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Comissão busca solução para acabar com assaltos aos caminhoneiros

Os recorrentes assaltos aos caminhoneiros que circulam pela região do Porto de Paranaguá, no Litoral do estado, foi o tema central da primeira reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), realizada na manhã desta terça-feira (11). Durante o encontro, os deputados membros da Comissão definiram medidas para buscar uma solução de combate efetivo à ação dos criminosos no local.

Entre as ações detalhadas está o levantamento do número de ocorrências referentes a furtos e roubos que têm como vítimas os caminheiros em toda a região do Porto. Os dados, de acordo com os parlamentares que participaram da reunião, serão levantados junto à Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Portuária. O objetivo é levar as informações ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado do Paraná, Luiz Felipe Kraemer Carbonell.

“Nosso objetivo não é só cobrar das forças policiais e do Poder Público como um todo. Queremos criar alternativas para combater esses crimes. Mapeamos essa situação no Porto de Paranaguá e agora vamos aguardar as estatísticas que virão das forças de segurança que atendem todo o local. Além disso, estamos planejando uma visita ao porto para verificarmos in loco a situação dos caminheiros”, afirmou o deputado Coronel Lee (PSL), presidente da Comissão de Segurança Pública da Alep.

De acordo com o deputado Soldado Adriano José (PV), integrante da Comissão de Segurança Pública, a ida de uma comitiva de parlamentares ao Porto de Paranaguá pode agilizar o processo na busca por soluções para os crimes ocorridos no local. “Acredito que com as estatísticas em mãos e com a visita ao local para ouvir os caminheiros e os trabalhadores do porto, teremos um parâmetro para minimizar ou solucionar o problema de uma vez por todos”, disse.

Força-tarefa

O deputado Delegado Jacovós (PR), também membro da Comissão de Segurança Pública, acredita que a criação de uma força-tarefa entre policiais e o Judiciário pode coibir as ações de criminosos no local. “Não é só a polícia que vai resolver esse problema. É preciso que o Ministério Público e o Poder Judiciário ajam com rigor em relação aos furtos e roubos que assolam os caminhoneiros”, ressaltou o parlamentar.

Atuação 

Para o deputado Coronel Lee esta primeira reunião mostra que a Comissão não irá atuar apenas no âmbito dos trabalhos legislativos, se limitando apenas à análise de projetos de lei relativos ao tema. “Não vamos atuar de maneira forte em todos os temas que dizem respeito à Segurança Pública no estado do Paraná. Nós, deputados membros da Comissão, temos todo o mapeamento do que está acontecendo no estado e queremos não apenas cobrar das autoridades, mas sim propor soluções práticas para as grandes demandas de segurança do Paraná”, garantiu o parlamentar.

Maio Amarelo 2018 é lançado nas plataformas digitais

“Nós somos o trânsito” é o tema do Maio Amarelo 2018

A campanha oficial do Movimento Maio Amarelo 2018 está sendo lançada nesta terça-feira (17) em todas as redes sociais e sites para mobilizar o país a fim de reduzir o número de mortes no trânsito.

Com o mote “Nós somos o trânsito”, o Movimento chega à 5ª edição com o objetivo de lembrar que o trânsito é feito de pessoas. A ação deste ano foi desenvolvida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, em parceria com o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, e doada ao Movimento Maio Amarelo.

Em 2018, o Brasil Caminhoneiro, além de vestir a camisa do Movimento, como nos outros anos, também passa a ser uma “Entidade Laço Amarelo” devido às ações desenvolvidas por um trânsito mais seguro e responsável.

Participação da sociedade

Assim como em 2017, o tema de 2018 propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações e propõe uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade.

Trata-se de um estímulo a todos os condutores, seja de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e aos pedestres e passageiros, a optarem por um trânsito mais seguro.

De acordo com o OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária, os acidentes não acontecem, mas sim são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas.

Para José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO e idealizador do Movimento Maio Amarelo, 90% dos acidentes têm como motivação as falhas humanas como imperícia, imprudência e desatenção. “Somos os responsáveis pelos nossos atos no trânsito e ter consciência clara disso é um dos caminhos para a reversão do triste cenário não só do Brasil, mas de todo o mundo”, ressalta.

Abertura oficial

A abertura oficial da Campanha Maio Amarelo 2018 já tem data e local definidos: será no dia 26 de abril, em Campina Grande, na Paraíba (Foto: Divulgação)

A abertura oficial da Campanha Maio Amarelo 2018 já tem data e local definidos: será no dia 26 de abril, em Campina Grande, na Paraíba. A cidade foi destaque em 2017 pelas diversas atividades desenvolvidas durante o Maio Amarelo e aceitou o desafio de fazer a abertura solene do Movimento pela primeira vez desde sua 1ª edição, em 2014.

Para Félix Araújo Neto, superintendente da STTP (Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos) do município, “o Maio Amarelo consagra importantes ações na desafiadora tarefa de educar para o trânsito. Desde sua criação, Campina Grande desenvolve projetos com muito carinho e atenção sempre buscando a melhor forma de comunicar os riscos e alertas aos cidadãos. Fomos Destaque 2017 e agora, com muito orgulho, aceitamos o convite para sediar a abertura deste grande evento nacional. Além da grande alegria pelo reconhecimento de nossas práticas e do nosso compromisso por um trânsito melhor, mais fluido e seguro, a honradez da escolha e o compromisso e responsabilidade de fazer ainda melhor”, frisa.

Premiação e encerramento

Já o evento de encerramento com a premiação “Destaques Maio Amarelo 2018” acontecerá no dia 28 de junho, em Brasília, no Distrito Federal, e será sediado pela ABDER (Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas de Rodagem) e pelo DER/DF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal).

A premiação será dada às empresas, entidades do setor público e sociedade civil organizada que mais disseminarem os conceitos e práticas propostas pelo Maio Amarelo. As ações devem estar direcionadas à conscientização para a segurança no trânsito e o incentivo à mudança de comportamento de todos que transitam.

“Registro que sediar um evento desta relevância é expressar o comprometimento da ABDER e do DER/DF com a paz e a cidadania no trânsito. É importante ressaltar que, em 2017, o Distrito Federal reduziu de forma expressiva o número de acidentes, principalmente com gravidade e morte. A nossa utopia é zerar esses dados em Brasília e no Brasil”, diz Henrique Luduvice, diretor-geral do DER/DF e presidente da ABDER.

Com informações do Maio Amarelo

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Reparos no sistema de freio não podem esperar

O assunto já é conhecido, porém lembrar sobre a importância da manutenção preventiva e corretiva de alguns componentes do caminhão se torna imprescindível diante do aumento do número de acidentes nas rodovias do País. A falta de tempo leva muitos profissionais a “empurrar com a barriga” os problemas que surgem a cada viagem. Outros assumem o papel de mecânico e tentam resolver as questões de maneira própria, enquanto têm aqueles que, para economizar, levam o veículo em qualquer lugar.

O sistema de freio, por exemplo, é um componente cuja manutenção é essencial para garantir a segurança e evitar acidentes. O desgaste excessivo do tambor de rodas e de outros agregados, e o superaquecimento do sistema, podem danificar também as molas, retentores, rolamentos e pneus, já que será necessário manter o freio acionado por mais tempo.

As fabricantes de freio recomendam que a cada troca de lonas as molas de retorno e de retenção também sejam substituídas. Além disso, é importante que o carreteiro verifique os patins quanto a empenamentos; folga do radial no sentido vertical, o máximo permitido é de 0,8 mm, e a folga axial no sentido horizontal, o máximo permitido é de 1,5 mm. Para não ser pego de surpresa e correr o risco de provocar um acidente na estrada, o motorista deve ficar atento a alguns itens como pressão pneumática do sistema; tempo de enchimento do reservatório de ar; se há vazamento de ar; muita água nos reservatórios pneumáticos e evitar freadas brutas quando não for extremamente necessário.

Para prolongar a vida útil das lonas, tambores e demais componentes do sistema de freio é importante que o motorista mantenha uma distância segura trafegue em marcha e velocidades corretas principalmente em descida de serra, e também utilize os recursos existentes no veículo como o freio motor.

Fonte: O Carreteiro

Novas regras para a amarração de cargas podem aumentar segurança nas estradas

Foram necessários 18 anos para que a regulamentação da amarração de cargas fosse definida. Em setembro do ano passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu novas regras para a amarração de cargas. Essa regulamentação era aguardada desde a década de 1990.

A Resolução 552 determina que os veículos fabricados a partir de 1 de janeiro devem atender a todos os requisitos previstos na nova norma. Para os veículos que já estão em circulação, eles estarão sujeitos ao cumprimento das regras a partir de 1 de janeiro de 2018. Isso quer dizer que as empresas terão até o final de 2017 para se adequarem às novas regras.

