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PRF recupera caminhão roubado carregado com 19 toneladas de queijo em Simões Filho

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou, com o apoio da Polícia Militar (PM), no início da manhã desta terça-feira (02), um caminhão baú que havia sido roubado horas antes na BR 324. Funcionários da empresa proprietária do veículo compareceram à Unidade Operacional da PRF em Simões Filho e informaram o desaparecimento do caminhão e do motorista e a provável localização.

De imediato, a equipe de plantão foi até o local informado, na Via Ipitanga, bairro Via Sul, em Simões Filho, mas não encontrou o veículo roubado. Porém, ao realizar buscas nas imediações do ponto informado, o baú foi encontrado aberto, com a carga – 19 toneladas de queijo e manteiga – no chão, pronta para ser colocada em veículos menores.

Os policiais entraram em contato com o proprietário do galpão, que compareceu ao local e apresentou um contrato de locação vigente.

A equipe entrou no galpão e recuperou o veículo e a carga, que estava praticamente intacta. O motorista, que havia sido liberado pelos autores do crime em local desconhecido, compareceu ao local. Carga e veículo foram restituídos aos funcionários da empresa.

Fonte: PRF

Prejuízo com roubos de carga passou de R$ 1,2 bilhão no Brasil

Um relatório mostra um panorama dos roubos de cargas pelo Brasil. O estudo mostrou que só em 2015, as perdas com os roubos passaram de R$ 1 bilhão no país. O Rio é o segundo na lista das cidades com mais roubos, mas a primeira em prejuízos. No bairro da Pavuna, as empresas amargam as maiores perdas.

Nesta segunda-feira (31), por exemplo, uma carga avaliada em R$ 15 milhões de cigarros em três caminhões foi alvo de bandidos que trocaram tiros com os vigilantes que escoltavam a carga. Um motorista que passava no momento acabou baleado e não resistiu. Um dos motoristas que levava o caminhão foi levado para uma favela da região, mas a polícia conseguiu resgatá-lo junto com parte da carga.

Em plena luz do dia, bandidos armados abordam caminhoneiros nas estradas de todo o Brasil. A cena já é bastante comum. Os motoristas ficam sob a mira dos criminosos, enquanto o que está na caçamba do caminhão é levado.

Para o motorista Alexandre Souza, que já tem 15 anos de profissão, foi ainda pior. Em 2010, quando ele parou o caminhão para fazer uma entrega em um mercado na Zona Norte do Rio de Janeiro, os bandidos mandaram que ele e o ajudante entrassem em outro carro, e os dois foram levados para uma das favelas mais perigosas da cidade. Enquanto eles eram feitos reféns, os criminosos esvaziaram todo o caminhão.

Alexandre tem 43 anos e trabalha para uma empresa de transportes que fica na Pavuna, o bairro onde os prejuízos por causa do roubo de cargas de alto valor, como eletroeletrônicos por exemplo, são os maiores do mundo. Só no estado do Rio de Janeiro, em 2015, foram registrados 4.424 roubos de cargas, segundo o Instituto de Segurança Pública do Estado.

Estatísticas da NTC e Logística, que fornece informações para a Confederação Nacional do Transporte, mostram que de cada 10 mil viagens no país – que podem ser feitas em um mesmo dia – seis, necessariamente, serão alvos de criminosos. E o número não para de aumentar. Nos dados da NTC, é possível ver um aumento de assaltos ano após ano.

Em 2011, foram 13 mil roubos. Nos anos seguintes, houve crescimento. E no ano passado, o país registou mais de 19 mil roubos de cargas, com um prejuízo recorde, calculado em R$ 1,12 bilhão
O diretor de risco desta seguradora diz que em 2016, os números vão ser ainda maiores.

“Houve sim um aumento nas ocorrências, mas especialmente na severidade dos eventos. Elas tentam racionalizar os transportes, aumentar a produtividade do transporte. Os prejuízos aumentaram substancialmente”, afirma Darcio Centoducato, diretor de gestão de risco.

