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Frete da soja está até 27% mais barato que há um ano, diz consultoria

Normalmente nesta época de colheita da soja o preço do frete dispara no país, influenciado justamente pela demanda aquecida por transporte. Entretanto, neste momento, os valores praticados estão até 27% menores na comparação com a mesma época do ano passado, segundo levantamento da consultoria Safras&Mercado. A nova tabela do frete e a queda no preço do diesel são algumas das razões apontadas.

Praticamente todas as rotas pesquisadas pela consultoria registram preços menores atualmente. O trecho ligando Orlândia (SP) ao porto de Santos (SP) registra a maior desvalorização, ficando 27,1% mais barato. Em seguida vem o trajeto de Ponta Grossa para o porto de Paranaguá, ambos no Paraná, no qual o frete caiu de R$ 68 para R$ 50 por tonelada.

O frete entre Cascavel (PR) e Paranaguá caiu 12,2% de R$ 123, em 2018, para R$ 108 por tonelada. Entre Sorriso (MT) e Paranaguá, o preço por tonelada recuou de R$ 330 para R$ 270 neste ano.

Para o analista Evandro Oliveira três fatores são responsáveis por estes recuos. O primeiro é que no ano passado, na mesma época, a tabela do frete não existia. O segundo é que a comercialização do grão estava mais aquecida em 2018 em relação a este ano, devido ao preço mais baixo nesta safra. Por fim, a queda do preço do diesel é outro fator que influenciou a baixa do frete.

“Um ano atrás a comercialização estava mais adiantada, os preços melhores incentivavam esse movimento. O frete também tem oscilado muito menos do que antes, com essa tabela do frete. E para finalizar, os incentivos que o diesel recebeu para baratear após as paralisações”, diz Oliveira.

Fonte: Canal Rural

Temer aprova MP do frete rodoviário mas nega perdão a multas aplicadas durante a greve

Medida Provisória que instituiu tabela de preço mínimo do frete rodoviário fez parte do acordo para encerrar a greve. No Congresso, parlamentares incluíram perdão das multas.

O presidente Michel Temer aprova a medida provisória que instituiu a tabela com preços mínimos para o frete rodoviário, mas negou o perdão a multas de trânsito e judiciais aplicadas durante a greve dos caminhoneiros.

O perdão  negado foi publicada na edição desta quinta-feira (9) do “Diário Oficial da União”.

O presidente Michel Temer durante discurso na abertura de um congresso do setor automotivo em São Paulo, na terça-feira (7) (Foto: TV Globo/Reprodução)

O presidente Michel Temer durante discurso na abertura de um congresso do setor automotivo em São Paulo, na terça-feira (7) (Foto: TV Globo/Reprodução)

A Medida Provisória (MP) foi publicada pelo governo em maio, como parte do acordo para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, que por 11 dias bloqueou rodovias e interrompeu o transporte de cargas, levando o país a uma crise de abastecimento de alimentos, combustíveis e outros produtos.

Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, bloqueada por caminhoneiros na manhã de 25 de maio (Foto: Reprodução/TV Globo )

Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, bloqueada por caminhoneiros na manhã de 25 de maio (Foto: Reprodução/TV Globo )

Multas

O perdão das multas, negada por Temer, foi incluída na MP durante a tramitação no Congresso Nacional.

Durante a greve, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Advocacia Geral da União, impôs multa de R$ 100 mil por hora às empresas que estimulassem interdições de vias, além de multa de R$ 10 mil por dia para o motorista que obstruísse a pista.

Após o Congresso incluir na MP a previsão do perdão, a AGU recomendou ao presidente a desaprovação do perdão das multas judiciais.

Aprovada MP que estabelece valor mínimo para fretes do transporte rodoviário de carga

Aprovada MP que estabelece valor mínimo para fretes do transporte rodoviário de carga

Tabela do frete

A medida provisória sancionada pelo presidente cria a política de preços mínimos do frete. Porém, caberá à ANTT calcular os valores, levando em consideração o tipo de carga, a distância, os custos de pedágio e preço do diesel.

Hoje está em vigor uma tabela do frete rodoviário editada em 30 de maio. A ANTT realizou consulta para colher sugestões a fim de aprimorar a metodologia para elaborar um nova tabela com preços mínimos.

A definição da tabela levou setores do agronegócio a acionarem o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida.

