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6 trechos de rodovias mais perigosos do Brasil

Os seis piores trechos de 10 quilômetros nas rodovias federais do Brasil estão localizados nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Paraná. O dado foi divulgado no  Atlas de Acidentalidade 2018, editado pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e a TecnoMetrica.

O estudo traz informações sobre as principais causas, as mais letais, os pontos de maior índice de acidentes e mortes e também os trechos com índices de periculosidade elevados e moderados. Além de apresentar diagnóstico completo de acidentes de trânsito do país, indicando os piores trechos, as principais causas e as mais letais, os dias da semana e o horário em que mais acontecem acidentes e por tipo de veículo.

A edição de 2018 do Atlas revela que o ranking dos estados com maior número de mortes por mil quilômetros de rodovia federal é composto por: Espírito Santo (246), São Paulo (237), Rio de Janeiro (237), Distrito Federal (228) e Sergipe (159), respectivamente. Em número absoluto de mortes: Minas Gerais (869); Paraná (613); Bahia (594); Rio Grande do Sul (391) e Santa Catarina (381).

1 – BR-101 SC (trecho do km 204 ao 213)

BR-101 SC Balneário Camboriu

O trecho está localizado em São José, Região Metropolitana de Florianópolis/SC. Em 2017 ocorreram 807 acidentes.

2 – BR-101 ES (km 262 ao 271)

No trecho localizado na Serra, Região Metropolitana de Vitória, ocorreram 384 acidentes

3 – BR-116 SP-Via Dutra (km 261 ao 225)

BR-116 Guarulhos

Localizado em Guarulhos o trecho computou 479 acidentes

4 – BR-316 PA (km1 ao 10)

BR-316-308 Peixe Boi

Localizado em Ananindeua, região Metropolitana de Belém/PA, foram registrados 330 acidentes

5 – BR-282 SC (km 0 ao 9)

BR-282 Alfredo Wagner

Foram registrados 298 acidentes no trecho localizado em São José, Região Metropolitana de Floranópolis/SC

6 – BR-376 PR (km 174 ao 183)

Localizado em Maringá/PR foram registrados 362 acidentes

Fonte: O Carreteiro

350 quilômetros de rodovias de São Paulo estão equipados com wi-fi

Malha rodoviária dotada da tecnologia cresceu nesta quarta-feira (14) com o início da operação de rede sem fio para os usuários de 271 quilômetros de vias operadas pela concessionária Entrevias, na região de Marília.

A malha rodoviária sob concessão do Estado de São Paulo, cerca de 350 quilômetros, passa a ser equipada com wi-fi para atendimento dos motoristas, a partir desta quarta-feira (dia 14). A extensão equivale a distância entre São Paulo e Ribeirão Preto ou ida e volta da capital paulista até Piracicaba. O crescimento da rede, que irá proporcionar atendimento mais ágil e melhorar ainda mais o suporte dado aos usuários, se deve ao início da operação da rede de comunicação sem fio em parte da malha sob operação da Entrevias, concessionária responsável por 570 quilômetros de rodovias entre os municípios de Florínea, na divisa com o Paraná, e Igarapava, próximo a Minas Gerais. O serviço permite ao usuário o contato direto com a concessionária para solicitar a prestação de serviços (socorro mecânico, por exemplo) e informações.

A Entrevias passará a oferecer o serviço, batizado na malha da concessionária de “Entrevias S.O.S. Wi-Fi”, aos motoristas que utilizam trechos sob sua administração nas rodovias SP-333 e SP-294, na região de Marília. São 271 quilômetros entre as cidades de Borborema e Florínea. A primeira rodovia do Programa de Concessões paulista a ser equipada com a inovação tecnológica foi a Tamoios (SP-099), que liga o Litoral Norte à região do Vale do Paraíba, onde o início da operação ocorreu em 5 de fevereiro do ano passado. São cerca de 70 quilômetros da malha sob operação da Concessionária Tamoios dotadas de wi-fi. No mesmo mês, no dia 28, foi concluída a obra de prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto, em Taubaté, também no Vale do Paraíba, que já foi entregue ao tráfego com a tecnologia. São quase nove quilômetros cobertos por wi-fi.

