Estradas em péssimas condições podem dobrar preço do frete

O estado deplorável de muitas estradas está prejudicando o país de uma forma muita clara, nesse momento.
O Brasil produziu uma safra gigantesca de grãos. Mas muitos caminhoneiros estão simplesmente desistindo de transportar a carga. É o que se vê em Cristalina, um dos pólos agrícolas de Goiás.

A chuva trouxe uma colheita farta.
O problema é levar a soja até os armazéns e portos. No Centro-Oeste, 60% das estradas usadas para o escoamento têm problemas no asfalto. Na GO-467 os caminhoneiros fazem contorcionismo para não tombar. Na BR-158 quem se arrisca tem prejuízos.
“Estragou o compressor. Perdi meio de serviço”, lamenta o motorista de caminhão Leonildo Aparecido.
A rodovia estadual GO-436 liga Goiás ao Norte, ao Nordeste e também a Minas. Acontece que há trechos que tem mais buracos que asfalto. E é por causa da buraqueira que nenhuma carreta consegue passar a mais de cinco quilômetros por hora.
“Tem lugar que tem que parar e escolher o menor buraco pra cair dentro”, diz outro caminhoneiro.
A lentidão provoca atraso na entrega e eleva o custo do transporte. No Centro-Oeste ele subiu 28%; 4% a mais que a média nacional. Em algumas regiões o preço do frete dobrou.
“Uma carreta ano passado a gente pagava R$ 600 para transportar daqui até Cristalina. Este ano custa R$ 1.200”, diz o produtor rural Onorato Paludo.
Com rodovias tão ruins, caminhoneiros estão se recusando a transportar a safra desta região.
“Prefiro, digamos, ficar parado. Ficar parado o lucro será maior”, conta o caminhoneiro Vagner Borborema.
Dário precisou da ajuda do irmão, que é dono de transportadora no Paraná, para conseguir tirar a soja da fazenda.
“Esses caminhões que eu trouxe não são suficientes para atender a nossa fazenda”, explica o operador de logística Luiz Felipe Nardi.
Faz dois anos que os produtores esperam melhorias.
A agência responsável pelas estradas estaduais de Goiás afirmou que em 60 dias os problemas na GO-436 devem ser resolvidos por uma nova empresa que venceu a licitação das obras.
E que a GO-467 deve receber melhorias depois que as chuvas diminuirem na região.
O DNIT declarou que existe um contrato de manutenção da BR-158 com uma empresa privada. E que os buracos são fechados diariamente.

Actros: o caminhão mais preparado para o transporte de grãos.

A eficiência, a produtividade e a rentabilidade do caminhão extrapesado Actros Mercedes-Benz para o transporte de grãos no Centro-Oeste, região que é a maior produtora do setor no País, ganharam importante reconhecimento de uma das maiores companhias de Goiás, o Grupo Cereal. O fundador e conselheiro Evaristo Barauna afirma: “Notamos uma redução de custos operacionais devido à economia no consumo de combustível e nas despesas com manutenção. Aliás, até agora, somente fizemos manutenção preventiva, porque nem houve necessidade de manutenção corretiva, o que mostra a resistência desses caminhões”.

Ideais para quem valoriza o conforto e a produtividade, os caminhões Actros são indicados especialmente para grandes frotistas e empresas de transporte que valorizam e reconhecem a importância do conforto e da segurança como aliados no aumento da produtividade no transporte. Os cavalos mecânicos Actros 2546 6×2 e 2646 6×4, para transporte rodoviário de carga, são equipados com motor de 460 cv de potência. A eles junta-se o Actros 2651 6×4 com 510 cv.

Um grande diferencial do Actros no mercado brasileiro é a capacidade do seu tanque de combustível, que pode chegar a 1.080 litros. Esta é a maior capacidade do mercado no segmento 6×4, oferecendo muito mais autonomia e evitando paradas indesejadas ao motorista. Em longos trajetos, o caminhão chega antes que seus concorrentes, pois não precisa parar para abastecer, proporcionando mais segurança, produtividade e rentabilidade ao cliente.