O relator do caso, ministro Luiz Fux, realizou duas reuniões entre caminhoneiros e empresários, porém não houve acordo. Um novo encontro está previsto para o próximo dia 27.

Adaptado do G1

5 cenas de terror do dia a dia do motorista

5 . FALTA DE PONTOS DE PARADA

 

A falta de pontos de parada e de infraestrutura para atender os motoristas também desestimula o ingresso de novos profissionais na atividade

 

Uma das principais reclamações dos motoristas de caminhão é a falta de um ponto de apoio com infraestrutura adequada nas estradas. Com a lei do tempo de direção, o motorista é obrigado a fazer paradas programadas. Porém, a realidade das estradas se impõe sem infraestrutura adequada e sob esse aspecto a Lei não tem como ser cumprida. Os motoristas dizem que no Brasil não tem ponto de apoio para o caminhoneiro, somente se abastecer.

Sem os tais pontos de parada, o motorista não consegue descansar por 30 minutos após dirigir até cinco horas e meia; nem passar a noite e cumprir o período de até 11 horas contínuas de repouso, conforme prevê a lei. Locais seguros normalmente são os postos de combustível, mas por serem estabelecimentos particulares, muitos condicionam a parada para pernoite com o abastecimento do caminhão. Sem opção os motoristas são obrigados a continuar na estrada, mesmo cansado e correndo o risco de provocar um acidente motivado pela fadiga ou parar em algum ponto na beira de estrada, sem qualquer segurança.

4 . ROUBO DE CARGA

O roubo de carga continua entre os assuntos mais comentados entre os motoristas de caminhão. A insegurança na estrada é cada vez maior, e é frequente depoimentos de carreteiros que ficaram nas mãos de criminosos e tiveram suas cargas furtadas. Para o Cel. Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística a falta de uma legislação mais específica para punir receptadores é um dos principais fatores que contribuem para altos índices de roubos de cargas registrados anualmente no Brasil.  A impunidade contribui para o aumento deste tipo de ocorrência na estrada”, ressalta o coronel. O coronel alerta os motoristas sobre a importância de seguirem a risca o plano de gerenciamento de risco adotado pela a empresa a qual está prestando serviço.

3 . DIESEL X VALOR DO FRETE

O diesel ainda é o principal insumo para os motoristas de caminhão, chegando a representar até 40% da planilha de custos. Nos últimos dois anos, com a economia estagnada, houve uma redução drástica na oferta de carga a ser transportada e desvalorização do valor do frete. Em contrapartida, o combustível e outros custos aumentaram significativamente, fazendo com que a conta do carreteiro começasse a não fechar.

2 . ESTRADAS

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Estradas do Centro Oeste são antigas e alguns trechos precisam de obras de recuperação

A falta de infraestrutura viária é apontada como um dos principais entraves do setor do transporte rodoviário de carga no Brasil. Insuficiência de estradas, sinalização precária e asfalto malconservado – além de pistas simples com mão dupla de direção – é uma realidade bastante conhecida pelo setor, assim como suas consequências, cuja relação inclui aumento de custos com o combustível, manutenção do caminhão e maior tempo de viagem, além da redução da segurança.

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou o estudo Transporte Rodoviário – Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos. O estudo avalia a evolução da qualidade da infraestrutura, os investimentos no setor entre 2004 e 2016 e propõe ações para solucionar os entraves identificados. Na análise, o estado geral das rodovias públicas federais melhorou 24,0 pontos percentuais, passando de 18,7% com classificação ótimo ou bom, em 2004, para 42,7%, em 2016.

Apesar da evolução da qualidade, 57,3% das rodovias públicas avaliadas ainda apresentam condição inadequada ao tráfego. Em 2016, cerca de 31 mil quilômetros ainda apresentavam deficiências no pavimento, na sinalização e na geometria.

Esses problemas aumentam o custo operacional do transporte, comprometem a segurança nas rodovias e causam impactos negativos ao meio ambiente. Nos 13 anos analisados, é possível perceber uma relação direta entre a qualidade das rodovias brasileiras e os investimentos federais em infraestrutura rodoviária.

1 . DESVALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO

Em um País onde cerca de 60% de tudo o que é produzido é transportado por caminhões, fica evidente a importância do motorista. O profissional é o responsável pelo deslocamento de todo tipo de carga pelas estradas do Brasil. E, para cumprir o seu trabalho, passa dias longe de casa e enfrenta, fretes baixos, falta de segurança, de infraestrutura e, principalmente, a desvalorização por parte de empresas, governo e sociedade.

