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Câmara aprova revisão que aumenta horas extras da Lei do Motorista

Câmara dos Deputados concluiu no dia 11 a votação do Projeto de Lei Nº 4.246/12 que flexibiliza a Lei 12.619/12, conhecida no setor como Lei do Motorista. Entre as mudanças, a maior certamente é o aumento de horas extras que um motorista pode fazer, passando de duas para quatro.

Estas duas horas a mais, porém, deverão ser negociadas com o sindicato dos trabalhadores. O tempo obrigatório de descanso também teve alterações, passando de onze horas ininterruptas entre jornadas para a possibilidade de fracionar em oito horas ininterruptas e mais três que devem ser tiradas no mesmo dia.

O tempo de direção sem parada também teve alteração. Na Lei 12.619, o motorista deve dirigir por no máximo quatro horas. Com o novo projeto, esse tempo passa para cinco horas e meia. O intervalo de descanso de meia hora antes do retorno à direção também poderá ser fracionado.

O projeto altera regra sobre o tempo de espera que poderá ser observado durante o tempo da jornada, assegurando ao motorista o pagamento da jornada integral. Os pontos de parada e descanso do motorista nas rodovias recebeu no projeto regulamentação para sua implantação com prazos e responsabilidade do ministério do transporte na sua execução.

A penalidade para o motorista que descumprir os períodos de repouso passa de grave para média, embora permaneça a retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso. Entretanto, a penalidade será registrada como grave se o motorista cometeu outra infração igual nos últimos 12 meses.

Nas viagens de longa distância, com duração maior que sete dias, a proposta concede repouso semanal de 35 horas, contra as 36 horas atuais, permitindo seu fracionamento em dois e o acúmulo de até três períodos de repouso seguidos, que poderão ser usufruídos no retorno da viagem.

O projeto torna obrigatória a realização de exame toxicológico específico para substâncias psicoativas que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção. Os motoristas terão até 90 dias para fazer o teste.

O Projeto de Lei seguirá para a sanção da Presidente da República, que terá quinze dias úteis a contar do seu recebimento, para sancionar, podendo vetá-lo integralmente ou em parte.

Fonte: Guia do Caminhão 

Semana decisiva para o transporte rodoviário de cargas

A semana está sendo considerada como decisiva para muitos caminhoneiros autônomos e transportadoras, principalmente para os que atuam na região centro-oeste do país. A importância se deve a votação prevista para acontecer amanhã (7) na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, onde será definida a aprovação ou não do Projeto de Lei 528/2015, de autoria do Deputado Assis do Couto, do Paraná.

A PL 528/2015 prevê a criação de uma Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, com o objetivo de promover condições razoáveis à realização de fretes em todo o território nacional, proporcionando retribuição ao serviço prestado em patamar adequado. O tabelamento mínimo do frete é visto com uma das principais medidas para solucionar a crise vivida pelo transporte rodoviário de cargas e combater os baixíssimos fretes praticados no setor.

Além de estabelecer a regras para criação e aplicação da tabela mínima do frete, a PL 528/2015 prevê ainda a obrigatoriedade da utilização dos valores pré-estabelecidos como referência, além disso visa estabelecer punições para o descumprimento da mesma.

A votação do tabelamento mínimo do frete estava previsto para acontecer na última semana (quarta-feira, 30), mas foi adiado para essa semana (7) após um pedido de vistas (análise) do Deputado da base governista Edinho Bez (PMDB-SC).

Também na semana passada diversos caminhoneiros vindos de diferentes regiões do país se concentraram em Brasília, afim de pressionarem a aprovação da PL 528/2015. Bloqueios em algumas rodovias federais do país também foram registrados. Com o adiamento da votação, o setor de transportes declarou estado de greve. Caso o projeto de lei não seja aprovado amanhã (7) uma nova paralisação do transporte rodoviário de cargas no Brasil pode acontecer.

TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas