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BNDES passa a financiar 100% do valor do caminhão

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou que passará a financiar até 100% do valor de caminhões e ônibus pela linha BNDES Finame para micro, pequenas e médias empresas. Antes, a participação do banco se limitava a 80% do total. A medida é um incentivo para que o setor transportador volte a investir na renovação e ampliação da frota. O prazo para pagamento será de até dez anos, com carência de até dois anos.

Outra medida de apoio às MPMEs é a prorrogação do BNDES Giro até 31 de dezembro de 2018. A linha tem o objetivo de suprir a necessidade de capital de giro das empresas, de modo a garantir a continuidade de suas operações. A dotação orçamentária é de R$ 32 bilhões, sendo R$ 27 bilhões para operações indiretas e R$ 5 bilhões para operações diretas. Conforme o banco, as MPMES são os principais tomadores do BNDES Giro.

Além disso, houve alteração na classificação de porte das empresas. O limite máximo de faturamento para pequenas empresas subiu de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões. Já as empresas médias passam a ser aquelas que faturam entre R$ 4,8 milhões e R$ 90 milhões. As alterações foram adotadas em adequação à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.


Nova taxa de juros

O BNDES também divulgou a substituição da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) pela TLP (Taxa de Longo Prazo), que é a taxa usada nos empréstimos concedidos pelo banco, como referencial dos financiamentos para contratos firmados a partir de 1º de janeiro deste ano.

A TLP será anunciada a cada mês pelo Banco Central. Ela é definida com base na rentabilidade da NTN-B de cinco anos – um título público cuja rentabilidade é composta com base em juros pré-fixados e no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A diferença é que a TJLP, adotada até o fim de 2017, era estabelecida pelo governo federal a cada três meses, tendo como base a meta de inflação para o ano. Assim, na prática, a taxa de juros dos financiamentos do BNDES seguirá os padrões do mercado, sem ser impactada por decisões políticas.

Apesar da mudança, inicialmente, a TLP terá os mesmos patamares que a TJLP. O índice será gradualmente modificado e deverá se igualar aos juros de mercado dentro de cinco anos.

Fonte: Pé na Estrada

Financiamento de veículos por bancos de montadoras cresce 18,4% no 1º tri

Os bancos de montadoras liberaram R$ 22 bilhões em financiamentos para compra de veículos no primeiro trimestre, alta de 18,4% sobre um ano antes, em um sinal de recuperação do setor automotivo, disse a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) nesta segunda-feira.

Apenas no mês de março, os bancos associados da entidade financiaram R$ 8,3 bilhões, maior volume desde janeiro de 2015. A alta foi de 28,5% sobre fevereiro e de 23,9 por cento sobre mesmo período do ano passado.

Para o presidente da Anef, Gilson Carvalho, os números mostram que o setor começa a esboçar uma recuperação após anos de resultados fracos, no rastro da recessão do país, que fez o mercado automobilístico cair para o pior nível em uma década.

“Estamos vendo alguns sinais de retomada da demanda por crédito”, disse Carvalho à Reuters. “O segundo trimestre deve ser melhor que o primeiro”.

Mesmo com a recuperação, o saldo da carteira de empréstimos para compra de veículos em março, incluindo Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e leasing, registrou queda de 8,5 por cento na comparação anual, a 161,7 bilhões de reais.

De acordo com Carvalho, apesar da leve melhora de cenário, com juros em queda, as taxas seguem ainda altas refletindo em parte os elevados níveis de inadimplência, que tendem a ser revertidos à medida que os índices de desemprego começarem a cair.

Segundo a Anef, o índice de inadimplência acima de 90 dias nos financiamentos automotivos no CDC ficou em 4,5 por cento em março para pessoas físicas e também jurídicas. Em março de 2016, a inadimplência era de 4,4 por cento para as pessoas físicas e de 5,4 por cento para pessoas jurídicas.

Segundo Carvalho, os financiadores estão sendo cuidadosos nos novos desembolsos, concentrando-se nas operações de melhor qualidade e sendo moderados nas concessões de juro zero e de prazos estendidos.

