Arquivo da tag: câmbio automatizado

Caixa de câmbio automatizada: caminho sem volta

Caixa de câmbio automatizado, equipamento de série em quase 100% dos caminhões pesados produzidos no Brasil, a caixa de câmbio automatizada deverá ser um item normal também em modelos dos segmentos de semipesados, médios e leves. Especialista avaliam que se trata de um caminho sem volta e não falta quem acredite que se a caixa mecânica não desaparecer totalmente será muito pouco utilizada.

Entre as diversas transformações ocorridas no transporte rodoviário de cargas nos últimos anos, duas delas marcaram mudanças no perfil do setor: a primeira – a partir do início dos anos 90 – foi a transição da cabine convencional para a avançada e a segunda, ainda em curso, é a preferência de motoristas e transportadores por caminhões com caixa de transmissão automatizada. Este item, embora esteja disponível no mercado há cerca de 15 anos, ganhou impulso no mercado brasileiro há bem menos tempo, tornando-se item de série dos caminhões pesados produzidos atualmente no País.

A transmissão automatizada tornou-se uma tendência mundial que mostrou claramente a preferência da grande maioria dos motoristas por dirigir sem ter de fazer as trocas de marchas. O fato fica mais evidente ainda quando executivos de um fabricante global de transmissões, a alemã ZF, afirma que segundo suas análises, as caixas de marchas mecânicas desaparecerão até o ano de 2025. Essa mudança tem outros apelos como segurança, economia de combustível e, dentro de alguns anos, os caminhões autônomos.

Winfried Gründler, executivo responsável pela unidade de negócios de transmissões para caminhões e vans da divisão de tecnologia para veículos comerciais da ZF, na Alemanha, disse recentemente que o volume de transmissões manuais deverá diminuir dos atuais 60% para cerca de 10% na União Europeia. Ainda segundo ele, a nível global a redução será de 80% para 50%. No Brasil, as transmissões manuais em veículos pesados já começam a ser utilizadas apenas em nichos específicos, ou a pedido do cliente, como já acontece no Brasil.

“Acabou o preconceito do transportador em relação à caixa de câmbio automatizada. Hoje ele reconhece suas vantagens e sabe que ela protege todo o sistema de transmissão do caminhão”, afirmou o engenheiro Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Scania. Ele acrescenta que este sistema evoluiu bastante ao lembrar que as caixas automatizadas de primeira geração trocavam as marchas conforme a rotação do motor, mas hoje fazem muito mais coisas.

Nos próximos anos veremos um incremento da automatização também nos caminhões médios e semipesados, previu Marcos Andrade, da Mercedes

A automatização é uma onda que caminha de cima para baixo, ou seja, dos segmentos com maior valor agregado para os veículos mais simples, lembrou o gerente de produto caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, Marcos Andrade. Ele destaca que para os segmentos de leves e médios, o câmbio automatizado ainda não se tornou pré-requisito para os clientes, mas isso poderá se tornar uma tendência nos próximos anos. “Sem dúvida, nos próximos anos veremos um incremento da participação da automatização nos segmentos de leves, médios e semipesados”, opinou.

O grande desafio, prossegue Andrade, é prever a velocidade com que isso ocorrerá, pois depende da existência de soluções tecnologicamente adequadas para as condições de operação no Brasil e a um custo aceitável. Também ressalta que a necessidade das caixas automatizadas para o transporte de carga depende da aplicação e perfil de cada cliente. Como exemplo, ele cita que 100% dos modelos Axor e Actros, caminhões cuja maioria atendem aplicações rodoviárias e operações fora de estrada, são produzidos com transmissão automatizada.

Ele lembra que os principais destaques do câmbio automatizado são a economia do consumo de combustível e o nível superior de conforto, itens muito importantes em viagens de longa duração, além da dirigibilidade ao motorista, o que contribui para alcançar maior produtividade nas operações de transporte. “Com certeza é um caminho sem volta e necessário. Essa tecnologia atinge nível superior de conforto ao motorista, e é exatamente isso que os clientes esperam do caminhão”, concluiu.

