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Safra recorde e retomada industrial devem estimular transporte de cargas
Redução da meta da inflação, corte dos juros, retomada na Bolsa de Valores e o impacto desses indicadores no transporte rodoviário de cargas. Esses foram alguns dos principais assuntos abordados no “Encontro Setcesp: Conjuntura Econômica 2017”, evento realizado na terça-feira (21), na sede da entidade, em São Paulo, e que contou com a presença do palestrante Octavio de Barros, diretor executivo do Instituto República.
Durante a abertura do encontro, o presidente do Setcesp, Tayguara Helou, reforçou a atuação do setor de transporte rodoviário de cargas em prol do desenvolvimento da economia do país e a influência dos indicadores nacionais na retomada da atividade: “Nosso setor viabiliza o crescimento econômico do país, mas também depende do papel dos agentes financeiros para poder ganhar força. Afinal, se a economia cresce 1% nós crescemos três ou quatro vezes mais”, lembrou.
Entre os assuntos debatidos por Barros, a previsão de tendências econômicas e análises do cenário econômico global foram apresentadas como alguns dos fatores cruciais para contextualizar a atual situação do mercado brasileiro: “Hoje um quinto de toda a dívida pública mundial é paga em taxa de juros nominais negativos, ou seja, isso demonstra que ainda há liquidez no mercado e um caminhão de dinheiro que pode ser investido no Brasil”, afirmou.
Em seguida, o palestrante destacou uma possível queda na taxa de juros brasileira para 8,5% ao ano (Selic), até abril de 2018, e abordou outros temas, como: os “pecados” cometidos pela governança econômica brasileira, a condição debilitada do varejo e as perspectivas de crescimento de diversos setores do país, esperada somente no ano seguinte.
Por fim, para encerrar sua palestra, Barros, respondeu algumas perguntas feitas pelos convidados e explicou que a queda nos juros vai ajudar empresários, mas que a retomada será lenta.
Para o setor de transporte rodoviário de cargas, Barros destacou que a safra agrícola recorde e a previsão de crescimento na indústria podem servir como trampolins para que a atividade volte a respirar ainda nesse ano.
Fonte: Frota e Cia
Estradas ruins deixam frete mais caro para escoar produção de soja em GO
O agricultor de Goiás deve colher nesta safra mais de dez milhões de toneladas de soja, mas escoar a produção é um desafio já que várias rodovias estão em péssimas condições.
Por conta da situação ruim das estradas, os produtores rurais já estão pagando mais caro pelo transporte dos grãos que estão sendo colhidos na lavoura para serem levados para os armazéns. Isso por que quem trabalha com o transporte, já faz o frete há muito tempo sabe que fazer a manutenção de um caminhão é cara.
Como no campo tempo é dinheiro, os produtores estão no corre-corre para encaminhar a produção Para os armazéns e pras industrias. O agricultor Atílio Gorgem planta soja em Jataí há mais de 30 anos. Ele diz que o custo com o transporte, que antes não chegava a 3% dos gastos com a produção, agora já chega a 15% .
O agricultor conta que 40% do que é produzido na fazenda é transportado por caminhões próprios, o restante ele precisa contratar terceiros. Só que não tá fácil encontrar quem se arrisque pelas estradas esburacadas. “Você tem fazer jogo de cintura para encontrar alguém”, conta Atílio.
A Agência Goiana de Transportes e Obras informou, em nota, que vai fazer os serviços de reparos nas rodovias estaduais mostradas na reportagem. Em relação a BR-158, que é federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disse que a rodovia já está recebendo o serviço de manutenção.
Rota do Oeste lança campanha Safra Segura
Um plano especial focado na segurança dos usuários da BR-163 tem início nesta segunda-feira (13.02) com o lançamento da campanha Safra Segura, realizado pela Rota do Oeste em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). As ações ocorrerão durante todo o período de escoamento da safra de soja, prevista para ser a maior já registrada em Mato Grosso. Estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) aponta que o Estado produzirá 30,5 milhões de toneladas do grão, o que seria a maior safra da história.
Como principal corredor de escoamento da soja mato-grossense, a BR-163 deve contar com um aumento de tráfego em torno de 20%, o que representa cerca de 11 mil veículos de carga a mais por dia circulando na rodovia. Com várias frentes de atuação, a Rota do Oeste busca alertar a população para esta mudança repentina de característica e diminuir o número de acidentes.
O setor de Sustentabilidade da Concessionária e a PRF realizarão atividades educacionais para caminhoneiros em Cuiabá e Rondonópolis. Na Capital, as ações ocorrerão de 13 a 16 de fevereiro, às 19h, no Posto Aldo Locatelli. No interior, o evento será de 20 a 23 de fevereiro, no Posto Aldo Locatelli, às 19h.
