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Ministério Público consegue liminar para restauração da SC 160

O Ministério Público de Santa Catarina obteve uma liminar que obriga o Governo do Estado de Santa Catarina a recuperar a SC 160, entre Bom Jesus do Oeste e Pinhalzinho, dentro do prazo de um ano.

A ação foi proposta pelo promotor de justiça da comarca de Modelo, Edisson de Melo Menezes. Segundo ele a situação mais grave, que é objeto da ação, é um trecho de 25 quilômetros entre Bom Jesus do Oeste e Pinhalzinho, que passa também por Modelo e Serra Alta.

O promotor destaca o alto número de buracos, rachaduras, desnível e ausência de sinalização e acostamento na rodovia, que recebe muitos caminhões que trafegam em direção ao Paraná. Também há grande movimento devido a dois laticínios instalados em Pinhalzinho.

A decisão judicial obtida na Comarca de Modelo determina que o estado apresente estudos, projeto técnico e cronograma de obras de restauração em 90 dias. As obras devem ser concluídas em um ano sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

A decisão é passível de recurso. A assessoria de imprensa da Secretaria da Infraestrutura do Estado afirmou que a informação foi repassada para o departamento jurídico mas que inicialmente não havia sido notificada da decisão. Também foi informado que a secretaria está realizando a manutenção das rodovias estaduais e que, em breve, o trabalho será reforçado pelo início do programa Recuperar, que prevê investimento de R$ 74 milhões em parcerias com consórcios municipais, que executariam as obras por meio de convênios.

O modelo disso é justamente o Consórcio de Intermunicipal de Desenvolvimento da Infraestrutura, formado por municípios da região de Pinhalzinho.

Fonte: Trucão

Radares nas estradas baianas identificarão infrações a até 15 metros de distância

Tecnologia será usada durante o São João; câmeras também identificam irregularidades no veículo

Não adianta pisar o pé e acelerar para chegar mais rápido no interior da Bahia, para curtir as festas juninas, e frear quando avistar um sensor de velocidade. Além de ser perigosa, a prática será mais facilmente identificada e punida este ano. Isso porque a Polícia Rodoviária Estadual conta, agora, com uma nova tecnologia: radares com capacidade de identificar placas de veículos a 15 metros de distância do local onde a infração foi cometida.

Serão duas unidades móveis com os equipamentos, que funcionarão durante a Operação Paz no Trânsito, no período dos festejos do São João. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), a malha viária da Bahia tem 18 mil quilômetros de extensão.

Mas não é apenas para flagrar os apressadinhos que a tecnologia entrará em ação. As câmeras possuem sensores infravermelhos, que detectam minunciosamente veículos com todos os tipos de restrições, como roubo, furto, além de situação de irregularidade com Departamento de Trânsito (Detran), como habilitações vencidas.  

Os veículos que possuem pendências administrativas, judiciais ou policiais poderão ser identificados nas estradas de todo o estado durante o período de São João, por meio do Optical Character Reconigtion (OCR). “É um aparelho que funciona como leitor da placa do veículo. Os dados serão passados em tempo real”, declarou Rodrigo Pimentel. 

Câmera flagra infração com até 15 metros de distância (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)

As unidades móveis são compostas de um computador com o programa e câmera de altíssima resolução. “A unidade fica um pouco mais afastada das blitze e, ao aparecimento da primeira irregularidade, o agente comunicará à polícia que estará mais à frente. Não adianta o motorista passar em altíssima velocidade e, depois, reduzir. Um carro que passar por 160 km/h terá a placa identificada e o motorista sofrerá a sansão”, explicou o Vítor José Fonseca Júnior, supervisor do pátio do Detran-BA. 

Os novos equipamentos foram apresentados durante o lançamento da Operação Paz no Trânsito no São João, da Polícia Militar e do Detran-BA, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (17), durante uma operação de abordagens no Acesso Norte, trecho do Shopping Bela Vista, por volta das 10h.  Alguns carros foram revistados e cães farejadores ajudaram na busca de drogas escondidas nos veículos. 

Entre os revistados, estava o motorista particular George Alan Santos, 59 anos, que classificou a ação como importante. “Tudo que for para reforçar a segurança nas rodovias é bem-vindo. Tem gente que reclama quando é parado numa blitz, que está se atrasando. Normalmente é quem deve alguma coisa. Eu não me importo. Se todos fizessem isso, as consequências nas vias seriam bem menores”, disse ele.

Cães farejadores atuaram na operação (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)

Outros equipamentos

Os equipamentos serão utilizados por agentes do Detran-BA, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar da Bahia (BPRV) durante a operação conjunta realizada pelos três órgãos para reduzir o número de acidentes nas rodovias estaduais e federais.

