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Brasil não pode virar Venezuela, diz presidente da Mercedes-Benz no Brasil

O presidente da filial brasileira da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o Brasil não pode virar a Venezuela. “Temos empresa na Venezuela e sei como é o sofrimento lá”, disse o executivo, durante evento do setor automotivo em São Paulo, promovido pela editora AutoData.

Para o executivo, que é alemão, o Brasil precisa “se unir de novo”. “Nos últimos anos, vimos um animosidade muito grande, do ‘nós contra eles’. Eu não consigo entender quando dizem que a elite não gosta que pobre viaje de avião. Eu tenho vontade de falar palavrão. Quanto mais pessoas puderem viajar de avião, melhor para todos”, disse.

Antes, Schiemer havia lamentado que o segundo turno da eleição presidencial esteja sendo disputado por dois candidatos que ele considera serem “extremos”, mas ressaltou que terá de aceitar o resultado e garantiu que vai trabalhar com qualquer um deles.

O executivo reafirmou que o atual plano de investimentos da montadora, de R$ 2,4 bilhões até 2022, não está em risco. No entanto, contou que teme pelos anos seguintes, pois “está difícil” convencer a matriz na Alemanha a trazer novos investimentos para o Brasil.

Fonte: Exame

Bolsonaro agradece caminhoneiros em pronunciamento

Na noite desta segunda-feira, 8, o Jornal Nacional teve entrevistas ao vivo dos dois candidatos à presidência que seguem para o segundo turno: Fernando Haddad, do PT e Jair Bolsonaro, do PSL. Ambos fizeram pronunciamentos e responderam às questões dos jornalistas. Bolsonaro iniciou sua fala agradecendo àqueles que votaram nele, incluindo grupos como agricultores, evangélicos e caminhoneiros.

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Imagem: Reprodução/TV Globo

O candidato do PSL ainda rebateu questões envolvendo declarações do vice, General Hamilton Mourão, envolvendo a alteração da Constituição e a aplicação de um autogolpe. Durante o pronunciamento, Jair Bolsonaro se confundiu ao citar seu vice, o chamando de “Augusto” e afirmando que as declarações dele vão contra seu plano de governo.

“General Augusto Mourão, agradeço a sua participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz. Deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido”, o candidato declarou durante a entrevista.

Bolsonaro e os caminhoneiros

Desde a greve dos caminhoneiros, o candidato à presidência vem se pronunciando a favor dos motoristas profissionais, ainda que com declarações controversas. Ele já se declarou contrário à tabela de frete, em respeito à posição de seu escolhido para comandar a economia, o banqueiro Paulo Guedes.

“Tabelar, aí não dá certo”, disse Bolsonaro em sabatina realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Isso vai na contramão da pessoa que eu confio para tratar nossa economia.”

Em maio deste ano, durante a greve dos caminhoneiros, Bolsonaro afirmou apoiar o movimento, de acordo com a Folha de S. Paulo. Porém, se posicionou contra o bloqueio de rodovias como protesto.

“O bloqueio de estradas não é salutar. Parar os caminhões, 100% apoio meu. Mas para bloquear estradas não tem meu apoio”, disse o presidenciável à Folha.

Escrito por Pietra Alcântara do Pé na Estrada

Quem foram os representantes dos caminhoneiros nessas eleições?

As eleições 2018 não foram apenas para escolha do próximo Presidente da República. Também foram eleitos senadores, governadores de cada estado, além de deputados estaduais e federais. E entre estes candidatos, estavam alguns representantes dos caminhoneiros, que em sua maioria não conseguiram se eleger.

Valdelino Barcelos, do Partido Progressista, foi o único candidato dessa turma que conseguiu se eleger. Ele foi eleito Deputado Federal. Mas quem foram os outros candidatos? Continue lendo e confira.

Quem realmente te representa?

Quando falamos de representantes dos caminhoneiros nesta matéria, nos referimos à candidatos que já trabalharam no setor de transporte rodoviário de cargas ou que estão diretamente ligados à sindicatos e organizações que representam os estradeiros.

Por isso, não incluímos na lista candidatos como Osmar Terra, do MDB, que foi reeleito como Deputado Federal, apesar dele ser o relator da medida que instituiu a tabela mínima de frete. Também não incluímos Assis do Couto, do PDT, candidato a Deputado Federal que não conseguiu se eleger.