Fonte: Blog do Caminhão Mercedes-Benz

Setor do transporte avalia nova greve diante silêncio do governo

O setor do transporte de cargas de grão de Mato Grosso avalia a possibilidade de entrar novamente em greve, podendo a paralisação ganhar a adesão de outros segmentos do transporte. O novo bloqueio dos caminhoneiros e empresários decorreria do silêncio por parte dos governos Federal e Estadual após reuniões realizadas em janeiro, que visaram o fim do manifesto na ocasião, além do fato do frete estar apresentando queda em pleno pico de safra.

Segundo o representante do Movimento dos Transportadores de Carga (MTG), Gilson Baitaca, o setor do transporte de cargas de grãos em Mato Grosso já avalia uma nova greve. Ele comenta que o frete em pleno pico de safra já começa apresentar retração.

A tonelada entre Sapezal e Porto Velho (RO), de acordo com o Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), fechou a semana de 27 de fevereiro a 03 de março em R$ 138. Montante este 4,83% menor que na semana entre 20 e 24 de fevereiro. Já de Campo Verde para Paranaguá (PR) o recuo foi de 48,89% e a tonelada é vista a R$ 115.

O frete, conforme Baitaca, é apenas um dos motivos para uma nova paralisação. “Até o momento não recebemos resposta do governo federal, como prometido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de cada uma das demandas apresentadas em reunião realizada em janeiro”.

Baitaca comenta que há um “silêncio” também por parte do Governo de Mato Grosso, visto durante reunião no dia 25 de janeiro, que contou com a presença do setor produtivo e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o vice-governador Carlos Fávaro “prometeu” que uma a criação de uma comissão entre caminhoneiros e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para discutir o balizamento do valor do preço pauta do frete para que o ICMS possa ser cobrado em cima desse frete.

Caminhoneiros, autônomos e empresários do setor do transporte fecharam a BR-364 em Rondonópolis em dois pontos entre os dias 13 e 18 de janeiro. O movimento só foi encerrado mediante a garantia de uma reunião com os governos Federal e Estadual.

Crise

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o seu “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas. O texto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

Gato viaja mais de 600 km no chassi de caminhão nos EUA

O caminhoneiro Paul Robertson, 57 anos, tem um copiloto especial que trabalha com ele durante suas viagens pelos Estados Unidos. Trata-se de Percy, seu gatinho de estimação. O animalzinho costuma viajar ao lado do motorista e é um grande companheiro.

No entanto, durante uma parada em uma área de descanso em uma estrada americana, Robertson notou que Percy, que se recuperava de uma intoxicação alimentar, havia fugido. O motorista tinha certeza de que o gatinho não havia sido roubado, mas que tinha conseguido escapar pela janela, algo que já havia ocorrido antes.

Robertson passou o dia procurando por seu companheiro. Chamou seu nome, ofereceu petiscos, mas nada. Além de tudo, por conta de sua agenda apertada de entregas, o caminhoneiro teria de seguir viagem. E tudo sem seu gatinho.

Triste, Robertson fez um post no Facebook na esperança de que amigos pudessem ajudá-lo a encontrar Percey. “Parti sem ele e me senti o pior dono de gatos de todos os tempos”, contou ao jornal “Minnesota Star-Tribune”.

“Depois, dirigi quase 320 quilômetros na neve e na chuva, em estradas sujas e velhas, com buracos e poças. Fiz uma entrega em uma fábrica e dirigi mais 320 quilômetros por mais estradas empoeiradas, lamacentas, molhadas e frias para outra fábrica. Desconectei a caçamba e dirigi o caminhão até um galpão abandonado no meio de um pátio escuro e vazio para preencher a papelada. Quando voltei ao veículo, parei e não acreditei no que meus olhos viam”, contou.

