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Maior parte de fiscalização sobre tabela do frete recai no agronegócio, diz ANTT

Cerca de metade das averiguações feitas pela agência até agora resultou em multas. Preços tabelados foram instituídos para pôr fim à greve dos caminhoneiros em 2018.

Cerca de metade (45%) das fiscalizações realizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o cumprimento da tabela de pisos mínimos de frete rendeu multas neste ano, e a maioria das operações da autarquia recaiu sobre o segmento do agronegócio, aponta levantamento recente da agência.

A tabela de frete rodoviário foi instituída em meados do ano passado, como forma de por fim à greve nacional dos caminhoneiros, mas a aplicação de multas por descumprimento somente passou a ser executada no início deste ano, após publicação em novembro de resolução que orienta a aplicação da penalidade. Anteriormente, as empresas flagradas descumprindo a tabela eram notificadas.

O cumprimento da regra da tabela, uma forma de proteger caminhoneiros de variações no custo do frete como oscilações no preço do diesel, é uma das principais reivindicações da categoria que tem se mostrado cada vez mais insatisfeita com o aumento no preço do combustível vendido pela Petrobras a distribuidores do país.

Segundo a ANTT, desde janeiro até quarta-feira passada (17), foram realizadas 342 operações de fiscalização do cumprimento da tabela em estradas do país, das quais 156 renderam multas por irregularidades no cumprimento da regra do piso mínimo de frete. A agência afirmou que as operações ainda continuam, “de forma prioritária em todas as unidades regionais, com isso os números apresentados certamente sofrerão alterações”.

Questionada sobre quais seriam as áreas de trabalho de quem foi flagrado cometendo irregularidades, a ANTT afirmou que não tem dados sobre essa separação por área de atuação, mas que as “fiscalizações são, em sua grande maioria, no segmento do agronegócio”.

A ANTT também não informou detalhes das ações, como total arrecadado com as multas, mas afirmou que a resolução 5.833/18, publicada em novembro, prevê penalidades de R$ 550 a R$ 10.500.

Entre as situações que podem render multa estão penalidades para contratantes e caminhoneiros que fizeram transporte de carga cobrando menos que o piso e anunciantes de cargas que promoverem serviços de transporte rodoviário por menos que o mínimo previsto na tabela.

Procurada, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), não pôde comentar o assunto de imediato.

Representantes de entidades de defesa de direitos de caminhoneiros autônomos, incluindo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, reúnem-se nesta tarde com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Pacote para caminhoneiros

Na semana passada, o governo lançou um pacote de apoio a caminhoneiros, incluindo crédito para manutenção de veículos e investimentos em rodovias, mas as medidas foram criticadas por entidades que representam a categoria como uma tentativa de apenas reduzir a insatisfação dos motoristas com o custo do diesel e o que citam como descumprimentos da tabela de frete.

No dia seguinte ao lançamento do pacote, a Petrobras elevou o preço médio do diesel em suas refinarias em 4,8%, menos que o índice de 5,7% que a empresa pretendia aplicar na semana anterior. O aumento inicial foi suspenso após interferência do presidente Jair Bolsonaro.

A colheita da soja, principal item da pauta de exportação brasileira, está perto do final e os meses de abril, maio e junho costumam ser muito fortes no escoamento desta produção. A greve dos caminhoneiros do ano passado durou 11 dias e começou no final de maio.


Fonte: Portal G1

Regulamentação do tabelamento de fretes é prioridade da Agropecuária

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) afirmou que a regulamentação do tabelamento dos fretes está entre os temas mais urgentes a serem discutidos pela Frente Parlamentar Mista da Agropecuária nesta legislatura. Moreira deve assumir a coordenação do grupo com a saída da deputada Tereza Cristina (DEM-MS) para assumir o Ministério da Agricultura no governo Bolsonaro.

A frente promoveu reunião nesta terça-feira (5) com novos parlamentares em sua sede, no lago sul, em Brasília. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também participou do encontro, que contou com a presença de mais de 60 deputados e senadores.