Fonte: O Carreteiro

Câmbio automatizado eleva o padrão de conforto dos caminhões Mercedes-Benz Axor fora de estrada

O Mercedes PowerShift – exclusivo câmbio totalmente automatizado, sem pedal de embreagem, da Mercedes-Benz – já está consagrado no mercado pela eficiência e excelente desempenho nos caminhões extrapesados Axor rodoviários. Com base nisso, a Mercedes-Benz disponibiliza essa tecnologia também para o Axor fora de estrada, que recebe ainda o sensor de inclinação.

Essa novidade amplia o nível de conforto oferecido pelos caminhões Axor aos motoristas, que passam a desfrutar de mais praticidade e facilidade. Consequentemente, isso traz ainda mais produtividade para o condutor do veículo, com menos cansaço e stress ao final da jornada. Ou seja, o motorista trabalha com mais comodidade e com maior satisfação.

“O grande diferencial do Mercedes PowerShift é que este câmbio automatizadorecebeu desenvolvimento específico para a aplicação off-road”, diz Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “Aliás, a Mercedes-Benz é a única fabricante a fazer essa adequação, visando o melhor desempenho e durabilidade de acordo com as características das operações fora de estrada. Isso proporciona confiabilidade ao cliente”.

Os caminhões Axor receberam desenvolvimento específico para as severas operações fora de estrada, caracterizadas por locais sem pavimentação, pistas de terra e cascalho e topografia irregular, como nas atividades canavieira, madeireira, mineração e grandes obras de infraestrutura e construção civil.

“O Axor já nasceu com DNA de um legítimo off-road”, afirma Ari. “Assegura força, elevada capacidade de carga, resistência e durabilidade. Isso se deve ao consagrado trem de força Mercedes-Benz, eixos traseiros e chassi robusto, além de elementos, como protetor de cárter, estribos flexíveis e filtro de ar posicionado na lateral superior direita da cabina, que proporciona proteção contra avarias e eventuais quebras do filtro causados por impactos com terreno acidentado, comuns nas operações fora de estrada”.

Com foco no bem-estar de quem conduz o caminhão, a Mercedes-Benz também lança uma nova geração de bancos do motorista, assim como do passageiro. Esta novidade faz sua estreia nos caminhões Axor fora de estrada, assegurando um padrão ainda mais elevado de conforto. Isso se traduz em maior produtividade e também em mais segurança para o dia a dia de trabalho.

Essas novidades dos caminhões Mercedes-Benz decorrem da evolução do conceito ECONFORT, filosofia de desenvolvimento que trouxe novo padrão de economia, conforto, força e desempenho para o transporte de carga.

Mercedes PowerShift oferece mais conforto e economia

O exclusivo Mercedes PowerShift – câmbio mecânico com acionamento totalmente automatizado e sensor de inclinação, sem pedal de embreagem – pode ser operado no modo automático ou manual, dependendo da preferência do motorista.

A manopla do PowerShift está localizada num console rebatível junto ao apoio de braço do banco do motorista. Realiza os engates de forma rápida e suave, aumentando significativamente o conforto para o motorista.

Esse câmbio contribui para a redução no consumo de combustível graças às trocas de marchas mais precisas. Além disso, tem potencial de diminuição de diferenças de consumo médio existentes entre motoristas da mesma frota, melhorando o resultado geral da empresa de transporte, com menor custo operacional e mais rentabilidade para os clientes.

O Mercedes PowerShift conta com três funções inteligentes que agregam mais desempenho, economia e conforto: EcoRoll, Manobra e a exclusiva tecla Power Mode Off-Road para aplicações fora de estrada, que aumenta ainda mais a força do Axor em situações extremas.