Um levantamento da seguradora mostrou que a cidade de São Paulo aparece no relatório com o maior número de roubos de cargas em 2015, mas em termos de prejuízos, o Rio de Janeiro lidera esse ranking. Depois de Rio e São Paulo, Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, Belém e Recife aparecem na lista.

Na divisão por regiões, o Sudeste aparece em primeiro lugar, com mais da metade dos roubos de cargas no Brasil, e com perdas enormes, de quase 70%. A região Nordeste vem em seguida, com 20% dos assaltos. A região Sul tem 10%, Centro Oeste 6% e o Norte do país, 6%.

O estudo mostra ainda que o que mais se rouba no Brasil são alimentos, seguidos de combustíveis, eletroeletrônicos, medicamentos e celulares.

Para o diretor de risco, o índice de recuperação de cargas no Rio é quase zero. Ele afirma que o que as empresas têm feito é investir na prevenção.

O delegado Marcelo Martins, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas / RJ, explica que os roubos são feitos por quadrilhas especializadas neste tipo de roubo e que a Pavuna é um local crítico por uma questão geográfica e logística. “Todo o eixo rodoviário do Rio de Janeiro passa ali e as empresas se estabeleceram ali”, explica. Ele conta ainda que existe uma investigação sobre os receptadores destas cargas: “Na verdade, só há o roubo de carga porque há um mal comerciante. Nós identificamos um grande empresário da Barra da Tijuca que tem um complexo gastronômico que foi um grande receptador e distribuidor das cargas roubadas”, explica. O doutor Marcelo orienta que toda empresa tenha um setor de inteligência ou segurança para a troca de informações com a delegacia.

O relatório aponta ainda que os criminosos preferem agir pela manhã, de preferência às sextas-feiras, e em meses de alta temporada ou férias escolares.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de Cargas: Transporte rodoviário enfrenta crise no Rio

Há três anos, o roubo de cargas no Rio de Janeiro somava pouco mais de 3 mil casos por ano. De dois anos para cá, a modalidade criminosa dobrou, batendo em mais de 7 mil casos, com estimativa de ultrapassar os 8 mil casos até o final de 2016 (um aumento de 14%). Para o diretor de segurança do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), Coronel Venâncio Alves de Moura, o cenário tende a ser ainda pior – ele aposta em um aumento de mais de 20%. Para efeito de comparação, em São Paulo, a estimativa é que o aumento seja de 8%.

Mas por que o cenário é tão pessimista no Rio de Janeiro? “O que acontece no Rio não acontece em nenhuma outra localidade do País. O roubo de cargas virou uma diversificação dos negócios do narcotráfico”, afirma Moura.

Conforme avalia o especialista, o programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), da Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, que tinha por meta desarticular quadrilhas que ocupavam as comunidades, só serviu para “mudar o endereço dos traficantes” e aumentar os índices do roubo de cargas. “Com a UPP, houve certa inibição ao narcotráfico, e o roubo de cargas se mostrou uma alternativa interessante para esses criminosos porque, diferentemente do assalto a banco ou do sequestro, tem muito valor agregado e liquidez”, avalia. “O traficante consegue, em média, uns R$ 50 mil por dia sem muito esforço”, revela. Ele explica que, com uso de jammers, os criminosos embaralham o sinal do rastreamento e impedem o bloqueamento dos caminhões. Como os motoristas não têm condição de reagir a assaltantes fortemente armados, o “negócio” mostrou-se “fácil”.

A Rodovia Presidente Dutra é o local onde acontece a maioria dos ataques. Os criminosos agem principalmente no quilômetro 166, na altura da Pavuna, zona norte da capital. A região é considerada rota de fuga para as comunidades do Chapadão, Pedreira, Costa Barros e Barros Filho. As cargas roubadas são levadas para a área dominada pelo tráfico de drogas. Os caminhões mais visados são os que transportam, nesta ordem: carnes, bebidas, eletroeletrônicos e cigarros. “Até mesmo o perfil da carga roubada mudou. Cigarro sempre foi o item mais visado. Agora, são alimentos e bebidas que, na maioria das vezes, são distribuídos e revendidos na própria comunidade”, avalia Moura, ressaltando, porém, que o roubo de cargas com maior valor, como caminhões frigoríficos com mais de R$ 700 mil em produtos a bordo, vem sendo registrado, o que aponta uma possível organização maior do crime, com a existência de receptadores.

