Arquivo da tag: Fretes de Retorno

Frete retorno: O que é? Como deve ser cobrado?

Para começar é preciso dizer que a Lei Nº 13.703, de 8 de agosto de 2018, que instituiu a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas não faz qualquer menção a Frete Retorno.

Esse assunto, que é crucial para autônomos e transportadores, aparece apenas na última linha do item 2 do Anexo I, da Resolução nº 5820, de 30 de maio de 2018, que regulamenta a Lei Nº 13.703. mencionada acima.

Diz o texto: “Nos casos em que não existe carga de retorno, para incluir o custo da volta, deve-se considerar a faixa do percurso em dobro”.

Para determinados tipos de cargas a interpretação do texto acima é óbvia. Por exemplo se a empresa transporta um determinado produto químico, usando um tanque específico para essa operação, não há como ter dúvida de que o veículo vai ter que retornar vazio e o valor do frete tem que incluir o frete retorno, considerando a faixa de percurso em dobro.

No caso dos demais tipos de cargas e veículos, no entanto, a questão não é tão simples assim. A interpretação corrente, preferida, para não dizer imposta, por quem tem maior poder de negociação, seja o embarcador ou, às vezes, o próprio transportador, é o de transferir o problema para o carreteiro.

Paga-se apenas uma perna do percurso, ou seja, o percurso correspondente ao frete efetivamente realizado. Por exemplo, para calcular um frete de São Paulo à Natal calcula-se apenas o valor do frete correspondente a 2.935 km, que é a distância entre as duas cidades.

Entregue a carga, dá-se por encerrado o serviço e a responsabilidade de encontrar um novo frete é apenas do carreteiro.

O TAC ou mesmo ETC, cuja base de operação é São Paulo, agora vai ter que procurar frete na região, ou vai ter que voltar batendo lata.

Qualquer uma das duas alternativas: ficar esperando um longo tempo até aparecer um frete em que o embarcador esteja disposto a pagar o preço justo, ou voltar batendo lata é muito ruim para quem tem despesas fixas e precisa faturar.

Aí é que aparece a figura do Frete Retorno.

No TRC Frete Retorno é sinônimo de frete barato, só para pagar o Diesel e poder voltar para a região que tem frete sobrando.

Como resolver esse problema

Em tese esse é um dos problemas que deveriam ter sido resolvidos pela tabela de pisos mínimos, mas, como se sabe, não foi. Entre as várias razões, porque é impossível revogar a lei da oferta e da procura, depois porque se trata de princípios fortemente arraigados na cultura do mercado. Diga-se de passagem que este é um fenômeno que não ocorre só no Brasil.

É possível que no futuro próximo com a consolidação das plataformas online de gerenciamento de demanda e oferta de fretes o problema de achar um novo frete possa diminuir, mas mesmo assim, seja você carreteiro ou transportador ao aceitar um serviço de frete lembre-se que é necessário fazer uma boa análise da situação para ver quanto você precisa embutir no preço do frete para compensar tanto a dificuldade de encontrar um novo carregamento como de ter, para retornar á sua base, que aceitar um frete abaixo dos custos.

Fonte: Guia do TRC

Dica Sascar : Como conseguir bons fretes de retorno

As grandes dimensões do Brasil e os muitos e muitos quilômetros de estradas e rodovias são uma vantagem para quem vive do transporte, mas também representam pontos negativos: destinos distantes e áreas pouco desenvolvidas dificultam os fretes de retorno. Todo caminhoneiro sabe muito bem que rodar vazio é um problema, aliás, dependendo da rota e do tempo na estrada este problema é sinônimo de prejuízo. Por isso, a Sascar reuniu algumas dicas de como conseguir fretes de retorno e melhorar as expectativas de lucro.

 

Informação e planejamento.

 Pesquisar embarcadores e empresas nas regiões do seu destino é uma forma simples de procurar fretes de retorno. Por mais óbvio que pareça, ter essas informações organizadas e acessíveis permite que você busque por negociações convenientes. Outra pesquisa que pode ajudá-lo é buscar as cidades próximas e/ou na rota de retorno, ver se alguma tem mais potencial para que você encontre fretes e focar esforços nestes territórios. Mesmo que você rode parte do trecho vazio, poderá conseguir carga em algum ponto do caminho.

 

Use a internet a seu favor.

 A internet revolucionou inúmeros mercados e concentra oportunidades para todos os públicos, então use-a! Há ferramentas online que unem quem procura um frete com quem transporta cargas, como o TruckPad que já abordamos aqui no blog, e que podem ser muito úteis no momento em que o caminhoneiro pesquisa por fretes de retorno. Para aumentar as chances, além do destino, amplie a busca para as cidades do trecho e aproveite os dados de embarcadores e agenciadores locais para realizar um contato direto. Mesmo que eles não tenham um frete, saberão quando você estará no destino e que tem disponibilidade.

 

Avalie ida e volta.

 Se o frete de ida for para regiões mais afastadas e menos desenvolvidas, o que pode tornar muito mais difícil conseguir carga(s) de retorno, talvez seja uma boa ideia considerar um valor que cubra a volta ou que pelo menos evite que o frete seja um prejuízo. É claro que rejeitar um frete é sempre a última opção em uma negociação, mas dependendo do local e das condições, a ida sem expectativas de uma boa volta pode significar custo ao invés de lucro. Quando a situação for muito desfavorável, é bom avaliar se vale a pena cair na estrada.

Essa notícia foi oferecida pela Sascar , nossa parceira em  Monitoramento e Rastreamento para caminhões.

Clique aqui e conheça as vantagens  que vocês, amigos do TruckPad, tem com a Sascar.