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Confira os países mais perigosos para transportar carga; Brasil aparece na lista

Pesquisa realizada este ano por um comitê de transporte de cargas do Reino Unido denominado Joint Cargo Committee listou 57 países em que fazer o transporte de cargas é mais arriscado, e o Brasil está em 6ª colocação, perdendo para países em conflitos como Síria, Líbia e Afeganistão e empatando com o Iraque e a Somália, também nações em conflito.

Vale ressaltar, porém, que se excluir os países em situação de guerra, o Brasil encabeça o ranking.

Os dados que colocam o Brasil nessa lista levaram em conta os trechos da BR-116, entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, da SP-330, entre Uberaba e Santos, e da BR-050, entre Brasília e Santos.

Apesar de São Paulo concentrar a maior parte dos casos, o Rio de Janeiro chama a atenção pela velocidade com que a incidência do crime vem aumentando. Em 2011, pouco mais de 25% dos casos do país ocorreram no estado do Rio, em 2016 os casos ficaram em 43,7%.

Dados da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) mostram que de 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano. A soma não leva em conta os casos do Acre, Amapá, Paraná e de Roraima, cujos dados não foram obtidos pela pesquisa.

Neste ano, o Brasil levou apenas 44 dias para superar o número de roubos de carga registrados em 25 países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá.

Relatório aponta índice de periculosidade no transporte do Brasil equivalente ao do Iraque e da Somália:

9 – República Centro-Africana – 3,6

Apesar de suas jazidas minerais significativas e outros recursos, tais como reservas de urânio, petróleo, ouro, diamantes, madeira e energia hidrelétrica, bem como quantidades significativas de terras aráveis, a República Centro-Africana está entre os dez países mais pobres do mundo.

8 – Somália – 3,7

De população majoritariamente islâmica, o país aplica penas severas aos habitantes que não seguem as leis do alcorão. De acordo com dados do Banco Mundial, metade da população da Somália vive abaixo da linha de pobreza (com menos de 1,25 dólar por dia). A taxa de mortalidade infantil é uma das maiores do mundo: 106 óbitos a cada mil nascidos vivos. O analfabetismo e a subnutrição atingem muitos somalis. A economia é pouco industrializada, consequência da guerra civil.

7 – Iraque – 3,7

Considerado um dos países mais politicamente instável ​​do mundo, o Iraque ainda vive uma grande crise econômica e social. A população é atingida pela miséria que assola o país, bem como pelos altos índices de violência, corrupção e ausência de infraestrutura.

6 – Brasil – 3,7

Sua trajetória é marcada por grandes diferenças sociais, e as forças públicas de segurança estão sucateadas em consequência da corrupção. Apesar de a democracia prevalecer, a cleptocracia aumenta a cada governo. O reflexo disse é o alto índice de violência.

5 – Sudão do Sul – 4,2

Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região. Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente, contudo, o país enfrenta um clima de medo e insegurança, em razão de conflitos étnicos e da ação de milícias.

4 – Afeganistão – 4,6

O Afeganistão é um país instável, marcado pelo extremismo islâmico e que não experimenta liberdade e paz há séculos. Extremistas lutam contra as tropas do governo afegão no nordeste do país e atacam minorias. Grupos como o Talibã e Estado Islâmico demonstraram seu poder em uma onda de ataques em 2016.

3 – Iêmen – 5,4

 O Iêmen é um país em desenvolvimento e descrito como uma cleptocracia, de acordo com o Índice de Percepção da Corrupção, divulgado pela Transparência Internacional. Em janeiro de 2011, uma série de protestos contra a pobreza, o desemprego e a corrupção foram iniciados no país, sobretudo contra o projeto de alteração da Constituição e eliminação do limite de mandatos presidenciais.

 

2 – Líbia – 5,4

A Líbia tem a décima maior reserva comprovada de petróleo do mundo e a 17.ª maior produção petrolífera. Em 2011, após uma guerra civil e uma intervenção militar internacional liderada pela  OTAN, seguido pela morte do ex-líder do país, Muammar Gaddafi, a Líbia está passando por um processo de reconstrução política.

