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CNT alerta sobre os riscos de excesso de carga nas estradas

Nesta terça-feira (23), a CNT (Confederação Nacional de Transportes) publicou um documento sobre as vantagens de não transportar sobrecargas nas estradas,  além de orientar e explicar os riscos para os caminhoneiros  e danos causados  nas estradas. 

tualmente, o transporte de cargas via terrestre desempenha um papel importante para a economia do Brasil, movimentando os setores do agropecuária, indústria e comércio. O modal é responsável por 60% da movimentação de cargas no país, segundo a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres).

Confira abaixo alguns tópicos sobre os gastos e riscos ao se transportar com excesso de peso:

Infrações e multas

Quando o caminhoneiro decide fazer o transporte da carga em excesso, estará cometendo uma infração prevista na lei n° 9.503/97 nos artigos 99 e 100 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), além de pagar uma multa de nível médio no valor de R$ 130,16 ainda terá quatro pontos na carteira, caso o PBT (Peso Bruto Total), PBTC (Peso Bruto Total Combinado) e peso por eixo forem excedidos.

Confira na tabela abaixo quais são as diferenças de medição para cada tipo de infração.

Imagem do documento da CNT
Imagem da CNT

A resolução n° 258/2007 do CONTRAN prevê acréscimos à multa conforme a quantidade de peso excedido pela lei.  Observe os valores abaixo sobre a lei e excesso percentual de peso excedente:

Tabela elaborada pela CNT sobre as multas ao levar excesso de carga nas estradas
Tabela elaborada pela CNT

Gasto com combustível

Preço do diesel
Preço do diesel

Para o motorista alcançar a mesma velocidade habitual com a sobrecarga,  o motor será  forçado e portanto irá consumir mais combustível ,  aumentando os gastos na viagem e agravando ainda mais a situação  econômica dos estradeiros.

Sabe-se que, na média, se um veículo com carga dentro do limite percorrer distâncias de até a 6 mil km/mês nas rodovias, calcula-se que 37% do custo total mensal vem do consumo de combustível, segundo a CNT . Agora imagine multiplicar esse valor por conta do sobrepeso. É mais custo para o caminhoneiro.

Impactos ambientais e na saúde humana

Com o maior uso do combustível devido a sobrecarga, aumenta também o efeito estufa e os gases poluentes na atmosfera, causando o aquecimento global,  afetando a saúde humana, provocando problemas respiratórios e cardíacos, além de chuva ácida, que causa impacto ambiental nos solos, águas, plantas e lavouras. Este último, poderá gerar prejuízos econômicos no setor primário. 

Aumento nos custos operacionais 

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Atualmente a vida dos estradeiros não está sendo fácil, uma vez que estão enfrentando dificuldades no segmento com os fretes e variação de preço no valor do diesel. Ao optarem por levar excesso de carga nas estradas, estarão sujeitos à danos e prejuízos com o caminhão.

As peças do veículo ficam desgastadas rapidamente, diminuindo a duração estabelecida para o funcionamento regular, além de diminuir o tempo de utilidade do caminhão previsto pelo fabricante. 

Os freios acabam se esforçando mais para conseguirem parar o veículo sobrecarregado, principalmente quando se está em alta velocidade nas vias, aumentando o risco de acidentes,  além de desgastar as pastilhas, tambor e lona.

Diminuição na segurança 

Os motoristas que se  arriscarem a levar excesso de carga também estarão colocando em risco suas próprias vidas e a dos demais usuários da via. Todo caminhão é feito para receber um determinado limite de peso dentro das especificações do fabricante. Ao infringir o limite estabelecido, o caminhão passa ser menos seguro, abrindo margem para acidentes de nível médio a grave. Principalmente nas situações de frenagem e mudanças bruscas de direção além de perder a  “força” na subida do caminhão prejudicando o tráfego local.

Imagem elaborada pela CNT sobre os dados de acidentes causados por excesso de carga
Imagem elaborada pela CNT

Para ver o documento completo da CNT, clique aqui


Fonte: Trucão

Qual o perfil do motorista de caminhão brasileiro?

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) acaba de divulgar a 7ª edição da Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros com dados sobre a rotina, dificuldades e principais demandas desses profissionais. Participaram da pesquisa – realizada entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro de 2018 – mais de mil motoristas do todo o Brasil. Desse total, 714 são autônomos e 352 empregados de frota.

A pesquisa revelou que o mercado de trabalho ainda é predominantemente masculino, 99,5% dos profissionais são homens e com idade média de 44,8 anos. Eles ganham cerca de R$ 4.600 por mês e trabalham há 18,8 anos. Os caminhões utilizados têm idade média de 15,2 anos, sendo que, dentro do universo dos autônomos, 47% adquiriram os seus veículos através de financiamento.

Em relação a rotina, a pesquisa revelou que os motoristas chegam a rodar mais de nove mil quilômetros por mês, trabalham 11,5 horas por dia e entre 5 e 7 dias por semana. Apesar do desgaste da profissão, motoristas parecem estar mais preocupados com a saúde, já que e 42,6% buscam profissionais da área em busca de prevenção. Além disso, os profissionais do volante estão mais conectados,  pois a pesquisa indicou que 87% utilizam a internet.

Outro dado bastante relevante diz respeito ao ano de 2018, que , segundo relatou a maioria, foi um ano bem negativo. Do total de  entrevistados, 62,9% disseram que a demanda de trabalho diminuiu. Entre os pontos negativos da profissão, estão o fato de ela ser perigosa/insegura (65,1%) e desgastante (31,4%) e de comprometer o convívio familiar (28,9%).

Os assaltos e roubos também aparecem na lista de dificuldades de pelo menos 64,6% dos caminhoneiros entrevistados. Cerca de 7% deles relataram que já tiveram o veículo roubado pelo menos uma vez nos últimos dois anos. Além disso, 49,5% desses profissionais recusaram a viagem por conta do risco de roubo/assalto durante o trajeto.

Os trabalhadores também destacam como ameaças à profissão no futuro o baixo ganho (50,4%), a baixa qualidade da infraestrutura (20,9%) e a ausência de qualificação profissional adequada (15,6%).

O custo do combustível aparece como o segundo maior entrave vivenciado pelos motoristas (35,9%). A queda no preço dos combustíveis continua a ser o maior pleito dos caminhoneiros. No total, 51,3% consideram essa a maior demanda da categoria. Em segundo lugar, está a necessidade de mais segurança nas rodovias (38,3%), seguida de financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos (27,4%) e do aumento do valor do frete (26,2%).

Apesar de todas as dificuldades inerentes a profissão, os motoristas ainda relatam pontos positivos como conhecer cidades e países (37,1%), ter a possibilidade de conhecer pessoas (31,3%) e possuir o horário flexível (27,5%).

Fonte: O Carreteiro