O esquema, que tem início hoje e segue até 26 de junho, também com outras ferramentas. “Etilômetros (bafômetros), radares móveis, drones, câmeras com reconhecimento facial, também serão usados. Estamos fazendo ações preventivas junto com o Detran para preservar vidas, fortalecendo o uso do cinto de segurança, combate ao uso de bebida alcoólatra e o porte de armas, repressão para evitar que o crime circule nas ruas, para dar uma maior sensação de segurança”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão.

Cidades
Ainda segundo o representante da PM, dez cidades terão o policiamento reforçado durante o São João: Feira de Santana, Vitória da Conquista, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Barreiras, Itabuna, Ilhéus, Amargosa, Senhor do Bonfim e Ibicuí.

“O policiamento será reforçado nas cidades tradicionais do São João, a exemplo de Amargosa, que terá a tecnologia do reconhecimento facial e também tropas especializadas, como cavalaria e choque, que farão apoio nesses lugares. São locais onde há maior fluxo de pessoas e veículos, e de ocorrências também. Foi feito um levantamento para se chegar a esse resultado”, explicou Brandão.

O efetivo da PM para este São João é de 1.000 policiais – 200 começam a atuar a partir de hoje em Salvador.  Já o efetivo do Detran-Ba será de 100 agentes. “Em todo o estado e vão atuar na fiscalização dos grandes centros com blitz de alcoolemia, averiguação da situação do veículo”, disse Rodrigo Pimentel, diretor-geral do Detran-BA, durante apresentação. 

“Serão mais de 100 pontos alinhados com o Detran-BA em todo o estado. São lugares de maior busca pelo público que quer se divertir no São João. Mas, na capital, não será diferente. Pelo contrário, será mais severo, porque há uma tradição maior em beber e dirigir”, completou Brandão.

Durante a operação, as instituições atuarão em todo o estado intensificando as principais rotas de saída da capital e de entrada para as principais cidades do interior onde ocorrem os festejos juninos.

Questionado sobre a segurança em Salvador, já que a capital baiana receberá, no período junino, jogos da Copa América, o comandante-geral respondeu que serão utilizados “homens no horário de folga, pagando para eles fazerem o serviço, e no interior do estado a mesma coisa”. “A cidade não ficar sem policiamento. Teremos um São João Tranquilo e uma Copa tranquila”, prometeu.

PRF também terá operação

Com o aumento do fluxo nas rodovias federais que cruzam o estado baiano no período dos festejos juninos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizará a Operação Festejos Juninos 2019 a partir da próxima quinta-feira (20), dia do feriado de Corpus Christi, e segue até as 23h59 de terça-feira (25).

A estratégia da PRF é oferecer reforço concentrado no policiamento preventivo em locais e horários de maior incidência de acidentes graves e de criminalidade. Serão intensificadas ações fiscalizatórias para combater as ultrapassagens proibidas e a embriaguez ao volante, já que tradicionalmente, no São João, muitas pessoas se deslocam para as diversas cidades do interior baiano que preparam os festejos. Mais uma vez, a PRF utilizará o etilômetro.

Nos dois últimos anos, o período de 23 a 25 de junho foi o que mais registrou acidentes graves nas rodovias federais que cruzam o estado da Bahia. Em 2017, no período, foram 57 acidentes com quatro mortos. Já no ano passado, houve redução: 30 acidentes, também com quatro vítimas fatais.

Neste período, ainda foi verificado que os acidentes ocorrem com mais frequência nos dias de partida da capital para o interior, principalmente entre os horários de 21h às 4h. Segundo o órgão, a pressa muitas vezes é a maior responsável pelos acidentes, já que é comum a infração de ultrapassagem em local proibido e velocidade acima da permitida para a via. 

As BRs 101, 116 e 324 registraram o maior número de acidentes. A maior incidência de acidentes graves foi na região de Feira de Santana, mas o local onde se registrou o maior número de ocorrências foi na região da capital baiana.

Trechos perigosos
A VIABAHIA Concessionária de Rodovias S/A, em parceria com a PRF e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), divulgou os trechos que precisam de maior atenção dos motoristas nesse período junino. A previsão é que mais de 1 milhão de veículos circulem pelas rodovias durante o período.

Este ano, os usuários poderão saber as condições da rodovia em tempo real, através do aplicativo “viabahia” ou pelo Twitter (@viabahia_sa). 

Veja os trechos:
Na BR-324 – RODOVIA ENG° VASCO FILHO
Entre os quilômetros 518 e 543 – atenção às rotatórias, reduza a velocidade;
Entre os quilômetros 566 ao 574 – trecho com aclives e declives.