Ao ligar o motor do caminhão, automaticamente o “Power Mode Off-Road” é acionado. Com isso, o motorista passa a ter maior controle da troca de marcha pela posição do pedal do acelerador, o que traz mais torque e força para puxar a carga, evitando assim a troca desnecessária de marchas.

A função “Power Mode Off-Road” pode ser desabilitada quando o veículo está na rodovia, bastando apertar a tecla “Power/OFF” no painel. Assim, entra em operação o “EcoRoll”, que coloca a transmissão do veículo em neutro quando não há demanda de torque. Isso ocorre de forma segura e controlada, sem a intervenção do motorista, auxiliando na redução do consumo de combustível.

Por sua vez, a função “Manobra” propicia um controle preciso do veículo na movimentação em pátios e manobras, contribuindo para maior segurança.

O câmbio Mercedes PowerShift, disponível para os caminhões Axor fora de estrada, conta com sensor de inclinação. Esta tecnologia também é aplicada nos caminhões extrapesados Actros e nos semipesados Atego.

Axor com PowerShift oferece muitas vantagens à atividade canavieira

O Axor enfrenta muitos desafios na operação canavieira, uma típica atividade fora de estrada. Entre eles, a alta capacidade de carga (no caso do Axor 3344, até 74 toneladas de PBTC na versão treminhão, com 123 toneladas de CMT), inclinação das vias, aclives acentuados, irregularidades do solo que causam torsões no caminhão e nos semirreboques e outros impactos. “Isso exige muito do trem de força”, afirma Ari de Carvalho. “É aí que o Axor ganha mais vantagens no mercado. Todos os elementos do seu trem de força são produzidos pela própria Mercedes-Benz. Como resultado, o conjunto é eficiente e equilibrado, destacando-se pela força, robustez e durabilidade”.

Outra exigência imposta ao Axor na operação fora de estrada é o caminhão parar numa rampa e sair normalmente, sem voltar para trás e nem colocar em risco a segurança do motorista, do veículo e da carga. Nessa situação, o Axor sobe, para e retoma a marcha normalmente e com toda segurança, assegurando confiabilidade para o motorista por sua força e desempenho excelente.

Com o Mercedes PowerShift, o motorista só precisa entender a dinâmica do caminhão e saber o momento certo de fazer a mudança de marchas para cima ou para baixo na manopla do câmbio. A correta troca de marchas do sistema preserva ao máximo possível a embreagem. Isso alonga o período necessário para troca da embreagem e reduz os custos operacionais, com menos paradas para as etapas de manutenção.

Como o Mercedes PowerShift faz a troca de marchas no momento certo, o câmbio se adianta ao motorista e evita uma eventual operação irregular. Com isso, garante a produtividade do motorista e preserva o veículo.

“Essa tecnologia da Mercedes-Benz reduz a fadiga e o stress do motorista e aumenta sua confiança no caminhão com câmbio automatizado”, diz Ari. “Ele sabe que o Axor não o deixará na mão e que pode confiar no veículo”.

Novos bancos se destacam pelo maior número de regulagens

A Mercedes-Benz está introduzindo em seu portfólio uma nova geração de bancos, os mais modernos do mercado, tanto para o motorista, quanto para o passageiro, e que trazem diversas regulagens para melhor adequação às necessidades dos clientes.

Com os novos bancos, o conforto e a segurança estão em primeiro lugar. Mais bonitos e com acabamento lavável, eles se destacam pelas múltiplas regulagens, cintos de segurança integrados, disponibilidade de suspensão pneumática e vinil, com aparência de couro, nas versões Standard e Conforto, para caminhões Axor fora de estrada.

Com design diferenciado, os novos bancos se caracterizam pelo encosto com perfil mais envolvente, que remete à imagem de um arrojado banco de automóvel. Os assentos tiveram sua espessura de espuma aumentada em 10 mm em relação à versão anterior. O novo acabamento em vinil está mais suave ao toque, muito mais macio, aumentando a sensação de conforto, além de facilitar a limpeza, vantagem especialmente importante para um veículo fora de estrada.