Wi-fi em Marília

A implantação da rede sem fio nos 271 quilômetros de rodovias na região de Marília teve investimento de R$ 18,3 milhões da Entrevias, e atende a previsão contratual da concessão. Nas rodovias beneficiadas será possível fazer a conexão à rede wi-fi e ter acesso aos serviços da concessionária através de chamada de voz, de vídeo ou conversar, via chat, diretamente com os atendentes do Centro de Controle Operacional (CCO) da Entrevias. O próximo passo da concessionária será a implantação do projeto em mais 299 quilômetros de rodovias entre Bebedouro, Ribeirão Preto e Igarapava. Até o fim deste mês a instalação da parte técnica deve estar finalizada, restando, a implantação da sinalização e a divulgação para os usuários para o início de operação nesse trecho.

Para a operação dos primeiros 271 quilômetros em sua malha, a concessionária instalou mais de 450 postes com antenas de wi-fi, a uma distância média de 600 metros entre eles, com o objetivo de garantir a cobertura integral da malha. Placas de sinalização indicam a presença da rede sem fio. O trecho coberto recebe diariamente cerca de 22 mil veículos. Para utilizar o sistema é necessário um smartphone. Após selecionar a rede no aparelho e estar conectado, o usuário pode utilizar a tecnologia pelo site portal.entrevias.com.br ou pelo aplicativo, que está disponível nos sistemas IOS e Android, na Apple Store e Google Play.

Outras regiões

Ainda este ano a rede de wi-fi será ampliada, com a instalação da tecnologia em trechos sob concessão da ViaPaulista entre Araraquara e Riversul, totalizando mais 287 quilômetros de vias com rede sem fio. Nessa etapa será iniciada a operação em trechos das rodovias SP-255, SP-249, SP-304 e SP-281 que atravessam municípios das regiões de Bauru, Sorocaba, Itapeva e Central.

E no início do segundo semestre do ano que vem a concessionária irá finalizar a instalação do serviço na malha sob sua responsabilidade na região de Franca, Ribeirão Preto e outros trechos da região Central, somando mais 434 quilômetros, em novos segmentos da SP-255 e também das rodovias SP-257, SP-318, SP-328. SP-330, SP-334 e SP-345.

Além disso, a implantação do wi-fi também está prevista no edital de concessão do Lote Piracicaba-Panorama, que foi publicado no fim do mês passado. São 1.273 quilômetros de vias, atravessando 62 municípios, cortados pelas rodovias SP-304, SP-308, SP-191, SP-197, SP-310, SP-225, SP-261, SP-293, SP-331, SP-294, SP-284 e SP-425. A licitação desse novo lote está prevista para novembro, com previsão de assinatura do contrato no início de 2020.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Caminhão cai em buraco após asfalto ceder, em João Pessoa

Cagepa esteve no local e suspendeu o abastecimento de água na região para que os reparos sejam realizados.

Um caminhão caiu em um buraco, na manhã desta terça-feira (13), após o asfalto ceder, na Perimetral Sul, na entrada do bairro do Colinas do Sul, em João Pessoa. O acidente teria sido causado por um vazamento de água.

O acidente aconteceu por volta das 5h50. O motorista passou pelo locou para deixar a esposa no trabalho e, na volta, o asfalto cedeu e o caminhão caiu no buraco.

A Cagepa esteve no local e o abastecimento de água foi suspenso na região para que os reparos sejam realizados. O primeiro passo, no entanto, é a retirada do caminhão do local.

Fonte: G1

Operação da PRF aplica 150 multas em 60 caminhões nas estradas da Grande Natal

Objetivo era fiscalizar veículos que transportam produtos perigosos. Ação começou na terça-feira (6) e acabou nesta sexta-feira (9)

Uma operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas do Rio Grande do Norte terminou com a aplicação de 150 multas em 60 caminhões. A ação começou na terça-feira e acabou nesta sexta-feira (9) em regiões da Grande Natal.

De acordo com a PRF, o objetivo era fiscalizar veículos que transportam produtos perigosos, além de coibir motoristas que fazem o transporte de substâncias tóxicas.

A ação aconteceu nos postos da PRF na BR-304 (Macaíba), na BR-406 (São Gonçalo do Amarante) e na BR-101 (São José do Mipibu). Apenas na operação desta sexta, em São José do Mipibu, foram 12 veículos fiscalizados e 30 multas aplicadas.