A Lei que criou preço mínimo para o transporte de cargas está em vigor desde o início de agosto, como acordo para o fim da greve dos caminhoneiros que parou o País no ano passado O valor da multa para quem descumprir a medida chega a R$ 10,5 mil. Segundo os parlamentares da Frente, isso impactou toda a cadeia produtiva.

“O que é mais urgente é a regulamentação do frete, a questão do Código Florestal e do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). São assuntos pendentes da última legislatura e possuem um contencioso grande a ser resolvido”, disse Moreira.

Moreira destacou ainda a importância de se reduzir os custos da produção agrícola, que oneram o produtor, como “energia de qualidade ruim ou estradas ruins”. Ele defendeu que a frente sugira alternativas para reduzir esses custos.

Fonte: Agência Câmara Notícias

Mercedes-Benz leva caminhões à maior feira do agronegócio no Centro-Oeste

A Mercedes-Benz é a marca que oferece os caminhões cada vez mais preparados para o agronegócio, tanto no transporte rodoviário, quanto fora de estrada, como também nas atividades em que o veículo opera em vários tipos de pavimento na mesma operação. Por meio da exposição de cinco modelos das famílias Atego, Axor e Actros, essa versatilidade é a grande atração da marca na 16ª edição da Tecnoshow COMIGO, principal feira de tecnologia rural do Centro-Oeste. O evento será realizado, entre os dias 3 e 7 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO na cidade de Rio Verde, em Goiás. O estande da marca conta com a parceria dos concessionários Rodobens Veículos Comerciais de Rio Verde e de Jataí.

Principal destaque no evento, o Actros 2651 6×4, top de linha da Mercedes-Benz, vem ganhando crescente aprovação no Centro-Oeste e em outras regiões pela força, robustez, resistência, produtividade e rentabilidade.

“O Actros foi desenvolvido para enfrentar as características das estradas brasileiras e atender o atual perfil do transporte. Ele se consolidou no País como um mix-road para operações nos mais diversos tipos de estrada, tanto asfaltadas, quanto de terra ou outro pavimento, situações típicas das atividades do agronegócio”, afirma Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “Além de ser o mais preparado para enfrentar qualquer percurso, o Actros se tornou referência em tecnologia, garantindo ainda mais eficiência quando o assunto é a segurança e o conforto do motorista”.

Axor 3344 off-road oferece elevado padrão de conforto

O estande da Mercedes-Benz apresentará também o elevado padrão de conforto do caminhão extrapesado Axor 3344 6×4 para aplicações off-road. Este é o caso do câmbio totalmente automatizado Mercedes PowerShift, sem pedal de embreagem. Consagrado na aplicação rodoviária, também assegura economia e excelente desempenho nas severas operações fora de estrada.

Assim como o modelo 3344, toda a linha Axor recebeu um desenvolvimento específico para a aplicação off-road, com elementos como protetor de cárter, estribos flexíveis e filtro de ar posicionado na lateral superior direita da cabina, além do consagrado trem de força Mercedes-Benz.

Dando continuidade à evolução do ECONFORT, a Mercedes-Benz agregou ao Axor os mais modernos bancos do mercado para o motorista e o passageiro, com perfil envolvente e diversas regulagens.

O Axor off-road é reconhecido pela alta produtividade, força e robustez nas atividades canavieira, madeireira, mineração e grandes obras de infraestrutura e construção civil.

Três modelos ressaltam a versatilidade de aplicação da linha Atego

Na Tecnoshow COMIGO, estarão expostos também três modelos da linha Atego, os semipesados Atego 1719 4×2, Atego 2430 6×2 e Atego 3030 8×2. Com decorrência do conceito ECONFORT, esses caminhões oferecem um elevado padrão de economia, conforto, força e desempenho no transporte rodoviário e urbano.

Os caminhões Atego se destacam no mercado por seu chassi robusto e totalmente plano, o que resulta em resistência e longa durabilidade, além de otimizar a implementação de carroçarias. A linha Atego oferece a cabina mais espaçosa da categoria, com elevado conforto para o motorista e o acompanhante. A Mercedes-Benz é a única a oferecer quatro versões para o mercado: Standard, Estendida, Leito Teto Baixo e Leito Teto Alto.

