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Após 20 dias de atoleiro, trânsito começa a fluir na BR-163

Começou a fluir o tráfego na BR-163, na altura de Itaituba (1.626 km de Belém), no Pará. Os caminhoneiros estavam parados desde o começo de fevereiro. Cerca de 80 quilômetros formados por caminhões parados, sentido Mato Grosso, já foram desobstruídos, conforme informou a Prefeitura de Itaituba.
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura), Exército, e servidores do Estado do Pará trabalham na reconstrução de pista desde segunda-feira (27). Carretas com carregamento de soja e milho, majoritariamente, estavam paradas desde o dia 9 devido a áreas de atoleiros que se formaram na estrada após o excesso de chuvas na região.
“Nós tínhamos cerca de 100 quilômetros de caminhões em sentido Mato Grosso parados até semana passada. Mas hoje, uns 80 quilômetros já foram liberados. E a previsão é que até amanhã a situação volte ao normal, quando a fila sentido Itaituba também for liberada”, disse o prefeito Valmir Climaco.
Segundo ele, a liberação de tráfego está sendo realizada parcialmente para evitar acidentes na região, visto que a pista ainda está com muita lama.
“Os alimentos começaram a ser entregues hoje à tarde para os caminhoneiros que estão parados, estamos em trabalho de normalização da situação e acreditamos que no mais tardar amanhã teremos controle da situação”.
Conforme o presidente do Movimento dos Transportadores de Cargas (MTG), Gilson Baitaca, cerca de cinco mil caminhões estavam parados entre os municípios de Novo Progresso e Trairão, a 80 quilômetros do porto de Miritituba.
O MTG calcula prejuízo em torno de R$ 100 milhões e a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) aponta conta de 400 mil dólares para as indústrias em portos de Miritituba e Santarém a cada dia de atraso de carregamento de navios.
O Dnit estima que a liberação do tráfego na BR-163 seja realizada até esta sexta-feira (3), dependendo das condições climáticas no Pará. Em nota divulgada na terça-feira (28), o Dnit informou ter conseguido viabilizar uma parte do tráfego no sentido de Mato Grosso, onde o tráfego estava prejudicado desde o dia 10 de fevereiro.
Segundo o órgão, está sendo feita a recuperação de pontos isolados em um segmento de aproximadamente 37 km localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol, no trecho paraense da rodovia. Trechos no sentido sul, em direção a Mato Grosso, começaram a ser liberados na madrugada da última terça-feira.
A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) diz que a BR-163 é a segunda rota mais importante para o escoamento da produção agropecuária no Brasil. A rodovia reduz em aproximadamente 1.000 km a distância entre Mato Grosso aos portos de Miritituba e Santarém, no Pará, se comparada com a extensão da saída para o Sudeste.
Na atualidade, o trecho da divisa entre Mato Grosso e Pará até o porto de Miritituba é de 668 km, cerca de 86% da pavimentação está concluída. Já de Miritituba a Santarém, o trecho é de 335 km, e ainda restam 86 km para asfaltar (75% concluído).

Rodovia Transamazônica causa prejuízos para condutores no Pará

Atoleiros na rodovia Transamazônica tem provocado diversos transtornos aos motoristas, durante o período chuvoso. No quilômetro 40, em um trecho próximo de Itaituba, sudoeste do Pará, os problemas começam para quem precisa seguir viagem até Rurópolis.

Caminhoneiros ficam dias na estrada com uma cargas estragando. “Anda cinco, dez quilômetro e para de novo. Pra não arriscar é melhor parar e rezar pra Seus mandar um solzinho”, comenta o caminhoneiro Adão Amado.

Apenas doze quilômetros após o primeiro atoleiro, mais caminhões enfileirados no quilômetro 42 da rodovia. Caminhoneiros e motoristas precisam pagar tratores para serem rebocados, o que gera prejuízos.”Já gastei até R$ 2 mil pra ser puxado., cada atoelrio é R$ 150″, conta o caminhoneiro Edilson Batista da Silva.

Até o município de Rurópolis mais seis horas de viagem. Para voltar a Itaituba, outra parada no atoleiro. Para chegar ao município é necessário  fazer desvio na estrada. São 300 km rodados em 12 horas de uma viagem, quando em uma estrada em boas condições a distância duraria no máximo 6.

A Superintendência Regional do DNIT no Pará informou que está com equipes mobilizadas para manter as condições de tráfego na rodovia Rransamazônica e na BR-163, mas adiantou que em alguns trechos não é possível fazer a manutenção ou restauração devido ao período chuvoso.

Fonte: G1