A cada caminhão em situação de transporte irregular da carga, uma multa já era aplicada ao dono da transportadora e outra ao proprietário da mercadoria. Um exemplo de situação irregular que foi encontrada, por exemplo, era com os veículos que anunciavam carga perigosa, mas não transportavam nada no baú. O valor médio geral das multas foi de R$ 750, de acordo com a PRF.

Fonte: G1

Concessão de trechos da ferrovia Norte-Sul é assinada

A concessão dos trechos central e sul da ferrovia Norte-Sul foi assinada na última quarta-feira, 31, pelo Governo Federal. A expectativa é ampliar a participação da ferrovia no transporte de cargas até o Porto de Santos.

Por outro lado, as novas linhas férreas devem acirrar a concorrência entre o cais santista e portos do norte do país. O primeiro trecho da via deve entrar em operação ainda neste ano e o segundo, em 2021.

Linhas férreas

A linha férrea concedida à Rumo, uma das concessionárias que atuam no Porto de Santos, fica entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’ Oeste (SP) e soma 1.537 quilômetros. O tramo central vai de Porto Nacional a Anápolis (GO), com 855 quilômetros. Já o sul abrange o trecho de Ouro Verde de Goiás (GO) a Estrela D’Oeste, com 682 quilômetros.

A via férrea formará a espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro e um dos principais projetos para escoamento da produção agrícola do país. Cerca de 1,7 milhão de toneladas devem ser movimentadas pela ferrovia Norte-Sul já no próximo ano. Em 2055, o volume deve atingir 22,7 milhões de toneladas. 

Entre os principais produtos a serem escoados na linha férrea, estão os grãos produzidos nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins em direção ao Porto de Santos. Também haverá carga geral e industrializada de grandes polos paulistas para centros consumidores como Goiânia (GO), Brasília (DF), Palmas (TO) e Imperatriz (MA). 

Escoamento de grãos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos, estima que, quando o trecho da ferrovia Norte-Sul estiver 100% operacional, o cais santista receba ao menos 3 milhões de toneladas de grãos adicionais por ano.

Além disso, a ferrovia pode contribuir para melhorar a eficiência da logística ferroportuária, com a perspectiva de migração de 5 milhões de toneladas do modal rodoviário ao ferroviário.

O consultor portuário Fabrizio Pierdomenico destaca as vantagens do modal. “Essa integração poderá ajudar e muito a produção e o escoamento até o Porto de Santos, com uma alternativa mais barata e ambientalmente sustentável, que é a ferrovia”, explica.

Concorrência

A mesma opinião tem o consultor portuário Marcos Vendramini. Para ele, é inegável que uma nova opção de escoamento por ferrovia é um fator positivo para o cais santista. Por outro lado, o engenheiro aponta uma maior concorrência entre o Porto de Santos os portos do norte, especialmente o de Itaqui (MA), nos próximos anos. “Uma nova alternativa logística é boa para todo mundo. Mas, em um horizonte de longo prazo, daqui a uns 30 anos, Santos pode perder cargas para Itaqui”, afirmou.

Neste contexto, questões como o calado operacional (a profundidade máxima que um navio pode atingir ao navegar pelo porto), a oferta de berços de atracação e a capacidade de armazenagem de cargas serão fatores determinantes na disputa por carga entre os dois complexos portuários. A localização das traders e os tempos de viagens ferroviárias também serão questões a serem levadas em consideração, segundo Vendramini.

O presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sérgio Aquino, destaca que essa competição pode ser muito saudável. “Com a competitividade acirrada com os portos do arco norte, Santos pode priorizar produtos com maior valor agregado para diversificar operações”, destacou.

“A falta de competitividade não ajuda nenhum setor, nenhuma atividade. Apenas leva à acomodação e não é isso que queremos para o setor portuário”, disse Aquino.

Fonte: Trucão

Número de multas cai 16% no trânsito do RS em período sem pardais nas rodovias federais

Em 2019, quantidade de infrações aplicadas por hora chega a 304 em vias gaúchas. É a menor média desde 2014

Chamada de “indústria da multa” pelo presidente Jair Bolsonaro, a aplicação de infrações a motoristas diminuiu no Rio Grande do Sul. Nos seis primeiros meses do ano, os órgãos de fiscalização distribuíram 1,3 milhão de multas no Estado, quase 262 mil a menos do que no mesmo período de 2018, recuo de 16%. 