Os novos bancos atendem às solicitações de clientes captadas em visitas a transportadoras, demonstrações, test-drives, clínicas e pesquisas. Tudo a ver, portanto, com o compromisso da Mercedes-Benz de ouvir o que as estradas têm a dizer e, principalmente, de atender a cada demanda de quem trabalha no dia a dia do transporte, seja o motorista, a empresa de transporte ou o autônomo.

“Com essa nova linha de bancos, atendemos aos mais exigentes padrões de conforto e segurança”, afirma Ari de Carvalho. “Isso irá nos ajudar a alavancar novos negócios e melhorar ainda mais a nossa participação no mercado de caminhões fora de estrada, em que somos líderes destacados, como em todos os segmentos do transporte de carga no País”.

Controles laterais dos novos bancos permitem diversos ajustes

Os novos controles laterais dos bancos do motorista e do passageiro são mais ergonômicos e de fácil manuseio. Eles possibilitam ampla gama de ajustes, como amortecimento, inclinação e altura do assento; controles para baixar ou levantar o banco, a fim de facilitar a entrada e a saída do motorista; ajuste do encosto das costas e dos apoios de braço.

O elevado padrão de conforto e ergonomia se traduz em produtividade para o motorista, além de mais segurança no dia a dia. Essa novidade traz mais valorização ao motorista, além de ganhos para o frotista, graças à maior produtividade e maior satisfação do condutor do caminhão.

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Caixa de câmbio automatizada: caminho sem volta

Entre as diversas transformações ocorridas no transporte rodoviário de cargas nos últimos anos, duas delas marcaram mudanças no perfil do setor: a primeira – a partir do início dos anos 90 – foi a transição da cabine convencional para a avançada e a segunda, ainda em curso, é a preferência de motoristas e transportadores por caminhões com caixa de transmissão automatizada. Este item, embora esteja disponível no mercado há cerca de 15 anos, ganhou impulso no mercado brasileiro há bem menos tempo, tornando-se item de série dos caminhões pesados produzidos atualmente no País.

A transmissão automatizada tornou-se uma tendência mundial que mostrou claramente a preferência da grande maioria dos motoristas por dirigir sem ter de fazer as trocas de marchas. O fato fica mais evidente ainda quando executivos de um fabricante global de transmissões, a alemã ZF, afirma que segundo suas análises, as caixas de marchas mecânicas desaparecerão até o ano de 2025. Essa mudança tem outros apelos como segurança, economia de combustível e, dentro de alguns anos, os caminhões autônomos.

Winfried Gründler, executivo responsável pela unidade de negócios de transmissões para caminhões e vans da divisão de tecnologia para veículos comerciais da ZF, na Alemanha, disse recentemente que o volume de transmissões manuais deverá diminuir dos atuais 60% para cerca de 10% na União Europeia. Ainda segundo ele, a nível global a redução será de 80% para 50%. No Brasil, as transmissões manuais em veículos pesados já começam a ser utilizadas apenas em nichos específicos, ou a pedido do cliente, como já acontece no Brasil.

“Acabou o preconceito do transportador em relação à caixa de câmbio automatizada. Hoje ele reconhece suas vantagens e sabe que ela protege todo o sistema de transmissão do caminhão”, afirmou o engenheiro Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Scania. Ele acrescenta que este sistema evoluiu bastante ao lembrar que as caixas automatizadas de primeira geração trocavam as marchas conforme a rotação do motor, mas hoje fazem muito mais coisas.