1 – Síria – 5,4

 

 

A guerra civil na Síria começou em 2011 como uma cadeia de protestos pacíficos, seguido por uma forte repressão do exército sírio. A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil um grupo autoproclamado Estado Islâmico começou a reivindicar territórios na região.

Fonte: O Carrteiro

Brasil é oitavo país mais perigoso para transporte de cargas

Transportar carga no Brasil é tão perigoso quanto no Iraque ou na Somália, países em que há conflitos armados que se arrastam há anos. Essa é a avaliação de um comitê do setor de cargas no Reino Unido, que listou os 57 países em que é mais arriscado transportar mercadorias. Os dados foram divulgados no início do mês e citados dia 16 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para alertar sobre o impacto desse tipo de crime na economia.
Segundo o Joint Cargo Committee, o Brasil é o oitavo país em que é mais perigoso transportar carga. Se excluídas as nações atualmente em guerra, como Síria e Sudão do Sul, o Brasil passa a ocupar o topo da lista, seguido de perto pelo México.
A pesquisa levou em conta os trechos da BR-116, entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, da SP-330, entre Uberaba e Santos, e da BR-050, entre Brasília e Santos. Para o vice-presidente da Firjan, Sergio Duarte, a gravidade do problema afeta a competitividade da economia brasileira.
“A decisão de investimento do empresário leva várias coisas em consideração, e uma delas é a segurança. O roubo de carga afeta frontalmente a decisão de investimento e compromete o futuro do nosso país”, alertou.
De 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano no levantamento realizado pela Firjan. A soma não leva em conta os casos do Acre, Amapá, Paraná e de Roraima, cujos dados não foram obtidos pela pesquisa.
Neste ano, o Brasil levou apenas 44 dias para superar o número de roubos de carga registrados em 25 países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar de São Paulo concentrar a maior parte dos casos, o Rio de Janeiro chama a atenção pela velocidade com que a incidência do crime vem aumentando. Em 2011, pouco mais de 25% dos casos do país ocorreram no estado do Rio, fatia que cresceu para 43,7% em 2016.
“O industrial do Rio de Janeiro tem sua carga saindo da empresa com risco de ser roubada e tem aumento de custo da sua matéria-prima. O produto dele fica mais caro e ele não vai competir com as empresas de outros estados”, diz Duarte, que é empresário do setor de alimentos, o mais afetado pelo problema. “Nos supermercados, por volta de 20% dos preços estão sendo majorados por causa do roubo de carga.”
Como resultado da alta dos custos, já há empresas desistindo de levar suas mercadorias para o Rio de Janeiro, e empresários fechando suas unidades no estado. Além do encarecimento, o consumidor pode enfrentar falta de produtos se o problema permanecer em alta, afirma Duarte.
A Firjan lançou hoje um movimento nacional de combate ao roubo de cargas e pediu empenho das autoridades no combate ao problema. Para Duarte, são necessárias leis mais rigorosas com empresas que armazenam e vendem produtos roubados. “É importante as pessoas entenderem que não existe roubo se não houver quem compra o [produto do] roubo. O consumidor tem que entender que ele faz parte disso.”
A deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil, Martha Rocha (PDT), disse que o crime de roubo de cargas no estado tem relação com o controle de territórios na periferia por parte de organizações criminosas, que usam esse crime para financiar outros.
“Hoje, as organizações criminosas estão usando o roubo de carga como fomento para a compra de armas”, analisou Martha, que prometeu que a Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizará uma audiência pública sobre o assunto.

Motorista de caminhão é indenizado por constantes roubos de carga

A 10ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou a Souza Cruz S/A ao pagamento de R$ 20 mil, a título de danos morais, a um motorista de caminhão que foi vítima de reiterados assaltos no exercício da função. A decisão, que seguiu o voto do relator do acórdão, desembargador Marcelo Antero de Carvalho, reformou a sentença, de 1º grau, que havia indeferido o pedido do trabalhador.