Os números, processados pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran), correspondem a todas as infrações registradas em rodovias federais, estaduais, ruas e avenidas gaúchas. Em média, 304 motoristas foram multados a cada hora em 2019 no Rio Grande do Sul, a menor média dos últimos seis anos.

Uma lupa sobre o balanço da primeira metade do ano indica que a redução nas penalidades foi puxada pelo rigor mais baixo nas rodovias federais. Fiscalizadas pela PRF e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), as BRs registraram 251 mil multas a menos no primeiro semestre de 2019 em relação ao ano anterior. 

Esse recuo coincide com o desligamento dos pardais nas estradas, desativados desde o último 14 de janeiro. Para técnicos, o apagão pode ter refletido nos números.

— Reduções e aumentos nunca ocorrem por uma causa só. Podemos interpretar dizendo que o motorista está mais consciente, ou que a fiscalização relaxou. Mas chama a atenção que esses pardais estão desligados. Se não funcionam, temos menos multas. Isso explica, em partes – analisa João Fortini Albano, professor de Engenharia de Trânsito na UFRGS.

Especialista no tema, Mauri Panitz, ex-chefe da PRF, concorda que a queda está vinculada à suspensão dos pardais. Para ele, os dados em declínio são positivos, uma vez que, na sua avaliação, os radares costumam ser posicionados em pontos sem estudos técnicos.

— Sou favorável ao uso de equipamentos eletrônicos, mas com muito bom senso. Bolsonaro estava certo, existe mesmo uma indústria da multa — diz Panitz.

O imbróglio envolvendo os radares de velocidade se arrasta desde os primeiros dias de governo. O encerramento do contrato dos radares de velocidade em todas as rodovias federais sem concessão pública paralisou a fiscalização eletrônica nas BRs, desativando cerca de 2 mil equipamentos pelo país.

Responsável pelos aluguéis, o Dnit lançou licitação para renová-los, mas Bolsonaro anunciou que colocaria fim ao uso de radares. O caso foi parar na Justiça e, no mês passado, o governo fechou acordo com o Ministério Público para instalar 1.140 radares em BRs no país. No Rio Grande do Sul, serão 37. Ainda não há prazo para o início do funcionamento. 

Para Albano, o mecanismo é um dos mais eficientes para manter a segurança no trânsito:

— É um dos melhores instrumentos. Trabalha 24 horas por dia e detecta a infração líquida e certa, com fotografia.

Balanço

Já o Detran atribui a queda aos números ainda parciais de junho, que serão consolidados somente nos próximos dias. Por usarem um sistema diferente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e algumas prefeituras levam mais de um mês para encaminhar os dados ao órgão. Mesmo assim, segundo o diretor adjunto do Detran, Marcelo Soletti, o balanço não deve chegar ao patamar do ano passado:

— Há tendência de queda nas autuações por causa da educação no trânsito e do aspecto financeiro, já que os valores das multas foram corrigidos. Dados da Balada Segura, por exemplo, mostram essa redução. No início, 12% eram pegos no bafômetro ou se negavam a fazer o teste. Hoje, são 7%. Aos poucos, os motoristas tomam consciência. É um trabalho que se colhe com o tempo.Neste ano, os dados parciais de junho indicam o registro de 111 mil multas a menos do que no mesmo mês em 2018. 

Pouca alteração nos tipos de notificações

Mesmo em queda, o perfil das multas pouco mudou no Estado. Pelos dados enviados pelo Detran, o excesso de velocidade é a infração mais recorrente cometida pelos motoristas gaúchos. Representa mais de 40% das infrações registradas na primeira metade do ano.No primeiro semestre de 2019, mais de 534 mil multas por velocidade alta foram aplicadas a condutores em vias gaúchas, média de 123 por hora. 

Em 2018, no mesmo período, foram mais de 728 mil. Prevista no artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro, a penalidade varia de infração média, de R$ 130,16, até a suspensão imediata do direito de dirigir, conforme a velocidade detectada pelo equipamento que a fiscaliza.