A nova resolução prevê uma série de proibições. Dentre essas, é possível destacar a utilização de cordas para a amarração da carga. O uso desse item está permitido somente para a fixação da lona de cobertura, quando esta for uma exigência. Também está proibida a utilização de dispositivos de amarração em pontos de madeira. Os pontos metálicos, se estiverem fixados na parte de madeira da carroceria, também estão proibidos.

Não é raro, por exemplo, que muitas usinas e empresas agrícolas utilizem, em seus caminhões de carga, apenas uma corda para segurar a carga.

Para impedir esse tipo de comportamento, a resolução criou a obrigatoriedade de cintas têxteis, correntes e cabos de aço, com resistência total à ruptura. Esses equipamentos devem resistir duas vezes mais do que o peso total da carga. Já as barras de contenção, os trilhos, as malhas, as redes, os calços, os separadores, as mantas de atrito e os bloqueadores serão utilizados como dispositivos adicionais.

Para o transporte de cargas indivisíveis, também foram determinadas novas regras, principalmente para os veículos do tipo prancha ou carroceira, como máquinas e equipamentos. Conforme a determinação, esse tipo de carga deve conter, no mínimo, quatro pontos de amarração – com utilização de correntes, cabos de aço, cintas têxteis ou da combinação desses três tipos.

Um ponto importante da resolução é que os dispositivos de amarração só poderão ser passados pelo lado externo da carroceria, para os veículos do tipo carga seca, quando a carga ocupar totalmente o espaço interno da carroceria.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, as novas regras aumentam a segurança nas estradas.

“Além de trazer um impacto geral para a segurança no transporte rodoviário, os grandes beneficiados serão os próprios motoristas. É importante salientar que é obrigação das empresas providenciar essas mudanças”, considera.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

4 dicas para conduzir o caminhão com postura segura

Uma das vantagens em adotar a posição correta ao enfrentar uma rodovia é evitar o desgaste físico e situações de perigo e também aumentar a segurança no trânsito.

Veja quatro dicas recomendadas pelo Conselho Nacional de Trânsito – Contran- contidas em sua apostila de Direção Defensiva e de Primeiros Socorros publicada para orientar os condutores.

4-POSIÇÃO CORRETA NO VOLANTE

Segurar o volante com as duas mãos, na posição dos ponteiros do relógio marcando 9 horas e 15 minutos, para que seja possível enxergar o painel e acessar os comandos do veículo.

3-CINTO DE SEGURANÇA

O cinto de segurança deve se ajustar firmemente e passar sobre o peito, nunca sobre o pescoço.

2-POSIÇÃO CONFORTÁVEL E EFICAZ

O motorista deve se posicionar de modo que veja bem as informações do painel, através do qual pode verificar sempre o funcionamento de itens importantes.

1- APOIAR ADEQUADAMENTE O CORPO  NO BANCO

Dirigir com os braços e pernas ligeiramente dobrados, para diminuir as chances de lesões; apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco o mais próximo possível de um ângulo de 90 graus;

Ajustar o encosto de cabeça de acordo com a altura do ocupante, de preferência na altura dos olhos;

Manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo. Evitar apoiar os pés nos pedais quando não os estiver usando e use calçados bem fixos aos pés, para que os pedais sejam acionados rapidamente e com segurança.

Fonte: O Carreteiro

 

Veja os principais cuidados para manter a suspensão em condições de segurança

Estar com os componentes da suspensão checados periodicamente contribui é essencial para promover a segurança do veículo e do motorista nas estradas.  Afinal, são eles os responsáveis por manter o contato permanente dos pneus com o solo.

“São eles que proporcionam segurança, conforto e estabilidade aos condutores e passageiros”, afirma Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe.

Quando desgastada, a peça pode ainda comprometer a estrutura do veículo e acarretar sérios problemas de dirigibilidade. “Componentes com problemas afetam a capacidade de frenagem do veículo, exigindo uma maior distância para o processo, especialmente em velocidades elevadas. Uma maior demora na resposta ao desviar de um obstáculo também pode ocorrer, colocando em risco a segurança dos ocupantes”, alerta Juliano Caretta.

Além das más condições das estradas, a deterioração de outros componentes internos da suspensão são os maiores causadores de problemas nos amortecedores.

A Monroe recomenda a revisão periódica das peças a cada 10.000 quilômetros ou conforme especificação da montadora.

Dicas para manter o componente em boas condições:

  • Dirigir em baixa velocidade por pistas em más condições,
  • Evitar fazer alterações na suspensão,
  • Respeitar os limites de carga os prazos de revisão da peça

    Fonte: O Carreteiro 

Qual a importância das faixas refletivas?