Com este cenário, instalou- -se o pânico em todo o setor de transporte rodoviário de cargas, o que, na pior das hipóteses, pode gerar uma crise de abastecimento na cidade. “Os transportadores estão se recusando a atuar na região, os motoristas estão com medo de morrer, as seguradoras estão recusando seguro, as empresas estão deixando a cidade, até porque, paralelamente, o tráfico vem cobrando uma espécie de pedágio dos empresários. Quem não aceita pagar é assaltado”, denuncia.

E há solução para o problema? “Só quando o poder público decidir acabar com ele. Mas, até aqui, parece que a intenção é manter as UPPs como se fossem solução, e elas só serviram para tirar o bandido de um lugar e levá-lo para outro”, condena Moura.

Cenário em São Paulo

Em São Paulo, que teve registro maior do que o Rio de Janeiro ano passado em casos de roubo de cargas (8.490 contra 7.225 ocorrências), a tendência é de aumento de 8% este ano. Mas, conforme afirma o Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística), apesar de grave e alto, o índice é estável.

“Ao final de 2015, o total de ocorrências no Brasil todo foi de 19.250, sendo que São Paulo e Rio de Janeiro somavam 82% delas. Isto significa que, a cada cinco casos de roubo de cargas, quatro acontecem entre Rio e São Paulo. É uma coisa estratosférica”, avalia. “Porém, o que acontece no Rio de Janeiro é muito particular, porque lá a polícia não tem condições de agir. O crime organizado que domina os morros descobriu no roubo de carga uma fonte de dinheiro. Eles vendem a preços baratos, doam para a comunidade para ganhar a simpatia dos moradores. A polícia, se não estiver com veículos blindados, não sobe o morro, porque vai ser metralhada. Em São Paulo, apesar da gravidade do crime, não tem lugar onde a polícia não possa entrar”, completa.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Motorista de caminhão é indenizado por constantes roubos de carga

A 10ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou a Souza Cruz S/A ao pagamento de R$ 20 mil, a título de danos morais, a um motorista de caminhão que foi vítima de reiterados assaltos no exercício da função. A decisão, que seguiu o voto do relator do acórdão, desembargador Marcelo Antero de Carvalho, reformou a sentença, de 1º grau, que havia indeferido o pedido do trabalhador.

O obreiro foi admitido pela fábrica de cigarros em junho de 2011, para atuar no setor de entregas, com base no estabelecimento da Pavuna, na Zona Norte da capital, e dispensado em agosto de 2013. Na petição inicial, ele informou que, no desempenho de suas atividades, foi assaltado cerca de dez vezes, ocasiões em que foi submetido a ameaças de morte, o que lhe acarretou medo de trabalhar.

Em depoimento, o preposto da empresa confessou que ocorrem roubos habituais de cargas, em média, de duas a três vezes por semana e que já houve situações com o disparo de tiros. A Souza Cruz, inclusive, dispõe de um mecanismo acionado em caso de assaltos: um advogado acompanha o empregado até a delegacia e, posteriormente, há atendimento de psicólogo à vítima. As testemunhas ouvidas em juízo corroboraram a versão do trabalhador. Uma delas ressaltou que o obreiro chegou a ser sequestrado em uma ocasião. Outra acrescentou que alguns carros de entrega eram acompanhados por escolta armada.

Para o desembargador Marcelo Antero de Carvalho, os depoimentos deixaram claro que a fábrica de cigarros expôs o motorista a situação de risco, uma vez que as mercadorias a serem entregues estavam sujeitas a constantes roubos. “Certamente o motorista em atividade externa realizava uma atividade de risco, especialmente quando transportava carga com valor comercial. Trata-se de responsabilidade objetiva” , pontuou o magistrado em seu voto, ao explicar que “a culpa da empresa é inerente a sua atividade perigosa, ante a atividade de risco potencial à integridade física e psíquica do trabalhador, de forma que há responsabilidade no caso de assalto ao empregado que está em serviço”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Caminhoneiros sofrem tentativas de furto durante greve de auditores em Foz do Iguaçú

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil, está causando uma série de transtornos para os caminhoneiros que esperam a liberação da carga para deixar ou entrar no país, por Foz do Iguaçu. Como a paralisação se intensifica em dois dias da semana, quando apenas cargas perecíveis são liberadas, uma longa de fila de caminhões é formada pelas ruas e rodovias da cidade.