Avaliação

Em segundo lugar no “ranking” das multas mais comuns aplicadas no Rio Grande do Sul, está dirigir sem habilitação (no total do primeiro semestre, foram 117.846). Depois, aparece estacionar em local proibido, com 94 mil.

Para o diretor adjunto do Detran, Marcelo Soletti, a alta velocidade costuma aparecer como a infração mais comum porque também é a mais fácil de ser autuada, pelo equipamento eletrônico. Ele acredita que, se fossem automatizadas, as multas por estacionar em local proibido e usar o celular ao volante seriam as campeãs:

— Nos equipamentos eletrônicos, menos de 0,01% dos que passam são autuados por velocidade. Mas é uma multa automática. Estacionamento e celular dependem da ação humana,e sabemos da dificuldade de pessoal dos órgãos. 

Fonte: Gaúcho ZH.

Justiça homologa acordo para instalação de 1.140 radares em rodovias federais

A juíza Diana Wanderley da Silva, da 5ª Vara Federal de Brasília, homologou nesta segunda-feira, 29, um acordo para a instalação de 1.140 radares em rodovias federais. Os aparelhos serão instalados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para cobertura de 2.278 faixas que são consideradas de criticidade média, alta e muita alta de todo o País.

Entre as partes estão o Ministério Público Federal (MPF), a União, o DNIT e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Em sua decisão, a magistrada indica que trata-se do maior acordo judicial da história do DNIT.

A instalação dos dispositivos faz parte da fase inicial do acordo e será realizada em até 60 dias a partir da homologação da sentença. Segundo a juíza, parte dos aparelhos será instalada nas áreas urbanas do País, em faixas de criticidades muito altas, altas e médias, uma vez que trafegam mais pessoas. Já nas áreas rurais, serão instalados radares em faixas com criticidades muito altas e altas.

A segunda etapa do acordo prevê a realização de um novo estudo, realizado por técnicos em engenharia do DNIT, pela Polícia Rodoviária Federal e por assistente técnico a ser indicado pela Procuradoria, indicou a juíza. O trabalho deverá ser concluído em até 120 dias e indicará a necessidade dos radares nas faixas remanescentes, de criticidade baixa e muito baixa. As informações serão posteriormente analisadas pelo juízo.

O acordo foi homologado no âmbito de duas ações ajuizadas contra o DNIT e a União que defendiam a permanência dos radares nas Rodovias Federais. Ações foram interpostas senador Fabiano Contarato (Rede/ES) e pelo Ministério Público Federal para que toda a malha rodoviária federal fosse coberta pelo monitoramento eletrônico.

No texto, a juíza destaca o que técnicos em engenharia de trânsito e a maioria da sociedade reconhecem a importância dos radares “como um dos principais instrumentos de controle de velocidade a salvar vidas, diante da grande imprudência de muitos motoristas no Brasil, e da falta de respeito às velocidades impostas”.

Fonte: Isto É

Autoescola, CNH, radares, cadeirinha: o que Bolsonaro quer

Presidente Jair Bolsonaro e sua equipe já encaminharam uma série de propostas para mudar o trânsito brasileiro, que vão de radares à pontuação da CNH

O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe vêm tentando emplacar uma série de medidas que têm como objetivo mudar o trânsito brasileiro. Em junho, o governo apresentou ao Denatran um projeto de lei que muda alguns trechos do Código Brasileiro de Trânsito, o CTB. Se aprovado, o projeto vai abrandar punições e estender prazos como os da validade da CNH.

Um dos pontos defendidos por Bolsonaro é que a CNH só seja suspensa após o acúmulo de 40 pontos ao longo de um ano. Atualmente, a carteira é suspensa com 20 pontos anuais ou quando o motorista comete infrações específicas.

  • Bolsonaro defende não cursar autoescola
  • Bolsonaro quer CNH com 40 pontos e banir radar móvel 
  • Governo Bolsonaro barra instalação de 8 mil radares

O projeto também quer dobrar a validade da carteira de motorista para 10 anos. Motoristas com mais de 65 anos também teriam mais tempo, cinco anos. Atualmente a CNH precisa ser renovada a cada cinco anos, ou três para motoristas idosos.

A punição para transporte irregular de crianças em veículos também poderá mudar. Segundo o novo projeto, o motorista ganharia apenas uma advertência por escrito caso seja flagrado transportando crianças de forma inadequada e ganharia três pontos no prontuário. Hoje, o condutor é penalizado com sete pontos na carteira, pela infração gravíssima, e precisa pagar multa de R$ 297,47.

