Fila de caminhões gera transtornos em Foz do Iguaçu

A fila de caminhões parados ao longo da Avenida Paraná e BR 277, no perímetro urbano de Foz do Iguaçu, continua, causado pela greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que exigem a aprovação do projeto de lei 5864/16, que reestrutura os cargos e funções dentro, além de avanços salariais.

Na quarta-feira (7), caminhoneiros e transportadoras manifestaram pelo fim da greve, que prejudica o setor de cargas no país, principalmente de importação e exportação, que esperam liberação nas aduanas.

Alfonso Burger, do Sindifisco em Foz do Iguaçu, estima que cerca de 1500 caminhões esperam para ser liberados em Foz do Iguaçu e nas cidades vizinhas da fronteira, como Porto Iguaçu, na Argentina e Cidade do Leste, no Paraguai.

A fila de caminhões nesta sexta-feira, começou da madrugada, com congestionamento na altura do da Avenida das Cataratas entre a Avenida Costa e Silva, até a BR 277, em frente ao Porto Seco, na região da Ponte da Amizade.

Os auditores fiscais realizam paralisações duas vezes por semana, desde julho deste ano, em forma de “operação padrão”, com fiscalização minuciosa em cada veículo. O Sindifisco informou que a greve só chegará ao fim quando o Congresso aprovar a lei.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Pare e Siga

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta terça-feira (13) entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070. Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção. Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista. As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

Data

Rodovia

KM Inicial

KM Final

Localização

13/12/2016

De 19h às 4h30

BR-364

498

499

Cuiabá

13/12/2016

BR-364

476

478

Cuiabá

13/12/2016

BR-163

609

611

Nova Mutum

13/12/2016

BR-163

823

826

Marginal Sul de Sinop

13/12/2016

BR-163

823

826

Marginal Norte de Sinop

* Em operação ‘Pare e Siga’ o tráfego é realizado em meia-pista e em até 15 minutos o fluxo de veículos é invertido, sendo liberado um sentido por vez. O sistema é adotado para realização de obras em pista simples. A sinalização é realizada por operários.

Fonte: Rota do Oeste

Para brasileiros, investimento em rodovias é prioritário para sair da crise

Para 68% dos brasileiros, o crescimento do país depende da união do poder público e da iniciativa privada no setor de infraestrutura, sendo que 98% da população avalia o segmento rodoviário como prioritário. Os dados constam na pesquisa “Investimento pela Lógica do Cidadão” encomendada pelo Valor Econômico ao Instituto de Pesquisas Locomotiva.

O estudo mostrou ainda que 81% dos entrevistados acreditam que o Brasil precisa de investimento no setor para se desenvolver, porém a maioria entende que o governo tem áreas mais sensíveis e emergenciais, como a saúde, a educação e a segurança pública. Conforme o estudo, somente 2% dos entrevistados entendem que investimentos públicos devem priorizar a área a infraestrutura à despeito destas outras.

Na avaliação do presidente do Instituto, Renato Meireles, os números demonstram que a população tem a percepção da necessidade de melhorar a infraestrutura e vê na parceria com a iniciativa privada uma saída. A declaração foi dada durante a apresentação dos dados em evento promovido pelo Valor.

O diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, concorda que a união do público e privado para o fortalecimento e desenvolvimento nacional, especialmente quando o assunto é infraestrutura. Destaca que o Brasil tem extensão territorial muito grande e com muitas deficiências, impossibilitando que o governo consiga sanar sozinho os problemas do setor.

Vaz pontua que uma proposta de parceria com o setor privado é conceder a este segmento rodovias mais movimentadas e que podem gerar renda, enquanto o poder público se concentra em garantir melhorias para rodovias com volume menor de tráfego, mas que precisam assistir à população que delas dependem.

“Não existe outra forma de melhorar o cenário nacional, que não seja a parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Porém, alguns pontos precisam ser revistos, como a manutenção da cobrança de impostos em segmentos que estão sob a responsabilidade da iniciativa privada. Essa isenção do imposto poderia ser revertida em barateamento da tarifa do pedágio, por exemplo”.