Enquanto esperam para entrar no Porto Seco de Foz do Iguaçu, o maior da América do Sul, os caminhõestentam se acomodar pelas ruas e rodovias que cortam a cidade. Os principais locais de aglomeração são a Avenida Paraná e BR 277, além de postos de combustível na entrada da cidade.

Como passam a noite na rua, sem segurança, os caminhoneiros reclamam de furtos que vem acontecendo durante a madrugada. Nesta terça-feira, um caminhão carregado com couro sofreu uma tentativa de furto em cima do viaduto da BR 277, em cima da Avenida Juscelino Kubitschek. O caminhoneiro só percebeu a tentativa pela manhã, quando observou que a lona estava desamarrada.

Os caminhoneiro ainda reclamam do tempo de espera, que vem causado prejuízos para empresa e para o próprio trabalhador que não consegue entregar a carga.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Com medo de roubos, motoristas de caminhão escondem cargas

“Rapaz, eu desconfio de todo mundo. Do cara que toma café do meu lado, de quem me pede uma informação no posto e até de você, com esse bloquinho aí, já estou desconfiando. Quem me garante que você é jornalista mesmo e não está aqui para roubar meu caminhão?”
Quem fala é o caminhoneiro Evanil Domingues, 54, sentado no banco do motorista de sua carreta, em um posto de serviços cheio de caminhões em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Evanil estava indo para Fortaleza carregado de materiais eletrônicos -uma das cargas mais visadas, segundo as transportadoras.
Para tentar evitar assaltos, caminhoneiros vigiam até a sombra. Só param em postos grandes e movimentados, evitam passar por rodovias mais perigosas durante a madrugada, andam em comboios e não gostam de revelar o que transportam.
“Vem uma pessoa, toma um café com você, começa a te fazer perguntas sobre sua carga, você conta. Depois, na rodovia, ela te fecha e leva tudo”, explica Evanil.
“Não é nem atenção 100%. É tensão mesmo. Você acha que todo mundo quer te roubar”, lamenta o motorista, que há sete anos foi assaltado em uma estrada na divisa entre Sergipe e Alagoas.
Na ocasião, ele também carregava uma carga de equipamentos eletrônicos.
Foi fechado por uma caminhonete e rendido por bandidos armados. Os ladrões levaram sua carga enquanto ele ficou horas amarrado, com um revólver apontado para a cabeça. O caminhoneiro foi largado em um terreno baldio no interior de Alagoas.
Depois, teve de provar que ele não tinha nenhuma participação no roubo de que foi vítima. “Quando assaltam um caminhoneiro, ele vira o principal suspeito.”
A polícia e uma seguradora enviaram agentes para investigar sua vida: entrevistaram parentes, vizinhos e amigos de Osasco, cidade onde mora na Grande São Paulo.
“Ninguém está nem aí para o caminhoneiro, para o trauma que ele passou, só pensam na carga e no dinheiro perdido”, diz Evanil.
COMBOIO
Alexandre de Oliveira, 41, quase passou por experiência semelhante. Há cinco meses, dirigia pela rodovia Fernão Dias, de madrugada. Um carro tentou fechá-lo e um homem armado gritou para ele encostar. “Minha sorte é que eu estava num comboio e o caminhão atrás ameaçou bater no carro”, conta. Com medo, o assaltante desistiu.
O comboio é uma estratégia que motoristas usam para tentar evitar abordagens. Dois ou mais caminhoneiros se encontram por acaso na estrada e passam a andar juntos, um atrás do outro, para inibir assaltantes. “O bandido fica com medo, porque quem vem atrás pode atropelar”, diz Alexandre.
Josias da Silva, 52, explica outra: “Na estrada, se o caminhoneiro der passagem duas ou três vezes e o carro atrás não ultrapassar, certeza que vai ter assalto. Quando isso acontece, paro no primeiro posto que tiver “, explica.
Para passar a noite em postos, diz, caminhoneiros costumam parar os veículos bem próximos um do outro, e em filas. A ideia é atrapalhar que um possível ladrão consiga sair dirigindo facilmente.
Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança do sindicato das transportadoras de São Paulo, diz que as empresas têm investido cada vez mais em monitoramento por satélite para rastrear as cargas mais valiosas. “Se sair da rota, já é possível saber que foram roubadas e acionar a polícia”, explica ele, que é coronel aposentado do Exército.
MENTIRAS
“Eu minto quando perguntam o que estou levando”, diz Francisco da Silva, 37, que já teve uma carga de eletrônicos roubada também na Fernão Dias. “Falo que estou carregado de papel higiênico.”
Há cinco anos, o caminhoneiro Alex Ribeiro, 35, foi parado após fazer uma entrega em São Miguel Paulista, bairro na zona leste de São Paulo. Um criminoso, armado com uma pistola, perguntou qual era sua carga. “Ovo de galinha”, respondeu Alex.
O homem não acreditou. Mandou Alex abrir o caminhão. “Se for ovo de Páscoa, você está fodido”, ameaçou o ladrão. Não era mentira -o criminoso não levou nada.

