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Motorista de caminhão dorme ao volante e sai ileso de acidente que destruiu cabine

Aos policiais rodoviários federais, o condutor, de 31 anos, disse que dormiu ao volante e acordou caído na pista. — Foto: PRF/Divulgação

O motorista de um caminhão boiadeiro com placas de Cascavel, no oeste do Paraná, saiu ileso de um acidente envolvendo outro caminhão, em um trecho da BR-467, em Toledo, na mesma região.

Aos policiais rodoviários federais, o condutor, de 31 anos, disse que dormiu ao volante e acordou caído na pista. Segundo os agentes, provavelmente ele não usava o cinto de segurança e foi ejetado.

Ao bater na traseira de um caminhão baú, a cabine do veículo em que estava o motorista que dormiu ficou destruída.

O motorista do outro caminhão, de 40 anos, também não ficou ferido.

Ainda de acordo com a PRF, não foi preciso acionar o socorro.

Segundo os agentes rodoviários, provavelmente ele não usava o cinto de segurança e foi ejetado — Foto: PRF/Divulgação

Segundo os agentes rodoviários, provavelmente ele não usava o cinto de segurança e foi ejetado — Foto: PRF/Divulgação

Mal súbito ao volante, veja como evitar

É comum motoristas que se envolveram em acidentes graves não se lembrarem de como tudo aquilo aconteceu. E, ao retomarem a consciência, se mostram surpresos com a dimensão e consequências da ocorrência. Especialistas dizem que diversos fatores podem ser responsáveis por acontecimentos deste tipo e destacam excesso de consumo de bebida e drogas, sono ou até mesmo doenças preexistentes, tais como pressão alta, diabetes e obesidade, males que podem levar o condutor a sofrer um “mal súbito”, manifestação do próprio organismo que ocorre de maneira inesperada e repentina. É como se o motorista “apagasse” por alguns instantes, deixando o veículo fora de controle.
Dentro desse conceito, conforme explica o cardiologista Igino Barp, se enquadram desde desmaios (motivados por exposição a calor excessivo, desidratação, falta de alimentação adequada, quedas de pressão arterial), até situações extremamente mais graves e potencialmente fatais (acidentes vasculares cerebrais, infarto agudo do miocárdio arritmias cardíacas). “Infelizmente, muitas vezes a manifestação inicial se dá de forma abrupta, o que para quem se encontra no volante de um veículo já prenuncia um desastre iminente”, explica Barp. De acordo com estudos concluídos recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, estatísticas internacionais apontam correlação de alterações da saúde em condutores (fatores de risco) com aproximadamente 23% dos acidentes.
O cardiologista destaca que é importante o carreteiro estar sempre atento ao surgimento de sensação crescente e incontrolável de fadiga e cansaço, tonturas, vertigens, dor de cabeça de início súbito e de intensidade crescente. Outros sinais de alerta são dor no peito associada à náusea ou vômitos, suor frio abundante , palpitações, falta de ar, formigamento nas mãos e/ou pés e dificuldade para realizar movimentos. “As principais formas de prevenção contra o mal súbito são cuidar da saúde, não cometer excessos na alimentação, não utilizar drogas e álcool e respeitar os limites não só do caminhão e da estrada, mas também e, especialmente, do próprio corpo”, aconselha o médico.
DICAS PARA EVITAR “APAGAR AO VOLANTE”
1 – Durante a viagem, mantenha-se alimentado e hidratado.
2 – Dê preferência a alimentos leves e de fácil digestão, como frutas, legumes e verduras.
3 – Evite doces, frituras e gorduras.
4 – Durma bem antes de qualquer viagem de automóvel. O sono e o cansaço são grandes inimigos da viagem segura.
5 – Antes de dirigir, não faça refeições pesadas. A digestão demorada aumenta a sonolência.
6 – Na estrada, não descuide nem por um instante. Muita atenção ao realizar ultrapassagens. Só ultrapasse quando tiver certeza de que é seguro.
7 – Não use estimulantes como rebite e outros produtos. Você pode até ficar alerta, mas o corpo continua cansado e, quando o efeito passar, você será pego de surpresa.
8 – Quando o cansaço começar a bater, não insista. Pare em lugar seguro e descanse um pouco.
9 – O condutor deve programar paradas a cada três horas, caso ele dirija por mais de quatro horas seguidas, corre o risco de comprometer sua circulação e, consequentemente, os seus movimentos, por permanecer muito tempo na mesma posição.
10 – Se dirigir, não beba. Álcool provoca sonolência, desatenção, reflexos lentos, entre outras consequências.