Era Percy. O gatinho viajou todo esse tempo debaixo do caminhão. Robertson levou seu amigo a um veterinário. Lá, ele tomou um banho quente e se tratou de uma inflamação no olho. Agora, o bichinho está pronto para retomar seu posto como copiloto.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

DIA DA MULHER – A difícil tarefa de ser mãe e caminhoneira

Trabalhar atrás do volante não é uma tarefa que assuste Maria Ferreira, 43. Há 7 anos ela está na boleia de um caminhão. Trabalhando diariamente com fretes entre Itajaí e Navegantes.

Apesar da vontade de viajar a lugares mais distantes, não o faz por conta da responsabilidade que tem com as filhas e o filho pequeno. Ela veio de Cascável para a região já com o caminhão. Ela tinha motorista contratado, mas afirma que sofria muito. Foi quando resolveu fazer a CNH e dirigir ela mesma o caminhão.

O sonho de ser caminhoneira é de família. Maria possui três irmãos que seguiram a profissão e sempre os via com curiosidade. Hoje possui um filho de 5 anos, e duas meninas de 16 e 19 anos. A mais velha já trabalha, enquanto a mais nova cuida do irmão.

“Depois que eles crescerem, aí vou viajar longe”, destaca. A caminhoneira é divorciada e divide o tempo entre ser uma caminhoneira com criar os filhos. O trabalho começa às 7 horas e segue até por volta da 1 hora da madrugada, às vezes.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Arrancada de Caminhões: Evento inicia nessa quinta-feira e encerra no domingo

Desde a última semana o Parque da Arrancada, localizado em Balneário Arroio da Silva/SC, vem recebendo a mega estrutura para sediar o maior evento automobilístico no mundo: a 27ª edição da Arrancada de Caminhões. A estrutura está sendo montada e aos poucos vem ganhando forma.

O evento conta com uma programação extensa e inicia na quinta-feira, 09, com a montagem operacional geral e recepção aos expositores e montagem de pista; à noite, a partir das 21h30 tem show com Gisele & Sandro Henrique. Na sexta-feira, 10, tem a abertura do parque de exposições e acontece as inscrições dos pilotos. À noite será realizada a solenidade oficial de abertura e a Escolha das Soberanas dos Caminhoneiros.
No sábado, 11, pela manhã iniciam os treinos e provas classificatórias, já à noite tem grandes shows. No domingo, 12, acontecem mais grandes pegas e muita adrenalina nas provas classificatórias e finais.
O acesso ao evento é gratuito e deve atrair em torno 180 mil pessoas de todos os cantos do país. O evento é uma realização da prefeitura de Balneário Arroio do Silva, com o apoio do Governo do Estado através da Santur, além de patrocinadores. A empresa Gálatas é a responsável pela organização da Arrancada e a equipe da Federação de Automobilismo de Santa Catarina (FAUESC) estará também presente no evento.
Programação completa:
09/03 – Quinta-feira
8h – Montagem operacional geral e recepção aos expositores
9h – Montagem de pista
21h30 – Show com Gisele & Sandro Henrique
10/03 – Sexta-feira
8h – Montagem operacional geral
9h30 – Abertura da Central Administrativa e Operacional para credenciamento e inscrições
10h – Montagem de pista
10h – Abertura do Parque de Exposições
12h – Livre para almoço
13h30 – Montagem e inspeção operacional da pista – FAUESC
15h – Inscrições para as categorias Caminhão Toco e Truck até 320cv, Cavalo Mecânico Eletrônico até 560cv e Caminhão e Cavalo Mecânico até 560cv Injeção Mecânica e Eletrônica, Força Livre e Especial (protótipos).
18h – Fechamento da pista – FAUESC
21h – Solenidade oficial de abertura do evento e Escolha da Rainha e Princesas dos Caminhoneiros
23h – Show com Neguinho e Emanuel
00h30 – Show com Rubens Daniel & Banda
11/03 – Sábado
8h – Montagem operacional geral
8h15 – Inspeção operacional da pista – FAUESC
9h – Credenciamento e abertura do Parque de Exposições
9h – Inscrições para as categorias Caminhão Toco e Truck até 320cv, Cavalo Mecânico Eletrônico até 560cv e Caminhão e Cavalo Mecânico até 560cv Injeção Mecânica e Eletrônica, Força Live e Especial (protótipos).
9h10 – Treino Livre e provas classificatórias
10h – Show de embaixadinhas do recordista do Guinness Book (Martinho Orige)
12h – Livre para almoço
13h30 – Montagem operacional da pista – FAUESC
14h – Provas classificatórias
18h – Fechamento de pista – FAUESC
20h30 – Show com Black Bull Band
22h30 – Show com Tchê Barbaridade
00h30 – Show com Léo Jr. & Bruno
12/03 – Domingo
8h30 – Montagem operacional da pista – FAUESC / Abertura dos boxes
9h – Provas classificatórias
12h – Livre para almoço
13h – Desfile dos pilotos e expositores
14h – Provas classificatórias e finais
17h30 – Entrega de Troféus e Premiações
19h – Encerramento

