A correta manutenção dos pneus gera dúvidas que atingem até mesmo os profissionais que transportam as riquezas do país, ou seja, vocês, amigos carreteiros. Por isso a ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) divulgou recentemente um guia com dez dicas para prolongar a vida útil dos pneus.
Veja abaixo:
Carga – Os pneus têm a informação sobre a carga máxima na lateral. Ela é indicada por números que representam o limite de peso do pneu (ex: 152 = 3550 kg pneus para dimensão 295/80R22.5). É importante garantir que o caminhão não esteja sobrecarregado para evitar desequilíbrios nos eixos para poder circular em segurança. O excesso de carga exige mais dos pneus e reduz a sua vida útil.
Condução defensiva – Freadas bruscas e alta velocidade gastam mais pneu. Por isso é importante adotar a condução defensiva. Além de ser mais segura reduz o desgaste dos pneus.
Desgaste – O TWI (ou Tread Wear Indicator) é o nome técnico da saliência com 1,6 mm que está nos sulcos do pneu. Ele representa o limite de segurança e, caso o desgaste do pneu esteja próximo ou atinja esse indicador, significa que já está na hora de trocá-lo. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado “careca”. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. O veículo pode ser multado e apreendido.
Fatores externos – O TWI não é o único sinal de desgaste a ser observado. Os caminhões circulam por diferentes tipos de estrada (trajeto, piso e topografia) e encaram os mais diversos climas. Esses fatores, afetam os pneus, por isso é importante ficar atento às rachaduras, cortes mais profundos – tanto na lateral quanto na banda de rodagem.
Calibragem – A calibragem adequada é essencial para a segurança. Pressão abaixo do nível recomendado pelo fabricante deixa o pneu mais quente. Além disso desgasta mais rápido e pode causar rachaduras nos flancos da carcaça e leva à perda de estabilidade em curvas. Quando a pressão está acima da recomendada, o desgaste é mais visível na área central da banda de rodagem. Essa condição pode resultar em rachaduras na base dos sulcos e o pneu se torna mais suscetível a rompimento da banda, podendo causar acidentes.
Estepe – Apesar de não estar em uso, o estepe também deve ter a manutenção em dia. Verifique sempre a pressão e o desgaste antes de pegar a estrada.
Pneus reformados – A construção dos pneus de carga permite que sejam recapados até três ou quatro vezes, mediante a qualidade e o estado da carcaça. A recapagem substitui somente a borracha desgastada da banda de rodagem em contato com o solo. Qualquer reforma de pneus deve ser feita em locais com o selo do Inmetro para que haja garantias de que o serviço seja realizado de forma adequada e de maneira a assegurar a segurança.
Alinhamento e balanceamento – Se feitos de forma correta, garantem mais segurança durante o transporte em função da maior estabilidade do veículo, maior vida útil dos pneus e redução do consumo de combustível.
Rodízio – A má distribuição de carga e o tipo de direção do motorista podem levar ao desgaste irregular dos pneus.
Uma das maneiras de prolongar a vida útil dos pneus, igualar o desgaste e de tornar a viagem mais segura é o rodízio, que deve ser feito sempre com supervisão de um especialista. O rodízio varia de acordo com o tipo de caminhão e por isso é sempre necessário verificar as orientações do manual do veículo.
Derivados de petróleo e solventes- O contato com derivados de petróleo e solventes não é benéfico para os pneus, já que atacam a borracha. Esteja atento para não estacionar sobre poças de óleo e verifique se os produtos usados nas rodas possuem alguns destes elementos.
Fonte: O Carreteiro