Diante das condições financeiras do Brasil, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e especialista em Logística, Eldemir Pereira de Oliveira, também vê no envolvimento do poder público e da iniciativa privada uma forma de crescimento da economia. “Setores relacionados à infraestrutura podem ser repassados ao privado, enquanto o governo se concentra com questões voltadas à gestão”.

O gestor de Relacionamentos da Concessionária Rota do Oeste, Fábio Abritta, destaca que o envolvimento do setor privado no desenvolvimento das rodovias do país é uma realidade há décadas nos grandes centros e vem ganhando espaço no interior do Brasil, que ganha muito com isso. Frisa que atualmente, Mato Grosso é um dos estados mais promissores, com grande representatividade na economia nacional e começou a seguir o caminho dos grandes centros.

Os impactos e melhorias do envolvimento do setor privado em rodovias de Mato Grosso foram divulgados recentemente pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), por meio da 20ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. O estudo demonstra a evolução registrada no segmento nos últimos três anos, principalmente na BR-163, que passou a ser de reponsabilidade da Rota do Oeste, em 2014.

O relatório classifica 43% do segmento federal como ótimo (13,7%) ou bom (29,3%) em 2016, enquanto no ano de 2013 somente 15,7% dessas rodovias apresentavam uma das duas classificações, sendo 0,8% avaliado como ótimo e 14,9%, como bom.

O entendimento da população quanto a necessidade do envolvimento da iniciativa privada no setor, conforme demonstrado na pesquisa realizada “Investimento pela Lógica do Cidadão”, é reafirmado pelo relatório da CNT. O documento aponta que em meio às dificuldades do governo em aplicar os recursos necessários das rodovias, “as concessões têm sido fundamentais para promover a melhoria do País”, descreve trecho do material.

Emprego – Outro destaque da pesquisa “Investimento pela Lógica do Cidadão” é a influência do setor de Infraestrutura na geração de empregos. No entendimento de 69% dos entrevistados, o desenvolvimento da área, que tem como prioridade as rodovias, é importante para a criação de vagas.

Para a economista Suely Costa Campos, o entendimento da maioria dos entrevistados é correto. Ela pontua que obras dessa natureza costumam ser de grande porte e empregam centenas de pessoas, movimentando a economia. “Um exemplo claro desse impacto foram as obras da Copa, que atraíram pessoas de outros estados e até mesmo de outros países para o Brasil”.

O professor da UFMT explica que a geração de empregos é uma consequência natural do segmento, que passa a contratar mais quando tem obras em andamento, além de sublocar serviços diversos, que por sua vez, também criam postos de trabalho. “Temos que ter um olhar cuidadoso para um setor que emprega tanto e garante tantos benefícios para a sociedade”, lembra Pereira.

No pico das obras de duplicação, a Rota do Oeste chegou a empregar 5 mil pessoas. Atualmente, a Rota do Oeste emprega 1.555 trabalhadores de forma direta e indireta. Os funcionários atuam na parte administrativa e operacional da Concessionária, além de prestarem serviços na recuperação e conserva da BR-163.

Pesquisa – Encomendada pelo Valor Econômico ao Instituto de Pesquisa Locomotiva, os pesquisadores ouviram 1.157 homens e mulheres com 16 anos ou mais em todas as regiões do país entre os dias 11 e 16 de novembro. Conforme o jornal, o estudo foi realizado com a finalidade de conhecer a opinião dos brasileiros sobre os desafios para o crescimento da economia, a percepção sobre a infraestrutura nacional e a necessidade de investimentos.

Fonte: Rota do Oeste

Comissão irá discutir circulação de bitrens e rodotrens na região Sul

Empresários do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) da região da Amurel decidiram criar uma comissão para discutir junto ao Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Polícia Rodoviária Estadual e deputados estaduais a liberação para a circulação de caminhões bitrens e rodotrens na região que liga os municípios de Gravatal, São Ludgero, Braço do Norte, Orleans, Urussanga e região.

