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Condições da BR-163 prejudicaram o movimento de portos no Pará

A condição precária de 100 quilômetros da rodovia BR-163, localizada no sudoeste do Pará, fez com que o ritmo de trabalho no porto de Miritituba, em Itaituba, caísse em relação ao ano de 2016. Os 35 quilômetros de atoleiros, que enfileirou caminhões por 50 quilômetros, fez parar o transporte da soja para os portos paraenses.

Em 2016, os portos do Pará movimentaram quase 200 milhões em toneladas de produtos. Só em Itaituba, foram transportadas 790 mil toneladas, sendo 497.996 toneladas de soja e 250.924 toneladas de milho.

A partir do mês de fevereiro, a movimentação do porto de Miritituba deveria aumentar devido a safra da soja, mas em 2017 não foi o que aconteceu. Os atoleiros da BR-163 fez com que a produção ficasse parada por três semanas na rodovia, prejudicando todos os setores da economia envolvidos.

“Todo mundo deveria estar feliz nesta época, tanto os portos, quanto os municípios, arrecadando ICMS gerado pelo combustível, ou de uma mudança do transporte intermodal, da carreta para a barcaça, tudo isso gera imposto”, ressaltou Fabrício Schber, representante da Associação Empresarial e Industrial de Itaituba.

Até o final da safra devem passar sete milhões de toneladas de grãos. Para junho, julho e agosto, a expectativa é que a safra do milho compense o prejuízo causado pelos atoleiros na safra da soja. Mas para Schber, o importante é que os quilômetros da rodovia que não possuem asfalto possam receber a cobertura e facilitar e agilizar o escoamento da produção de grãos da região centro-oeste do país.

“Que essa obra não pare e que não seja só uma ação emergencial, como está sendo feita, e sim, uma ação duradoura para acabar e ficar pronto o asfaltamento”, concluiu Fabrício Schber.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Tráfego na BR-163 foi totalmente liberado no domingo

Desde o final da manhã deste domingo (5/3), foram totalmente restabelecidos os níveis operacionais da BR-163/PA no trecho localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol. Com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal – PRF no ordenamento do trânsito, as frentes de trabalho do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT estão atuando com mais equipamentos para reforçar os serviços na rodovia. Uma nova frente de manutenção passará a atuar a partir desta segunda-feira, totalizando cinco equipes em campo. Para as funções de controle e monitoramento do tráfego, prevenção e combate a ilícitos, as equipes da PRF contam com viaturas, motocicletas e uma aeronave Bell 412, que permanecerão mobilizadas por tempo indeterminado.

As carretas que se dirigiam ao sul, rumo a Mato Grosso, foram todas liberadas e no começo da tarde de domingo, o tráfego em direção ao norte, rumo a Miritituba, estava normalizado. Um defeito no motor de um caminhão chegou a provocar a interdição total da rodovia no km 656, em Trairão/PA, mas as equipes de DNIT providenciaram um desvio para passagem pela lateral. Veja abaixo o vídeo do tráfego registrado na tarde de hoje; as condições climáticas estavam favoráveis neste domingo: uma chuva leve e em pontos salteados não comprometeu o fluxo na rodovia.

Em apoio às pessoas que se encontravam retidas na rodovia, a Defesa Civil disponibilizou 3.000 cestas de alimentos e 3.000 galões de água. Mil cestas já foram entregues aos caminhoneiros, em Caracol. Os demais serão distribuídos também às comunidades atingidas e estarão disponíveis no caso de uma eventual interrupção no tráfego, em função do período de chuvas intensas.

Desde a noite de sábado, o tráfego de carretas vazias no sentido sul já estava ocorrendo com normalidade. O número de caminhões ainda estacionados no distrito de Caracol, aguardando autorização da PRF para prosseguir, não ultrapassava 300 unidades, naquele momento, e foi normalizado no domingo. O trânsito flui no sistema Pare e Siga, ou seja, é liberado alternadamente o fluxo em um sentido e, depois, em outro sentido.

O Comitê Gestor composto por representantes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Casa Civil, Ministério da Agricultura, DNIT, PRF, Exército, Defesa Civil e empresas do setor agrícola e transportadoras está reunindo as informações sobre a previsão do fluxo de carretas carregadas em direção à Miritituba. O objetivo é organizar o volume de veículos que se dirigem ao norte a fim de evitar novas retenções, com a aglomeração das carretas. Uma reunião do Comitê Gestor está agendada para esta segunda-feira (06/03).

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Rodovia do PI volta a ser bloqueada e produtores temem prejuízos na safra

A principal rodovia utilizada para escoamento de grãos no Sul do Piauí voltou a ser interditada neste domingo (12), após forte chuva durante a madrugada. Com as péssimas condições na PI-392, os produtores temem prejuízos principalmente na safra de soja, onde a previsão de aumento é de 229,7% na produção deste ano.

O produtor Altair Fianco contou que para tornar a via de acesso a Transcerrados trafegável, os próprios agricultores de Currais e Bom Jesus usam os seus tratores para passar na rodovia. No entanto, com o início do período chuvoso a situação na PI-392 tornou-se caótica e os caminhoneiros têm evitando o local com medo de tombamentos.

“Ficou intransitável e não tem máquina aqui que ajeite o problema. Os agricultores estão programando ir em Teresina esta semana pedir melhoria na região. É uma questão emergencial, este problema trava as vendas de grãos no estado. Nós não tivemos grandes transtornos até agora, porque ainda estamos escoando o final da produção de 2016, mas a partir de março começamos com a nova safra”, relatou.

Mesmo sem chuvas estradas representam desafio (Foto: Arquivo Pessoal)
Mesmo sem chuvas estradas representam desafio (Foto: Arquivo Pessoal)

Enquanto a colheita da safra de 2017 não inicia, os agricultores revelam que os produtos químicos não têm condições de entrar nas plantações por conta da péssima estrada. Outro que acumula prejuízos é o produtor Júnior Bodanese, que quase tombou a caminhonete ao tentar passar pela correnteza da água neste domingo.

“Ali está horrível, não tem mais estrada. Todo ano eu ajudo a arrumar a rodovia e a prefeitura não mantém ou traz um solução definitiva para o local. Estamos prestes a colher a maior safra dos últimos anos, mas não temos como escoar a produção. É uma vergonha! Uma lugar com tanto potencial como o cerrado piauiense, mas o descaso é grande quando se trata de estrada”, declarou.

Ao G1, o prefeito de Currais, Raimundo Santos, informou que a direção do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) se comprometeu até próxima semana contratar uma empresa de caráter de emergência para trabalhar na rodovia. Um técnico do órgão foi enviado até o local pra avaliar o problema.

Fonte: G1