A visibilidade a noite nas rodovias é 95% menor que de dia, o que aumenta muito o risco de acidentes. Por isso, perceber o risco a frente, principalmente a presença de veículos pesados como caminhões e ônibus, é essencial para a segurança de todos os usuários das rodovias. É aí que entram as faixas refletivas, que aumentam a visibilidade desses veículos nas estradas.

As faixas refletivas são obrigatórias e podem ser a diferença entre a vida e a morte. Uma carreta sem faixas somente será percebida a noite a 20 metros de distância, com as faixas essa distância aumenta para 200 m, o que permite evitar um acidente.

Por esta e outras razões os caminhoneiros, condutores que mais rodam nas estradas brasileiras, são unânimes na defesa da importância das faixas. Apesar disso, aproximadamente metade da frota de caminhões circula pelas rodovias com as faixas fora do padrão exigido pela legislação. Essa foi uma das constatações de uma pesquisa do gênero feita pelo SOS Estradas. Foram avaliados 506 veículos entre caminhões e ônibus, que estavam em pontos de parada de sete estados brasileiros. No caso dos ônibus 90% estavam com as faixas em dia , já nos caminhões a média caiu para 52%. Dos motoristas entrevistados apenas 31% reconheceram que foram fiscalizados em algum momento pelas polícias rodoviárias federal e estaduais.

Outro dado 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal colisões laterais e traseiras representam em média 58% das colisões com veículos pesados nas nossas rodovias, na sua maioria ocorrem a noite, quando as condições das faixas são essenciais para garantir a segurança. Além disso, ainda segundo um levantamento da PRF, a colisão frontal é o tipo mais letal de acidente.

O valor das faixas, em média R$ 5,00 para as laterais, é um investimento insignificante para os benefícios que gera. “Independente de obrigação legal ou não , a verdade é que as faixas devem ser utilizadas sempre e até mesmo mais do que determina a legislação. Ser visto na estrada é fundamental, quanto mais quando você sofre um acidente, e isso vale para motoristas de automóvel que viajam muito nas rodovias”, acrescenta o Coordenador do SOS Estradas.

Fonte: Pé na Estrada

7 dicas para dirigir com segurança em dias de chuva

Dirigir com segurança é sempre fundamental, mas nos dias de chuva isso exige alguns cuidados especiais. A seguir, confira 7 dicas para garantir uma viagem tranquila, faça chuva ou faça sol:

1. Mãos sempre no volante: com as duas mãos no controle, você consegue dar mais estabilidade ao veículo, o que diminui significativamente as chances de derrapagem.

2. Pneus e para-brisas em dia: verifique sempre as borrachas dos para-brisas e se os pneus estão calibrados e com os sulcos do tamanho correto. É isso que vai garantir visibilidade e frenagem em situações de emergência.

3. Atenção à aquaplanagem: muitas vezes, a chuva fraca é tão perigosa quanto um temporal. Quando a estrada está com uma fina camada de água, as chances de derrapar são grandes, por isso, diminua a velocidade e mantenha o volte firme.

4. Devagar e sempre: reduza a velocidade e, se for preciso, não pense duas vezes antes de procurar um lugar para estacionar o caminhão e esperar a chuva passar. Sua segurança está sempre em primeiro lugar!

5. Mantenha distância: seguir os demais carros na pista é uma boa estratégia para evitar buracos e outros obstáculos que acabam ficando menos visíveis por conta da chuva, mas mantenha sempre uma distância razoável, que permita que você freie ou desvie do veículo à sua frente em caso de emergência.

6. Faça tudo com calma: evite manobras arriscadas ou frenagens bruscas. Em dias de chuva, o tempo de reação dos demais motoristas é prejudicado pela falta de visibilidade e estado das estradas, portanto, todo cuidado é pouco.

7. Acenda os faróis: mesmo que esteja de dia, eles ajudam a tornar seu caminhão mais visível e a rodovia mais clara.

Fonte : Blog do Caminhão

Obrigatoriedade de exame toxicológico reduz em 38% acidentes nas estradas

A obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais, implantada há apenas seis meses, já conseguiu reduzir em mais de 38% o número de acidentes nas estradas federais de todo o país. A medida também fez com que mais de 230 mil motoristas profissionais mudassem de categoria ou não renovassem sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Os dados foram divulgados pelo Instituto de Tecnologia para o Trânsito Seguro (ITTS), que promoveu hoje (24), no prédio da Bolsa de Valores, no Rio, o seminário “A Importância do exame toxicológico preventivo para a segurança do trânsito”, quando apresentou balanço sobre os seis meses da obrigatoriedade do exame.