Na BR-116 – RODOVIA SANTOS DUMONT
Entre os quilômetros 446 e 452 – trecho em obras de duplicação;
Entre os quilômetros 459 e 466 – trecho em obras de duplicação;
Entre os quilômetros 545 e 600 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras;
Entre os quilômetros 600 e 639 – perímetro urbano de Jaguaquara do Km 628 ao 638;
Entre os quilômetros 639 e 648 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras;
Entre os quilômetros 569 e 579 – perímetro urbano de Jequié, atenção;
Entre os quilômetros 710 e 740 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras;
Entre os quilômetros 740 e 750 e entre os quilômetros 773 e 780 – perímetro urbano, atenção;
Entre os quilômetros 808 e 818 – perímetro urbano, atenção;
Entre os quilômetros 828 e 830 – perímetro urbano, atenção;
Entre os quilômetros 830 e 900 – reduzir velocidade, cuidado com ultrapassagens proibidas ou inseguras;
Entre os quilômetros 900 e 912 – perímetro urbano de Cândido Sales, atenção;
Entre os quilômetros 912 e 933 – reduza a velocidade, cuidado com ultrapassagens proibidas ou inseguras.

A concessionária informou ainda que não haverá obras que interditem as faixas de rolamento nem os acostamentos da BR-324 – rodovia Eng° Vasco Filho e da BR-116 – rodovia Santos Dumont, no período entre quarta-feira (19) a terça (26).

Dicas para uma viagem segura

  • Cuidado com as crianças – usar sempre as travas de portas e janelas e transportá-las na cadeirinha apropriada para cada idade. Seu uso é obrigatório;
  • Respeitar a sinalização das vias e manter a velocidade permitida e compatível com o fluxo geral dos veículos;
  • Respeitar as leis de trânsito, evitando imprudências;
  • Ultrapassar com segurança e apenas nos locais permitidos;
  • Diminuir a velocidade em trechos urbanos;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas se for dirigir;
  • Nas paradas para alimentação, preferir refeições leves;
  • Manter a distância segura dos veículos à frente;
  • Em caso de chuva ou baixa visibilidade, reduzir a velocidade;
  • Trafegar com os faróis acesos, mesmo durante o dia;
  • Lembre-se: carros levam pessoas.

Fonte: Jornal Correio

Greve geral: protestos bloqueiam rodovias e afetam o trânsito em Minas

Na Grande BH, houve registro de protestos no Anel Rodoviário e na BR-381. Avenida Antônio Carlos, manifestantes colocaram fogo em pneus.

No Anel Rodoviário, km 538, pessoas queimaram pneus no sentido Rio de Janeiro, na Altura do Bairro Betânia, Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo a Via 040, concessionária responsável pelo trecho, o congestionamento chegou a 4 quilômetros. Às 7h45, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) informou que a pista já havia sido liberado. No sentido Vitória, o trânsito fluía normalmente. Também houve protesto na MG-050, altura do km 90, em Juatuba, fechado nos dois sentidos.  

Em Congonhas, na Região Central, cerca de 100 manifestantes interditaram o km 611 da BR-040 nos dois sentidos para queimar pneus. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada. O congestionamento nas duas direções era de 3 quilômetros. O trânsito foi totalmente liberado às 8h50.

Em Mariana, na mesma região, a PMRv informou que havia um bloqueio de veículos da mineradora Samarco na MG-129, às 8h40. Os demais carros de passeio circulavam no esquema de siga e pare. 

Também houve protesto na BR-381, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Às 6h50, os manifestantes estavam no km 484, provocando 1 quilômetro de lentidão no sentido Belo Horizonte. Eles também fecharam a pista para São Paulo, onde o congestionamento chegou a 2 quilômetros. 

Às 6h20, a Avenida Antônio Carlos foi fechada por manifestantes no sentido Centro, tanto na mista quanto na pista do Move na altura do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Um grupo montou uma barricada com pneus em chamas. Por volta das 6h40, bombeiros e policiais militares liberaram a pista do Move, mas a mista continuava fechada. A situação ficou ainda mais complicada quando um motociclista perdeu o controle do veículo e caiu na avenida, pouco depois da Avenida Santa Rosa, no sentido Centro. Parte da pista foi interditada para socorrer a vítima do acidente. 


Fonte: Estado de Minas

CCR NovaDutra inicia campanha de alerta sobre o período de neblina

Com o aumento da incidência de neblina durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã, entre os meses de maio e setembro, a CCR NovaDutra inicia a campanha de alerta e orientação sobre o período de ocorrências de neblina na via Dutra.

Para orientar os usuários sobre como se comportar caso realize sua viagem sob neblina, a Concessionária distribuirá folhetos nas praças de pedágio com dicas de segurança que também estarão na programação da CCRFM 107,5. A campanha também será reforçada através de seus 38 painéis de mensagens variáveis (PMVs) alertando sobre trechos com neblina e instalará faixas ao longo da rodovia, com orientação aos motoristas.

A campanha de segurança terá mensagens lúdicas com a presença de dois personagens: o ‘Desfarolado’, aquela má ideia que tenta enganar o motorista dizendo que ao se deparar com neblina na rodovia ele deve ligar o farol alto. E o ‘Responsa’, o arqui-inimigo das más ideias, que orienta o usuário da rodovia com dicas para uma viagem segura e tranquila.

