No momento em que a indústria de caminhões e ônibus opera com mais de 75% de ociosidade, uma greve paralisou a produção da Scania, fabricante de modelos pesados, em São Bernardo do Campo (SP).
A paralisação foi deflagrada por conta de falta de entendimento no reajuste salarial. Segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a mobilização continuará nos próximos dias, com paralisações por área de trabalho.
A Scania tem 3,2 mil trabalhadores, segundo o sindicato, dos quais 2 mil trabalham na produção. A reivindicação salarial é de reposição integral da inflação. A empresa oferece reajuste de 5% e mais um abono.
Segundo dados de emplacamento de veículos no país, o volume de caminhões Scania licenciados em setembro ficou 25% menor do que há um ano e o de ônibus recuou 69%. O mercado de caminhões em geral encolheu 46,2%.
Em agosto, a Mercedes-Benz, líder do setor, fechou um acordo no qual os empregados da fábrica de caminhões de São Bernardo abriram mão de reajuste salarial em 2017. Em troca, a empresa ofereceu estabilidade no emprego. A Mercedes também fechou 1,4 mil vagas por meio de um recente programa de demissões voluntárias.
Os empregados da Scania também pediram estabilidade, mas sem abrir mão do pedido de ajuste salarial. Mas a empresa rejeitou a proposta, segundo o sindicato.
Fonte: Blog do Caminhoneiro