Caminhão com mais de R$ 14 milhões em multas é apreendido em São Paulo

Um caminhão com mais de R$ 14,4 milhões em multas foi apreendido nesta quinta-feira (2) por policiais militares do Comando de Policiamento de Trânsito da Capital (CPTran), que atuam na equipe de Busca e Apreensão do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).
O caminhão Volkswagen, de ano 2007 e modelo 2008, está registrado em São Paulo e pertence a uma empresa. No total, o carro tem R$ 14.406.262,06 somente em infrações de trânsito. São 1.325 multas municipais, a maioria delas referente ao desrespeito ao rodízio de veículos.
A apreensão ocorreu durante fiscalização na avenida Dr. Ricardo Jafet com a rua Saioá, na zona sul de São Paulo. O veículo foi encaminhado para o pátio do Detran-SP. Desse modo, o caminhão VW deve ser relacionado para leilão. O valor arrecadado será descontado do total de débitos, ficando o restante da dívida em nome do proprietário.
Boa parte das multas ocorre porque a pessoa jurídica proprietária do veículo não indicou o condutor que cometeu as infrações. Nesse caso, a legislação federal de trânsito prevê que uma multa com o valor multiplicado pelo número de vezes que aquela mesma infração se repetiu nos últimos 12 meses. Ou seja, se o veículo foi multado por avanço de sinal vermelho dez vezes no último ano, será aplicada uma multa por não indicação de condutor no valor de R$ 2.934,70 — o valor original de R$ 293,47 (que foi, assim, multiplicado por dez).
Casos milionários
Em cinco meses, outros sete veículos com pendências milionárias foram apreendidos pela equipe de fiscalização do Detran-SP:
• Fiat Ducato, ano 1997 e modelo 1998, registrado em Osasco. No total, o carro tem
R$ 24.738.093,41 só em infrações de trânsito. São 1.965 multas municipais, a maioria delas referente ao desrespeito ao rodízio, e por deixar de transitar à direita, como determina a legislação para veículos de carga. A apreensão ocorreu durante fiscalização na avenida General Edgar Facó, na zona norte de São Paulo.
• Honda Fit, ano 2005 e modelo 2006, registrado na capital, apreendido no dia 25 de janeiro de 2017 na rua Maria Figueiredo, região central de São Paulo. Tem R$ 5.180.952,37 em multas de competência da prefeitura. São 1.379 multas municipais, a maioria delas referente a excesso de velocidade e descumprimento do rodízio municipal de veículos.
•  VW Gol 1.0, ano 2007 e modelo 2008, registrado na capital, apreendido no último dia 8 de dezembro no cruzamento das avenidas Aricanduva e Rageb Chofi, na zona leste da capital. Tem R$ 16.226.906,42 em pendências, sendo R$ 16.222.715,98 em multas de competência das prefeituras. São 2.118 multas municipais, a maioria delas referente a rodízio, circulação em faixa exclusiva e excesso de velocidade.
• Fiat Uno Mille, ano 2007 e modelo 2008, registrado na capital, apreendido no último dia 25 de novembro na avenida Senador Teotônio Vilela (zona sul da capital). Tem R$ 9.038.872,87 em pendências, sendo R$ 9.037.147,79 em multas de competência das prefeituras. São 1.614 multas municipais, a maioria delas referente a excesso de velocidade e avanço de semáforo.
• GM Kadett Ipanema GL, ano 1996, registrado na capital, apreendido no último dia 19 de novembro na avenida Radial Leste. Tem R$1.528.338,58 em pendências (multas, taxas e licenciamento), sendo R$ 1.527.619,99 em multas de competência da prefeitura. São 612 multas municipais, a maioria por desrespeito ao rodízio e circulação em faixa exclusiva.
• Peugeot Hoggar Escapade, ano 2011 e modelo 2012, registrado em Guarulhos, apreendido no último dia 18 de novembro na marginal Tietê, sentido rodovia Castelo Branco, nas proximidades da ponte da Casa Verde, na zona norte da capital. O carro tem R$ 9.114.975,27 em pendências, sendo R$ 9.111.515,40 em multas de competência das prefeituras. São 1.833 multas municipais, a maioria delas referente a excesso de velocidade, avanço de semáforo, conversão proibida e circulação em faixa exclusiva.
• Fiat Fiorino, ano 2002, apreendido no último dia 8 de novembro na ponte da Vila Guilherme, na marginal Tietê, zona norte da capital. Tem R$ 2,7 milhões em pendências. São 1.174 multas de competência das prefeituras. Maioria por excesso de velocidade, desrespeito ao rodízio municipal e desrespeito à faixa exclusiva de ônibus.
Juntos, o caminhão e os outros sete veículos apreendidos totalizam mais de R$ 82,9 milhões em multas, taxas e impostos e mais de 12.020 multas. Todos eles foram apreendidos por falta de licenciamento anual.