De acordo com dados da Concessionária, de janeiro a dezembro de 2018 foram registrados 27 acidentes em situações com neblina na rodovia. Sendo que 17 ocorreram entre os meses de maio e setembro, período de maior incidência do fenômeno na rodovia.

“A neblina, assim como outros fenômenos naturais, exige mais cautela do motorista. A CCR NovaDutra está comprometida em proporcionar uma viagem segura ao usuário e, por isso, oferece informações que podem contribuir para um comportamento responsável no trânsito e, consequentemente, uma viagem mais tranquila”, afirma o gestor de atendimento da CCR NovaDutra, Virgílio Leocádio.

Como fazer uma viagem segura, em caso de neblina:

  • Reduza gradualmente a velocidade;
  • Mantenha distância segura do veículo à frente;
  • Nunca utilize o farol alto;
  • Nunca pare na pista. Evite parar no acostamento e, se precisar estacionar, pare fora da rodovia, em um posto de serviços
  • Nunca acione o pisca-alerta com o veículo em movimento. Os motoristas que vêm atrás podem pensar que o seu veículo parou na pista;
  • Atenção às mensagens dos painéis de mensagens variáveis (PMVs) espalhados ao longo da rodovia.

Trechos com maior incidência de neblina nesta época do ano:

Trecho paulista

  • Entre o km 170 e o km 212 (Guararema/Santa Isabel/Arujá/Guarulhos)
  • Entre o km 159 e o km 175 (Jacareí)
  • Entre o km 121 e o km 157 (Caçapava/São José dos Campos)
  • Entre o km 115 e o km 119 (Taubaté)
  • Entre o km 87 e o km 104 (Pindamonhangaba/Taubaté)
  • Entre o km 80 e o km 84 (Roseira/Pindamonhangaba)
  • Entre o km 73 e o km 75 (Aparecida)
  • Entre o km 59 e o km 62 (Guaratinguetá)
  • Entre o km 0 e o km 50 (Queluz/Lorena)

Trecho fluminense

  • Entre o km 313 e o km 333 (Itatiaia)
  • Entre o km 293 e o km 304 (Resende)
  • Entre o km 258 e o km 264 (Volta Redonda)
  • Entre o km 219 e o km 236 (Piraí)
  • Entre o km 216 e o km 199 (Paracambi/Queimados)


Fonte: Brasil Caminhoneiro

Novas concessões terão pedágio flexível

As novas concessões federais de rodovias vão adotar uma regra para estabelecer o preço dos pedágios cobrados ao longo das estradas que forem repassadas à iniciativa privada.

A ideia é que o concessionário só vai poder cobrar tarifas mais caras do usuário, ou seja, o teto tarifário, quando tiver concluído as obras de duplicação ou obras estruturais de determinado trecho que administra. Se mantiver a pista única em outros pontos da estrada, por exemplo, sem entregar as obras, a empresa terá de cobrar um custo menor de pedágio.

O modelo inova em relação às rodadas anteriores de concessões. A proposta antiga previa que o concessionário podia iniciar a cobrança de pedágio em todo o trecho da rodovia, desde que tivesse executado pelo menos 10% das obras de duplicação previstas em contrato.

Pela ideia atual, o concessionário não é mais obrigado a entregar toda a duplicação de sua estrada em até cinco anos, mas sim conforme o aumento da demanda verificado na estrada. A cobrança de pedágio, porém, terá valores diferentes conforme a execução das obras e qualidade da estrada.

“As próximas concessões de rodovias já vão prever essas regras”, disse ao Estado o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Adalberto Santos de Vasconcelos.

A flexibilização dos pedágios é uma estratégia defendida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), como forma de eliminar problemas das últimas concessões, como o risco de demanda alocado apenas ao concessionário, lances agressivos e insustentáveis em leilões de concessão e tarifas baixas sustentadas por financiamentos subsidiados pelo poder público.

Um levantamento feito pela instituição defende a autonomia para o concessionário gerenciar o uso da rodovia, possibilitando, por exemplo, a cobrança de pedágio por quilômetro utilizado, horário e dia da semana, entre outras variáveis que melhorem o uso da uso da rodovia e tragam mais clareza aos indicadores de desempenho.

“Com certeza esse pedágio flexível pode facilitar a viabilidade dessas concessões. Sabemos de experiências internacionais que tiveram sucesso com esse modelo. Há experiências em andamento em São Paulo que estão seguindo por esse caminho”, diz Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI.

São Paulo. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo prevê um novo lote de concessão de rodovias, de Piracicaba a Panorama. O projeto abrange a concessão de 1.201 km, com 417 km de duplicações. Uma das medidas inéditas que serão adotadas é a exigência de tarifa flexível, com desconto progressivo para usuários mais frequentes do trecho. Será concedido desconto de 5% para todos os usuários que optarem pelo pagamento eletrônico. Atualmente, 57% dos pagamentos já são feitos nessa modalidade nas rodovias paulistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto é

Índice de rodagem nas rodovias com pedágio cai 0,7% em abril

O índice ABCR de atividade referente a abril de 2019 apresentou queda de 0,7% no comparativo com março, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria Integrada.

Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves contraiu 1,4%, enquanto o fluxo de pesados cresceu 1,4%. “O início do segundo trimestre renova os sinais de desempenho modesto do fluxo de veículos neste ano. Os últimos resultados, inclusive, configuram um quadro de desaceleração desses indicadores que manifestam a perda de velocidade da já lenta retomada econômica em 2019”, diz Thiago Xavier, analista da Tendências Consultorias.

Nos últimos doze meses, o índice total acumula queda de 1,1%, fruto da contração de 1,6% dos veículos leves e da modesta alta de 0,4% dos veículos pesados. “O conjunto de indicadores condiz com o baixo desempenho da atividade econômica nacional, uma vez que a retomada da atividade passa, literalmente, pelo modal rodoviário”, explica Thiago.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Campanha Maio Amarelo mira na redução de acidentes de trânsito

A redução dos acidentes de trânsito é a temática da sexta edição da campanha “Maio Amarelo”, lançada hoje (29), no Detran-MG, em Belo Horizonte, com solenidade e uma blitz educativa na Avenida João Pinheiro, em Lourdes, na Região Centro-Sul de BH, em frente ao departamento de trânsito.

Neste ano, com a abertura da campanha sendo coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o lema é “No trânsito, o sentido é a vida”. Por intermédio das peças publicitárias protagonizadas por crianças, sob a assinatura “#ME OUÇA”, a campanha busca incentivar os adultos a ouvirem os conselhos dos mais jovens e a refletirem sobre o comportamento nas vias.

Para a delegada Amanda de Menezes Curty, coordenadora de Educação de Trânsito do Detran/MG, esse pode ser um diferencial da campanha. “As vezes a criança falando o pai fica constragido de infringir uma regra de trânsito diante de um conselho infantil. E tem o lado do pai querer ser sempre o exemplo para o filho”, diz ela.

O especialista em transporte e trânsito, Osias Baptista, destaca que as ações educativas não podem ficar restritas ao Maio Amarelo ou à Semana do Trânsito, que acontece em setembro. É preciso focar em educação o ano todo. “Nós devemos buscar que não morra ninguém no trânsito, porque o trânsito não é uma atividade mortal, é uma atividade do dia a dia das pessoas. Não é correto que as pessoas morram numa atividade dia a dia”, diz ele.

Na ocasião, uma blitz educativa em frente ao Detran-MG foi realizada, assim como um teatro desenvolvido pela Gerência de Educação para Mobilidade da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), com o objetivo de alertar motoristas e pedestres sobre atitudes seguras no trânsito.

Em todo o estado estão programadas ações educativas de trânsito durante o mês, com a proposta de despertar na sociedade a consciência para a questão da segurança viária. 

Por que maio? Por que amarelo?

Em maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito, com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente em 178 países. Por isso, o mês de maio se tornou referência mundial para as ações que visam reduzir o número de vítimas no trânsito.

O amarelo simboliza atenção e também a sinalização de advertência no trânsito. Desta forma, o Maio Amarelo tem como objetivo chamar a atenção de motoristas, passageiros, pedestres e ciclistas sobre os impactos sociais, emocionais e econômicos, resultados dos acidentes de trânsito, para assim mudar atitudes.

No Brasil, o Movimento ganhou forma a partir de 2014 e conta com a participação de órgãos públicos, empresas privadas e membros da sociedade civil pela redução de acidentes nas vias do país que, segundo a OMS, é o quarto em número de mortes por acidente de trânsito no mundo.


Fonte: Estado de Minas

Concessão rodoviária em SP de R$ 9 bi e efeito para caminhoneiros

O governo de São Paulo anunciou em fevereiro uma grande concessão rodoviária, que pretende arrecadar aproximadamente 9 bilhões de reais e abrange pouco mais de 1,2 quilômetro disposto em diferentes rodovias.

Esse é o maior lote já licitado pelo estado de uma só vez e promete proporcionar diversas mudanças em uma série de rodovias paulistas. Essas alterações, por sua vez, provocam alguns efeitos acerca dos caminhoneiros e transportadores que trafegam por essas vias todos os dias.

O processo, que deve ser conduzido pela ARTESP, ainda deve contar com algumas ações até que, de fato, o pacote seja concedido. Apesar disso, é importante ter em mente quais áreas serão concedidas e o efeito de tudo isso para os motoristas.

Qual área deve participar dessa concessão de rodovias?

O lote que será concedido à iniciativa privada contempla 12 rodovias localizadas ao oeste do estado. A malha, que liga uma série de cidades, possui 1,2 mil quilômetros e tem algumas rodovias conhecidas, como a Washington Luís, que atualmente é administrada pela Cetrovias/Artéria.

