Petroleiros se organizam para protestar contra Petrobras


No 9º dia da greve dos caminhoneiros, outro segmento está organizando paralisações para os próximos dias, em concordância com as pautas do aumento do diesel. Se trata dos petroleiros, que são contra a nova política de preços da Petrobras.

A Federação Única de Petroleiros (FUP) anunciou uma “greve de advertência” de 72 horas a partir de quarta-feira na Petrobras, exigindo a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis e a renuncia do presidente da companhoa, Pedro Parente. Os petroleiros reivindicam também o fim das importações de derivados de petróleo e a manutenção dos empregos na empresa.

petroleiros

A categoria de petroleiros está se organizando para uma mobilização geral, segundo o Congresso em foco. De acordo com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), o presidente da estatal, Pedro Parente, vem praticando “autoboicote” contra a empresa, com intuito de entregar a estatal ao capital estrangeiro.

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A FNT, que já manifestou apoio à paralisação contra a alta do combustível, agora se une contra a tentativa de sucateamento da estatal e das refinarias brasileiras e critica a gestão do presidente da petrolífera, a quem acusa de beneficiar grupos internacionais.

Diretor da FNP e do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (SindiPetro-LP), Fábio Mello afirma que desde o início da gestão de Parente, em 31 de maio de 2016, a carga das refinarias diminuiu, inviabilizando a produção de 100% do diesel e da gasolina consumidos no país. Procurada pela reportagem, a presidência da Petrobras informou que não comentaria as acusações.

Preço da refinaria

De acordo com André, o custo Petrobras é de apenas 30% do que é praticado na bomba. “O Custo vem do poço, tanto faz ser do pré-sal ou do poço terrestre. Hoje, por exemplo, com a gasolina a R$ 5, essa conta que sai do poço do petróleo até as refinarias, antes da distribuição, sai das refinarias a R$1,50.

A partir daí vem os tributos como PIS, Confis, ICMS, Cide e ainda mais a adição do gás anidro. Toda essa parte aí faz com que nossa gasolina seja mais cara”, explicou o diretor da FNP, que ressaltou ainda que, se as refinarias operassem com 100% de sua capacidade, o custo seria inferior a R$ 1,50.

Petroleiros e caminhoneiros

As reivindicações dos petroleiros – que estão inegavelmente atreladas às pautas dos caminhoneiros – podem ser lidas como um indicativo de que a greve dos caminhoneiros ainda não está no fim.

A própria FNP já mostrou que é importante aproveitar o momento de pressão política criado pelas manifestações de caminhoneiros para protestar também. E o fato das reivindicações dos petroleiros estarem atreladas ao preço do diesel faz com que a greve dos caminhoneiros ganhe força e apoio.

Fonte: Pé na Estrada

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