Após um início de ano aquém das expectativas nas vendas de veículos e principalmente caminhões e ônibus, as montadoras reforçam sua preocupação.
A expectativa é fechar o ano com alta de 4%, mas atualmente o setor de pesados utiliza 20% da sua capacidade nas fábricas.
O diretor de Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos de Moraes, ressaltou que os caminhões estão diretamente ligados ao crescimento do País. “Pouco provável que o consumo vai gerar crescimento, temos nível de desemprego muito alto. Consumo vai demorar um pouco para retomar. A chance para crescer é via investimento”, explicou.
O resultado do primeiro bimestre é classificado como decepcionante, uma queda de 6,4%, em relação as vendas de 2016. Mas a produção nacional registrou alta de 15% em fevereiro, e elevação de 39%, em relação ao mesmo período de 2016.
A maior atividade das fábricas demonstra uma aposta na recuperação das vendas após o segundo trimestre.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, lembrou que os programas de infraestrutura estão sendo anunciados desde o Governo anterior. “Muitas concessões, muitos anúncios são feitos, mas não acontecem. Sabemos que têm tempo de implementação, mas pedimos celeridade na condução de concessões ou mesmo a retomada dos investimentos de infraestrutura”, disse.
Na média, o setor automotivo usa hoje no Brasil 50% da sua capacidade instalada nas fábricas.
As exportações produziram o melhor bimestre da história, mas o mercado externo não consegue suprir o fraco desempenho interno.
Fonte: Blog do Caminhoneiro