De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram R$ 6,1 bilhões à economia brasileira entre 2011 e 2016. O prejuízo chega a R$ 3,9 milhões por dia com as ocorrências, que se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro (43,7%) e São Paulo (44,1%).
O estudo ainda aponta que as perdas causadas por esse tipo de crime têm crescido ano a ano, assim como o número de casos registrados, que aumentou 86%, ou seja, de 12 mil em 2011 para mais de 22 em 2016.
Outros dados recentes são da FreightWatch International, maior consultoria especializada em roubos de cargas, que apontou que o Brasil é campeão mundial de roubo de cargas e está à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com “altíssimo risco”. A pesquisa também revela que o custo com a segurança das frotas de caminhões representa 12% do faturamento bruto das empresas de logística.
“Como consequência, tudo o que é gasto com seguro, escolta e tecnologia entra no Custo Brasil e quem paga, obviamente, somos todos nós”, diz Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos na área de transportes e logística do Brasil.
Dados levantados pela GRISTEC, Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento, revelam que, entre 2005 e 2013, 563 mil tentativas de roubos ou furtos foram frustradas graças à ação de equipamentos antifurto e das centrais de monitoramento, o que representou uma economia de R$27 bilhões, recurso que para embarcadores, transportadores e companhias seguradoras significa mais investimentos, criação de empregos e geração de renda.
De acordo com Buonavoglia, “de maneira geral, as estatísticas mostram um quadro pessimista sem melhorias em curto prazo, porém as empresas que têm inserido programas de gerenciamento de riscos em suas operações desafiam os números conquistando melhores resultados”.
“Ações básicas de gerenciamento de riscos como pesquisa e adequação do perfil do motorista contratado, serviços de inteligência e tecnologias embarcadas que direcionam os órgãos de segurança pública ao local exato do delito, otimizam a estrutura policial disponível e contribuem para a prisão de meliantes e recuperação das cargas”, diz.
Fonte: Blog do Caminhoneiro