Segundo Ari de Carvalho, em toda a cadeia do agronegócio, assim como nas demais atividades econômicas, os caminhões Mercedes-Benz são reconhecidos pela força, robustez, resistência, reduzido consumo de combustível, menor custo operacional, disponibilidade para o trabalho e elevado nível de conforto para o motorista. “Como resultado, proporcionam excelente custo/benefício e produtividade para as atividades de transporte e logística dos nossos clientes, tanto na cidade, quanto na estrada e em operações fora de estrada, assegurando rentabilidade para seus negócios”, conclui o executivo.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

 

Estradas ruins deixam frete mais caro para escoar produção de soja em GO

O agricultor de Goiás deve colher nesta safra mais de dez milhões de toneladas de soja, mas escoar a produção é um desafio já que várias rodovias estão em péssimas condições.

Em uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, no fim do ano passado, duas estradas de Goiás apareceram na lista das dez piores do país, a GO-174 entre Rio Verde e Iporá e a BR-158 no trecho entre Jataí e Piranhas. Elas são utilizadas principalmente para o escoamento de produtos agrícolas.

Por conta da situação ruim das estradas, os produtores rurais já estão pagando mais caro pelo transporte dos grãos que estão sendo colhidos na lavoura para serem levados para os armazéns. Isso por que quem trabalha com o transporte, já faz o frete há muito tempo sabe que fazer a manutenção de um caminhão é cara.

Como no campo tempo é dinheiro, os produtores estão no corre-corre para encaminhar a produção Para os armazéns e pras industrias. O agricultor Atílio Gorgem planta soja em Jataí há mais de 30 anos. Ele diz que o custo com o transporte, que antes não chegava a 3% dos gastos com a produção, agora já chega a 15% .

O agricultor conta que 40% do que é produzido na fazenda é transportado por caminhões próprios, o restante ele precisa contratar terceiros. Só que não tá fácil encontrar quem se arrisque pelas estradas esburacadas. “Você tem fazer jogo de cintura para encontrar alguém”, conta Atílio.

A Agência Goiana de Transportes e Obras informou, em nota, que vai fazer os serviços de reparos nas rodovias estaduais mostradas na reportagem. Em relação a BR-158, que é federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disse que a rodovia já está recebendo o serviço de manutenção.

Caminhoneiro descarrega carga de soja no pátio de empresa

Na manhã de ontem,(04), um caminhoneiro despejou uma carga de soja no pátio de uma empresa, na cidade de Sorriso por não conseguir descarregar a carga do cereal no local onde era o seu destino final.

Segundo o caminhoneiro, ele transportava a carga da cidade de Tapurah até Sorriso, quando chegou no pátio e apresentou a nota e sua identificação, responsáveis da empresa alegaram que sua carteirinha da ANTT estaria vencida, sendo que consta na mesma o vencimento para o ano de 2019, mas a empresa teria alegado a ele que o governo teria mudado a legislação e adiantado o vencimento para o último dia 31 e que ele deveria ter renovado antes de estar na estrada.

O motorista que disse não ter conhecimento desta nova normativa, e como a carga pertence a própria empresa, resolveu descarregar no pátio. Segundo o motorista, a empresa não paga estadia e como está com a família, e seu filho precisa voltar pra estudar, resolveu tomar a atitude, mesmo sabendo que não receberá os R$1.900,00 referente ao frete.

