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Safra 2016/17 deve ser recorde de 215,27 milhões de toneladas, diz Conab

A produção brasileira de grãos na safra 2016/17, em fase de plantio, deve alcançar recorde de 215,27 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,3% (ou 28,6 milhões de toneladas), em comparação com o total de 186,7 milhões de toneladas no período 2015/16. Os números fazem parte do quarto levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgados nesta terça-feira, 10.

Segundo a Conab, o resultado positivo se deve à produtividade média das culturas, em recuperação da influência negativa das condições climáticas da safra passada. A área total tem previsão de ampliação em 1,4% (ou 745,6 mil hectares) quando comparada à safra anterior, podendo atingir 59,08 milhões de hectares.

A soja, principal cultura de verão, deve registrar crescimento de 8,7% na produção, podendo alcançar 103,78 milhões de toneladas, com aumento de 8,3 milhões de t frente à safra anterior. A área de cultivo com a oleaginosa deve crescer 1,6%.

Fonte: Revista Frota e Cia

Safra 2017 pode alcançar 209,4 milhões de toneladas, projeta IBGE

safra brasileira deve acusar uma expansão de 13,9% nos volumes, em relação a esse ano, e alcançar uma produção de 209,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. É o que aponta o primeiro prognóstico para a safra de 2017, divulgado no dia 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o orgão, o maior aumento deverá ocorrer no Nordeste (51%). As demais regiões deverão ter as seguintes taxas de crescimento de 2016 para 2017: Norte (7%), Sudeste (10,3%), Sul (5,5%) e Centro-Oeste (18,7%).

 

O IBGE também divulgou no mesmo dia mais uma estimativa para a safra deste ano. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro, 2016 deve fechar com uma produção de 183,8 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação a 2015.

As três principais lavouras brasileiras deverão ter queda neste ano, em relação ao ano passado: soja (-1,5%), arroz (-15,5%) e milho (-25,5%). A área colhida neste ano também deve ser 0,7% inferior à do ano passado. Entre as três principais lavouras, apenas a soja fechará o ano com um aumento na área colhida (2,8%). O milho terá queda de 1,3% na área colhida e o arroz, de 10,2%.

Frete de grãos cai mais de 20% no país, em Mato Grosso média é de 23%

Só para se ter uma ideia, o valor praticado entre Sorriso e Santos, no final de outubro do ano passado, era de R$ 317,22. E agora está em R$ 243, uma queda de 23%. A situação dos transportadores está complicada, principalmente em Mato Grosso, onde as trandings estão com os pátios vazios.
 Samuel da Silva Neto, economista da Esalq/Log, explica que são muitos os fatores que interferem no agronegócio e, por consequência, no transporte de grãos. “Historicamente, quase toda a safra da soja é exportada no primeiro semestre. Existe um grande volume de carga e o valor do frete sobe. O segundo semestre é dependente do milho safrinha”, afirma.
Mas não só da produção nacional do grão. “Ao contrário da soja, que é majoritariamente exportada, no caso do milho, o A quebra das safras e o aumento da oferta de caminhões levaram o transporte rodoviário de grãos a uma nova crise neste ano. Segundo o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP), o valor do frete hoje está mais de 20% abaixo do verificado há um ano, sendo que a inflação acumulada no período chega perto de 8,5%.
Brasil é mais dependente do mercado internacional. Ou seja, a gente pode produzir um volume alto de milho na safrinha, mas não necessariamente teremos uma janela de exportação ativa”, explica.
Neste ano, segundo o economista, além da quebra da safra, o mercado internacional está desaquecido. “A maior parte do milho ficou no mercado interno o que acaba desaquecendo o mercado de frete. O que joga o frete para cima é exportação, porque a exportação exige imediato escoamento (devido aos contratos internacionais). Já  mercado interno tem fluxo mais gradual,  tem uma certa cadência que faz com que o frete fique em patamares mais baixos”, alega.
O clima definitivamente não ajudou na safra 2015/16. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o País, a safra de soja teve leve quebra (-0,8%), de 96,2 milhões de toneladas para 95,4 milhões de toneladas. Mas, especificamente em Mato Grosso, a quebra foi expressiva (-7%), de 28 milhões para 26 milhões de toneladas.
A primeira safra de milho em todo o País teve 12% de quebra, saindo de 6,1 milhões para 5,3 milhões de toneladas. Já segunda apresentou quebra de 25%, de 54,5 milhões para 40,8 milhões de toneladas no Brasil. Somente em Mato grosso, caiu de 20,3 milhões para 15 milhões de toneladas, também 25% menor.
Silva Neto também ressalta a expansão da frota de caminhões nos anos anteriores a 2015, em virtude dos incentivos do BNDES, o que gerou uma super oferta do serviço de transporte. Além disso, a crise na mineração vem fazendo com que transportadores daquele setor migrem para o transporte de grãos. “Os veículos utilizado nos grãos e no transporte de determinados minérios como cimento, areia e calcário são os mesmos. Principalmente em Minas Gerais, grande parte das transportadores estão migrando suas frotas para grãos”, conta.
O economista diz que o transporte graneleiro é dependente de muitas variáveis climáticas e comerciais. “O frete pode mudar R$ 10, R$ 15 de uma semana para outra, de acordo com as oscilações do mercado.” Para o ano que vem, as perspectivas, na visão dele, são boas. “Mas muita coisa pode acontecer”, ressalva.
BALANÇO
Uma das maiores tradings mundiais, a Bunge comunicou um lucro líquido de US$ 118 milhões no terceiro trimestre de 2016 no Brasil. Segundo a companhia, houve uma queda 50,6% sobre o resultado de US$ 239 milhões referente ao mesmo período de 2015.