Confira abaixo alguns candidatos que representaram os motoristas nas Eleições 2018:

Deputado Estadual

André Botinelly – PPS

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André é o representante dos caminhoneiros que recebeu menos votos. Ele se candidatou a Deputado Estadual pelo Amazonas e teve 0,03% dos votos, que contabilizam 539 votos.

No Amazonas, Tiago Falcão, também do Podemos, foi o candidato eleito com menos votos, com 0,75%. Para que o candidato André alcançasse Falcão, ele precisaria de 12.774 votos.

Daniel Queixada – PODEMOS

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Imagem: Facebook

Queixada é conhecidos dos caminhoneiros. Com porcentagem de 0,05%, o que contabiliza 4.592 votos, ele concorreu a Deputado Estadual representando Minas Gerais.

Para atingir Andreia de Jesus, do Psol, que foi a candidata representante de Minas Gerais eleita com menos votos, Queixada precisaria de 13.097 votos.

Edmilson Aguiar “o Boka” – PSB

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Imagem: Facebook

Candidato a Deputado Estadual do Amazonas, Boka teve 0,07% dos votos, contabilizando 1.331 votos. Ele precisaria de 11.982 votos para alcançar o Deputado Estadual do Amazonas eleito com menos votos, Tiago Falcão.

Gilson Baitaca – PSB

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Imagem: Facebook

Baitaca é conhecido pela turma do trecho. Ele foi candidato a Deputado Estadual pelo Mato Grosso e teve 2.906 votos, que representa 0,19%. Em seu estado, o candidato a Deputado Estadual eleito com menos votos foi João Batista do Sindspen. Ele teve 11.374 votos, que representa 0,75%.

Ou seja, para atingir o candidato eleito com menos votos, Baitaca precisaria de 8.468 votos.

Valdelino Barcelos – PP

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Imagem: Partido Progressista

Barcelos é o único candidato a deputado representante dos caminhoneiros que conseguiu se eleger. Ele é ex-motorista de caminhão e transportador do Distrito Federal. Teve 0,66% dos votos, contabilizando 9.704 votos.

Valdelino Barcelos teve 3.126 votos a mais que o candidato a Deputado Estadual do Distrito Federal eleito com menos votos, Leandro Grass da Rede Sustentabilidade.

Deputado Federal

Plínio Dias Caminhoneiro – Patriota

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Imagem: Patriota

Plínio Dias é do Paraná e foi candidato a Deputado Federal. Ele teve 0,03% dos votos, o que totaliza 1.960 votos.

Em seu estado, a candidata com menos votos a ser eleita Deputada Estadual foi Aline Sleutjes, do PSL. Para alcançá-la, Plínio precisaria de 31.668 votos.

Wallace Landim Chorão – PODEMOS

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Imagem: Podemos

Chorão foi um dos líderes da greve dos caminhoneiros de maio. Ele é de Goiás e concorreu a Deputado Federal, alcançando 0,47% dos votos, contabilizando 14.171 votos. Apesar de não eleito, ele foi o representante dos caminhoneiros com mais votos nesta eleição.

Em seu estado, o candidato Major Vitor Hugo do PSL foi o Deputado Federal eleito com menos votos. Para alcançá-lo, Chorão precisaria de 17.019 votos.

E você, parceiro, votou em algum desses candidatos? Ficou satisfeito com o resultado das eleições? Comente!

Escrito por Pietra Alcântara do Pé na Estrada 

Eleições 2018 – veja os planos de cada candidato para o transporte

O primeiro turno das eleições 2018 está se aproximando. Você já decidiu em quem votar? Tem um candidato preferido? Seja qual for a sua resposta, nunca é demais obter informações sobre os candidatos à presidência, principalmente no que diz respeito ao setor de transportes, caso você seja motorista estradeiro.

A greve dos caminhoneiros de maio trouxe a atenção nacional para os estradeiros e mostrou como o transporte rodoviário de cargas é importante para o país. Mas o que será que os candidatos pensam sobre o segmento? Será que as propostas de governo estão de acordo com os interesses dos caminhoneiros?

Para responder à essas perguntas, separamos o que cada candidato fala sobre questões que impactam o setor em suas propostas de governo. Continue lendo e entenda os planos de cada um para o transporte brasileiro:

Álvaro Dias – Partido Podemos

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Com foco nos temas Sociedade, Economia e Instituições, seu programa de governo não possui citações específicas em relação ao transporte rodoviário de cargas. Ainda assim, o candidato inclui transporte e logística, além de energia elétrica, saneamento, mobilidade e outros entre os setores que terão destaque no investimento em infraestrutura.

