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Exército irá garantir trafegabilidade na BR-163 no Pará

Com a intensificação das chuvas no chamado Inverno Amazônico, já estão em andamento as ações para garantir a trafegabilidade no trecho ainda não pavimentado da BR-163/PA. Por meio de convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, o Exército está fazendo o monitoramento da rodovia e ações de manutenção, bem como operação do tráfego no trecho sob sua responsabilidade.

Nesta semana, o tráfego de veículos foi temporariamente retido nos municípios de Moraes Almeida e Novo Progresso para a realização de obras de drenagem e recomposição da pista. Após a retomada da trafegabilidade na rodovia, os veículos são liberados.

Esse tipo de atuação deve se repetir na BR-163/PA ao longo do período das chuvas nos dois segmentos em obras de pavimentação. Desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, a BR-163 possui 710 quilômetros. Deste total, 620 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT. Somente neste trecho da rodovia, o Governo federal já investiu R$ 1,37 bilhão em obras de implantação e pavimentação.

Há dois lotes com obras de construção em andamento. No lote de obras sob responsabilidade do Exército, próximo a Novo Progresso, de um total de 65 quilômetros, falta asfaltar 58. No outro lote, próximo a Trairão, de um total de 137 quilômetros, falta asfaltar cerca de 30 quilômetros. A meta é concluir as obras em 2018.

Com as chuvas, estes trechos ainda em construção podem sofrer alguns transtornos, gerando interferências na trafegabilidade e dificultando o transporte de cargas. Para mitigar estes problemas, as equipes mobilizadas pelo DNIT vão monitorar permanentemente a rodovia, a fim de orientar o tráfego de veículos e definir serviços emergenciais, além de pontos de operação pelo sistema Pare e Siga e pontos de controle do tráfego.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Caminhões do Exército e carros zero km são usados para clonagem

Caminhões do Exército brasileiro e veículos zero quilômetro, que sequer foram emplacados, têm sido tem sido usados para a clonagem de carros por quadrilhas de todo o país. O esquema foi revelado pela Delegacia de Roubo de Veículos do Rio Grande do Sul, conforme reportagem exibida pelo Fantástico na noite de domingo (11) (confira no vídeo acima).

Na semana passada, uma operação realizada em 15 cidades resultou na prisão de 13 pessoas e na localização de 26 caminhões clonados. Os bastidores do trabalho da polícia foram acompanhados por três meses.

A investigação teve início com uma apuração solitária realizada por um agricultor de São Lourenço do Sul, cidade localizada ao Sul do estado gaúcho, após o roubo de seu caminhão na ERS-118, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Ele buscou informações em postos de combustíveis e ouviu colegas motoristas, até descobrir um galpão no interior da cidade de Canguçu, também no Sul. É lá que estava o veículo roubado.

“Fiz de conta que ia comprar um caminhão. Aí, perguntava para um, perguntava pelo outro. Numa certa revenda, lá todo mundo suspeitava. Falava: ‘Olha, aquele cara é perigoso’. Fui atrás desse cara, fui investigar”, explicou o caminhoneiro.

Com a informação, a polícia passou a investigar o suspeito pelo envolvimento no furto. Ingo Ramson Abraham, conhecido como Tio Pipa, é dono de uma loja de caminhões localizada na cidade de Pelotas. Ele foi uma das pessoas presas na operação realizada pela polícia na semana passada, juntamente com a mulher e um funcionário. Ele, porém, negou as acusações.

Ingo teria negociado a maioria dos 50 caminhões clonados que rodam no Rio Grande do Sul. No entanto, a estimativa é que o número total de clones rodando pelo Brasil chegue a 1 mil veículos.

De acordo com o delegado Marco Guns, um dos responsáveis pela apuração, os bandidos tinham acesso à numeração de chassis dos caminhões do Exército, que não eram emplacados. De posse dessas informações, os suspeitos roubavam veículos similares e remarcavam os chassis com a numeração dos caminhões militares.

Ao realizar esse tipo de clonagem, os criminosos corriam menos riscos, uma vez que não existe veículo similar e legal rodando por ruas e estradas, o que dificulta a descoberta da fraude.

“Com isso, este veículo subtraído em roubo ou furto andará, transitará pelo Brasil normalmente, regularmente, uma vez que não haverá no país, um veículo idêntico àquele em trânsito. Porque parte desses veículos estarão em unidades do Exército Brasileiro”, disse o delegado Guns, “fechado nas unidades”, completou.

A participação de funcionários do Centro de Registro de Veículos (CRVAs) no golpe é investigada pela polícia. Entre os veículos clonados registrados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estava o caminhão do agricultor.

“Foi vistoriado. Levei ele lá (no CRVA) e (o caminhão) passou na vistoria. Se ele (vistoriador) liberou ali, como eu vou saber se tem coisa errada nele ou não”, afirma o agricultor, cujo caminhão usava número de chassis de um veículo do Exército de Fortaleza.

O Comando do Exército informou ter realizado uma investigação interna, sem identificar o envolvimento de militares no vazamento da numeração dos chassis.

Uma das linhas de investigação é a de que os dados tenham sido vazados a partir do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão ligado ao Ministério das Cidades, que gerencia o sistema de registro de veículos de todo o Brasil. Por meio de nota, a pasta diz que não existem evidências de que esteja ocorrendo algum vazamento.

“É uma fraude extremamente especializada. Trabalho há 13 anos na área criminal, nunca tinha visto coisa igual”, afirma o delegado Adriano Nonnenmacher, que participa das investigações.

Fonte: G1