Gerentes de lojas de peças de caminhões são presos

Um esquema criminoso de venda de peças de caminhões roubados e furtados foi descoberto pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), da Polícia Judiciária Civil, na operação Brasil Central Seguro, deflagrada nesta sexta-feira (23.09), pelas forças da Segurança Pública de sete estados das regiões Centro-Oeste e Norte do país.
Três estabelecimentos foram fiscalizados e nos locais apreendidos mais de 200 câmbios, 50 cabines de caminhões, além de agregados, todos sem as numerações identificadoras, que foram suprimidas para dificultar a localização da origem .
As peças pertencem a veículos de grande porte subtraídos em outros estados, principalmente na região Sudeste do país, que depois de desmanchados e adulterados eram trazidos para Mato Grosso e comercializados nas três empresas, supostamente constituídas para este fim.
De acordo com o delegado titular da Derrfva, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as empresas Truct Center, com endereço em Várzea Grande, e Mato Grosso Cabines, no Distrito Industrial, em Cuiabá, pertencem ao mesmo grupo, e a terceira, ScanVolvo, também sediada no Distrito Industrial, tiveram pedido de suspensão das atividades à Justiça.
Cinco pessoas que atuam como representantes das empresas foram presas e irão responder por crimes de associação criminosa, receptação qualificação e adulteração sinal de identificador de veículo automotor. Três pessoas presas em Cuiabá serão encaminhados neste sábado (24.09) para audiência de custódia. Outras duas autuadas nas empresas em Várzea Grande serão levadas para a Cadeia do Capão Grande.
“Temos no Estado de Mato Grosso uma demanda grande de caminhões. Estão montando lojas de vendas de peças abaixo do mercado desses veículos roubados ou furtados. Isso chamou a atenção da Polícia e dos concorrentes. É um esquema criminoso”, disse o delegado Vitor Hugo.
O delegado adjunto da unidade, Marcelo Martins Torhacs, informou que há indícios de que a organização também esquentava os produtos com notas frias, já que foram apreendidas algumas notas e elas não têm relação com os agregados.
Todas as peças apreendidas serão periciadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que já constatou que muitas das numerações estão suprimidas, inclusive, números que são colocados em segredos nos vidros.

Sistema de segurança único no mundo inibe o roubo de caminhões

A NTC Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logísticas registrou em 2015 volume recorde de roubo de cargas e veículos, foram cerca de 15 mil casos. São Paulo é a região com maior índice 45%, Rio de Janeiro com 25% é segunda região mais perigosa, 30% dos roubos ocorreram em estradas, sendo as mais perigosas as BR 101 e 116.