Sobre privatizações, o candidato diz ser favorável, porém é contra a venda da Petrobras e diz cogitar a venda das subsidiárias da empresa.

Sobre a Reforma Trabalhista, Álvaro Dias diz ser favorável à flexibilização das relações entre patrões e empregados, mesmo tendo votado contra o projeto de governo em 2017. O candidato também é a favor da Reforma da Previdência, mas acha que antes da reforma o governo precisará promover a transparência sobre o déficit e os custos do sistema.

Veja o plano de governo de Álvaro Dias na íntegra, clique aqui.

Cabo Daciolo – Partido Patriota

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O candidato do Partido Patriota possui um item em seu programa de governo destinado exclusivamente à infraestrutura dos transportes no país. No item, ele promete pavimentar 100% das rodovias federais, ampliar hidrovias e ferrovias.

Cabo Daciolo não acredita que a Previdência precise de emenda, sendo contrário à reforma. Ele propõe a cobrança de empresas que devem para o sistema de aposentadorias. Daciolo também é contra a Reforma Trabalhista.

Veja o programa de governo de Daciolo na íntegra, clique aqui.

Ciro Gomes – PDT

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O transporte de cargas está incluído no pacote de investimentos prometidos no programa de governo do candidato. Ele ainda pretende investir R$ 300 bilhões por ano em infraestrutura, através de investimento público ou pelo setor privado.

Promete também um plebiscito para revogar a Reforma Trabalhista e acredita que a Reforma da Presidência aumenta a cobrança sobre os mais pobres sem resolver o problema.

Para ele, um novo modelo de aposentadorias baseado em capitalização é a solução. Sua proposta é o de contas individuais: o mesmo valor pago na ativa, somado aos rendimentos financeiros, é o que sustentaria a aposentadoria.

Para conferir o plano de governo de Ciro Gomes na íntegra, clique aqui.

Fernando Haddad – PT

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Sobre transportes, Haddad cita em seu programa de governo a recuperação, modernização e expansão da infraestrutura, pretendendo racionalizar a matriz, ou seja, fazer com que o transporte de cargas não dependa majoritariamente do modal rodoviário para funcionar.

Ele também cita fortalecer instituições federais, como o DNIT,  para retomar as funções de planejamento e de regulação de rodovias. Em relação a preço do combustível, o candidato do PT não promete nada em seu programa de governo, mas enfatiza sua posição contra a privatização da Petrobras.

Sobre a Reforma Trabalhista, ele promete revogá-la e substituí-la pelo “Estatuto do Trabalho”, uma norma que vai dar mais poder aos sindicatos para organizar modelos de formação dos trabalhadores como estratégia para aumentar a produtividade. Haddad é contra a Reforma da Previdência.

Veja o plano de governo de Haddad na íntegra – clique aqui.

Geraldo Alckmin – PSDB

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Alckmin também não possui em seu programa de governo tópicos específicos sobre transporte rodoviário de cargas e o preço do combustível. Porém, no documento, o canditado fala sobre promover o desenvolvimento da indústria 4.0 em áreas que, segundo o partido, já colocam o país em posição líder, como a agroindústria.

Geraldo exclui a Petrobras das privatizações previstas para seu governo e é a favor da Reforma Trabalhista proposta por Temer. Já sobre a Reforma da Previdência, o candidato afirma que o caminho é o fim dos privilégios do setor público, com a adoção de um sistema igual para todos os setores baseado em um teto geral e em regime de capitalização.

Veja o programa de governo de Alckmin na íntegra, clique aqui.

Guilherme Boulos – Psol

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Sobre transporte de cargas, Boulos quer construir mais transporte sobre trilhos. Ele também cita em seu programa de governo um planejamento nacional e de longo prazo para incentivar as empresas a criarem fábricas para trens e trilhos dentro do Brasil.

Ele quer reestatizar a Petrobras, sendo contra sua privatização e também pretende reverter o aumento do preço da gasolina e do gás de cozinha. Boulos cita também em suas propostas a influencia do valor do dólar nos preços dos combustíveis e promete diminuí-la, fazendo com que o governo controle os preços dos combustíveis

É contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Defende a corte de privilégios do funcionalismo e a cobrança de dívidas de grandes empresas com o INSS.

