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Ações de piratas assustam transportadores e passageiros no Norte

A ação de piratas preocupa cada vez mais quem opera o transporte aquaviário na região Norte do Brasil. A forma de atuação das quadrilhas se repete na maioria das ocorrências: os criminosos se aproximam do alvo em embarcações pequenas e rápidas; são violentos ao anunciar e praticar o assalto; com pressa, mas sem maiores obstáculos, retiram carga e equipamentos (veja, abaixo, vídeo com um flagrante de um roubo no Pará). No meio da mata, em trechos pouco povoados – e com dificuldade de comunicação – tripulação e passageiros ficam reféns da ação dos bandidos, e torcem para que a violência não os torne vítimas ainda mais graves da criminalidade. Os piratas, por sua vez, contam com a cumplicidade da mata fechada e do traçado acidentado de rios e afluentes e fogem, quase sempre impunes.
O número de ocorrências não está consolidado na região, mas sabe-se que os prejuízos são milionários. Cálculos da Fenavega (Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária) apontam que, em 2015, os transportadores perderam cerca de R$ 100 milhões em produtos e equipamentos roubados das embarcações. “É um problema grave, trágico e é uma constante. As tripulações chamam a região de Somália brasileira, tamanha a quantidade de ocorrências. Tem empresas de menor porte que estão pensando em parar de navegar”, diz o presidente da entidade, Raimundo Holanda. A referência ao país africano se deve ao fato de aquela região ser conhecida, desde a década de 1990, pelos ataques piratas a navios mercantes. Na região amazônica brasileira, os principais alvos, segundo o presidente da Fenavega, são o rio Amazonas, entre Manaus (AM) e Belém (PA), e o Madeira, entre Manaus e Porto Velho (RO).
Nos ataques mais graves, os bandidos fazem reféns, agridem as vítimas e até mortes já foram registradas. Em um dos casos mais recentes, em setembro deste ano, um homem de 47 anos perdeu a vida ao ser baleado em um ataque pirata contra uma embarcação no arquipélago do Marajó, no Pará.
“Eles são muito violentos, e há duas modalidades: a de assalto a embarcações de passageiros e barcos de pesca e a de assaltos a balsa”, relata o delegado Dilermando Dantas Júnior, diretor do Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Pará, o Gflu – órgão criado pela Secretaria Estadual de Segurança em 2011. Ele conta que a ação contra balsas que carregam produtos é a mais comum. “A balsa é mais lenta, mais fácil de ser abordada. Às vezes vêm até crianças em pequenas rabetas, prestando atenção se tem segurança a carga que está sendo transportada. E aí voltam com as informações para os criminosos, que depois chegam de forma violenta”, conta.
Nas cargas, os produtos mais visados são derivados de petróleo (diesel e gasolina) e eletroeletrônicos. “Já chegamos ao ponto de os piratas desacoplarem a balsa de um comboio com três milhões de litros de combustíveis. E tem os equipamentos da Zona Franca de Manaus. Os bandidos pegam uma barcaça transportando 40 carretas de eletroeletrônicos e levam tudo o que puderem. Chegam com armamento pesado e a tripulação não tem como reagir”, diz Holanda. “Como não existe combate efetivo, eles estão se armando e se profissionalizando cada vez mais, enquanto não tem uma ação forte do Estado”, complementa Holanda.
A criminalidade também impacta diretamente nas negociações com clientes, já que a vulnerabilidade do transporte à ação dos piratas reduz a confiabilidade da atividade. “Clientes migraram para outros modais, empresas seguradoras aumentaram seus valores para cobertura ou desistiram de fazê-la”, relata o presidente do Sindarpa (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará), José Rebelo III. Conforme a entidade, entre junho de 2015 e junho de 2016, operadores do transporte aquaviário no estado, ligados ao sindicato, registraram prejuízo de R$ 2 milhões com cargas, combustíveis e equipamentos de embarcações levados pelos piratas.
Pesquisa 
Levantamento feito pelo Sindarpa junto a associados que foram alvo dos piratas apresenta um quadro da situação vivenciada pelos transportadores. Em 87% dos ataques, os criminosos estavam em embarcações rápidas. Em 88% não foi possível perceber ou ser informado sobre a ação dos bandidos com antecedência. Em 86% dos casos, a polícia não chegou ao local do acidente. Em 14%, levou mais de 12 horas.
As próximas reportagens abordarão a mobilização dos transportadores para enfrentar o problema, medidas que podem ajudar a coibir os roubos e as respostas dadas pelas forças de segurança para combater e investigar os crimes contra o transporte aquaviário.

