A indústria brasileira recuou 6,6% em 2016, segundo dados divulgados pelo IBGE nessa quarta-feira (1º). Entre os segmentos, aqueles relacionados a fornecedores do transporte tiveram uma queda ainda mais expressiva: a fabricação de equipamentos de transporte – conta que inclui, por exemplo, embarcações, veículos ferroviários e aeronaves – baixou 21,7%; já a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu 11,4%. Tomando apenas a fabricação de ônibus e caminhões, a queda acumulada no ano foi de 15,2%.
Os resultados negativos da indústria estão diretamente associados à retração no setor de transporte. Até novembro de 2016, as transportadoras tiveram queda de 7,6% nos serviços, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE. A situação mais preocupante é a do transporte terrestre, que teve redução média estimada em 10,6%. Sem demanda, as empresas deixaram de investir. Além disso, desmobilizaram bens de capital, por exemplo, vendendo veículos e implementos.
A
Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016, produzida pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), aponta números que demonstram esse movimento. No setor, 37,4% das empresas entrevistadas afirmaram ter reduzido o número de veículos em operação no ano passado. Dessas, 63% venderam ativos. O mesmo estudo aponta que 63,7% das entrevistadas não compraram veículos em 2016.
“O setor de transporte e logística está presente em todas as etapas da produção e do consumo de bens e serviços de um país. Quando o nível de atividade da economia se reduz, há diminuição na produção e no consumo de bens e serviços, gerando uma contração da demanda por serviços de deslocamento. Isso faz com que o setor de transporte seja impactado negativamente por uma crise econômica como a que o país vive atualmente. Por sua vez, um menor volume de serviços de transporte resulta em queda do nível de atividade de outros segmentos que dependem de seu desempenho”, já alertou a CNT, no boletim
Economia em Foco.
No estudo, a Confederação Nacional do Transporte destacou, entre os segmentos afetados diretamente pelo mau desempenho do setor do transporte, o de combustíveis e lubrificantes, o de autopeças, o de pneus, o de instrumentos eletrônicos, o de seguros, o mercado de financiamentos, serviços de catering, entre outros.
E a perspectiva é que, neste ano, o cenário não apresente melhoras significativas. Das empresas entrevistadas na
Sondagem, 44,6% disseram não pretender fazer novas aquisições de veículos neste ano. E quase metade (49,3%) de todos os entrevistados no setor de transporte acredita que a retomada do crescimento na economia do país só será percebida em 2018.
Fonte:
Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias
Comparadas com as de 2011, melhor ano da história do setor, as vendas de caminhões e ônibus vão encolher cerca de 70%. O volume previsto para ser comercializado neste ano ¬ entre 50 mil e 57 mil caminhões e 10 mil ônibus ¬ vai ficar quase igual ao de 1999. “Voltamos ao nível de atividade do século passado”, lamenta o presidente da MAN, Roberto Cortes. A diferença é que naquele ano havia menos fábricas e, consequentemente, menos capacidade. As montadoras de caminhões e ônibus têm hoje capacidade suficiente para produzir mais de 400 mil veículos por ano. E há milhares de caminhões parados no país, sem carga para transportar. Os transportadores tentam tirar lições da crise. A Fadel Logística começou a operar em regiões onde não atuava. A Braspress expandiu para fora do país, na Argentina, Uruguai e Paraguai, mas não conseguiu recuperar a receita de 2013, de R$ 950 milhões.
Fonte: Blog do Caminhoneiro
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