Nestes seis meses de vigência da lei, foram testados cerca de 650 mil profissionais no país. Apenas profissionais do Tocantins e de Mato Grosso do Sul não estão fazendo os exames, resguardados por liminares. A taxa de positividade ficou em torno dos 9% para os motoristas candidados a emprego em regime de CLT (Confederação das Lei do Trabalho) e em 2,5% para os motoristas que renovaram suas carteiras de habilitação.

Segundo o instituto, neste último grupo, o baixo índice está diretamente relacionado ao fato de que mais de 33% dos condutores profissionais não renovaram suas carteiras ou migraram para categorias em que o exame não é exigido.

Para o presidente do instituto, Márcio Liberbaum, é razoável concluir que parte significativa desses motoristas que evitaram o exame do fio de cabelo seja de usuário regular de drogas e que permanece dirigindo profissionalmente sem a carteira de habilitação compatível, burlando a fiscalização, sem o documento renovado.

“Os primeiros resultados demonstram o grande acerto do legislador brasileiro ao implantar a lei. Tivemos mudança de comportamento de 1/3 dos 12 milhões de motoristas profissionais do país. Em apenas seis meses, 33,4% dos motoristas não renovaram as carteiras e 11% deles migraram para as categorias A e B. Mas é significativo que 24% simplesmente não renovaram”.

Em entrevista à Agência Brasil, Liberbaum ressaltou o fato de que, “se for levado em consideração este percentual projetado para a totalidade dos motoristas profissionais do país, mais de 2,5 milhões deles ficariam sem a renovação da carteira, se todos os exames já tivessem sido realizados a um só tempo”.

O que se pode imaginar, segundo ele, é que “haja uma positividade escondida de 25%, uma vez que todas as etapas anteriores à implantação do calendário legal do exame, em que fomos às ruas buscar conhecer a taxa de positividade nos motoristas profissionais, ela variava entre 15% e 33% de positividade”.

Polícia Federal

Estudo desenvolvido em paralelo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) constatou que, de março a julho deste ano, comparativamente a igual período do ano passado, o número de acidentes envolvendo caminhões nas estradas federais do país diminuiu de 18 mil para 11 mil, o que dá uma redução de 38%.

“A gente sabe que a positividade no país é alta, até porque os motoristas não se drogam por lazer, mas, sim, para cumprir o tempo de jornada de trabalho, imposta pelos donos das frotas de caminhões – que é própria de regime escravagista. E isso tem que acabar”, disse o presidente do Instituto de Tecnologia para o Trânsito Seguro.

Para ele, a eficácia da lei é “absolutamente inequívoca” e muito bem demonstrada com essa fuga da renovação ou da classificação por categoria. “Essa positividade escondida vai ser pedagógica para os 90% dos motoristas que ainda não fizeram o exame. Eles vão perceber que têm que mudar de comportamento, se quiserem continuar a exercer a sua profissão.”

“É a pedagogia constatada nesta grande fuga que vai fazer com que os motoristas se preparem antes, buscando largar a droga, para voltar ao exercício da profissão sem problema”.

Ainda em sua avaliação, “mais eficaz do que reduzir a jornada do trabalho por lei é retirar do motorista a possibilidade de fazer uso do recurso que dá ao corpo a capacidade de cumprir este tempo de jornada sobre-humano que vinha sendo imposto aos caminhoneiros”.

Exame Toxicológico

A obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas com CNH nas categorias C, D e E tornou-se uma norma pela Lei Federal 13.103/15 já devidamente regulamentada pelo (Conselho Nacional de Trânsito (Contran e pelo Ministério do Trabalho. Ela passou a valer de 2 de março deste ano para a emissão e renovação da CNH, na pré-admissão e no desligamento de motoristas profissionais de todo o país.

Sua adoção foi a primeira medida para combater o uso de drogas por condutores, desde que o Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor, em janeiro de 1998. Ela define que o motorista faça uma renovação da carteira de 60 em 60 meses meses, determinação essa que vai cair para 30 meses em 2018.

Para Fernando Dinis, presidente da ONG Trânsito Amigo (que perdeu um filho em um acidente de carro e hoje luta pela melhoria das condições de trânsito no país), o teste Larga a Janela, como é chamado o exame toxicológico, provou ser o mais eficiente em vigência no país. Dinis perdeu um filho em acidente de carro e hoje luta pela melhoria das condições de trânsito no país. Na opinião dele, o exame consegue “positivar” se o motorista profissional fez uso de substâncias psicoativas em um período de 120 a 180 dias, o que é completamente incompatível com a sua atividades profissional.