Para os empresários, a proibição tem gerado inúmeros problemas e custos devido as multas. Eles apontam que a não circulação dos bitrens e rodotrens nas rodovias estaduais da região tem causado prejuízos econômicos para os municípios. A liberação se tornou uma necessidade não apenas para as empresas de TRC como também da agroindústria, indústria e outras.

A comissão fará um levantamento do impacto negativo na economia da região devido a proibição destes tipos de veículos não circularem nas rodovias estaduais. A empresa Librelato já possui um estudo dos veículos e disponibilizará para contribuir com o relatório a ser entregue as autoridades competentes.

O presidente do SETRAM (Sindicato das Empresas de Logística e TRC da Região da Amurel), Riberto Lima, enfatizou que já houve uma discussão inicial sobre o assunto com a diretoria da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc). Ele destacou que tanto o sindicato que ele comanda, quanto a Federação e o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de Santa Catarina (Setransc), representado na reunião pelo secretário executivo Luiz Claudio Honorato, apoiam o pleito dos empresários.

O próximo passo da comissão será compilar as informações para, em seguida, agendar uma reunião com os órgãos reguladores e de fiscalização do transporte no Estado. A sugestão é que o encontro ocorra na sede da Fetrancesc em Florianópolis.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Comissão susta efeitos de resoluções que exigem terceira placa em veículos pesados

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou proposta que susta os efeitos de resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que determinam que os veículos automotores de transporte de carga, reboques e semirreboques novos com peso bruto total superior a 4.536 kg somente poderão circular e ter renovada a licença anual quando possuírem o sistema auxiliar de identificação veicular.
Popularmente chamado de terceira placa, esse sistema é uma película adesiva – normalmente colada na carroceria – que contém os caracteres alfanuméricos da placa de identificação do veículo e o nome do município onde o automóvel está registrado. O Contran prevê que a exigência será atendida, considerando o final da placa, entre 1º de setembro e 31 de dezembro de 2016.

A sustação está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 418/16, do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que recebeu parecer favorável do relator, deputado Hugo Leal (PSB-RJ).
O autor argumentou que o Contran exorbitou de seu poder regulamentar ao instituir a obrigatoriedade do porte de ‘terceira placa’ para os veículos pesados, uma vez que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei 9.503/97) prevê, tão somente, duas placas: a traseira e a dianteira, independentemente do tipo de veículo.
O relator concordou que o CTB definiu, strictu sensu, a forma de identificação veicular, não havendo espaço para definição de outra forma.

Tramitação
A proposta será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (inclusive quanto ao mérito); e pelo Plenário.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PDC-418/2016
FONTE: Caminhões e Carretas

Atego blindado

A blindagem de caminhão está se tornando um atraente negócio para companhias que transportam cargas de alto valor agregado e fabricantes de veículos pesados. O mais recente produto desta natureza é o Mercedes-Benz Atego 3030 8X2 entregue ontem à noite (08/12) à empresa de segurança Comando G8, de Americana, Interior Paulista.

Gilmar Coelho, diretor da empresa MIB Blindados, responsável pela blindagem do veículo, disse que o custo da blindagem girou em torno de R$ 550 e 600 mil reais. O veículo comporta quatro ocupantes dentro de uma cabina totalmente lacrada e com fechaduras eletrônicas.

Em agosto deste ano a MIB Blindados entregou três unidades Scania P 250 8X2 ao Grupo Esquadra, especializado em segurança. Apesar da semelhança do equipamento blindado, Gilmar Coelho explicou que o veículo entregue à Comando G8 ( com blindagem nível III) transporta 16 toneladas, contra 13,5 dos modelos entregues ao Grupo Esquadra.