O restante das rodovias é, atualmente, operado pelo Departamento de Estradas e Rodagem. Confira a lista com todas as estradas que serão concedidas nos próximos meses:

  • SP-191
  • SP-197
  • SP-225
  • SP-261
  • SP-284
  • SP-293
  • SP-294
  • SP-304
  • SP-308
  • SP-310
  • SP-331
  • SP-425

Todas elas participarão de um lote único, ou seja, concedidas a apenas uma empresa ou consórcio. Segundo o vice-governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia, o objetivo é “atrair investimentos para as áreas menos rentáveis.”

Dessa forma, o setor privado seria obrigado a melhorar, de forma significativa, tanto as rodovias que dão lucro, como as que enfrentam problemas e são naturalmente mais custosas.

Quando a concessão das rodovias será finalizado?

O processo está nos últimos passos e nos próximos meses o edital final e as propostas devem sair. Além disso, o contrato deve ser assinado nos últimos meses do ano. Assim, a tendência é que em 2010 as novas regulamentações(explicadas no próximo tópico) já estejam em vigor.

Investimentos em rodovias e pretensões do governo

Para ganhar a concessão, a expectativa do governo de São Paulo é que um consórcio ou empresa ofereça aproximadamente 9 bilhões de reais. Esse valor fornece à iniciativa privada o direito de administrar e cobrar pedágios nestas vias durante os próximos 30 anos.

Ainda segundo o governo, parte do investimento em rodovias deve ser utilizado na duplicação de pouco mais de 400 quilômetros de rodovias estatais. Além disso, o governo ainda impõe que a concessionária instale câmeras de segurança e outras tecnologias capazes de identificar placas e carros, seja para aplicação de multas ou para localizar veículos roubados.

Efeitos dessas concessões aos caminhoneiros

Ao anunciar os prazos para a concessão, o governador do estado, João Dória, garantiu que o valor do pedágio cobrado na Washington Luís deve abaixar cerca de 20%, algo muito positivo para os que passam por essa via todos os dias.

Além disso, existem algumas sugestões do governo que podem entrar em prática e alterar o dia a dia do caminhoneiro. Um exemplo é a possibilidade de oferecer descontos aos motoristas que passam pela rodovia fora do horário de pico. Essa técnica tem como objetivo reduzir congestionamentos e estimular caminheiros a optarem por horários alternativos para a realização dos fretes.

Outra ideia que pode entrar em vigor é a tarifa flexível, ou seja, o valor do pedágio será calculado a partir do total de quilômetros rodados pelo caminhoneiro. Essa medição seria feita por meio das câmeras que devem ser implementadas ao longo das rodovias.

O futuro de outras rodovias

O governo está analisando as concessões de rodovias em SP existentes no estado para investigar quais são vantajosas e quais não estão à altura do mínimo exigido.


Fonte: Revista Caminhoneiro.

CNT alerta sobre os riscos de excesso de carga nas estradas

Nesta terça-feira (23), a CNT (Confederação Nacional de Transportes) publicou um documento sobre as vantagens de não transportar sobrecargas nas estradas,  além de orientar e explicar os riscos para os caminhoneiros  e danos causados  nas estradas. 

tualmente, o transporte de cargas via terrestre desempenha um papel importante para a economia do Brasil, movimentando os setores do agropecuária, indústria e comércio. O modal é responsável por 60% da movimentação de cargas no país, segundo a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres).

Confira abaixo alguns tópicos sobre os gastos e riscos ao se transportar com excesso de peso:

Infrações e multas

Quando o caminhoneiro decide fazer o transporte da carga em excesso, estará cometendo uma infração prevista na lei n° 9.503/97 nos artigos 99 e 100 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), além de pagar uma multa de nível médio no valor de R$ 130,16 ainda terá quatro pontos na carteira, caso o PBT (Peso Bruto Total), PBTC (Peso Bruto Total Combinado) e peso por eixo forem excedidos.

Confira na tabela abaixo quais são as diferenças de medição para cada tipo de infração.

Imagem do documento da CNT
Imagem da CNT

A resolução n° 258/2007 do CONTRAN prevê acréscimos à multa conforme a quantidade de peso excedido pela lei.  Observe os valores abaixo sobre a lei e excesso percentual de peso excedente:

Tabela elaborada pela CNT sobre as multas ao levar excesso de carga nas estradas
Tabela elaborada pela CNT

Gasto com combustível

Preço do diesel
Preço do diesel

Para o motorista alcançar a mesma velocidade habitual com a sobrecarga,  o motor será  forçado e portanto irá consumir mais combustível ,  aumentando os gastos na viagem e agravando ainda mais a situação  econômica dos estradeiros.

Sabe-se que, na média, se um veículo com carga dentro do limite percorrer distâncias de até a 6 mil km/mês nas rodovias, calcula-se que 37% do custo total mensal vem do consumo de combustível, segundo a CNT . Agora imagine multiplicar esse valor por conta do sobrepeso. É mais custo para o caminhoneiro.