Fonte: Blog  Caminhões e Carretas

Caminhoneiro denuncia sabotagem em rodovias para facilitar saques de cargas

Sigfredo Schulze, de Videira-SC, se acidentou na região de General Carneiro-PR, na BR-153 no último dia 27/02. Seria só mais um acidente para as estatísticas, se não fosse um detalhe: a rodovia pode ter sido sabotada para que o caminhão dele tombasse!

Infelizmente, essa é mais uma parte triste da realidade das nossa rodovias. O saque de carga virou uma profissão, onde bandidos roubam e revendem todos os tipos de produtos roubados, muitas vezes roubando até pertences das vítimas de acidente, como ocorreu na última semana.

No caso de Sigfredo, que rodava na tarde do dia 27, o caminhão perdeu aderência no eixo dianteiro, rodou e capotou na beira da rodovia. Sigfredo não teve ferimentos, e o caminhão estava vazio na hora do acidente, mas isso não impediu que até o chicote elétrico do veículo fosse roubado.

Após o ocorrido, o motorista fez um vídeo e publicou nas redes sociais, denunciando o uso de soda caustica e óleo diesel em trechos de curvas para causar acidentes com caminhões. Ao caminhar um pouco na lateral da rodovia, logo avistou um pote vazio de soda caustica, que é usado para fazer sabão, e apesar de altamente corrosivo e tóxico, é um produto com venda liberada em qualquer mercado.

Em contato com a água e resíduos da rodovia, a soda se transforma em uma pasta muito escorregadia, até que vai sendo diluída na água e desaparece, praticamente sem deixar vestígios, diferente do diesel, que deixa marcas no asfalto.