Equipamentos de segurança são burlados por quadrilhas especializadas, Jammer o famoso capetinha inibidor de sinal do rastreador, o analisador de espectro conhecido como vassourinha que localiza a instalação do rastreador e armamento pesado, são cada dia mais comuns e apreendidos com certa frequência pela polícia. Cenário que encarece o valor do seguro e estimula a procura por novas alternativas na batalha contra o crime nas estradas. Vacina Contra Roubo, sistema criado e desenvolvido por brasileiro, tem se destacado.

Utilizando maquinas de punção pneumática são identificadas mais de 200 peças de alto valor do veículo. As gravações atendem normas internacionais de identificação e são de impossível remoção ou adulteração sem danificar ou deixar vestígios de identificação, inviabilizando o comercio de peças roubadas, desestimulando a ação criminosa antes dela ocorrer .

Para o criador Sinval. P. Silva é evidente a eficácia do sistema, reduzindo drasticamente o roubo do veículos, salientando, que clientes que já têm sua frota protegida quando adquirem um novo veículo, exigem que o mesmo seja vacinado ainda dentro da concessionária, minimizando os riscos.

Responsáveis pelas transportadoras dizem que reduziram em até 100% o índice de roubo. Segundo o proprietário da transportadora CASARIM, Ivan Casarim , “a vacina deu tranquilidade” e acredita que os criminosos iram dar preferência a veículos sem o sistema, lembrando que em 2015, antes da “vacina”, foi vitima, tendo dois caminhões roubados em menos de 30 dias. Outro transportador, Silvan Brunato, proprietário da transportadora BRUNATO diz que após vacinar sua frota não teve mais nenhum roubo de veículo ou tentativa.

O serviço se mostra uma alternativa viável e já é utilizado por mais de 500 empresas, inclusive empresas argentinas e chilenas que trafegam por estradas brasileiras.

Dados da NTC mostram que a frota de caminhões no Estado de São Paulo já ultrapassa 530 mil veículos. Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul são as outras três maiores frotas do País com 269 mil veículos, 245 mil veículos e 198 mil veículos, respectivamente.

Outro número importante é o de transportadoras presentes nos estados brasileiros. Mais uma vez o Estado de São Paulo lidera o ranking com 3287 empresas, sendo 1,3 mil apenas na Grande São Paulo. Minas Gerais é o segundo com 313 e Rio de Janeiro é o terceiro com 299.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de caminhões-tanque assusta motoristas no Rio Grande do Sul

O roubo de combustível de caminhões de carga tem se tornado cada vez mais comum no Rio Grande do Sul. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, milhares de litros foram levados por assaltantes nos últimos dias. Em Esteio, os motoristas passaram a andar em comboio para evitar os assaltos, como mostra o Jornal do Almoço (veja vídeo acima) desta segunda-feira (12).

Os alvos são caminhões de carga com mais de 20 metros de comprimento e que podem levar mais de 40 mil litros de combustível. Pelo menos três distribuidoras entre Esteio e Canoas tiveram caminhões atacados por criminosos nas duas últimas semanas, segundo o Sindicato do Transporte de Carga Líquida (Sindiliquida). Somente em uma delas já foram roubados 300 mil litros de combustível em 2016.

O vice-presidente do Sindiliquida, Marcelo Mendes Flores, diz que a categoria “está toda alarmada, receosa e com medo de trabalhar”. “O combustível hoje se tornou um ouro, é muito caro o valor do combustível. Os ladrões têm conhecimento disso e estão se beneficiano, vendendo este produto, que é caro, mais barato no mercado, provavelmente.”

A área onde os caminhões abastecem é monitorada por câmeras e, por isso, os ladrões agem longe dali. Eles aguardam os caminhões perto das rodovias para, então, fazer o assalto. Do carro, os ladrões apontam a arma para o motorista do caminhão, que é obrigado a parar. Um dos assaltantes assume o volante do caminhão com a carga, enquanto o condutor é feito refém.

O motorista Cláudio Nascimento conta que conseguiu escapar de uma abordagem. “Eles vieram atrás de nós e foram até uma sinaleira. Quando eles chegaram com as armas nas mãos eu cortei por cima do meio-fio e consegui escapar.”