A expectativa é atender cerca de 500 caminhoneiros no período da noite, quando serão realizadas palestras pela PRF sobre direção defensiva, segurança na rodovia, alcoolismo e consumo de drogas. Em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde apresentará uma palestra sobre a importância de prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis. Os caminhoneiros contarão ainda com serviços de massagem e corte de cabelo.
O superintendente da PRF, Arthur Nogueira, destaca que o trabalho de conscientização promovido durante o Safra Segura vem para reforçar as ações da PRF, que busca conscientizar diariamente os motoristas, especialmente os de veículos de cargas. “Nesse período em que a BR-163 e BR-364 estão mais movimentadas é importante reforçar sobre a importância de não beber e dirigir, bem como destacar que as ultrapassagens são mais arriscadas em decorrência das extensas filas de veículos. Qualquer erro pode levar a colisões frontais, laterais e traseiras”, explica Nogueira.
Além das atividades de conscientização, a Rota do Oeste está centrada na prestação do atendimento aos usuários de forma célere. O gerente de Tráfego, Mauro Szwarcgun, explica que para garantir maior rapidez nos atendimentos as equipes serão reposicionadas de forma estratégica. Ao todo, são 76 veículos destinados à prestação de serviços aos usuários. São guinchos leves e pesados, caminhões-pipa, ambulâncias, UTIs móveis, veículos de inspeção e voltados a captura de animais.
“Para garantir um serviço ainda melhor renovamos a frota destinada à inspeção. São 19 novas caminhonetes Hilux atuando na rodovia, fazendo a vistoria de todo segmento. Esse trabalho tem o objetivo de prestar apoio a usuários que necessitem de atendimento, ou ainda identificar qualquer tipo de problema na rodovia, que venha atrapalhar o tráfego”, comenta.
Informações – Para ampliar o alcance das informações de segurança, a Rota do Oeste investirá ainda em panfletos, mensagens nos PMVs, anúncios nas rádios, intervenções nas cancelas de pedágio e comunicação nas mídias sociais.
Fonte: Rota do Oeste
Escoamento da safra amplia em 17,6% o fluxo de veículos na BR-163
Com o início da colheita de soja em Mato Grosso, a BR-163 apresentou um movimento 17,6% maior em janeiro, em comparação a dezembro de 2016. No último mês, a Rota do Oeste registrou o tráfego médio de 975 mil veículos de cargas na rodovia, contra 829 mil carretas e caminhões em dezembro passado. O aumento no fluxo de veículos deve crescer ainda mais nos próximos meses em função do escoamento da produção do grão, que deve chegar a 30,5 milhões de toneladas, conforme projeção apresentada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato).
Para o período de escoamento, que vai até abril, a concessionária estima uma ampliação de tráfego em 20%, o equivalente a 11 mil veículos a mais por dia na rodovia. Conforme o gerente de Pedágio, Wilson Ferreira, o tráfego em janeiro ainda ficou um pouco abaixo da estimativa para a época, situação motivada pela manifestação dos caminheiros, registrada de 13 a 18 de janeiro.
“O excesso de chuva no norte de Mato Grosso também impediu que parte da soja fosse colhida, o que termina refletindo diretamente na BR-163, principal canal de escoamento no Estado”, pontua Ferreira.
O vice-presidente da Aprosoja, Elson Pozzobon, destaca que o mau tempo afetou um pouco a região de Lucas do Rio Verde, porém o momento é de olhar para frente. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que 16% da soja plantada já foi colhida e a previsão de Pozzobon é que haja um aumento expressivo até o final de fevereiro.
“Normalmente, o pico da colheita ocorre em fevereiro e março, mas antecipamos o plantio para setembro de 2016, em decorrência das condições climáticas. Então, em 2017 o momento mais intenso da colheita começa agora, no final de janeiro e decorrer de fevereiro”, explica.
Recomendações – Com o aumento do fluxo de veículos na BR-163, usuários devem redobrar a atenção, evitar ultrapassagens irregulares ou forçadas, não ingerir bebida alcóolica antes de dirigir e seguir rigorosamente as leis de trânsito.
Quem tiver a oportunidade de programar as viagens, deve entrar em contato com o 0800 065 0163, da Rota do Oeste, e se informar sobre as condições de tráfego, visto que temos uma rodovia em obras, com vários pontos sendo operados em sistema ‘Pare e Siga’, o que eventualmente resulta em trânsito lento em alguns segmentos.
Em caso de problemas, de qualquer natureza, durante a viagem o usuário também deve entrar em contato com a Concessionária pelo 0800 solicitando apoio. A Rota do Oeste mantém equipes de atendimentos em bases localizadas a cada 47 quilômetros da rodovia. Os integrantes são treinados para atender ocorrências de todas as naturezas.