Para conferir na íntegra o plano de governo de Guilherme Boulos, clique aqui.

Henrique Meirelles – MDB

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O plano de governo de Meirelles cita melhorias na infraestrutura do país, assim como outros. Entre suas propostas, ele promete terminar as obras públicas paralisadas e priorizar a retomada das obras que mais trazem benefícios à sociedade.

Ele também quer simplificar o processo de concessões, possibilitando uma desconcentração dos investimentos, tanto em termos regionais como de tamanho.

Para Meirelles, a Reforma da Previdência é inevitável. Para ele, os afetados pela reforma são os que ganham mais e se aposentam mais cedo. Ele também é favorável à Reforma Trabalhista.

Para ver o plano de governo de Meirelles na íntegra, clique aqui.

Jair Bolsonaro – PSL

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O candidato do PSL aborda questões em relação ao preço dos combustíveis praticados pela Petrobras, dizendo que os valores devem seguir o mercado internacional até certo ponto. Ele afirma que as flutuações de curto prazo deverão ser suavizadas com mecanismos de “hedge” apropriados.

O programa de governo do PSL não fala diretamente sobre transporte rodoviário de cargas.

Sobre a Reforma da Previdência, Bolsonaro afirma que ela é “grande demais”. Ele ainda acrescenta que estuda a questão e cogita propor mudanças graduais nas aposentadorias. Sobre a Reforma Trabalhista, o candidato é favorável.

Para ver o plano de governo de Bolsonaro na íntegra, clique aqui.

João Amoêdo – Partido NOVO

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Amoêdo não fala diretamente de questões como transporte e preço do combustível em seu programa de governo. Sobre a Reforma Trabalhista do governo Temer, ele se posiciona a favor, mas acha que ela pode ser “melhorada”.

João Amoêdo defende a privatização da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa. Para ele, qualquer serviço público pode passar à iniciativa privada. Ele também é a favor da Reforma da Previdência, considerando o atual sistema inviável. Amoêdo acredita que não basta somente ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

Confira na íntegra o plano de governo de Amoêdo, clique aqui.

João Goulart Filho – PPL

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O candidato defende a implantação de um sistema intermodal que aproveite de cada modal suas vantagens. Para ele, o transporte de longa distância deve ser realizado nos modais ferroviário e aquaviário, cabendo ao modal rodoviário, que é mais caro, o transporte em pequenas distâncias.

Goulart filho promete ampliar os investimentos nas ferrovias, hidrovias, na integração entre os modais e também propõe recriar a RFFSA, que em 1996 detinha 22 mil km, correspondente a 73% da malha ferroviária do país.

Ele se posiciona contra as reformas Trabalhista e da Previdência.

Confira na íntegra o plano de governo de Goulart Filho, clique aqui.

José Maria Eymael – Partido Democrata Cristão

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O candidato do PDC não possui em seu programa de governo tópicos específicos sobre transporte rodoviário de cargas e o preço do combustível. Ainda assim, em questões de infra-estrutura, Eymael promete priorizar ações do Governo Federal em função de prioridades como energia, estradas, ferrovias e o sistema portuário.

É a favor da Reforma da Previdência e da Reforma Trabalhista.

Para ver o plano de governo de Eymael, clique aqui.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

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A candidata propõe aumentar significativamente o número de concessões nos diferentes modais para permitir o aumento de investimentos no transporte. Ela defende uma intervenção para que o transporte de cargas não dependa somente do modal rodoviário.

Marina critica a Reforma Trabalhista e se posiciona contra a medida. Sobre a Reforma da Previdência, a candidata ainda não apresentou um modelo para colocar em prática caso seja eleita. Ainda assim, Marina defende que o déficit na Previdência é inegável.

Veja o plano de governo de Marina Silva na íntegra, clique aqui.

Vera Lúcia – PSTU

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A candidata do PSTU defende a extrema esquerda e o fim do capitalismo. Vera não cita em seu programa de governo medidas específicas sobre transporte rodoviário de cargas, mas fala sobre redução da jornada de trabalho para 36h semanais, sem reduzir os salários, abrindo postos de trabalho às custas dos lucros das empresas.

Ela também defende o investimento de obras públicas, o que inclui rodovias federais. Sobre privatizações, Vera é contra e não pretende privatizar a Petrobras. Ela também se posiciona contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Confira o plano de governo de Vera Lúcia na íntegra, clique aqui.

Escrito por Pietra Alcântara do Pé na Estrada