O obreiro foi admitido pela fábrica de cigarros em junho de 2011, para atuar no setor de entregas, com base no estabelecimento da Pavuna, na Zona Norte da capital, e dispensado em agosto de 2013. Na petição inicial, ele informou que, no desempenho de suas atividades, foi assaltado cerca de dez vezes, ocasiões em que foi submetido a ameaças de morte, o que lhe acarretou medo de trabalhar.

Em depoimento, o preposto da empresa confessou que ocorrem roubos habituais de cargas, em média, de duas a três vezes por semana e que já houve situações com o disparo de tiros. A Souza Cruz, inclusive, dispõe de um mecanismo acionado em caso de assaltos: um advogado acompanha o empregado até a delegacia e, posteriormente, há atendimento de psicólogo à vítima. As testemunhas ouvidas em juízo corroboraram a versão do trabalhador. Uma delas ressaltou que o obreiro chegou a ser sequestrado em uma ocasião. Outra acrescentou que alguns carros de entrega eram acompanhados por escolta armada.

Para o desembargador Marcelo Antero de Carvalho, os depoimentos deixaram claro que a fábrica de cigarros expôs o motorista a situação de risco, uma vez que as mercadorias a serem entregues estavam sujeitas a constantes roubos. “Certamente o motorista em atividade externa realizava uma atividade de risco, especialmente quando transportava carga com valor comercial. Trata-se de responsabilidade objetiva” , pontuou o magistrado em seu voto, ao explicar que “a culpa da empresa é inerente a sua atividade perigosa, ante a atividade de risco potencial à integridade física e psíquica do trabalhador, de forma que há responsabilidade no caso de assalto ao empregado que está em serviço”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Empresas investem em setores de segurança para evitar roubos de carga

O aumento no número de ocorrências de roubo de carga em todo o território nacional tem assustado motoristas que trabalham com o transporte de cargas. Para amenizar a situação as empresas responsáveis pelas cargas resolveram investir em setores de segurança e gerenciamento de riscos.

Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), esse tipo de ocorrência cresceu cerca de 10% em todo país, comparado ao mesme período de 2014. Ainda segundo a pesquisa, o estado de São Paulo concentra 44% das ações. Os dados foram calculados com base nas informações fornecidas pelas secretarias de segurança dos estados.

Em Ribeirão Preto (SP), uma empresa transportadora resolveu investir pesado no treinamento dos motoristas para lidar com situações de roubo e em um setor de gerenciamento de risco, no qual aproximadamente 12 funcionários monitoram cerca de 850 caminhões e vans da empresa 24 horas por dia.

“Quando notamos esse crescimento no número de roubos de cargas, nós estruturamos uma área de gerenciamento de risco. Mapeamos rotas críticas, criamos restrições de horários, definimos postos para os motoristas pararem, implantamos o botão do pânico nos nossos veículos, e voltamos um treinamento para os motoristas”, afirma a diretora de frota da empresa Magda Tardelli.

A diretora afirma ainda que o alto investimento valeu a pena pelos retornos positivos que tem recebido. No entanto, existe um ponto negativo que ainda preocupa. “É um investimento alto, mas que compensa por conta do retorno positivo, no interior, por exemplo, não temos mais perda de veículo por roubo. O problema é que nós temos também os bandidos 24 horas pensando em uma forma de burlar toda essa estratégia que a gente monta”.

A coordenadora do setor de gerenciamento de risco, Ana Carolina Polo de Souza, explica como são identificadas as ações de roubo. “O motorista é treinado, então se ele vê algo suspeito, pressiona um botão [de pânico], que fica no caminhão. Na central vai aparecer uma mensagem de alerta que esse veículo está em risco, e começa o processo de contato. Se não conseguirmos falar com o motorista, já se entende que é um roubo e  acionamos a policia”.

Segundo os próprios motoristas as cargas mais visadas são as de combustíveis, alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, e auto-peças. “Tem que tomar cuidado, ainda mais quem vai rodar com cargas perigosas, tipo álcool, gasolina, diesel… Cargas caras. Tem que ter sorte, fé em Deus, e confiar na empresa”, afirma o motorista Ronaldo Paschoal.

Fonte: Blog do Caminhoneir