A diferença de 1,5 toneladas mais leve, conforme explicou, se deve à blindagem que utilizou materiais mais leves – embora igualmente resistente – também ao menor peso do caminhão Atego 8X2, originalmente mais leve que o Scania P 250 8X2. A Comando G8 está há 10 anos no mercado de transporte de valores, escolta e outros serviços de segurança.

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Motoristas devem estar atentos aos desvios na Serra das Araras/RJ

Entre os dias 11 e 18 de dezembro, das 6h às 15h, a CCR NovaDutra realizará obras de recuperação de pavimento e pintura de faixas na pista de descida da Serra das Araras (sentido Rio de Janeiro), do km 227 ao km 219, entre os municípios de Piraí e Paracambi (RJ).

Durante os trabalhos, a pista de descida no sentido Rio de Janeiro será interditada e o tráfego será desviado para a pista de subida da Serra das Araras, que vai operar em mão dupla. A Concessionária alerta que, em função das obras, o tráfego pode ficar lento no trecho no período de desvio. É importante que o motorista tenha atenção e respeite a sinalização e o limite de velocidade de 40 km/h na passagem pela mão dupla, onde a ultrapassagem é proibida.

Fonte: Portal O Carreteiro

SEST SENAT lança simulador para motoristas de transporte de carga e passageiros em MG

O Sest Senat irá inaugurar na próxima terça-feira(13), às 8h30, o primeiro simulador de direção, na unidade em Contagem. O objetivo é aprimorar o treinamento dos motoristas profissionais de cargas e passageiros, aumentar a segurança e reduzir os custos dos transportadores. Os simuladores passarão a fazer parte dos treinamentos da instituição. O projeto “Simulador de direção Sest Senat – Eficiência e Segurança no Trânsito” disponibilizará 60 equipamentos híbridos para capacitar motoristas de caminhão, carreta e ônibus. Em Minas Gerais serão ao todo 14 simuladores. O próximo será lançado no dia 20 de dezembro em Patos de Minas e em sequência Belo Horizonte também deverá recebe o equipamento na unidade Sest Senat no bairro Jardim Vitória.

No total, serão investidos R$ 41,56 milhões no projeto, que contempla também o desenvolvimento de cursos, horas técnicas de manutenção, capacitação de instrutores e proposta pedagógica. A meta é formar 50 mil profissionais em três anos. Os alunos precisam ter carteira de habilitação nas categorias C, D ou E.

“Esse é um projeto inovador de alta tecnologia. O aluno terá a chance de vivenciar em um ambiente virtual situações de risco a que ele está exposto no dia a dia. Quando ele for trabalhar em um veículo mais moderno, ele poderá ter mais facilidade depois de ter passado pela capacitação no simulador”, comenta Vander Francisco Costa, presidente da Fetcemg e do Coselho Regional do Sest Senat em Minas Gerais.

A primeira unidade do Brasil a receber o equipamento foi a de Samambaia (DF). Até junho de 2017, todos os 60 simuladores deverão estar disponibilizados. Nas unidades, estão sendo construídas salas específicas para o treinamento. A infraestrutura utiliza recursos de alto padrão tecnológico e didático, com sistema de som e imagens. Cinco cursos estão sendo lançados, adaptados ao equipamento. Os conteúdos abordam temas como condução segura e econômica, situações de risco, uso de tecnologias embarcadas, aperfeiçoamento de motoristas para o transporte de passageiros e cargas especiais e manobras.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Caminhões do Exército e carros zero km são usados para clonagem

Caminhões do Exército brasileiro e veículos zero quilômetro, que sequer foram emplacados, têm sido tem sido usados para a clonagem de carros por quadrilhas de todo o país. O esquema foi revelado pela Delegacia de Roubo de Veículos do Rio Grande do Sul, conforme reportagem exibida pelo Fantástico na noite de domingo (11) (confira no vídeo acima).

Na semana passada, uma operação realizada em 15 cidades resultou na prisão de 13 pessoas e na localização de 26 caminhões clonados. Os bastidores do trabalho da polícia foram acompanhados por três meses.

