A Continental amplia sua pesquisa para o uso da borracha derivada do dente-de-leão denominada pela empresa como Taraxagum. Desta vez, a fabricante empregou a nova matéria-prima em um modelo de pneu de carga, que equipa caminhões e ônibus, o protótipo Conti EcoPlus HD3.
Há cinco anos a companhia iniciou o desenvolvimento da nova borracha, cujo nome deriva da definição botânica da planta dente-de-leão. Em 2014 apresentou o primeiro pneu de inverno premium com banda de rodagem feito de Taraxagum e no mesmo ano iniciou os planos de produção do primeiro pneu para veículos comerciais, modelo que necessita de um volume muito maior de borracha natural, entre 20 e 25 quilos, com relação a um pneu de passei, que leva de 1 a 3 quilos.
Segundo a empresa, os testes de desempenho com os pneus comerciais utilizando o novo componente foram promissores, demonstrando que esta é uma boa alternativa à borracha natural de origem tradicional, além de cumpror com os requisitos do segmento de transporte.
No fim de 2016, a Continental anunciou a construção de um centro de pesquisas em Anklam, na Alemanha, para a produção de borracha de dente-de-leão e para a qual planeja investir € 35 milhões até 2021. A estimativa é de que a borracha de dente-de-leão entre em produção de larga escala entre os próximos 5 a 10 anos.
O dente-de-leão russo pode ser produzido em maiores quantidades por hectare do que a tradicional borracha hevea brasiliensis, derivada das árvores tropicais. A Continental também desenvolveu novos processos e métodos produtivos para obter a borracha, que além de pneus, poderá servir para outros tipos de produtos a partir da seiva de látex da raiz da planta.
Fonte: Automotive Business