporte do país, a gente já sabe. Mas dentro da profissão, existem duas modalidades diferentes: motorista autônomo e empregado.
Investimento
É preciso investir para poder se tornar um motorista profissional. No caso do motorista empregado, o investimento é nele como profissional: tirar a habilitação necessária e fazer cursos profissionalizantes, além dos obrigatórios para determinadas cargas.
O autônomo também precisa investir em capacitação, assim como o empregado, mas os investimentos não param por aí. É preciso ter algum dinheiro guardado para comprar um caminhão ou pelo menos dar entrada.
Essa é uma das maiores diferenças entre autônomos e empregados: o autônomo precisa bancar o próprio caminhão, enquanto o empregado usa o veículo da empresa.
Administração
Enquanto um motorista empregado não precisa se preocupar com a administração do caminhão, o autônomo precisa. Afinal, o caminhão é a sua própria empresa.
Isso envolve ter controle da contabilidade, dos gastos, dos impostos e dos imprevistos. Ter o próprio negócio demanda mais tempo, paciência e disponibilidade em correr riscos do que ser um profissional empregado.
Ir atrás da carga
O autônomo precisa, literalmente, correr atrás da carga para agregar. Aí existem várias ferramentas que o ajudam nisso: aplicativos, sites, anúncios e até mesmo ter contato com outros profissionais da área.
Já o motorista empregado não precisa se preocupar em conseguir carga, é a empresa que define isso para ele.
Benefícios trabalhistas
Os autônomos não contam com as proteções previstas na CLT, como limite de jornada de trabalho, benefícios e férias, como os motoristas empregados.
Porém, os autônomos têm mais liberdade para escolher quando tirarão folga e podem definir o horário de trabalho, se farão tiro longo ou tiro curto, etc.
INSS
Quem é empregado tem seu INSS pago pelo empregador, mas o autônomo não, então é ele que precisa se preocupar com sua aposentadoria e plano de saúde. É possível pagar o carnê do INSS todo mês e ter direito aos mesmos benefícios que outros trabalhadores.
Salário
Segundo o site Vagas, a faixa salarial de um motorista de caminhão empregado é de R$ 1.862,00. Já o motorista autônomo pode faturar mais em um mês com os fretes, porém deve levar em conta que os custos de manutenção do caminhão são sua responsabilidade.
A remuneração do autônomo é uma questão complexa pois, pelo excesso de profissionais, muitas transportadoras abaixaram o preço de seus fretes, tornando a modalidade insustentável para muitos.
Essa questão foi uma das reclamações dos motoristas durante a Greve dos Caminhoneiros, o que causou a criação do piso mínimo de frete, cuja a validade é debatida até hoje por pessoas do setor.
O fato é que o autônomo fica sujeito às ofertas de frete das empresas e sua remuneração depende disso. Quando uma empresa não oferece um frete que cubra os custos da viagem + remuneração, o autônomo tem duas opções: ficar sem carregar e sem receber ou aceitar o frete baixo e passar sufoco.
Fonte: Trucão