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

MPT quer proibir jornada de trabalho de 12 horas para motoristas de transporte de cargas de MT

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Rondonópolis ajuizou na semana passada ação civil pública com pedido de liminar contra as principais entidades representativas de empresas e profissionais do setor de transporte de cargas de Mato Grosso. O MPT quer proibir a celebração de nova convenção ou acordo coletivo que permita a prorrogação da jornada de trabalho dos motoristas em até quatro horas diárias. O MPT pede, ainda, em caso de decisão favorável da Justiça, fixação de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento da obrigação.
Na ação, o MPT questiona a constitucionalidade do artigo 235-C da CLT, alterado em 2015 pela Lei 13.103 (Lei do Motorista), e a validade das convenções e acordos coletivos que nele se baseiam para permitir que motoristas profissionais trabalhem até 12 horas por dia.
A Constituição Federal estabelece jornada de trabalho de oito horas diárias e 44 semanais, admitindo que apenas a sua redução, e não o seu aumento, ocorra mediante acordo ou convenção coletiva. Salienta o procurador do Trabalho Bruno Choairy que qualquer lei ou instrumento de negociação coletiva que autorize a prorrogação da jornada de trabalho normal para além de duas horas extras diárias é inconstitucional.
O procurador explica que há, na Constituição, um núcleo normativo que não pode ser relativizado por lei ou norma coletiva, pois corresponde a um patamar mínimo civilizatório que inclui a limitação da jornada de trabalho, o direito à saúde e segurança no trabalho, o salário mínimo, o valor social do trabalho e a dignidade humana.
A ação é movida contra uma federação de trabalhadores, um sindicato patronal e três sindicados laborais, que abrangem 50 municípios de Mato Grosso, sobretudo no sul, leste e norte do Estado. São eles: Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Rondonópolis e Região – SETCARR, Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Mato Grosso, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Rondonópolis e Região – STTRR, Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário e Motoristas Profissionais de Barra do Garças e Região – SINTTRO, e Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região.
A permissão para prorrogação da jornada de oito horas do motorista profissional em até 50%, ou seja, em mais quatro horas por dia, já consta na convenção coletiva da categoria atualmente em vigência. Considerando que o instrumento é válido até abril deste ano e que é iminente a celebração de nova convenção, entende o MPT que há urgência no desfecho do caso para impedir a continuação e a reiteração dos atos ilícitos.
Pontua Choairy que a limitação da jornada de trabalho tem relação direta com as normas de saúde e segurança no trabalho, assumindo, então, caráter de normas de saúde pública. O procurador explica que a possibilidade da jornada do motorista chegar a 12 horas diárias também viola, entre outros princípios, a regra constitucional expressa que impõe a segurança viária. “Isso na medida em que a prática de tal jornada amplia desarrazoadamente as possibilidades de acidentes, tomando como premissa que acidentes ocorrem, em muito, por conta do sono e da fadiga de que padecem motoristas ao trafegarem por longas jornadas”.
Reforma trabalhista e a diminuição da proteção social
Para o procurador do Trabalho Bruno Choairy, o objeto da ação civil pública se insere no atual contexto da discussão, na esfera pública, a respeito da reforma trabalhista, que pretende relativizar o tema, permitindo jornadas extensas, sem fixação de limite diário.
A proposta contida no PL 6.787/2016, de autoria da Presidência da República, introduz um novo artigo na CLT, prevendo que a convenção ou o acordo coletivo de trabalho tenha força de lei quando tratar de treze temas listados no artigo 611-A, incluindo jornada de trabalho (que seria limitada a 220 horas mensais).
Todavia, o MPT argumenta que no Brasil já ocorre a prevalência do negociado sobre o legislado, desde que o negociado seja mais favorável que o legislado. “Dado que o ordenamento brasileiro já prevê, incontroversamente, a prevalência do negociado sobre a lei sempre que a negociação significar a criação de novo benefício ou a ampliação de benefício já previsto em lei, conclui-se que o único propósito do PL 6.787/2016 é permitir a exclusão de direitos trabalhistas pela via negocial”, afirma a instituição em Nota Técnica.
O procurador do Trabalho Bruno Choairy reitera que “se apresentam como inconstitucionais medidas e providências tendentes a aumentar desmedidamente a jornada de trabalho, transformando em natural algo que, para a Constituição, é visto com excepcionalidade – a prática de horas extras”.
Choairy explica que a própria Constituição Federal, prevendo essas tentativas de diminuição da proteção social e trabalhista, criou um mecanismo de auto restrição para que regras e princípios, como o valor do trabalho, a dignidade humana e a segurança no trabalho, não ficassem à mercê das mudanças no cenário político-econômico.
Segundo o procurador, nada disso pode ser diminuído pela atuação do legislador, que muitas vezes se utiliza do discurso ideológico que prega que a ausência da legislação trabalhista seria benéfica à economia. “Deste modo, nem o legislador nem a negociação coletiva são soberanos quando se trata de regulação do contrato de trabalho, pois há regras e princípios constitucionais que devem necessariamente ser observados, funcionando como mecanismo de restrição à vontade de futuras maiorias, seja no âmbito legislativo, seja no âmbito negocial”.
Processo 0000043-11.2017.5.23.0022
 