Os números da Anef mostraram que o prazo médio concedido pelos bancos nos financiamentos em março foi de 41,9 meses, pouco acima dos 40,8 meses ante um ano antes.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Refinanciamentos do Procaminhoneiro e PSI saem do papel com intervenção da Unicam

Desde setembro de 2016, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), estava pedindo a prorrogação de financiamentos do Procaminhoneiro e PSI, além de solicitar uma linha de crédito para estabelecimentos que queiram se adequar e serem reconhecidos pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil como Pontos de Parada e Descanso – PPD, determinado pela Lei nº 13.103/15 e assim cumprir com segurança o tempo de direção.

A pauta havia sido recebida pela presidente do BNDES, Dra. Maria Silvia Bastos, e agora em março houve uma resposta positiva do BNDES, que publicou as circulares SUP/AOI nº 02/2017 de 23 de janeiro e SPU/AOI nº 03/2017 de 24 de janeiro de 2017, que prorrogam o refinanciamento do Procaminhoneiros e PSI, sem data para término da sua vigência.

A Unicam comemorou as publicações das circulares: “Esta é mais uma vitória para nossa categoria! ” – comemora China.

Caminhoneiros e empresários que tiverem problemas ou dúvidas sobre os refinanciamentos, podem entrar em contato com a Unicam, pelo telefone (11) 3935 – 6760.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Juros altos impedem crescimento no Brasil, diz Mercedes-Benz

A taxa básica de juros (Selic) atual no Brasil, de 12,25% ao ano, é o primeiro item que precisa ser melhorado para permitir o crescimento da economia e principalmente do setor automotivo, opinou na manhã desta segunda-feira Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil e na América Latina.
Para o executivo, a discussão sobre o futuro da indústria não será profícua se a Selic, que baliza as outras taxas da economia, seguir alta. “Com o juro como é hoje, ninguém tem potencial para crescer. No segmento de caminhões, por exemplo, que é termômetro da economia, como se financiar um veículo?”, comentou o executivo, durante evento organizado pela editora “AutoData”.
Schiemer também afirmou que é necessário se aproveitar o momento atual de crise para atacar reformas que ele considera essenciais, até “óbvias”. Ele ressaltou as reformas trabalhista, tributária e da Previdência Social. Também reforçou a necessidade em investimentos de infraestrutura para modernizar a logística nacional.
“Nós precisamos da continuidade das reformas, e admitimos que o governo está no caminho do desenvolvimento, mas queremos uma agenda econômica que simplifique as regras e garanta maior segurança jurídica”, disse.
Evoluir nesse sentido, acrescentou Schiemer, pode definir se 2017 será um ano da virada ou mais um ano de queda. Isso, em sua opinião, garantiria uma competitividade estrutural, sem subsídios governamentais — que causam o que chamou de “ilusão de competitividade”.
Sobre o segmento específico dos caminhões, especialidade do grupo na região, a ociosidade encontra-se em quase 80% e o mercado encolheu em 70% desde o pico de 165 mil unidades em 2011, para 47 mil veículos no ano passado. “Não sei se 2017 será a virada ou continuidade da queda. Falta previsibilidade. Ninguém de nós sabe o que vai acontecer e isso é o pior.”

Governo amplia refinanciamento para caminhoneiros

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (27), mudanças no refinanciamento dos empréstimos do Procaminhoneiro. Agora, mais trabalhadores poderão aderir à renegociação. A medida não deve acarretar custos para o Tesouro Nacional que, inclusive, pode economizar R$ 353,9 milhões nos próximos dois anos.
As mudanças refletem alterações trazidas pela Lei nº 13.295/2016, que amplia o alcance da renegociação de dívidas do Procaminhoneiro. Antes, podiam participar financiamentos feitos até 31 de dezembro de 2014. Agora, esse prazo passou para 31 de dezembro de 2015.
O grupo de beneficiários que podem ter acesso ao refinanciamento também aumentou, foram incluídos os trabalhadores que se enquadram como “associados de cooperativas de transporte”. O prazo para formalizar as operações de renegociação também foi expandido, passou de 30 de junho de 2016 para 30 de dezembro de 2016.
O Ministério da Fazenda, por meio de nota, explicou que as operações de refinanciamento serão realizadas com outra taxa de juros: TJLP mais 2,5% ao ano. A taxa anterior era menor. Com isso, a expectativa é reduzir os gastos do Tesouro com essas operações em R$ 82,8 milhões em 2017 e R$ 122,3 milhões em 2018.
O que é o CMN?
O CMN é um conselho formando pelo Ministério da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O grupo se reúne ordinariamente no fim do mês e decide sobre regras e normativos que tem de garantir o bom funcionamento do sistema financeiro.