Prejuízo com roubos de carga passou de R$ 1,2 bilhão no Brasil

Um relatório mostra um panorama dos roubos de cargas pelo Brasil. O estudo mostrou que só em 2015, as perdas com os roubos passaram de R$ 1 bilhão no país. O Rio é o segundo na lista das cidades com mais roubos, mas a primeira em prejuízos. No bairro da Pavuna, as empresas amargam as maiores perdas.

Nesta segunda-feira (31), por exemplo, uma carga avaliada em R$ 15 milhões de cigarros em três caminhões foi alvo de bandidos que trocaram tiros com os vigilantes que escoltavam a carga. Um motorista que passava no momento acabou baleado e não resistiu. Um dos motoristas que levava o caminhão foi levado para uma favela da região, mas a polícia conseguiu resgatá-lo junto com parte da carga.

Em plena luz do dia, bandidos armados abordam caminhoneiros nas estradas de todo o Brasil. A cena já é bastante comum. Os motoristas ficam sob a mira dos criminosos, enquanto o que está na caçamba do caminhão é levado.

Para o motorista Alexandre Souza, que já tem 15 anos de profissão, foi ainda pior. Em 2010, quando ele parou o caminhão para fazer uma entrega em um mercado na Zona Norte do Rio de Janeiro, os bandidos mandaram que ele e o ajudante entrassem em outro carro, e os dois foram levados para uma das favelas mais perigosas da cidade. Enquanto eles eram feitos reféns, os criminosos esvaziaram todo o caminhão.

Alexandre tem 43 anos e trabalha para uma empresa de transportes que fica na Pavuna, o bairro onde os prejuízos por causa do roubo de cargas de alto valor, como eletroeletrônicos por exemplo, são os maiores do mundo. Só no estado do Rio de Janeiro, em 2015, foram registrados 4.424 roubos de cargas, segundo o Instituto de Segurança Pública do Estado.

Estatísticas da NTC e Logística, que fornece informações para a Confederação Nacional do Transporte, mostram que de cada 10 mil viagens no país – que podem ser feitas em um mesmo dia – seis, necessariamente, serão alvos de criminosos. E o número não para de aumentar. Nos dados da NTC, é possível ver um aumento de assaltos ano após ano.

Em 2011, foram 13 mil roubos. Nos anos seguintes, houve crescimento. E no ano passado, o país registou mais de 19 mil roubos de cargas, com um prejuízo recorde, calculado em R$ 1,12 bilhão
O diretor de risco desta seguradora diz que em 2016, os números vão ser ainda maiores.

“Houve sim um aumento nas ocorrências, mas especialmente na severidade dos eventos. Elas tentam racionalizar os transportes, aumentar a produtividade do transporte. Os prejuízos aumentaram substancialmente”, afirma Darcio Centoducato, diretor de gestão de risco.

Um levantamento da seguradora mostrou que a cidade de São Paulo aparece no relatório com o maior número de roubos de cargas em 2015, mas em termos de prejuízos, o Rio de Janeiro lidera esse ranking. Depois de Rio e São Paulo, Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, Belém e Recife aparecem na lista.

Na divisão por regiões, o Sudeste aparece em primeiro lugar, com mais da metade dos roubos de cargas no Brasil, e com perdas enormes, de quase 70%. A região Nordeste vem em seguida, com 20% dos assaltos. A região Sul tem 10%, Centro Oeste 6% e o Norte do país, 6%.

O estudo mostra ainda que o que mais se rouba no Brasil são alimentos, seguidos de combustíveis, eletroeletrônicos, medicamentos e celulares.

Para o diretor de risco, o índice de recuperação de cargas no Rio é quase zero. Ele afirma que o que as empresas têm feito é investir na prevenção.