Impactos ambientais e na saúde humana

Com o maior uso do combustível devido a sobrecarga, aumenta também o efeito estufa e os gases poluentes na atmosfera, causando o aquecimento global,  afetando a saúde humana, provocando problemas respiratórios e cardíacos, além de chuva ácida, que causa impacto ambiental nos solos, águas, plantas e lavouras. Este último, poderá gerar prejuízos econômicos no setor primário. 

Aumento nos custos operacionais 

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Atualmente a vida dos estradeiros não está sendo fácil, uma vez que estão enfrentando dificuldades no segmento com os fretes e variação de preço no valor do diesel. Ao optarem por levar excesso de carga nas estradas, estarão sujeitos à danos e prejuízos com o caminhão.

As peças do veículo ficam desgastadas rapidamente, diminuindo a duração estabelecida para o funcionamento regular, além de diminuir o tempo de utilidade do caminhão previsto pelo fabricante. 

Os freios acabam se esforçando mais para conseguirem parar o veículo sobrecarregado, principalmente quando se está em alta velocidade nas vias, aumentando o risco de acidentes,  além de desgastar as pastilhas, tambor e lona.

Diminuição na segurança 

Os motoristas que se  arriscarem a levar excesso de carga também estarão colocando em risco suas próprias vidas e a dos demais usuários da via. Todo caminhão é feito para receber um determinado limite de peso dentro das especificações do fabricante. Ao infringir o limite estabelecido, o caminhão passa ser menos seguro, abrindo margem para acidentes de nível médio a grave. Principalmente nas situações de frenagem e mudanças bruscas de direção além de perder a  “força” na subida do caminhão prejudicando o tráfego local.

Imagem elaborada pela CNT sobre os dados de acidentes causados por excesso de carga
Imagem elaborada pela CNT

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Fonte: Trucão

70% do transporte de carga perigosa é irregular

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta: entre 60% e 70% dos caminhões com cargas perigosas apresentam algum tipo de irregularidade ao deixar de cumprir exigências de órgãos ambientais e de transportes. Os dados foram observados em ações conjuntas recentes realizadas pela PRF e outros órgãos federais e estaduais de fiscalização. “São irregularidades diversas, desde pneus carecas, que em caso de cargas perigosas tornam-se um grande problema, até falta de licenças e de capacitação de motorista para conduzir veículos desse tipo”, explicou o inspetor Edmar Camata, chefe do Núcleo de Comunicação da PRF.

A legislação define nove tipos de produtos perigosos: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, substâncias tóxicas venenosas e infectantes, materiais radioativos, corrosivos, substâncias que aceleram a combustão e outras substâncias que não se enquadrem nessas classificações.

No ano passado, circulavam, em média, 1.621 veículos por semana transportando cargas perigosas no Espírito Santo. A maioria com combustíveis. As empresas têm que cumprir leis federais, estaduais e municipais. O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) e o Instituto de Pesos e Medidas do ES (Ipem-ES) também fiscalizam esse tipo de transporte na emissão de licenças e certificações.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Espírito Santo (Transcares), os caminhões do Estado cumprem as regras e a maior parte do problema ocorre com os veículos que vêm de fora, o que correspondem a 81% do total.

Na última terça-feira, dois caminhoneiros morreram numa batida entre um caminhão carregado de combustível e um caminhão-baú, próximo ao posto Chapada Grande, no Km 243 da BR 101 Norte, na Serra.

Ontem, somente no posto de Viana, 19 motoristas de veículos com cargas perigosas foram multados com problemas na documentação, capacitação específica do motorista para conduzir e falta de equipamentos de segurança obrigatórios. Dois dos 40 veículos abordados foram retidos no posto. Os demais continuaram a viagem ao resolver as pendências depois da multa.

Jornada de trabalho será fiscalizada

A jornada de trabalho excessiva de caminhoneiros está na mira dos ficais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ministério Público Federal do Trabalho (MPFT) e da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Espírito Santo. Na próxima semana, o grupo deve iniciar uma série de blitze nas rodovias federais do Estado a procura de motoristas que estejam dirigindo acima da jornada regulamentar.

Sob a nossa ótica, vamos verificar o estado do motorista em relação à fadiga e à exaustão ao volante, considerando a jornada de trabalho. Para isso temos algumas ferramentas como o relato do condutor, a Papeleta de Serviços Externos que deve estar no caminhão e, o mais preciso dessas ferramentas, que é o tacógrafo do caminhão?, disse o superintendente substituto da DRT no Estado, Alcimar das Candeias da Silva.

A fiscalização vai abordar todo o tipo de caminhão. O convênio que prevê esse tipo de fiscalização conjunta foi firmado no início do ano e a primeira etapa previa a fiscalização do transporte de rochas ornamentais.

