Caminhoneiros que prestam serviço de transporte de materiais e aterro no trabalho de duplicação da Rodovia Duca Serra, na Zona Oeste de Macapá, paralisaram as atividades na tarde desta quinta-feira (15). Segundo eles, a paralisação é por tempo indeterminado e foi motivada pela falta de pagamento da categoria há cerca de sete meses.
O Governo do Estado do Amapá (GEA), por meio da Secretaria de Estado dos Transportes (Setrap), informou que fez o repasse de dinheiro para o pagamento dos trabalhadores à empresa terceirizada responsável pelo serviço.
De acordo com o caçambeiro, Pedro Azevedo, de 67 anos, o grupo busca uma solução com a empresa terceirizada e também com o GEA, mas ambos não respondem as demandas. Ele conta que o protesto vai continuar às margens da rodovia até uma solução definitiva.
“Sobre a nossa situação só recebemos informações desencontradas, nenhuma que resolva o nosso problema de salários atrasados, então resolvemos parar por tempo indeterminado. Vamos permanecer na rodovia até recebemos uma solução ou por parte da empresa que nos contratou ou do governo do estado”, ressaltou Azevedo.
Para a família ter o que comer, o caminhoneiro Antônio Vieira, de 69 anos, diz que atua eventualmente como carpinteiro e pedreiro. O trabalhador reforça que a situação gera preocupação para as cinco pessoas que moram com ele.
“É difícil! Em casa, a gente vive só no milagre de Deus. Estou numa situação que não posso mais mudar pneus, comprar óleo [diesel], porque não recebemos. Estamos rodando com o combustível que dão para trabalharmos. Mas estamos sem receber nada. Estamos comendo e bebendo na graça de Deus, a gente se vira para sustentar a família. Eu faço bico de carpinteiro ou pedreiro, tudo eu faço para sobreviver”, explicou.
Fonte: Blog do Caminhoneiro