O delegado Marcelo Martins, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas / RJ, explica que os roubos são feitos por quadrilhas especializadas neste tipo de roubo e que a Pavuna é um local crítico por uma questão geográfica e logística. “Todo o eixo rodoviário do Rio de Janeiro passa ali e as empresas se estabeleceram ali”, explica. Ele conta ainda que existe uma investigação sobre os receptadores destas cargas: “Na verdade, só há o roubo de carga porque há um mal comerciante. Nós identificamos um grande empresário da Barra da Tijuca que tem um complexo gastronômico que foi um grande receptador e distribuidor das cargas roubadas”, explica. O doutor Marcelo orienta que toda empresa tenha um setor de inteligência ou segurança para a troca de informações com a delegacia.

O relatório aponta ainda que os criminosos preferem agir pela manhã, de preferência às sextas-feiras, e em meses de alta temporada ou férias escolares.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de Cargas: Transporte rodoviário enfrenta crise no Rio

Há três anos, o roubo de cargas no Rio de Janeiro somava pouco mais de 3 mil casos por ano. De dois anos para cá, a modalidade criminosa dobrou, batendo em mais de 7 mil casos, com estimativa de ultrapassar os 8 mil casos até o final de 2016 (um aumento de 14%). Para o diretor de segurança do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), Coronel Venâncio Alves de Moura, o cenário tende a ser ainda pior – ele aposta em um aumento de mais de 20%. Para efeito de comparação, em São Paulo, a estimativa é que o aumento seja de 8%.

Mas por que o cenário é tão pessimista no Rio de Janeiro? “O que acontece no Rio não acontece em nenhuma outra localidade do País. O roubo de cargas virou uma diversificação dos negócios do narcotráfico”, afirma Moura.

Conforme avalia o especialista, o programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), da Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, que tinha por meta desarticular quadrilhas que ocupavam as comunidades, só serviu para “mudar o endereço dos traficantes” e aumentar os índices do roubo de cargas. “Com a UPP, houve certa inibição ao narcotráfico, e o roubo de cargas se mostrou uma alternativa interessante para esses criminosos porque, diferentemente do assalto a banco ou do sequestro, tem muito valor agregado e liquidez”, avalia. “O traficante consegue, em média, uns R$ 50 mil por dia sem muito esforço”, revela. Ele explica que, com uso de jammers, os criminosos embaralham o sinal do rastreamento e impedem o bloqueamento dos caminhões. Como os motoristas não têm condição de reagir a assaltantes fortemente armados, o “negócio” mostrou-se “fácil”.

A Rodovia Presidente Dutra é o local onde acontece a maioria dos ataques. Os criminosos agem principalmente no quilômetro 166, na altura da Pavuna, zona norte da capital. A região é considerada rota de fuga para as comunidades do Chapadão, Pedreira, Costa Barros e Barros Filho. As cargas roubadas são levadas para a área dominada pelo tráfico de drogas. Os caminhões mais visados são os que transportam, nesta ordem: carnes, bebidas, eletroeletrônicos e cigarros. “Até mesmo o perfil da carga roubada mudou. Cigarro sempre foi o item mais visado. Agora, são alimentos e bebidas que, na maioria das vezes, são distribuídos e revendidos na própria comunidade”, avalia Moura, ressaltando, porém, que o roubo de cargas com maior valor, como caminhões frigoríficos com mais de R$ 700 mil em produtos a bordo, vem sendo registrado, o que aponta uma possível organização maior do crime, com a existência de receptadores.

Com este cenário, instalou- -se o pânico em todo o setor de transporte rodoviário de cargas, o que, na pior das hipóteses, pode gerar uma crise de abastecimento na cidade. “Os transportadores estão se recusando a atuar na região, os motoristas estão com medo de morrer, as seguradoras estão recusando seguro, as empresas estão deixando a cidade, até porque, paralelamente, o tráfico vem cobrando uma espécie de pedágio dos empresários. Quem não aceita pagar é assaltado”, denuncia.

E há solução para o problema? “Só quando o poder público decidir acabar com ele. Mas, até aqui, parece que a intenção é manter as UPPs como se fossem solução, e elas só serviram para tirar o bandido de um lugar e levá-lo para outro”, condena Moura.