A investigação teve início com uma apuração solitária realizada por um agricultor de São Lourenço do Sul, cidade localizada ao Sul do estado gaúcho, após o roubo de seu caminhão na ERS-118, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Ele buscou informações em postos de combustíveis e ouviu colegas motoristas, até descobrir um galpão no interior da cidade de Canguçu, também no Sul. É lá que estava o veículo roubado.

“Fiz de conta que ia comprar um caminhão. Aí, perguntava para um, perguntava pelo outro. Numa certa revenda, lá todo mundo suspeitava. Falava: ‘Olha, aquele cara é perigoso’. Fui atrás desse cara, fui investigar”, explicou o caminhoneiro.

Com a informação, a polícia passou a investigar o suspeito pelo envolvimento no furto. Ingo Ramson Abraham, conhecido como Tio Pipa, é dono de uma loja de caminhões localizada na cidade de Pelotas. Ele foi uma das pessoas presas na operação realizada pela polícia na semana passada, juntamente com a mulher e um funcionário. Ele, porém, negou as acusações.

Ingo teria negociado a maioria dos 50 caminhões clonados que rodam no Rio Grande do Sul. No entanto, a estimativa é que o número total de clones rodando pelo Brasil chegue a 1 mil veículos.

De acordo com o delegado Marco Guns, um dos responsáveis pela apuração, os bandidos tinham acesso à numeração de chassis dos caminhões do Exército, que não eram emplacados. De posse dessas informações, os suspeitos roubavam veículos similares e remarcavam os chassis com a numeração dos caminhões militares.

Ao realizar esse tipo de clonagem, os criminosos corriam menos riscos, uma vez que não existe veículo similar e legal rodando por ruas e estradas, o que dificulta a descoberta da fraude.

“Com isso, este veículo subtraído em roubo ou furto andará, transitará pelo Brasil normalmente, regularmente, uma vez que não haverá no país, um veículo idêntico àquele em trânsito. Porque parte desses veículos estarão em unidades do Exército Brasileiro”, disse o delegado Guns, “fechado nas unidades”, completou.

A participação de funcionários do Centro de Registro de Veículos (CRVAs) no golpe é investigada pela polícia. Entre os veículos clonados registrados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estava o caminhão do agricultor.

“Foi vistoriado. Levei ele lá (no CRVA) e (o caminhão) passou na vistoria. Se ele (vistoriador) liberou ali, como eu vou saber se tem coisa errada nele ou não”, afirma o agricultor, cujo caminhão usava número de chassis de um veículo do Exército de Fortaleza.

O Comando do Exército informou ter realizado uma investigação interna, sem identificar o envolvimento de militares no vazamento da numeração dos chassis.

Uma das linhas de investigação é a de que os dados tenham sido vazados a partir do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão ligado ao Ministério das Cidades, que gerencia o sistema de registro de veículos de todo o Brasil. Por meio de nota, a pasta diz que não existem evidências de que esteja ocorrendo algum vazamento.

“É uma fraude extremamente especializada. Trabalho há 13 anos na área criminal, nunca tinha visto coisa igual”, afirma o delegado Adriano Nonnenmacher, que participa das investigações.

Fonte: G1

Cidade do estado do RJ pode entrar em colapso por alta nos roubos de cargas

Os crescentes casos de roubos de carga na Região Metropolitana do Rio estão afetando em cheio a economia da pequena cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana. O município é o principal fornecedor de frango congelado da capital, e o setor emprega, direta e indiretamente, 50% da população em idade ativa na cidade. Por dia, cerca de 50 caminhões com o produto saem em direção à Região Metropolitana, cada um com cargas que variam de 30 a 50 mil reais. Os veículos têm sido alvo constante de assaltantes, segundo os empresários. Nos últimos três meses, produtores acumularam prejuízos individuais de até R$ 500 mil. É o caso de Marcelo Diniz, que emprega 82 pessoas em seu abatedouro. De setembro para cá, ele perdeu R$ 300 mil em carga e teve um caminhão roubado. O veículo era avaliado em R$ 200 mil. Marcelo diz que, se continuar sendo vítima de assaltos, o abatedouro não terá condições de continuar aberto.