Commodities agrícolas devem puxar o crescimento do setor de transporte de cargas em 2017

O anúncio da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) de que em 2017 o setor voltaria a crescer no país, registrando um aumento de 7,2% nas exportações e de 5,2% nas importações, sobre 2016, agitou o mercado brasileiro de transporte de cargas. Especialistas e grandes players do segmento reforçam as expectativas de retomada do setor e acreditam em um cenário positivo para este ano, mas alertam que ainda há muito a ser feito.

O Porto de Santos, por exemplo, o maior da América Latina, deve atingir uma movimentação recorde em 2017, em torno de 120,596 milhões de toneladas, superando o ano de 2015, o maior resultado até então, com 119,9 milhões. Esse resultado, se confirmado, implicará ainda em alta de 6,3% em relação ao previsto para 2016, de 113,475 milhões.

Para as exportações espera-se um crescimento de 8,2% (89 milhões de toneladas) e para as importações de 1,3% (31,596 milhões). “Entre as cargas mais transportadas os sólidos a granel devem apresentar desempenho 12,1% acima do verificado no ano anterior (60,698 milhões de toneladas), os líquidos a granel de 1,2% (15,882 milhões) e as cargas gerais de 0,9% (44,015 milhões)”, segundo José Alex Oliva, diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela administração do Porto e que estará na Intermodal South America, entre 4 e 6 de abril, em São Paulo (SP).

“É muito possível que as exportações, de forma geral, cresçam em 2017 com relação a 2016, sobretudo no setor de commodities, uma vez que há um excedente de produção de soja do ano passado que migrará para este, além de uma produção agrícola mais favorável também”, analisa o diretor comercial da Allink no Brasil, empresa especializada no transporte de cargas consolidadas (marítimas e aéreas), André Gobersztejn. Ele acredita que o maior volume do setor de transportes virá, principalmente, por conta das exportações das commodities agrícolas.

Contrapartida

No entanto, Gobersztejn alerta que nem todos os segmentos conseguirão acompanhar essa evolução com a mesma facilidade. “A exportação de manufaturados, entretanto, tende a seguir em queda, pois muitos fatores podem influenciar neste movimento: um possível protecionismo norte-americano com o novo comando da Casa Branca, a valorização do dólar frente ao euro e, sobretudo, a contínua variação de nossa própria moeda frente ao dólar. Estabelecendo-se a moeda americana por volta de US$ 3,20 a US$ 3,50 e havendo maior facilidade na obtenção de créditos, acreditamos que os manufaturados possam voltar a apresentar acréscimo em suas exportações apenas em meados ou final de 2017”, ressalta o executivo da Allink, que também será uma das expositoras na Intermodal.

Quem também acredita que, mesmo em um cenário melhor que no ano anterior, o setor de transporte de cargas ainda enfrentará algumas dificuldades é o presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (FENOP), Sérgio Aquino. “Dois fatores devem influenciar diretamente as movimentações portuárias, especificamente: a revisão do novo marco regulatório dos portos e a provável prorrogação dos contratos de arrendamentos. São pontos que influenciam a atividade, pois permitem mais estabilidade e segurança jurídica ao segmento empresarial, tendo em vista que é um setor que exige investimentos intensivos, além de incentivarem a continuidade da modernização do segmento”, observa.