Essa fiscalização de rochas continua e agora passaremos a segunda etapa do convênio que é a fiscalização das jornadas dos caminhoneiros?, completou o inspetor Edmar Camata, chefe do núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal.

O Ministério Público Federal do Trabalho pode propor ações criminais contra empresas que forem responsabilizadas pela jornada excessiva.

Equipe especial para atender a acidentes

O Corpo de Bombeiros no Estado tem um veículo específico para intervir em casos de acidentes com cargas perigosas. Uma equipe com cinco pessoas fica à disposição durante 24 horas.

“O veículo tem equipamentos e produtos especiais e a equipe trabalha em outras áreas da corporação e quando há necessidade os bombeiros são deslocados das suas atividades para intervir”, disse o chefe dos Bombeiros no Ciodes, major Adeílton Pavani.

Segundo o major, a estrutura é suficiente para a demanda desse tipo de acidentes no Estado. Em 2006 – o dado consolidado mais recente disponível – foram 36 acidentes com cargas perigosas. “Desses, a maioria foi com produtos inflamáveis, que outras equipes participaram, principalmente no combate a incêndios”, observou o major.

A equipe especializada é deslocada, principalmente, para evitar explosões ou vazamentos de produtos tóxicos ou gasosos.

“A equipe entra em operação mais para evitar danos maiores com produtos corrosivos, gases tóxicos, explosivos, mas a maioria dos acidentes é com inflamáveis, que são atendidos pelas demais equipes da corporação”, concluiu o major Pavani.

Multas podem chegar a R$ 1,5 milhão

As empresas que transportam cargas perigosas que não respeitam as normas estabelecidas pela lei podem ser multadas em até R$ 1,5 milhão.

“As multas variam de R$ 100 a até R$ 1,5 milhão. Para chegarmos ao valor, analisamos o tipo da infração, o porte da empresa e se ela é reincidente”, observa o técnico do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), João Arruela Maio.

O órgão inspeciona principalmente o estado de conservação dos veículos.

O técnico afirma que os principais problemas encontrados são pneus carecas e

extintores com validade vencida. Já o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) fiscaliza se as transportadoras têm o licenciamento para o transporte de cargas perigosas. Caso o veículo trafegue sem essa guia, a empresa pode ser multada em até R$ 5,4 mil.

No Estado, frota é de 500 veículos

A frota de veículos que transportam cargas perigosas no Estado segue as normas dos órgãos fiscalizadores, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes do Espírito Santo (Transcares).

São 11 as empresas que fazem esse tipo de transporte no Estado, com uma frota de cerca de 500 veículos. “Os principais problemas que vemos aqui no Estado são com carros que são de outros Estados. Mas quando acontece algum acidente, as empresas capixabas tomam todas as medidas cabíveis”, afirma o vice-presidente do Trancares, Jocenyr Callezane.

Sobre a fiscalização da jornada de trabalho, Callezane disse que o sindicato, assim como as empresas, apóiam a medida. “Tanto que já existem empresas em que o motorista é proibido de viajar após às 22 horas”, disse.

Já a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) afirma que faz o acompanhamento de acidentes com cargas perigosas através do Pró-Química, em que dá orientações de natureza técnica em caso de emergências com produtos químicos.

“Além disso, também fazemos treinamentos com os motoristas que transportam cargas perigosas para que ele saiba como agir em caso de acidentes”, afirma o diretor técnico da Abiquim, Marcelo Kós.

Área de acidente será recuperada

Na área em que aconteceu o acidente entre um caminhão tanque carregado de combustível e um caminhão-baú, na BR 101 Norte, Serra, houve destruição de uma área de cerca 300 metros de vegetação, além da contaminação do solo, com a infiltração de óleo diesel.

Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a empresa proprietária do caminhão-tanque já contratou uma firma para fazer a recuperação da área.

“Primeiramente, a empresa vai fazer a raspagem do solo, para que seja retirada a terra que está contaminada com o óleo diesel”, disse o analista ambiental do Iema, Ricardo da Fonseca.

Após a retirada dessa terra contaminada, a empresa vai fazer um plano de recuperação da cobertura vegetal para ser apresentado ao Iema.

Se o órgão aprovar esse plano, a empresa poderá executar o projeto. A expectativa é a de que, em cerca de três meses, a área já esteja recuperada.

Caminhões precisam identificar carga

Para trafegar, os caminhões devem ter placas com símbolos e números que identificam o tipo da carga. Do lado externo do veículo, um retângulo laranja e um losango que varia de cor e de símbolos de acordo com a carga. No retângulo, deve constar o Número de Risco do produto e o Número da ONU, que identifica a carga. Em caso de não haver nenhuma informação, significa que estão sendo transportados mais de um produto perigoso. Os losangos são definidos como Rótulos de Risco, onde há informações se o produto é explosivo, inflamável, é gás, material radioativo, corrosivo ou outro tipo.


Fonte: Fecombustiveis