Fonte: Rota do oeste
Portos do Paraná se preparam para início da Operação Safra
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) reuniu os terminais e operadores de grãos para dar início à Operação Safra de 2017, para os próximos. No encontro, foram discutidas como deve funcionar o novo sistema de agendamento de descarga e quais medidas de segurança devem ser tomadas para evitar a abertura de bicas no caminho entre o pátio de triagem e os terminais.
Para esta safra, os caminhões devem sair das suas origens com a janela de descarga nos terminais já definida. O objetivo é que a chegada dos grãos seja feita de maneira ordenada, sem acúmulo de caminhões na estrada e nas vias, com fluxo constante e harmonioso 24 horas por dia e sete dias por semana.
O sistema de agendamento de descarga nos terminais é uma evolução do Carga Online, que há cinco anos extinguiu a fila de caminhões nas estradas de acesso ao Porto de Paranaguá.
“Agora, vamos reunir todos os envolvidos, como Polícia Militar, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Federal para, com o auxílio da Unidade Administrativa de Segurança Portuária (UASP), formar uma ação integrada e garantir que os agendamentos sejam executados com segurança para os caminhoneiros e sem a abertura das bicas dos caminhões neste trajeto”, afirma o diretor-presidente da Administração da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Além do patrulhamento, manter as bicas lacradas também evita a ação de vândalos ao longo do percurso.
Safra
As ações fazem parte do planejamento do escoamento da safra que, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, deve ser recorde. Somente no Paraná, espera-se que a colheita de grãos seja 15% superior à do ano passado, chegando a 23,3 milhões de toneladas.
Em todo o Brasil, a expectativa da Conab é que a safra ultrapasse a marca de 215 milhões de toneladas.
Fonte: Blog do Caminhoneiro
A safra é recorde, mas o transporte rodoviário de carga nem pode comemorar
Enquanto a agricultura bate recordes, o setor de transporte de cargas sofre para dar conta de escoar a produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou recentemente um levantamento com a intenção de plantio dos produtores para a safra 2016/2017. A estimativa é que a produção nacional fique entre 210,5 milhões e 215 milhões de toneladas, 15% a mais do que a safra anterior, que passou de 186 milhões de toneladas. Seria um novo recorde. Mas, ainda assim, o feito não deve ser muito comemorado. É o que aponta Geasi Oliveira de Souza, vice-presidente de especialidades do agronegócio na Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística).
“As perspectivas de aumento de produtividade, que deveriam ser motivo de intensa comemoração, tornam- se um desafio para os gestores das operações do transporte rodoviário de carga (TR C). Seus orçamentos, que sempre buscam otimizar a relação entre custo e produtividade, são fortemente impactados pela elevação dos custos que a deficitária infraestrutura exige”, afirma. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 75% das cargas transportadas pelo Brasil estão relacionadas ao agronegócio. E, de toda a produção agrícola, 85% circula pelas rodovias do País. Para algumas operações específicas, como avícola, pecuária leiteira e papel e celulose, a intensa movimentação de insumos e matérias- -primas é realizada exclusivamente através do TR C. “Essa elevada dependência do modal rodoviário reflete diretamente em custos operacionais, já que contamos com um perfil de frota sucateada, com mais de 13 anos e com restrito uso de recursos tecnológicos. Neste cenário, vemos os impactos nas operações, tanto em termos de custos quanto de sustentabilidade”, afirma.
Outro aspecto que preocupa o setor é a elevada taxa de concentração dos embarcadores. Cadeias produtivas como a da soja são dominadas por um estrito número de empresas, o que pesa nas negociações de tarifas. “Você retira da mesa de negociação os pequenos e médios transportadores, que diretamente irão atender as mesmas demandas como agregados ou contratados de transportadores maiores, gerando um resultado ainda mais desfavorável”, diz.
Segundo Souza, o setor sofre também com a incapacidade de atendimento nos portos. As filas e a falta de coordenação são pontos cruciais, uma vez que os caminhões ficam improdutivos durante horas ou até dias. “Uma medida que poderia ser aplicada no curtíssimo prazo seria o destravamento da Lei Geral dos Portos (Lei 12.815/13), que tornaria o nosso setor portuário ágil e competitivo, já que esse processo representa 96% das exportações”, afirma.
Outro aspecto no curto prazo que poderia aumentar a competitividade do TR C, segundo o especialista, seria o investimento em infraestrutura. A baixa taxa de investimentos em infraestrutura registrada nos últimos anos vem acelerando o apagão logístico do País. “Nossa malha rodoviária é uma verdadeira guerra, na qual se perdem mais de 40 mil vidas por ano, seja pelas más condições das estradas, seja pelo excesso na jornada de trabalho, pelo excesso de peso e pelo excesso de frotas”, denuncia.
Fonte: Blog do Caminhoneiro