Cenário em São Paulo

Em São Paulo, que teve registro maior do que o Rio de Janeiro ano passado em casos de roubo de cargas (8.490 contra 7.225 ocorrências), a tendência é de aumento de 8% este ano. Mas, conforme afirma o Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística), apesar de grave e alto, o índice é estável.

“Ao final de 2015, o total de ocorrências no Brasil todo foi de 19.250, sendo que São Paulo e Rio de Janeiro somavam 82% delas. Isto significa que, a cada cinco casos de roubo de cargas, quatro acontecem entre Rio e São Paulo. É uma coisa estratosférica”, avalia. “Porém, o que acontece no Rio de Janeiro é muito particular, porque lá a polícia não tem condições de agir. O crime organizado que domina os morros descobriu no roubo de carga uma fonte de dinheiro. Eles vendem a preços baratos, doam para a comunidade para ganhar a simpatia dos moradores. A polícia, se não estiver com veículos blindados, não sobe o morro, porque vai ser metralhada. Em São Paulo, apesar da gravidade do crime, não tem lugar onde a polícia não possa entrar”, completa.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Com medo de roubos, motoristas de caminhão escondem cargas

“Rapaz, eu desconfio de todo mundo. Do cara que toma café do meu lado, de quem me pede uma informação no posto e até de você, com esse bloquinho aí, já estou desconfiando. Quem me garante que você é jornalista mesmo e não está aqui para roubar meu caminhão?”
Quem fala é o caminhoneiro Evanil Domingues, 54, sentado no banco do motorista de sua carreta, em um posto de serviços cheio de caminhões em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Evanil estava indo para Fortaleza carregado de materiais eletrônicos -uma das cargas mais visadas, segundo as transportadoras.
Para tentar evitar assaltos, caminhoneiros vigiam até a sombra. Só param em postos grandes e movimentados, evitam passar por rodovias mais perigosas durante a madrugada, andam em comboios e não gostam de revelar o que transportam.
“Vem uma pessoa, toma um café com você, começa a te fazer perguntas sobre sua carga, você conta. Depois, na rodovia, ela te fecha e leva tudo”, explica Evanil.
“Não é nem atenção 100%. É tensão mesmo. Você acha que todo mundo quer te roubar”, lamenta o motorista, que há sete anos foi assaltado em uma estrada na divisa entre Sergipe e Alagoas.
Na ocasião, ele também carregava uma carga de equipamentos eletrônicos.
Foi fechado por uma caminhonete e rendido por bandidos armados. Os ladrões levaram sua carga enquanto ele ficou horas amarrado, com um revólver apontado para a cabeça. O caminhoneiro foi largado em um terreno baldio no interior de Alagoas.
Depois, teve de provar que ele não tinha nenhuma participação no roubo de que foi vítima. “Quando assaltam um caminhoneiro, ele vira o principal suspeito.”
A polícia e uma seguradora enviaram agentes para investigar sua vida: entrevistaram parentes, vizinhos e amigos de Osasco, cidade onde mora na Grande São Paulo.
“Ninguém está nem aí para o caminhoneiro, para o trauma que ele passou, só pensam na carga e no dinheiro perdido”, diz Evanil.
COMBOIO
Alexandre de Oliveira, 41, quase passou por experiência semelhante. Há cinco meses, dirigia pela rodovia Fernão Dias, de madrugada. Um carro tentou fechá-lo e um homem armado gritou para ele encostar. “Minha sorte é que eu estava num comboio e o caminhão atrás ameaçou bater no carro”, conta. Com medo, o assaltante desistiu.
O comboio é uma estratégia que motoristas usam para tentar evitar abordagens. Dois ou mais caminhoneiros se encontram por acaso na estrada e passam a andar juntos, um atrás do outro, para inibir assaltantes. “O bandido fica com medo, porque quem vem atrás pode atropelar”, diz Alexandre.
Josias da Silva, 52, explica outra: “Na estrada, se o caminhoneiro der passagem duas ou três vezes e o carro atrás não ultrapassar, certeza que vai ter assalto. Quando isso acontece, paro no primeiro posto que tiver “, explica.
Para passar a noite em postos, diz, caminhoneiros costumam parar os veículos bem próximos um do outro, e em filas. A ideia é atrapalhar que um possível ladrão consiga sair dirigindo facilmente.
Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança do sindicato das transportadoras de São Paulo, diz que as empresas têm investido cada vez mais em monitoramento por satélite para rastrear as cargas mais valiosas. “Se sair da rota, já é possível saber que foram roubadas e acionar a polícia”, explica ele, que é coronel aposentado do Exército.
MENTIRAS
“Eu minto quando perguntam o que estou levando”, diz Francisco da Silva, 37, que já teve uma carga de eletrônicos roubada também na Fernão Dias. “Falo que estou carregado de papel higiênico.”
Há cinco anos, o caminhoneiro Alex Ribeiro, 35, foi parado após fazer uma entrega em São Miguel Paulista, bairro na zona leste de São Paulo. Um criminoso, armado com uma pistola, perguntou qual era sua carga. “Ovo de galinha”, respondeu Alex.
O homem não acreditou. Mandou Alex abrir o caminhão. “Se for ovo de Páscoa, você está fodido”, ameaçou o ladrão. Não era mentira -o criminoso não levou nada.