A região de General Carneiro é conhecida pelo alto número de acidentes e pela quantidade de saques de cargas. Em Junho/16, um caminhão havia sofrido uma colisão frontal e estava parado na rodovia, sem danos na carroceria, quando populares (bandidos) chegaram, tombaram o caminhão e roubaram todos os porcos que estavam na carroceria. A polícia chegou depois, e não pode fazer mais nada. Mais de 200 pessoas participaram do crime.

Em dezembro/2013, um ônibus saiu da estrada e caiu em uma represa, de uma altura de 15 metros, matando seis pessoas, na BR-376, entre Paraná e Santa Catarina. A causa do acidente foi óleo jogado na rodovia, visando saques de cargas.

Não é difícil ver, quando se passa um acidente, várias pessoas se aglomerando na beira da pista, só esperando o momento de atacar a carreta e roubar o máximo possível. Há casos, em que, mesmo com a carreta intacta, o saque ocorre. As portas são arrombadas, o teto do baú é cortado, e, antes do socorro chegar, a carreta está praticamente vazia.

Saque de carga ou roubo de pertences das vítimas de acidentes é crime com pena de um a quatro anos de cadeia, de acordo com o artigo 155 do código penal.

Art. 155 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º – A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º – Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º – A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III – com emprego de chave falsa;
IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º – A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

Caso você presencie saques de carga de qualquer natureza, acione a polícia pelos números 190 (Polícia Militar), 191 (Polícia Rodoviária Federal) e 198 (Polícia Rodoviária Estadual). As ligações são gratuitas e podem ser feitas mesmo que o celular esteja sem área, em modo de “Chamadas de Emergência”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Tráfego na BR-163 foi totalmente liberado no domingo

Desde o final da manhã deste domingo (5/3), foram totalmente restabelecidos os níveis operacionais da BR-163/PA no trecho localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol. Com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal – PRF no ordenamento do trânsito, as frentes de trabalho do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT estão atuando com mais equipamentos para reforçar os serviços na rodovia. Uma nova frente de manutenção passará a atuar a partir desta segunda-feira, totalizando cinco equipes em campo. Para as funções de controle e monitoramento do tráfego, prevenção e combate a ilícitos, as equipes da PRF contam com viaturas, motocicletas e uma aeronave Bell 412, que permanecerão mobilizadas por tempo indeterminado.

As carretas que se dirigiam ao sul, rumo a Mato Grosso, foram todas liberadas e no começo da tarde de domingo, o tráfego em direção ao norte, rumo a Miritituba, estava normalizado. Um defeito no motor de um caminhão chegou a provocar a interdição total da rodovia no km 656, em Trairão/PA, mas as equipes de DNIT providenciaram um desvio para passagem pela lateral. Veja abaixo o vídeo do tráfego registrado na tarde de hoje; as condições climáticas estavam favoráveis neste domingo: uma chuva leve e em pontos salteados não comprometeu o fluxo na rodovia.

Em apoio às pessoas que se encontravam retidas na rodovia, a Defesa Civil disponibilizou 3.000 cestas de alimentos e 3.000 galões de água. Mil cestas já foram entregues aos caminhoneiros, em Caracol. Os demais serão distribuídos também às comunidades atingidas e estarão disponíveis no caso de uma eventual interrupção no tráfego, em função do período de chuvas intensas.

Desde a noite de sábado, o tráfego de carretas vazias no sentido sul já estava ocorrendo com normalidade. O número de caminhões ainda estacionados no distrito de Caracol, aguardando autorização da PRF para prosseguir, não ultrapassava 300 unidades, naquele momento, e foi normalizado no domingo. O trânsito flui no sistema Pare e Siga, ou seja, é liberado alternadamente o fluxo em um sentido e, depois, em outro sentido.

O Comitê Gestor composto por representantes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Casa Civil, Ministério da Agricultura, DNIT, PRF, Exército, Defesa Civil e empresas do setor agrícola e transportadoras está reunindo as informações sobre a previsão do fluxo de carretas carregadas em direção à Miritituba. O objetivo é organizar o volume de veículos que se dirigem ao norte a fim de evitar novas retenções, com a aglomeração das carretas. Uma reunião do Comitê Gestor está agendada para esta segunda-feira (06/03).