“Na minha opinião, a opinião de um pai que perdeu um filho em acidente de trânsito, o exame é tão importante que deveria ser estendido a todas as categorias de motoristas. As pessoas colocaram muito o foco na Lei Seca, voltada exclusivamente para o álcool, principalmente nas grandes cidades. Mas esquecem que a frota dos caminhões de veículos pesados representa 4% da frota nacional veicular, embora responda por quase 40% dos acidentes com vítimas fatais no país”.

Para Dinis, é preciso lembrar que quem usa droga para prorrogar sua capacidade de dirigir, transportando carga nas estradas, é um motorista profissional e está dirigindo uma carreta de 50, 60 toneladas de grãos. “Ele dirige muitas vezes por três, quatro dias sem dormir, para atingir a sua meta por um frete maior. E quando colidi com outro motorista morrem ambos, porque estão na mesma altura. Mas quando a colisão se dá com um carro de passeio, trazendo uma família, isso passa a ser um extermínio”.

Trânsito que mata

No Brasil, a cada hora, cinco pessoas morrem vítimas de acidentes de trânsito e 59 ficam inválidas. Em 2015, segundo dados da Polícia Federal, levantados para um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o trânsito matou 42,5 mil pessoas, deixando 515,7 mil feridos graves. Esses números dão ao Brasil a medalha de bronze da violência no trânsito, ficando apenas atrás da China e da Índia. Nas estradas federais, os veículos pesados, que respondem por apenas 4% da frota nacional, estão envolvidos em 51% dos acidentes fatais, dos quais 43% envolvem caminhões e 8% ônibus.

O estudo comprovou que estes números elevados são consequência de uma combinação fatal: fadiga, jornadas excessivas e uso de drogas por parte dos motoristas profissionais.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Empresas investem em setores de segurança para evitar roubos de carga

O aumento no número de ocorrências de roubo de carga em todo o território nacional tem assustado motoristas que trabalham com o transporte de cargas. Para amenizar a situação as empresas responsáveis pelas cargas resolveram investir em setores de segurança e gerenciamento de riscos.

Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), esse tipo de ocorrência cresceu cerca de 10% em todo país, comparado ao mesme período de 2014. Ainda segundo a pesquisa, o estado de São Paulo concentra 44% das ações. Os dados foram calculados com base nas informações fornecidas pelas secretarias de segurança dos estados.

Em Ribeirão Preto (SP), uma empresa transportadora resolveu investir pesado no treinamento dos motoristas para lidar com situações de roubo e em um setor de gerenciamento de risco, no qual aproximadamente 12 funcionários monitoram cerca de 850 caminhões e vans da empresa 24 horas por dia.

“Quando notamos esse crescimento no número de roubos de cargas, nós estruturamos uma área de gerenciamento de risco. Mapeamos rotas críticas, criamos restrições de horários, definimos postos para os motoristas pararem, implantamos o botão do pânico nos nossos veículos, e voltamos um treinamento para os motoristas”, afirma a diretora de frota da empresa Magda Tardelli.

A diretora afirma ainda que o alto investimento valeu a pena pelos retornos positivos que tem recebido. No entanto, existe um ponto negativo que ainda preocupa. “É um investimento alto, mas que compensa por conta do retorno positivo, no interior, por exemplo, não temos mais perda de veículo por roubo. O problema é que nós temos também os bandidos 24 horas pensando em uma forma de burlar toda essa estratégia que a gente monta”.

A coordenadora do setor de gerenciamento de risco, Ana Carolina Polo de Souza, explica como são identificadas as ações de roubo. “O motorista é treinado, então se ele vê algo suspeito, pressiona um botão [de pânico], que fica no caminhão. Na central vai aparecer uma mensagem de alerta que esse veículo está em risco, e começa o processo de contato. Se não conseguirmos falar com o motorista, já se entende que é um roubo e  acionamos a policia”.

Segundo os próprios motoristas as cargas mais visadas são as de combustíveis, alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, e auto-peças. “Tem que tomar cuidado, ainda mais quem vai rodar com cargas perigosas, tipo álcool, gasolina, diesel… Cargas caras. Tem que ter sorte, fé em Deus, e confiar na empresa”, afirma o motorista Ronaldo Paschoal.

Fonte: Blog do Caminhoneir