Crianças de até sete anos e meio precisam ser transportadas em cadeirinhas ou assentos de elevação. A partir daí devem rodar no banco traseiro com cinto de segurança, como os outros passageiros.

Farol baixo

O projeto também acaba com a multa pelo não uso do farol baixo em rodovias. A infração passaria a ser leve, com três pontos na carteira e a multa aplicada apenas se o condutor não for identificado. Desde 2016, usar luzes diurnas ou farol baixo em rodovias mesmo durante o dia é obrigatório e leva a infração média com multa de R$ 130,16.

Motociclistas também terão penalidades mais brandas por infrações como transportar cargas fora das normas e conduzir com capacete sem viseira. Ambas se tornariam infrações médias. Pilotar sem viseira é infração gravíssima e leva à suspensão da CNH.

Mais recentemente, o presidente Jair Bolsonaro deu declarações também sobre o processo de obtenção da carteira de motorista. Na fala do presidente, não seria mais necessário frequentar um centro de formação de condutores para conseguir a CNH. Apenas exames teóricos e práticos seriam suficientes. O uso de simuladores nas autoescolas já foi banido também por Bolsonaro.

Fonte: Terra.com

Com projetos prontos há 18 meses, ANTT atrasa obras no Contorno Viário

A demora da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na análise dos projetos dos túneis previstos para o Contorno Viário da Grande Florianópolis, e também das interseções com a BR 101 (Norte e Sul) e da BR 282, coloca em risco a entrega da obra em dezembro de 2022.

Esta é a conclusão de estudo realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que será apresentado em reunião do Comitê Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes), na sexta-feira, 26, em Palhoça. As informações são do Notícias do Dia.

A análise, realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti, mostra que os projetos executivos dos quatro túneis duplos previstos, com os respectivos orçamentos, estão concluídos há cerca de 18 meses, mas ainda se encontram em análise pela ANTT.

Sem a conclusão dessa análise, não é expedida a ordem de serviço e a concessionária não pode iniciar a obra.

Apesar da Autopista Litoral Sul estar trabalhando em 80% da extensão da via do Contorno Viário, os investimentos já realizados correspondem a somente 40% do valor global estimado.

Conforme a concessionária, o conjunto de obras de artes especiais, que engloba os túneis, acrescido das implantações e pavimentações remanescentes, está calculado em R$ 1,6 bilhão.

A ANTT está há cerca de um ano e meio com os projetos executivos em análise, lembra o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

“É muito tempo, tendo em vista que a estimativa de construção dos túneis é de três anos. Ou seja, se a agência tivesse emitido o parecer conclusivo e dado a ordem de serviço em um tempo adequado, poderíamos já ter praticamente metade da obra dos túneis pronta. O volume de obra remanescente é significativo e põe em risco a conclusão do prazo para 2022”, afirma

Trecho mais grave

contorno viario pior obra
Imagem: Divulgação/Arteris

O trabalho da Fiesc destaca que o trecho que exige mais atenção é o que vai do km 220 (localidade de Pedra Branca, em Palhoça) até a interseção com a BR 101 (sul), numa extensão de aproximadamente 11 quilômetros.

Neste segmento, além da implantação e pavimentação da rodovia, estão projetados três túneis duplos, duas galerias, quatro viadutos, dois trevos e uma ponte dupla.

Histórico do Contorno Viário

O Contorno tem extensão de 51 quilômetros e é a principal obra da concessionária, responsável pela BR 116 (Contorno Leste de Curitiba), BR 376 (São José dos Pinhais a Garuva) e BR 101 em SC (Garuva a Paulo Lopes), conforme contrato firmado em 14 de fevereiro de 2008.

Esta concessão tem um prazo de 25 anos – até fevereiro de 2033. O Contorno Viário deveria estar pronto no quinto ano de concessão, ou seja, em fevereiro de 2012. Mas a obra só foi iniciada em maio de 2014.

O prazo contratual foi sendo prorrogado sucessivamente para fevereiro de 2015, fevereiro de 2017, fevereiro de 2019, dezembro de 2020 e, neste momento, a previsão é dezembro de 2022, portanto, no início do 15º ano da concessão.