cam_p_310_db_8x2_frigorifico
“Acreditamos que essa tendência do uso de caixas automatizadas vai crescer muito também no segmento de semipesados. Nós, por exemplo, começamos a disponibilizá-la no nosso modelo semipesado 8X2 junto com a cabina-leito, num momento em que mercado não acreditava como hoje na transmissão automatizada”, finalizou Mendonça.“A caixa de transmissão Opticruise, por exemplo, faz leitura da carga, da pressão do acelerador, do giro do motor e pressão da turbina entre outras coisas”, explicou Mendonça sobre o equipamento da Scania, o qual, também permite que o motorista escolha entre a direção econômica e normal na forma de conduzir, além de permitir que o caminhão continue engatado mesmo trafegando em condições nas quais o motor tenha de operar com o giro bem próximo à marcha lenta.

cam_vw-19360-_7409
“Temos a maior linha de caminhões automatizados do Brasil, com 17 veículos ofertados ao mercado brasileiro. Seja nas versões V-Tronic para Volkswagen ou TipMatic na série MAN TGX e asseguramos opções sob medida aos clientes que buscam uma alternativa econômica e eficiente, com o melhor custo-benefício ao frotista”, afirmou Alouche. Ainda de acordo com o executivo, essa é uma realidade muito forte em nosso mercado. “Hoje, cerca de 80% de nossos cavalos-mecânicos já saem da linha de montagem com a transmissão automatizada V-Tronic, e essa configuração tem se confirmado como uma tendência também nos semipesados e médios. Um caminho sem volta”, finalizou.Quando uma tecnologia traz benefícios e conquista o cliente, a tendência é de se expandir também para caminhões com menor capacidade de carga. Caso da MAN Latin America, a única montadora no País a oferecer esta solução em motor de 4 cilindros, no Constellation 17.190.  Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da companhia, adiantou que a empresa vai expandir a oferta para os modelos leves. Por conta disso, um protótipo da linha Delivery também já se encontra em teste com a caixa V-Tronic, fabricada pela ZF.

cam_actros-2651-8

O grande desafio, prossegue Andrade, é prever a velocidade com que isso ocorrerá, pois depende da existência de soluções tecnologicamente adequadas para as condições de operação no Brasil e a um custo aceitável. Também ressalta que a necessidade das caixas automatizadas para o transporte de carga depende da aplicação e perfil de cada cliente. Como exemplo, ele cita que 100% dos modelos Axor e Actros, caminhões cuja maioria atendem aplicações rodoviárias e operações fora de estrada, são produzidos com transmissão automatizada.A automatização é uma onda que caminha de cima para baixo, ou seja, dos segmentos com maior valor agregado para os veículos mais simples, lembrou o gerente de produto caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, Marcos Andrade. Ele destaca que para os segmentos de leves e médios, o câmbio automatizado ainda não se tornou pré-requisito para os clientes, mas isso poderá se tornar uma tendência nos próximos anos. “Sem dúvida, nos próximos anos veremos um incremento da participação da automatização nos segmentos de leves, médios e semipesados”, opinou.

Ele lembra que os principais destaques do câmbio automatizado são a economia do consumo de combustível e o nível superior de conforto, itens muito importantes em viagens de longa duração, além da dirigibilidade ao motorista, o que contribui para alcançar maior produtividade nas operações de transporte. “Com certeza é um caminho sem volta e necessário. Essa tecnologia atinge nível superior de conforto ao motorista, e é exatamente isso que os clientes esperam do caminhão”, concluiu.

cam_hi_way_54

O executivo de marketing Iveco destacou também que atualmente a caixa automatizada é também um item que, devido ao conforto que proporciona, ajuda os transportadores a atrair motoristas para suas frotas oferecendo mais conforto. “Acredito que a utilização da caixa automatizada em todos os veículos, de diferentes segmentos do transporte, deva ser um processo a longo prazo, porém, cada vez mais os operadores irão buscar conforto e custo operacional”, finalizou.O diretor de marketing da Iveco para a América Latina, Ricardo Barion, também tem opinião de que a transmissão automatizada é o futuro, entretanto lembrou que a caixa manual ainda representa boa parte das compras dos transportadores. “As duas opções estarão disponíveis por alguns anos para atender cada necessidade do cliente”, acrescentou. Barion destacou que estão sendo testadas novas tecnologias em Sete Lagoas/MG e serão implementadas conforme a demanda do mercado e lembrou que os pesados Stralis e Hi-Way também contam com câmbio automatizado de série.