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Dez caminhões que fizeram história no Brasil

Mercedes L-1113

Sucessor do igualmente popular 1111, o Mercedes L-1113 surgiu em 1969 com a mesma cabine, mas com motor mais moderno e potente – era um seis cilindros 5.7 de 147 cv e 41 mkgf de torque. Contudo, a principal bossa era sua cabine suspensa por molas e dois amortecedores de dupla ação, conforto que nenhum outro modelo tinha até então.

Confiável e de manutenção barata, o 1113 se tornou tão popular que foi apelidado de “Fusca das estradas”. Pudera: foram cerca de 200 mil unidades vendidas até 1987, sem contar as variações 1313, 1513 e 2013 com maior capacidade e tração e de carga. Estima-se que mais de 170 mil deles ainda estejam circulando pelo Brasil.
Scania L111

Lançado no Brasil em 1976, o Scania L111 sucedeu os L75 (de 1959) e L76 (1963). Todos eles receberam o apelido “Jacaré”, mas foi o L111, lançado em 1976, o mais bem-sucedido deles e também o que teve produção em maior escala, sem deixar de lado a cor laranja característica estreada pelo L76.

Boa parte dos L111 recebeu o motor DS11, um seis cilindros de 11 litros com turbo que entregava 296 cv a 2.200 rpm e 111 mkgf de torque a 1.400 rpm, com transmissão de 10 marchas e duas gamas. A produção durou até 1981, mas a robustez e a simplicidade mecânica deste caminhão de origem sueca permitem que eles sejam vistos aos montes cruzando estradas brasileiras, sempre tracionando cargas pesadas.
Chevrolet C6500

C6500 é o “nome científico” do popular Chevrolet Brasil. Levou este apelido por ter sido o primeiro caminhão da Chevrolet fabricado no Brasil, em São Caetano do Sul (SP). A produção começou em 1958 com cabine baseada na picape americana “Advance Design”, mas com frente da “Task Force”.

O motor era um Jobmaster seis cilindros 4.3 a gasolina de 142 cv a 4.000 e 32 mkgf a 2.400 rpm, com câmbio de três marchas. A versão 3100, considerada picape, deu origem a outros modelos: o Alvorada tinha cabine dupla, enquanto a Amazona era a versão fechada de passageiros e o Corisco era seu furgão. A produção deles durou até 1964, quando foram substituídos pela linha C-10.
Mercedes L-1620

Lançado em 1996, o Mercedes L-1620 é considerado sucessor direto do L-1113, tanto pela capacidade de carga quanto pelo sucesso que teve no mercado. Foi campeão de vendas no Brasil por seis anos. O motor é um 6 cilindros turbocooler de 211 cavalos de potência e torque de 71 mkgf entre 1200 e 1900 rpm.

O modelo foi descontinuado em 2012, sendo substituído pelo Atron 2324, que por sua vez foi descontinuado no final de 2016. A cabine bicuda continua viva apenas no Atron 1635, um cavalo mecânico com motor de 12 cilindros que gera 345 cv e 147,9 mkgf.
Volvo Titan L935

Os veículos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934. Além de automóveis, vieram ônibus, tratores e caminhões, que lidavam bem com as primitivas estradas brasileiras. Mas os famosos L385 “Viking” e L395 “Titan” só chegaram nos anos 50. Também conhecido pelo nada modesto apelido de “Super Volvo” o Titan tinha motor seis cilindros 9.6 diesel de 150 cv, bastante força para a época.

 

Ford F-Series

Em 1971 a quinta geração da Ford Série F estava saindo de linha nos Estados Unidos. Foi o ensejo para importar o ferramental e fabricá-la no Brasil. Era considerada terceira geração por aqui, onde marcaria o retorno da Ford às estradas. Ali nasceria uma família com diversas variações de chassi e capacidade de carga.