A safra é recorde, mas o transporte rodoviário de carga nem pode comemorar

Enquanto a agricultura bate recordes, o setor de transporte de cargas sofre para dar conta de escoar a produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou recentemente um levantamento com a intenção de plantio dos produtores para a safra 2016/2017. A estimativa é que a produção nacional fique entre 210,5 milhões e 215 milhões de toneladas, 15% a mais do que a safra anterior, que passou de 186 milhões de toneladas. Seria um novo recorde. Mas, ainda assim, o feito não deve ser muito comemorado. É o que aponta Geasi Oliveira de Souza, vice-presidente de especialidades do agronegócio na Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística).

“As perspectivas de aumento de produtividade, que deveriam ser motivo de intensa comemoração, tornam- se um desafio para os gestores das operações do transporte rodoviário de carga (TR C). Seus orçamentos, que sempre buscam otimizar a relação entre custo e produtividade, são fortemente impactados pela elevação dos custos que a deficitária infraestrutura exige”, afirma. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 75% das cargas transportadas pelo Brasil estão relacionadas ao agronegócio. E, de toda a produção agrícola, 85% circula pelas rodovias do País. Para algumas operações específicas, como avícola, pecuária leiteira e papel e celulose, a intensa movimentação de insumos e matérias- -primas é realizada exclusivamente através do TR C. “Essa elevada dependência do modal rodoviário reflete diretamente em custos operacionais, já que contamos com um perfil de frota sucateada, com mais de 13 anos e com restrito uso de recursos tecnológicos. Neste cenário, vemos os impactos nas operações, tanto em termos de custos quanto de sustentabilidade”, afirma.

Outro aspecto que preocupa o setor é a elevada taxa de concentração dos embarcadores. Cadeias produtivas como a da soja são dominadas por um estrito número de empresas, o que pesa nas negociações de tarifas. “Você retira da mesa de negociação os pequenos e médios transportadores, que diretamente irão atender as mesmas demandas como agregados ou contratados de transportadores maiores, gerando um resultado ainda mais desfavorável”, diz.

Segundo Souza, o setor sofre também com a incapacidade de atendimento nos portos. As filas e a falta de coordenação são pontos cruciais, uma vez que os caminhões ficam improdutivos durante horas ou até dias. “Uma medida que poderia ser aplicada no curtíssimo prazo seria o destravamento da Lei Geral dos Portos (Lei 12.815/13), que tornaria o nosso setor portuário ágil e competitivo, já que esse processo representa 96% das exportações”, afirma.

