Arquivo da tag: condições das estradas no Brasil
Estradas em péssimas condições podem dobrar preço do frete
Rodovia do PI volta a ser bloqueada e produtores temem prejuízos na safra
A principal rodovia utilizada para escoamento de grãos no Sul do Piauí voltou a ser interditada neste domingo (12), após forte chuva durante a madrugada. Com as péssimas condições na PI-392, os produtores temem prejuízos principalmente na safra de soja, onde a previsão de aumento é de 229,7% na produção deste ano.
O produtor Altair Fianco contou que para tornar a via de acesso a Transcerrados trafegável, os próprios agricultores de Currais e Bom Jesus usam os seus tratores para passar na rodovia. No entanto, com o início do período chuvoso a situação na PI-392 tornou-se caótica e os caminhoneiros têm evitando o local com medo de tombamentos.
“Ficou intransitável e não tem máquina aqui que ajeite o problema. Os agricultores estão programando ir em Teresina esta semana pedir melhoria na região. É uma questão emergencial, este problema trava as vendas de grãos no estado. Nós não tivemos grandes transtornos até agora, porque ainda estamos escoando o final da produção de 2016, mas a partir de março começamos com a nova safra”, relatou.

Enquanto a colheita da safra de 2017 não inicia, os agricultores revelam que os produtos químicos não têm condições de entrar nas plantações por conta da péssima estrada. Outro que acumula prejuízos é o produtor Júnior Bodanese, que quase tombou a caminhonete ao tentar passar pela correnteza da água neste domingo.
“Ali está horrível, não tem mais estrada. Todo ano eu ajudo a arrumar a rodovia e a prefeitura não mantém ou traz um solução definitiva para o local. Estamos prestes a colher a maior safra dos últimos anos, mas não temos como escoar a produção. É uma vergonha! Uma lugar com tanto potencial como o cerrado piauiense, mas o descaso é grande quando se trata de estrada”, declarou.
Ao G1, o prefeito de Currais, Raimundo Santos, informou que a direção do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) se comprometeu até próxima semana contratar uma empresa de caráter de emergência para trabalhar na rodovia. Um técnico do órgão foi enviado até o local pra avaliar o problema.
Fonte: G1
Na lama, estradas atrasam promessas da agricultura brasileira
Cem quilômetros de lama é o que caminhões que levam grãos do Mato Grosso, o maior estado produtor de soja e milho do Brasil, frequentemente enfrentam em suas viagens para o recém-criado corredor de exportação no Norte do país.
Durante o último boom das commodities, as exportações brasileiras eram prejudicadas por gargalos nos portos que resultavam em filas de navios esperando para serem carregados.
Agora, com muitos desses problemas solucionados, outra deficiência ficou mais exposta: o estado ruim das rodovias do país.
Com cerca de 100 dos mais de 1.500 quilômetros do trecho BR-163 entre Cuiabá, em Mato Grosso, e Santarém, no Pará, sem pavimentação, cerca de 40 por cento da capacidade dos portos no Norte e no Nordeste do país ficará ociosa nesta safra em meio a gargalos e atrasos, segundo Kleber Menezes, secretário de Transportes do Pará, onde os novos terminais estão localizados. Isso eleva os custos para todos os envolvidos, de produtores a transportadores e exportadores.
“Quando chove, o trânsito é simplesmente interrompido”, disse Menezes em entrevista por telefone.
Na região atravessada pela BR-163 chove com mais frequência no verão, quando a soja precisa ser transportada dos campos para o porto.
A média mensal de precipitações durante o verão em Itaituba, município que fica no caminho para o porto, é de cerca de 295 milímetros, de acordo com dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Inundações são comuns na região. Em contraste, a média anual do município é de 182 milímetros.
O Brasil é o maior exportador mundial de soja, café, açúcar e suco de laranja, uma superpotência agrícola que concorre com EUA e Europa.
Em alguns aspectos, no entanto, continua sendo um mercado subaproveitado, com muitas fazendas não desenvolvidas e terras aráveis que ainda podem entrar em produção.
Quando a colheita começou a acelerar durante um boom que começou na década de 2000, o problema frequente eram os tempos de espera para as embarcações ancorarem, que aumentou para meses, com filas de até 100 quilômetros de caminhões esperando para serem descarregados.
Esses problemas desapareceram nos últimos dois anos porque a capacidade de embarque aumentou e novos procedimentos aceleraram o tempo de carregamento, especialmente nos principais portos do Sul do país.
Agora, os portos do Norte estão acompanhando o ritmo. Investimentos privados de empresas como Archer-Daniels-Midland e Cargill vão aumentar a capacidade dos portos do Norte e do Nordeste para 42 milhões toneladas nesta safra, segundo Edeon Vaz Ferreira, coordenador do Movimento Pro-Logística da Aprosoja, associação que reúne produtores de soja. A capacidade era de aproximadamente 27 milhões toneladas na safra anterior.
No entanto, os exportadores não poderão tirar o máximo proveito. A falta de um sistema forte de estradas pavimentadas na região provavelmente irá limitar a quantidade de grãos que passará por esses terminais para cerca de 30 milhões de toneladas, disse Ferreira.
“A sonhada saída pelos portos do Norte finalmente se tornou realidade”, disse Ferreira em entrevista por telefone. “Mas nós ainda não podemos usar a capacidade total.”
Fonte: Blog do Caminhoneiro
As 10 piores ligações rodoviárias brasileiras em 2016
A 20ª Pesquisa Rodoviária CNT divulgou as piores ligações rodoviárias brasileiras. São 109 trechos formados por uma ou mais rodovias, que têm importância para o transporte de cargas e de passageiros. A pior colocada passa pelos Estados do Tocantins e da Bahia. Trata-se da ligação Natividade (TO) – Barreiras (BA), formada pela BA-460, BA 460/BR-242, TO- 040 e TO-280. Em 2015, essa ligação ocupava o penúltimo lugar (108º).
Confira o Ranking:
POSIÇÃO | NOME | RODOVIA | CLASSIFICAÇÃO |
109ª | Natividade/TOBarreiras/BA | BA-460, BA-460/BR-242, TO- 040, TO-280 | Ruim |
108ª | Jatai/GOPiranhas/GO | BR-158 | Ruim |
107ª | Marabá/PA-Dom Eliseu/PA | BR-222 | Ruim |
106ª | Rio Verde/GO – Iporá/GO | GO-174 | Ruim |
105ª | São Vicente do Sul/RS – Santana do Livramento/RS | BR-158, RS-241, RS-640 | Ruim |
104ª | Teresina/PI – Barreiras/BA | BR-020, BR-135, BR-235, BR-343, PI-140, PI-141/BR-324, PI-361 | Ruim |
103ª | Brasilia/DF-Palmas/TO | BR-010, DF-345/BR-010, GO-118/BR-010, TO-010, TO-050, TO-050/BR-010, TO-342 | Ruim |
102ª | Marabá/PA – Wanderlândia/TO | TO BR-153, BR-230, PA-153/BR-153 | Regular |
101ª | Barracão/PR – Cascavel/PR | BR-163, PR-163/BR-163, PR-182/ BR-163, PR-582/BR-163 | Regular |
100ª | Belém/PA – Guaraí/TO | BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483, TO-336 | Regular
|
Fonte: Portal O Carreteiro