O F-8500, maior cavalo mecânico da família, chegaria em 1977 para acabar com o hiato da Ford no segmento, que durou quase 10 anos. Seu motor era um Detroit (sim, um GM) V6 5.2 de 202 cv a 2.600 rpm e 61 mkgf a 1.800 rpm, números excelentes que só eram conseguidos pelo fato deste motor ser dois tempos.
Os grandes caminhões da Série F ganhariam mais uma geração e algumas reestilizações até seu fim, em 2005. Hoje, são representados pelos F-350 e F-4000.
FNM  D-11.000

FNM (ou FêNêMê) é a sigla para a Fábrica Nacional de Motores, estatal que foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil. A fábrica de Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro) chegou a fica um ano parada por causa da má situação financeira da Isotta Fraschini, que lhe fornecia as peças para o D-7.300. Sem poder contar com a Isotta, encontraram outra fabricante de caminhões italianos, a Alfa-Romeo!

Não havia “cuore sportivo” nos cara chata da FNM derivados dos Alfa Romeo. O primeiro foi o D-9.500, mas quem se destacou na histótia foi o D-11.000, lançado em 1958. Caminhão pesado da empresa, tinha motor seis cilindros todo de alumínio de 150 cv. Logo veio o apelido “Barriga D’água”, culpa do vazamento de água no bloco em cerca de 30% dos veículos vendidos no primeiro ano. A FNM trocou gratuitamente todos os motores afetados naquele que pode ter sido o primeiro recall do Brasil.
O detalhe mais curioso do D-11.000, porém, era o cruzamento de marchas. Para cada uma das quatro marchas à frente, havia uma reduzida controlada em uma alavanca extra no painel. Em algumas trocas o motorista precisa tirar as duas mãos do volante, mas na passagem da terceira para a quarta reduzida ele pode usar a mão e o cotovelo. Ao mesmo tempo.
VOLVO N10

Apesar do relativo sucesso dos Titan e Viking, só em 1979 a Volvo deu início à produção de caminhões no Brasil. Foi com o N10, com motor 10 litros de 263 cavalos de potência e capacidade de tração de até 52.000 kg. O detalhe mais característico está nos quatro faróis.

Para entrar nos canaviais, em 1984 a Volvo instalou no N10 um motor que queimava álcool e diesel. Duas linhas de combustível alimentavam o motor turbo TM101 G de 9,6 litros com injeção piloto, que produzia 275 cv. Apenas 10 unidades foram produzidas.
Mercedes L-608 D

Sempre é mais legal chamar o Mercedes L-608 D de “Mercedinho”. Lançado no Brasil em 1972 (a estreia na Europa foi em 1967), foi a aposta da marca para o segmento de caminhões urbanos. Deu tão certo que ao final do primeiro ano já detinha 35% do segmento. Com motor 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de cinco velocidades ZF, tinha capacidade para 3.500 kg.

Muito utilizado para entregas , o L-608 seria reestilizado 1984 e substituído pelo L-709 em 1988. Este depois ganharia motor turbo de 106 cv e seria rebatizado de L-710. Aos poucos esta família foi substituída pelo Accelo, desenvolvido no Brasil e muito mais moderno, até ter a produção encerrada em 2014.
Volkswagen Constellation

Último caminhão de Pedro e Bino na série Carga Pesada, o Volkswagen Constellation foi lançado em 2005. É a família de caminhões pesados mais nova da Volkswagen (MAN), desenvolvida por engenheiros alemães e brasileiros. Ele chegou a ser testado na África e na Europa, mas sua produção se dá unicamente na fábrica de Resende (RJ), de onde também é exportado.

Hoje, existem 29 variações na família, graças a diferença de potência, capacidade de tração e tipo de chassi. O menor, 13.180 (4×2), tem motor MWM 4.7 quatro cilindros de 179 cv, enquanto o 31.370 usa motor Volkswagen 9.4 seis cilindros com turbo de geometria variável que gera 367 cv.