Outro aspecto no curto prazo que poderia aumentar a competitividade do TR C, segundo o especialista, seria o investimento em infraestrutura. A baixa taxa de investimentos em infraestrutura registrada nos últimos anos vem acelerando o apagão logístico do País. “Nossa malha rodoviária é uma verdadeira guerra, na qual se perdem mais de 40 mil vidas por ano, seja pelas más condições das estradas, seja pelo excesso na jornada de trabalho, pelo excesso de peso e pelo excesso de frotas”, denuncia.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Menor fluxo de milho eleva custo de frete de fertilizantes

A quebra da principal safra de milho do país em 2015/16 reduziu o fluxo de caminhões para os portos e provocou um aumento nos custos de frete para o transporte de fertilizantes às vésperas do plantio da nova temporada, disse nesta segunda-feira o diretor-presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Carlos Heringer.

“As entregas estão acontecendo, mas o frete subiu muito”, disse o empresário, nos bastidores de um congresso do setor, em São Paulo.

A Heringer distribui cerca de 5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil por ano, respondendo por pouco mais de 15 por cento do mercado brasileiro.

Segundo ele, há estimativas de que o frete para entrega de fertilizantes está 15 a 20 por cento mais caro do que 12 meses atrás, em dólares, o que está impactando negócios residuais para a colheita de verão 2016/17 e também para a safra de inverno de milho, que responde pelo maior volume colhido do cereal no país.

Em geral, o setor agrícola conta com o grande fluxo de caminhões carregados com grãos para as regiões portuárias para gerar fretes de retorno relativamente baratos para levar os fertilizantes para as áreas de plantio.

Em 2016, contudo, adversidades climáticas em algumas das principais regiões produtoras frustraram as expectativas de uma grande safra de milho, que está em fase final de colheita, ao mesmo tempo que muito produtores preparam os lotes para a semeadura da nova safra de soja, a partir de setembro e outubro.

Segundo Heringer, os valores mais altos de frete –um custo para o qual não há mecanismos de travamento antecipado de preços– acabam sendo assumidos em parte pelos produtores e em parte pelas indústrias, dependendo do modelo de negócio.

O executivo afirmou ainda que os novos patamares de preço de frete já se refletem nas vendas fechadas atualmente para o fornecimento de fertilizantes para a segunda safra de milho de 2016/17, que será semeada no primeiro semestre do ano que vem.

“Tem que precificar (o fertilizante) nessa nova realidade”, comentou, acrescentando que negócios residuais para entrega de fertilizantes ainda para o plantio de verão 2016/17 também estão sofrendo a influência dos preços elevados de frete.

Recuperação em 2016

Heringer, que lidera uma das três maiores empresas brasileiras de fertilizantes, fundada por seu pai, estima que 2016 verá uma recuperação no volume de vendas do setor para um patamar semelhante ao recorde registrado em 2014.

Nos sete primeiros meses do ano, as empresas de fertilizantes já entregaram 16,5 milhões de toneladas de fertilizantes aos produtores, alta de 10,4 por cento ante mesmo período em 2015 e volume ligeiramente superior ao período em 2014, que fechou com um recorde de entregas de 32,2 milhões de toneladas.

“Não vamos ter um segundo ano de queda”, disse o executivo.

“Está havendo uma recuperação impulsionada pelos preços (de fertilizantes) que caíram em dólares. É uma combinação de fatores que levou o produtor a fixar (contratar)”, analisou Heringer, destacando o bom volume de negócios fechados no primeiro semestre deste ano, com ajuda também dos bons preços de grãos.

Ele lembrou ainda que a recuperação dos preços de açúcar, que tem garantido boa rentabilidade para as usinas do centro-sul, é outro fator que contribui para uma recuperação do setor de fertilizantes este ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Pesquisa vai quantificar perdas no transporte de grãos em caminhões

A Universidade Federal do Mato Grosso desenvolve pesquisa sobre perda quantitativa de produtos transportados em caminhões do campo aos portos.

O estudo faz parte de um termo assinado em 2014, entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para quantificar o porcentual de arroz, milho e trigo que fica pelas estradas, no percurso do campo aos portos, e a forma de evitar isso.

Neste mês, a Conab repassou para a universidade dados históricos de remoção de grãos dos últimos cinco anos.

A Conab informa, ainda, em comunicado, que as rodovias com maior fluxo desses produtos estão nos Estados do Rio Grande do Sul (arroz), Mato Grosso (milho) e Paraná (trigo). Os pesquisadores estão coletando dados, preenchendo relatórios e verificando as condições de transporte desses produtos.