cam_23-vm

Além de reforçar que a automatização dos caminhões é um caminho sem volta, Fedalto acentua que hoje em dia já está difícil vender caminhão com transmissão manual, embora existam ainda alguns nichos de mercado que precisam deste tipo de equipamento. “Trio elétrico, por exemplo é um deles, porque o veículo trafega em velocidade muito baixa. Neste caso ainda não é adequado o uso da transmissão automatizada, mas vamos fazer uma versão da caixa I-Shift para essa aplicação também”, adiantou. Hoje, o custo de uma caixa automatizada da Volvo custa R$ 10 mil, valor que se refere à parte eletrônica e certos mecanismos para fazer a troca de marchas.O diretor de vendas de caminhões da Volvo, Bernardo Fedalto, disse que a caixa de transmissão automatizada mudou o mundo. “Hoje, quem não tem está fora do mercado”, enfatizou. De acordo com ele, atualmente 96% dos modelos das famílias FH e FMX saem da linha de produção com caixa de transmissão automatizada. “Na linha VM, por exemplo, já ultrapassamos os 70%, e temos expectativa de terminar 2017 com 90%”, enfatizou. Fedalto informou ainda que, exceto para os modelos com motor de 220cv de potência, toda a linha VM tem disponibilidade da caixa I-Shift.

cam_cf85

Recém-chegada ao mercado brasileiro, a DAF produz somente caminhões pesados com transmissão automatizada, mas isso não exclui a possibilidade de a empresa entregar modelos com caixa manual. O diretor de desenvolvimento de produto da empresa, Ricardo Coelho, explica que é possível a instalação da caixa mecânica em qualquer modelo da marca, porém esclarece que esta operação terá sempre avaliação da engenharia e do cliente sobre a aplicação do veículo. “Essa prática segue nossa política de oferecer caminhões totalmente adequados à aplicação, verificando se realmente é a melhor opção em autonomia”, justificou.

Ricardo Coelho acrescentou que assim como ocorreu com os caminhões pesados, a caixa de transmissão – seja automatizada ou automática – fará parte da maioria dos modelos leves e semipesados no mercado brasileiro, porque confere mais segurança e melhor consumo de combustível. Ele adverte que se for produzida em maior volume terá custo mais acessível aos clientes e que este movimento do mercado demorará mais. Também e principalmente porque este movimento já é um passo para tecnologias futuras, como a dos caminhões autônomos.

cam_cargo-torqshift-2429_21

Costa acrescentou que atualmente a transmissão automatizada representa cerca de 20% do mercado e a expectativa é de crescimento em 2017. Numa perspectiva de cinco anos pode chegar a 70% em alguns segmentos, como os extrapesados, deve chegar aos 100%”, admitiu.  O executivo de marketing da Ford Caminhões reforça ainda que o uso do câmbio automatizado em veículos comerciais, especialmente o TorqShift, é uma tendência que vem crescendo em todo o mundo por oferecer economia, maior produtividade, conforto e também por propiciar um nivelamento em relação à eficiência dos motoristas.A transmissão automatizada é item de série também nos novos caminhões da marca Ford e recentemente a empresa ampliou oferta também para modelos médios. O gerente de marketing de caminhões, Flávio Costa, disse que não se tem ainda uma perspectiva clara do volume de vendas de modelos automatizados, no entanto adiantou que a Ford Caminhões está oferecendo aos clientes veículos com vantajoso custo-benefício. “Com a retomada do mercado, esperamos que os caminhões Cargo TorqShift representem cerca de 35% das nossas vendas”, comentou.