“Não é só demissão, reduzir o quadro de funcionários. Se continuar assim, com esses furtos, corre o risco da empresa fechar. Chega uma hora que você não consegue suprir aquilo que está sendo roubado. Não há empresa, por mais sólida que seja que consiga resistir a uma situação dessas”, contou.

Os funcionários dos abatedouros que fazem entregas estão com medo de trabalhar. Eles começaram a descer a Serra, em direção à capital, em comboios de até doze caminhões. Segundo o motorista Gilmar de Oliveira Rosadinho, assaltado cinco vezes, qualquer moto ou carro que pare ao lado do caminhão já é motivo para fazer com que ele entre em pânico.

“Nós estamos descendo em comboio de dez ou doze caminhões. Estamos com medo, tem lugares que não vamos mais. Quando encosta um carro ou uma moto ao lado do caminhão já entro em pânico. Trabalhar no Rio está bem tenso”, disse.

O presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Lucas Rabelo, disse que a economia de São José depende essencialmente do funcionamento dos abatedouros. Ele teme que as empresas comecem a fechar as portas.

“A economia da cidade gira em torno dos abatedouros de frango. Nós temos direta e indiretamente em torno de dez mil pessoas envolvidas nessa atividade em uma cidade de 20 mil habitantes. Isso pode acarretar para a cidade um prejuízo muito grande. Temos a preocupação dos abatedouros não levaram mais frango para o Rio ou até fecharem as suas portas por causa dos roubos que estão acontecendo”, ressaltou.

De acordo com os donos de abatedouros e motoristas de caminhão, quase sempre os roubos são cometidos por bandidos do Complexo do Chapadão, que fica na capital fluminense. Fabiano Rocha Machado trabalha no setor há 23 anos e diz que o comum era até dois roubos por ano, mas apenas em 2016, ele já foi vítima oito vezes. Ele contou que, além de perder a carga, os bandidos também levaram dois de seus caminhões. Um ele conseguiu recuperar, indo até o Chapadão buscar o veículo, mas o outro ainda está na comunidade.

“Nunca teve tanto roubo assim. Costuma ter um ou dois, mas de um ano pra cá ficou fora do controle. Não tem mais jeito, estamos muito preocupados porque não sabemos o que fazer. E sabemos onde está o problema, todo caminhão que roubam vai pro Chapadão. Eu tenho um caminhão lá até hoje. O seguro até me pagou, mas tenho um caminhão perdido lá dentro ainda”, contou.

Os motoristas reclamaram que quase não veem policiamento nas estradas. A Polícia Militar informou que desde março faz a operação “Mercadoria Legal” para coibir o roubo e furto de cargas. E que, além disso, vem fazendo várias prisões, como do traficante Carlos José da Silva Fernandes, conhecido como Arafat, chefe do tráfico de drogas do Chapadão e da Pedreira, que também é acusado de pertencer a uma quadrilha especializada de roubos de cargas. Porém, o delegado Maurício Mendonça da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, contou que a prisão do traficante não quer dizer que a quantidade de roubos de cargas na região irá diminuir.

“Não vou ser leviano de dizer que agora aquela comunidade não tem mais líder porque amanhã ou depois, ou talvez até já tenha um nosso líder no tráfico de drogas, que ainda não hoje, já tenha conseguido coordenar novos marginais que executem roubo de carga”, disse.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, entre janeiro e outubro, foram registrados 7439 casos de roubos de carga, 214 a mais do que em todo o ano passado. Dados do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas apontam que o mês de novembro teve mais de mil casos. Porém, segundo donos de empresas, esses dados podem ser maiores, já que muitos motoristas desistem de registras queixa, quando apenas a carga é levada, por causa da burocracia.

Fonte: Blog do Caminhoneiro