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Febre amarela: motoristas devem se vacinar contra a doença

Motoristas de caminhão que viajam por diversos Estados brasileiros devem se  prevenir contra a febre amarela.  A doença é infeciosa e transmitidas por mosquitos em áreas urbanas (Aedes aegypti – mesmo da dengue) ou silvestres (Haemagogus). A maneira mais segura de prevenção é a vacina, disponível nos postos de saúde.

A vacina é constituída de vírus vivos atenuados e é realizada em uma dose única com reforço a cada dez anos. O efeito da vacina aparece a partir de, aproximadamente, 10 dias após a injeção.

Carreteiros devem estar atentos, pois o número de casos no País vem aumentando. O último balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que entre julho de 2017 a 14 de janeiro, foram confirmados 35 casos da doença, com 20 mortes, sendo a maior parte concentrada em São Paulo. Somente o Estado contabiliza 20 infecções confirmadas, com 11 óbitos. Se comparar com os resultados apresentados na última semana de dezembro o aumento é significante, já que o País contabilizava quatro infecções confirmadas, com uma morte.

Confira os sintomas:

  • febre alta
  • calafrios
  • cansaço
  • dor de cabeça
  • dor muscular
  • náuseas e vômitos por cerca de três dias

Quando a doença de agrava:

  • insuficiências hepática e renal
  • icterícia (olhos e pele amarelados)
  • manifestações hemorrágicas
  • cansaço intenso

Os casos graves, que podem levar à morte, são uma minoria, cerca de 10%. Mas, entre esses casos graves, em 50% ocorre o óbito.

Ao identificar algum dos sintomas, o carreteiro deve procurar um médico e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco cerca de duas semanas antes.

Caminhoneiro notificado com febre amarela parou em várias cidades de MS

O homem de 39 anos que foi notificado com febre amarela em Bluemanu (SC), após passar por Mato Grosso do Sul, é caminhoneiro e teria feito diversas paradas pelo Estado para tomar banho de rio. De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica do município catarinense, Ivonete dos Santos, ele não esteve apenas em Bonito – a 257 km de Campo Grande.
O homem relatou para a Vigilância Epidemiológica que foi parando pelo trajeto até chegar em São Paulo (SP). “Segundo a informação deste caminhoneiro, ele veio descendo via São Paulo e chegou em Blumenau. Ele disse que foi parando para tomar banho de rio no Estado de vocês”, destacou.
A informação oficial é de que o paciente ficou duas semanas internado em um hospital particular em Blumenau e foi notificado como possível caso de febre amarela. Mas, a Vigilância notou que sintomas mais específicos apontavam leptospirose, no qual o exame já deu resultado positivo.
“As duas doenças tem sintomas parecidos, mas como nós da Vigilância somos mais treinados e o relato dele também apontou, pedimos o exame para lepto”, relatou.
Ainda de acordo com Ivonete, a previsão é que o resultado do exame para Febre Amarela saia na quarta-feira. “Pode sair depois, mas esperamos que saía na quarta-feira. Ele não tinha característica de Febre Amarela, mas como foi notificado vamos investigar”, explicou.
De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde) o homem esteve em Bonito, entre os dias 25 de dezembro de 2016 e 2 de janeiro deste ano, e depois seguiu para São Paulo.

 

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Caminhoneiros devem ter atenção especial com risco de febre amarela

O crescimento de casos confirmados de febre amarela em diversas localidades do Brasil é um alerta para a necessidade da vacinação contra a doença, especialmente para quem viaja para as áreas consideradas de risco pelo Ministério da Saúde.
Segundo Luiz Fernando Alves de Carvalho, médico epidemiologista do Ambulatório de Saúde do Viajante do HRAN (Hospital Regional da Asa Norte) de Brasília, para os trabalhadores do setor de transporte, a importância da imunização é ainda maior: como são profissionais que transitam por diferentes estados, devem estar vacinados para evitar o contágio pelo mosquito que transmite o vírus causador da doença. “A vacina contra febre amarela é muito importante, porque a área endêmica é muito vasta. Então, todo mundo deve estar vacinado”, diz o médico.

No Brasil, desde 1942 não há registro de casos de febre amarela urbana, somente a silvestre, que ocorre nas florestas. O vírus circula entre macacos e é transmitido por mosquitos. Quando uma pessoa não vacinada é picada pelo inseto transmissor, é contagiada.

Conforme o epidemiologista, os surtos de febre amarela silvestre são cíclicos, ou seja, ocorrem periodicamente no Brasil. Isso aumenta a necessidade da imunização. Segundo o médico, bastam até duas doses da vacina para que se esteja protegido para a vida toda. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) já está preconizando uma única dose ao longo da vida, depois de uma longa observação da eficácia da vacina, que já é usada há 80 anos. O Ministério da Saúde no Brasil, por cautela, está recomendando duas doses”, explica. Gestante e idosos devem passar por avaliação médica (veja o quadro abaixo).

Os primeiros sintomas da febre amarela são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. “A maioria das infecções são leves ou até mesmo passam despercebidas. Os casos graves, que podem levar à morte, são uma minoria, cerca de 10%. Mas, entre esses casos graves, em 50% ocorre o óbito”, explica Luiz Fernando.

Nos casos graves, a pessoa pode ter febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos, levando à morte.

Quem identificar alguns dos sintomas, deve procurar um médico e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco cerca de duas semanas antes. Também é importante informar se e quando tomou a vacina contra a febre amarela.

Não há tratamento específico contra a doença. O médico utiliza medicamentos para controlar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos, como AAS e Aspirina, devem ser evitados, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

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Fonte: CNT