“Mas essa não é a salvação, o poder público continua sendo devedor das soluções para os acessos, aquaviários ou terrestres, que são de sua responsabilidade. Além disso, seus intervenientes que atuam no comércio exterior precisam se harmonizar e se modernizar”, completa o presidente da FENOP, uma das entidades apoiadoras da Intermodal neste ano.

Players

Além da Allink, a Intermodal South America 2017 reúne mais de 20 agentes de carga, freight forwarders e NVOCC’s, que discutirão não somente o aumento no volume de cargas transportado mas também todos os assuntos que norteiam esta indústria, expondo ainda suas mais recentes soluções aos profissionais presentes. Empresas como a AEL Berkman, Blu Logistics, Craft Group, Delfin Group, MSL do Brasil, Panalpina e Worldwide Logistics também estão confirmadas.

O evento recebe também, além do Porto de Santos, outros 30 complexos portuários nacionais e internacionais, que debaterão o mercado aquaviário em todos os seus aspectos. Companhia Docas do Ceará, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Complexo Portuário de Suape, Porto de Bremerhaven (Alemanha), Porto de Buenos Aires (Argentina), Porto de Ferrol (Espanha), Porto de Leixões (Portugal), Porto de Rotterdam (Holanda), Porto de São Francisco do Sul e Porto de Vitória são alguns dos que marcarão presença na feira.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Safra 2016/17 deve ser recorde de 215,27 milhões de toneladas, diz Conab

A produção brasileira de grãos na safra 2016/17, em fase de plantio, deve alcançar recorde de 215,27 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,3% (ou 28,6 milhões de toneladas), em comparação com o total de 186,7 milhões de toneladas no período 2015/16. Os números fazem parte do quarto levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgados nesta terça-feira, 10.

Segundo a Conab, o resultado positivo se deve à produtividade média das culturas, em recuperação da influência negativa das condições climáticas da safra passada. A área total tem previsão de ampliação em 1,4% (ou 745,6 mil hectares) quando comparada à safra anterior, podendo atingir 59,08 milhões de hectares.

A soja, principal cultura de verão, deve registrar crescimento de 8,7% na produção, podendo alcançar 103,78 milhões de toneladas, com aumento de 8,3 milhões de t frente à safra anterior. A área de cultivo com a oleaginosa deve crescer 1,6%.

Fonte: Revista Frota e Cia

Crise do milho também já preocupa caminhoneiros

Não são apenas os confinadores de bovinos e criadores de suínos e aves que estão alarmados com a quebra da segunda safra de milho. A crise de abastecimento do cereal também é motivo de preocupação dos caminhoneiros, que temem ter diminuição de renda em função da escassez do cereal.
Boa parte da renda anual da categoria está ligada ao agronegócio. De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Alziro Filho, a quebra da safra de milho pode agravar a situação do setor. Ele afirma que o valor do frete não varia há uma década, apesar de sucessivos aumentos no preço do diesel e da evolução da inflação.
“O que alivia um pouco a categoria é a remuneração um pouco mais elevada durante a safra”, afirma o dirigente.
Alziro Filho esteve nesta quarta, dia 8, na reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística, no Ministério da Agricultura, em Brasília. Um dos temas tratados no encontro foi o Programa de Parcerias e Investimento, anunciado no último mês pelo governo interino. De acordo com o presidente do colegiado, Edeon Vaz, a medida vai contribuir para resolver entraves nas concessões de portos e ferrovias.
A Câmara Temática também discutiu um projeto de lei que tramita no Senado, prevendo o fim da taxa de 10% sobre o frete de mercadorias movimentadas por cabotagem (transporte entre portos brasileiros). Para o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima, Luis Fernando Resano, a medida pode resultar em um aumento no custo do frete.
“Vai ser uma diminuição na arrecadação das empresas de navegação marítima. E, portanto, nós teremos que subir o valor do frete para os usuários do transporte marítimo”, diz Resano.