O traçado original do Contorno Viário, definido pela ANTT, foi alterado em 2012 por causa da implantação de um condomínio residencial em Palhoça, no trajeto da obra. Com essa mudança, foi necessário projetar a construção dos túneis.

Quando as obras do Contorno estiverem finalizadas, estima-se que serão desviados cerca de 20% do tráfego de longa distância, cerca de 22 mil veículos pesados por dia que circulam nas regiões urbanas de Palhoça, São José, Florianópolis e Biguaçu.

A concessionária responde em nota:

“A Arteris segue dedicada a elucidar todos os questionamentos apontados até o momento, sempre atuando em conjunto com a ANTT para a aprovação dos projetos do Contorno Viário de Florianópolis, de tal forma que as obras no Trecho Sul possam ser iniciadas no menor prazo possível e concluídas 36 meses após a autorização da agência reguladora. A concessionária reitera seu empenho e compromisso na construção de uma rodovia segura e de qualidade para os usuários e está preparada para avançar com os novos trechos de obras, logo após o procedimento regular de aprovação da ANTT, além de seguir dedicada nas frentes de trabalho já abertas, atualmente distribuídas em 34 quilômetros.”

Fonte: Trucão

Justiça anula multas de trânsito aplicadas por terceirizados no Rio

Sentença proferida ontem (17) cancela ainda os pontos na carteira de habilitação decorrentes de autuações aplicadas também por policiais militares inativos. Prefeitura ainda pode recorrer

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) concedeu sentença na quarta-feira anulando todos os autos de infração, pontos na Carteira Nacional de Habilitação(CNH) e multas de trânsito aplicadas ilegalmente por funcionários terceirizados e porpoliciais militares inativos credenciados como autoridades de trânsito pela prefeitura, o quee contraria os requisitos legais previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro(CTB). O município estuda recorrer.

A decisão é decorrente de uma ação popular impetrada em 2014 pelo vereador Bruno Lessa ( PSDB ), baseada em reportagem publicada no dia 28 de setembro daquele ano pelo GLOBO-Niterói. Nela, havia denúncia de que a prefeitura estaria usando operadores de trânsito terceirizados para anotar irregularidades cometidas pelos motoristas, que seriam analisadas, posteriormente, pelos agentes de trânsito que têm o poder, de fato, para lavrar os autos de infração.

— O estado tem todo direito de fiscalizar e multar os cidadãos que agirem contra as leis e normas vigentes, desde que dentro da lei . A prefeitura , mesmo tendo conhecimento de que terceirizados não podem multar, insistiu na prática com os PMs inativos. O resultado da ação é importante porque permitirá que os niteroienses lesados consigam ser ressarcidos das multas e revogar os pontos da carteira de habilitação — comemorou o autor da ação.

De acordo com o juiz José Francisco Leite Marques, que assina a liminar, para que esses profissionais pudessem atuar como agentes da autoridade de trânsito seria necessária a celebração de convênio entre o Município e a Polícia Militar , o que não ocorreu.

Entre novembro de 2017 e janeiro de 2018, esses terceirizados foram responsáveis pela aplicação de 2.369 autos de infração : uma média de 790 por mês.

O magistrado diz ainda que o pedido de restituição dos valores das multas e a revogação dos pontos na carteira de habilitação deverão ser feitos, por meio de ação na Justiça , pelos interessados. O motorista que tiver dúvidas sobre a multa que lhe foi aplicada, diz a sentença , deve procurar o Município para obter a informação.

A medida pode resultar em desdobramentos graves, uma vez que motoristas iniciantes, donos de carteiras provisórias, podem ter perdido a CNH por conta de infrações médias ou graves registradas por agentes que atuavam ilegalmente, e eventualmente precisaram refazer todo o processo de habilitação , abrindo lacunas para pedidos de indenizações por dano moral devido à medida abusiva .

Segundo o Portal da Transparência da prefeitura, a Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans) conta hoje com 31 agentes de trânsito concursados.

A NitTrans informa que foi notificada da decisão e estuda, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Município (PGM), a possibilidade de recorrer em segunda instância. Destaca ainda que desde que ação foi proposta, o procedimento foi interrompido e não gerou multas.

Fonte: O Globo