Seis homens são presos por aplicar golpes em caminhoneiros em MT

A polícia prendeu nesta quarta-feira (31) seis homens suspeitos de aplicar golpes para roubar caminhões, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. A suspeita é de que o grupo tenha cometido roubos a estabelecimentos comerciais e um golpe conhecido como falso frete, de acordo com o delegado Gustavo Belão, da Polícia Civil daquele município.

“As informações preliminares dizem que eles tinham informação acerca desses valores que circulavam nesses estabelecimentos. Conseguir comprovar, inclusive, que eles são responsáveis por um dos roubos chamados de falso frete, quando ligam para o caminhoneiro, contratam o serviço e quando chegam ao local é anunciado o roubo e o caminhoneiro fica em poder dos criminosos, até que o veículo chega ao destino”, explicou o delegado.

Quatro foram detidos pela Polícia Civil e dois pela Polícia Militar.

Todos os presos já tinham passagens por tráfico de drogas e outros crimes. Um deles, inclusive, era fugitivo da cadeia de Colíder, a 648 km de Cuiabá, e atuava em Rondonópolis usando nome falso.

Os presos foram autuados por associação criminosa e serão encaminhados para a Cadeia Pública de Rondonópolis.

FONTE: Blog do Caminhoneiro

Roubo de Carga: ocorrências aumentam 10%

O número de ocorrências de roubo de carga no Brasil aumentou. É o que diz o levantamento recente realizado pela NTC&Logística, Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística. O estudo apresenta um crescimento estimado de 10% dos casos em 2015, quando comparados ao ano anterior. Foram 17.500 ocorrências em 2014 contra 19.250 em 2015, com um prejuízo recorde em valores de 1,12 bilhão de reais só nesse último ano.

graficoNos últimos cinco anos, a incidência de Roubo de Cargas no Brasil aumentou 48%, com um prejuízo acumulado de 5 bilhões de reais. Os números foram calculados pela NTC&Logística com base nos dados informados pelas Secretarias de Segurança dos Estados, empresas do  mercado segurador, gerenciadoras de riscos,  transportadoras e outras fontes.

O Sudeste permanece como principal região do País em que ocorre esse tipo de crime, com 85,76% de todos os casos, sendo São Paulo o primeiro local (44,11%), apesar de ter apresentado queda em 2015, e Rio de Janeiro o mais preocupante, pois trata-se do Estado com maior aumento no índice, representando 37,54% dos casos em 2015, comparado aos 33,54% de 2014. O levantamento mostrou também uma diminuição no roubo de produtos metalúrgicos e aumento de roubo de bebidas, de todos os tipos, principalmente no Rio de Janeiro.

Para o  Cel. Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC, apesar do cenário alarmante, existe agora uma perspectiva positiva no combate ao Roubo de Cargas com a regulamentação da Lei Complementar nº121/2006. “Com o decreto nº 8.614/2015, que estabeleceu a criação do Comitê Gestor, o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas já tem um ponto de partida. Esse Comitê será responsável por marcar as reuniões, estabelecer diretrizes e integrar os organismos em todos os estados. Nós entendemos há anos que apenas com ações integradas, teremos uma atuação efetiva no combate ao roubo de cargas. E estamos otimistas com a movimentação no Ministério da Justiça, nesse sentido”, comenta.