O motorista Luiz Antonio Vieira presenciou o assalto a um colega há poucos dias. “Levaram ele com o caminhão e a carga. O cavalo eles acharam próximo daqui, a uns 10 a 15 quilômetros daqui, e as carretas só no domingo. Isto foi numa sexta-feira de noite, às 19h15.  Ele ficou com os assaltantes até uma hora da madrugada. Largaram ele a 1h da madrugada.”

Motoristas andam em comboio
Para tentar se proteger, os motoristas tentam andar em grupos. A motorista Vanderleia Karr observa que, quando tem que sair de madrugada, espera outro caminhão para ir junto. “É um deserto essa avenida.”

A polícia investiga um dos ataques mais recentes, em Esteio, ocorrido há três semanas. O delegado Cristiano Alvarez explica que o motorista foi abordado por criminosos na rodovia. “A carga acabou sendo subtraída e os veículos – seja a parte do cavalinho, seja a parte dos tanques –  foram encontrados logo na sequência vazios. (…) A informação do motorista é que ficou rendido pelos criminosos durante algum tempo e depois foi posto em liberdade.”

O caminhão passou por uma perícia e a polícia procura agora imagens que possam ajudar nas investigações.

O delegado reforça que é importante que todos os casos sejam denunciados à policia. “É fundamental para que possa haver apuração o ato seja noticiado à Polícia Civil. É preciso que seja feito registro de ocorrência não somente nos casos consumados, como também nas tentativas”, observa o delegado.

Fonte: caminhoneiros-do-brasil

Saque de carga de caminhão tombado é crime

O saque de cargas de caminhão tombado é um crime que vem alarmando os motoristas e transportadores. Diferentemente do roubo de cargas decorrente de assaltos, quando o caminhão tomba na estrada a situação pode fugir do controle. Pessoas se aglomeram e levam desde produtos alimentícios e eletrônicos, até medicamentos. Embora não haja dados concretos sobre cargas saqueadas em tombamento, a situação é grave nas estradas do país.

Segundo Silvio Kasnodzei, diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), há muita dificuldade para evitar a baldeação quando o caminhão tomba. “Se o veículo tombar, é quase certo que as cargas serão saqueadas. As pessoas levam por bem ou por mal. Alguns criminosos têm rádio na mesma frequência do pessoal de pista das concessionárias e acompanham tudo. Quando os motoristas tentam impedir os roubos, eles ameaçam dizendo que vão tombar a próxima carreta e incendiá-la”, conta.

Ainda segundo Kasnodzei, a abordagem para este tipo de roubo anda cada vez mais agressiva. “Muitos apenas roubam, mas há casos mais graves em que mostram armas, não respeitam a escolta armada das seguradoras e só recuam com a presença da polícia. Entretanto, a Polícia Rodoviária Federal não faz segurança da carga, porque alega que não é trabalho dela”, diz.

Atenção: carga é patrimônio

O Direito Penal protege o patrimônio. A posse de algo que não pertence ao agente normalmente caracteriza infração penal. O que foi evidentemente ou presumidamente perdido por alguém não é considerado coisa sem dono. A apropriação é crime previsto no art. 169 do Código Penal e pode levar de um mês a um ano de prisão.

Mesmo se a carga não estiver segurada, o material continua tendo dono. Caso tenha seguro e a seguradora decidir pelo ressarcimento do prejuízo, caberá à empresa decidir o que fará com a mercadoria que não estiver em condições de comercialização. Mas até que isso aconteça e até que pessoa autorizada manifeste a doação, qualquer investida caracterizará furto.

Qual o papel do motorista?

O motorista do caminhão deve intervir e acionar imediatamente a polícia. A omissão injustificada implica na responsabilização. Isso porque a omissão é penalmente relevante se quem se omite tem o dever legal ou o dever contratual de evitar o resultado ou mesmo se contribuiu para o surgimento do risco.

A mesma lógica se aplica ao policial que se aproxima e presencia as ações dos saqueadores sem se certificar se as pessoas estavam autorizadas a se apossarem das mercadorias. O agente tem o dever de proteger o patrimônio e a omissão também implicará na sua responsabilização pelo resultado da conduta de terceiro.

Fonte: Blog do Caminhoneiro