De modo geral, o carreteiro é considerado o “vilão da estrada”, aquele que usa drogas, ingere bebidas alcoólicas, provoca acidentes e contribui para o congestionamento nas grandes cidades. Para o presidente da Fetcesp – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo – Flavio Benatti, muitos reclamam da circulação de caminhões, mas se esquecem da importância do transporte rodoviário de cargas para o dia a dia.

Fonte: O Carreteiro

Bloqueio na BR-364 contra queda no preço do frete chega ao 3º dia em MT

Caminhoneiros bloqueiam pelo terceiro dia seguido trechos da BR-364 no município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, neste domingo (15). Eles fazem protesto contra a diminuição no preço do frete, algo em torno de 30% desde o ano passado. Os manifestantes fecharam os kms 200 e 206, e estão impedindo a passagem de veículos de carga de grãos e derivados.

As informações são da Rota do Oeste, responsável pela conservação e duplicação da rodovia, e da Polícia Rodoviária Federal, que está com equipes nos locais do bloqueio para fazer o monitoramento. Segundo a PRF-MT, há entre 200 e 300 manifestantes na rodovia. Os manifestantes disseram que há mais de 3 mil caminhões parados.

Os caminhoneiros querem que as transportadoras paguem o piso mínimo para o frete estabelecido pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), que varia de acordo com a quilometragem percorrida.

“Os valores pagos estão defasados há anos. Mas este ano chegou aos caos, não tem mais condições”, disse Gilmar Marinho, um dos manifestantes.

Os caminhoneiros também dizem apoiar o Projeto de Lei 528, que está na Câmara de Deputados e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

O protesto na rodovia federal teve início na manhã de sexta-feira (13), com bloqueio da passagem de veículos de carga. A previsão era que a manifestação durasse cinco dias, mas os caminhoneiros já trabalham com a hipótese de estender o bloqueio por mais dias.

Fonte: G1

Frete de grãos cai mais de 20% no país, em Mato Grosso média é de 23%

Só para se ter uma ideia, o valor praticado entre Sorriso e Santos, no final de outubro do ano passado, era de R$ 317,22. E agora está em R$ 243, uma queda de 23%. A situação dos transportadores está complicada, principalmente em Mato Grosso, onde as trandings estão com os pátios vazios.
 Samuel da Silva Neto, economista da Esalq/Log, explica que são muitos os fatores que interferem no agronegócio e, por consequência, no transporte de grãos. “Historicamente, quase toda a safra da soja é exportada no primeiro semestre. Existe um grande volume de carga e o valor do frete sobe. O segundo semestre é dependente do milho safrinha”, afirma.
Mas não só da produção nacional do grão. “Ao contrário da soja, que é majoritariamente exportada, no caso do milho, o A quebra das safras e o aumento da oferta de caminhões levaram o transporte rodoviário de grãos a uma nova crise neste ano. Segundo o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP), o valor do frete hoje está mais de 20% abaixo do verificado há um ano, sendo que a inflação acumulada no período chega perto de 8,5%.
Brasil é mais dependente do mercado internacional. Ou seja, a gente pode produzir um volume alto de milho na safrinha, mas não necessariamente teremos uma janela de exportação ativa”, explica.
Neste ano, segundo o economista, além da quebra da safra, o mercado internacional está desaquecido. “A maior parte do milho ficou no mercado interno o que acaba desaquecendo o mercado de frete. O que joga o frete para cima é exportação, porque a exportação exige imediato escoamento (devido aos contratos internacionais). Já  mercado interno tem fluxo mais gradual,  tem uma certa cadência que faz com que o frete fique em patamares mais baixos”, alega.
O clima definitivamente não ajudou na safra 2015/16. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o País, a safra de soja teve leve quebra (-0,8%), de 96,2 milhões de toneladas para 95,4 milhões de toneladas. Mas, especificamente em Mato Grosso, a quebra foi expressiva (-7%), de 28 milhões para 26 milhões de toneladas.
A primeira safra de milho em todo o País teve 12% de quebra, saindo de 6,1 milhões para 5,3 milhões de toneladas. Já segunda apresentou quebra de 25%, de 54,5 milhões para 40,8 milhões de toneladas no Brasil. Somente em Mato grosso, caiu de 20,3 milhões para 15 milhões de toneladas, também 25% menor.
Silva Neto também ressalta a expansão da frota de caminhões nos anos anteriores a 2015, em virtude dos incentivos do BNDES, o que gerou uma super oferta do serviço de transporte. Além disso, a crise na mineração vem fazendo com que transportadores daquele setor migrem para o transporte de grãos. “Os veículos utilizado nos grãos e no transporte de determinados minérios como cimento, areia e calcário são os mesmos. Principalmente em Minas Gerais, grande parte das transportadores estão migrando suas frotas para grãos”, conta.
O economista diz que o transporte graneleiro é dependente de muitas variáveis climáticas e comerciais. “O frete pode mudar R$ 10, R$ 15 de uma semana para outra, de acordo com as oscilações do mercado.” Para o ano que vem, as perspectivas, na visão dele, são boas. “Mas muita coisa pode acontecer”, ressalva.
BALANÇO
Uma das maiores tradings mundiais, a Bunge comunicou um lucro líquido de US$ 118 milhões no terceiro trimestre de 2016 no Brasil. Segundo a companhia, houve uma queda 50,6% sobre o resultado de US$ 239 milhões referente ao mesmo período de 2015.