Fonte: Portal O Carreteiro

Roubo de cargas foi tema de debate no Espírito Santo

Autoridades, forças policiais e representantes de entidades e empresas do setor de Transporte de Cargas se reuniram em Vitória (ES), nesta quarta-feira (10), no Fórum de Prevenção e Combate ao Roubo de Cargas no Transporte Rodoviário de Cargas e Logística.

Com o objetivo de integrar informações e ações sobre roubo de cargas com os outros estados da Região Sudeste, o Transcares realizou, nesta quarta-feira (10), o Fórum de Prevenção e Combate ao Roubo de Cargas no Transporte Rodoviário de Cargas e Logística. O encontro foi realizado no Clube dos Oficiais da Polícia Militar do Espírito Santo.

O evento contou com a participação do secretário de Estado de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, e de representantes das polícias militar, civil, federal e rodoviária federal do Espírito Santo, além do assessor de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), coronel Paulo Roberto de Souza, do diretor da área de segurança do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, e do assessor de Segurança Patrimonial da Fetcemg, Ivanildo Santos.

A região Sudeste concentra o maior número dos casos registrados de roubos de cargas – cerca de 80%. O grupo discutiu ações com base nas apresentações “O Cenário Nacional de Roubo de Cargas e Medidas Institucionais para o seu Enfrentamento” (coronel Paulo Roberto Souza, da NTC); “O Cenário Local de Roubo de Cargas” (autoridades do Espírito Santo); “Panorama e Experiências de Integração Público/Privado no Combate ao Roubo de Cargas no Rio de Janeiro” (coronel Moura e delegado Marcelo Martins); e “Inovações Legais e Operacionais no Combate ao Roubo e Receptação de Cargas no Espírito Santo” (coronel Mario Natali, do Transcares).

Após as apresentações e debate, o grupo se reuniu com o setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp-ES) para tratar sobre estratégias para prevenção e combate ao roubo de cargas naquele estado. “Nesta reunião, tivemos a oportunidade de falar de nossa experiência ao longo dos anos na atuação contra o roubo de cargas e do trabalho que está sendo realizado hoje junto à Fetcemg”, contou Ivanildo.

O tema Roubo de Cargas voltará a ser debatido na próxima semana, em um evento especial a ser realizado durante o 17º Encontro Mineiro dos Transportadores Rodoviários de Cargas e a RIOMINASTRANSPOR 2016. Não perca essa oportunidade!

Fonte: NTC&Logística

PRF prende 2 e apreende material utilizado em roubos de carga

Agentes da PRF, em fiscalização de Combate ao Crime pelo km 38 da BR 381, Rodovia Fernão Dias, em Atibaia deram sinal de parada a um veículo de placas de São Paulo ocupado por dois irmãos, um de 45 e outro de 46 anos.

Os Agentes, ao consultarem os sistemas constataram que ambos tinham larga ficha criminal como crimes de roubo, homicídio e receptação, sendo que um deles está em livramento condicional.

Ao vistoriarem o veículo foram encontrados um “jammer”, que é um equipamento que bloqueia sinais de celulares, rádios e satélites, 2 rádios comunicadores, lacres e ferramentas que segundo eles próprios disseram, seriam fornecidos à uma quadrilha de ladrões de carga com a qual estavam prestes a se encontrarem. A palavra inglesa “jammer”, vem do verbo “jam”, que significa misturar. O aparelho mistura os diversos sinais de comunicação, fazendo com que sejam impossibilitados de receber ou enviar sinais. Ainda, são muito conhecidos por “capetinhas” ou “chupa-cabras”. Este tipo de material é apenas utilizado para cometer crimes deste tipo, deixando o caminhão sem contato com a empresa rastreadora e o motorista sem condições de entrar em contato com Agentes Policiais, facilitando a prática do roubo a caminhões de carga.

Diante dos fatos, os detidos foram encaminhados ao DP de Atibaia para a investigação do fato.

Fonte: Blog do Caminhoneiro