Também estão verificando a melhor tecnologia de transporte, com a utilização de velcro, lonas e outros materiais que possam bloquear esta fuga dos produtos.

Segundo os organizadores, as perdas de grãos transportados ocorrem de forma generalizada nos veículos de carga, por causa das estruturas dos caminhões graneleiros, que não apresentam contenção adequada dos produtos. Além disso, a condição do pavimento, ou seja, a conservação da rodovia também tem efeito na quantidade de grãos perdidos pelos veículos.

O resultado do trabalho deve ficar pronto nos próximos três anos. Outra pesquisa também aprovada pela Conab diz respeito à perda desses mesmos produtos nos armazéns brasileiros. Este trabalho vai ser conduzido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos Estados de maior produção da Região Sul.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Divisa de MT tem filas quilométricas de caminhões

A saída da safra causou uma fila quilométrica de caminhões no posto de fiscalização Correntes que fica na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Caminhoneiros denunciaram que nos últimos dias estão ficando até 24 horas parados, esperando para a checagem fiscal e a liberação para seguirem viagem até o destino da carga. “Acredito que a fila passa de 25 km, é muito caminhão”, diz Janice Piccininn, de 43 anos, que viaja junto com o marido, na maior parte dos trechos.

Segundo ela, há muitas dúvidas sobre o que estaria motivando tanta fila.  “Estamos sem saber o que fazer e sem entender o que aconteceu. Normalmente não é assim”, comentou Janice, que vai levar milho, com o marido, de Campo Novo do Parecis, onde moram, até o Rio Grande do Sul (RS). “Geralmente chegamos até São Paulo, mas, desta vez, vamos mais longe e queremos logo seguir viagem”.

No posto de fiscalização, os agentes fiscais checam a carga, o documento fiscal, o que é um procedimento demorado, de acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). A Sefaz alega que nesta saída de safra de grãos “são muitos caminhões pra conferência da carga e documentação fiscal, por isso a demora e, consequentemente, a fila”.

Outro motivo desta fila, ainda conforme a Sefaz, é que foram detectadas algumas irregularidades no segmento e, com isso, a fiscalização ficou mais rigorosa. Janice reclama da lentidão e diz que nem sempre foi assim. “Todo ano tem safras e nunca foi tão difícil pra carimbar. Estamos nervosos por causa de estarmos parados em uma BR, a 163, sem suporte pra nada”.

No posto fiscal Flávio Gomes, em Cuiabá, e nos demais postos de fiscalização de Mato Grosso, a situação está normal.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Crise do milho também já preocupa caminhoneiros

Não são apenas os confinadores de bovinos e criadores de suínos e aves que estão alarmados com a quebra da segunda safra de milho. A crise de abastecimento do cereal também é motivo de preocupação dos caminhoneiros, que temem ter diminuição de renda em função da escassez do cereal.
Boa parte da renda anual da categoria está ligada ao agronegócio. De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Alziro Filho, a quebra da safra de milho pode agravar a situação do setor. Ele afirma que o valor do frete não varia há uma década, apesar de sucessivos aumentos no preço do diesel e da evolução da inflação.
“O que alivia um pouco a categoria é a remuneração um pouco mais elevada durante a safra”, afirma o dirigente.
Alziro Filho esteve nesta quarta, dia 8, na reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística, no Ministério da Agricultura, em Brasília. Um dos temas tratados no encontro foi o Programa de Parcerias e Investimento, anunciado no último mês pelo governo interino. De acordo com o presidente do colegiado, Edeon Vaz, a medida vai contribuir para resolver entraves nas concessões de portos e ferrovias.
A Câmara Temática também discutiu um projeto de lei que tramita no Senado, prevendo o fim da taxa de 10% sobre o frete de mercadorias movimentadas por cabotagem (transporte entre portos brasileiros). Para o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima, Luis Fernando Resano, a medida pode resultar em um aumento no custo do frete.
“Vai ser uma diminuição na arrecadação das empresas de navegação marítima. E, portanto, nós teremos que subir o valor do frete para os usuários do transporte marítimo”, diz Resano.