Menor fluxo de milho eleva custo de frete de fertilizantes

A quebra da principal safra de milho do país em 2015/16 reduziu o fluxo de caminhões para os portos e provocou um aumento nos custos de frete para o transporte de fertilizantes às vésperas do plantio da nova temporada, disse nesta segunda-feira o diretor-presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Carlos Heringer.

“As entregas estão acontecendo, mas o frete subiu muito”, disse o empresário, nos bastidores de um congresso do setor, em São Paulo.

A Heringer distribui cerca de 5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil por ano, respondendo por pouco mais de 15 por cento do mercado brasileiro.

Segundo ele, há estimativas de que o frete para entrega de fertilizantes está 15 a 20 por cento mais caro do que 12 meses atrás, em dólares, o que está impactando negócios residuais para a colheita de verão 2016/17 e também para a safra de inverno de milho, que responde pelo maior volume colhido do cereal no país.

Em geral, o setor agrícola conta com o grande fluxo de caminhões carregados com grãos para as regiões portuárias para gerar fretes de retorno relativamente baratos para levar os fertilizantes para as áreas de plantio.

Em 2016, contudo, adversidades climáticas em algumas das principais regiões produtoras frustraram as expectativas de uma grande safra de milho, que está em fase final de colheita, ao mesmo tempo que muito produtores preparam os lotes para a semeadura da nova safra de soja, a partir de setembro e outubro.

Segundo Heringer, os valores mais altos de frete –um custo para o qual não há mecanismos de travamento antecipado de preços– acabam sendo assumidos em parte pelos produtores e em parte pelas indústrias, dependendo do modelo de negócio.

O executivo afirmou ainda que os novos patamares de preço de frete já se refletem nas vendas fechadas atualmente para o fornecimento de fertilizantes para a segunda safra de milho de 2016/17, que será semeada no primeiro semestre do ano que vem.

“Tem que precificar (o fertilizante) nessa nova realidade”, comentou, acrescentando que negócios residuais para entrega de fertilizantes ainda para o plantio de verão 2016/17 também estão sofrendo a influência dos preços elevados de frete.

Recuperação em 2016

Heringer, que lidera uma das três maiores empresas brasileiras de fertilizantes, fundada por seu pai, estima que 2016 verá uma recuperação no volume de vendas do setor para um patamar semelhante ao recorde registrado em 2014.

Nos sete primeiros meses do ano, as empresas de fertilizantes já entregaram 16,5 milhões de toneladas de fertilizantes aos produtores, alta de 10,4 por cento ante mesmo período em 2015 e volume ligeiramente superior ao período em 2014, que fechou com um recorde de entregas de 32,2 milhões de toneladas.

“Não vamos ter um segundo ano de queda”, disse o executivo.

“Está havendo uma recuperação impulsionada pelos preços (de fertilizantes) que caíram em dólares. É uma combinação de fatores que levou o produtor a fixar (contratar)”, analisou Heringer, destacando o bom volume de negócios fechados no primeiro semestre deste ano, com ajuda também dos bons preços de grãos.

Ele lembrou ainda que a recuperação dos preços de açúcar, que tem garantido boa rentabilidade para as usinas do centro-sul, é outro fator que contribui para uma recuperação do setor de fertilizantes este ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro