Uma carreta tombou após o motorista sofrer uma tentativa de assalto no km 46,8 da BR 304, em Aracati, no litoral leste do Ceará, na noite desta segunda-feira (4). De acordo com a empresa Polo Norte Transportes, o condutor não ficou ferido. Na manhã desta terça-feira (5) um guincho deve ir ao local para retirar o veículo.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ocorrência foi registrada por volta de 21h50. Uma equipe do órgão foi ao local orientar o trânsito. Parte da via ficou bloqueada.
Um representante da empresa, que não quis se identificar, informou que os criminosos se assustaram com o tombamento e fugiram sem levar nada. A carreta tinha saído da cidade de Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte, e tinha como destino o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Fortaleza.
Depois do Outubro Rosa, o mês das damas, chega a vez do Novembro Azul. Esta é a época do ano em que todo mundo entra na luta contra as doenças que derrubam até o homem mais bruto. O destaque maior fica por conta da batalha contra o câncer de próstata.
Quer saber mais sobre o assunto? Então olha só:
É mais comum do que parece. O câncer de próstata tem cerca de 68.220 novos casos descobertos por ano, só aqui no Brasil. Isso dá, mais ou menos, 8 diagnósticos por hora.
Não é brincadeira. A doença é o segundo tipo de câncer que mais mata homens no país. Só fica atrás de outro grande vilão: o câncer de pulmão.
Olho no tempo. O problema é muito mais comum em homens mais velhos. Para você ter ideia, 6 em cada 10 casos são detectados em pacientes com mais de 65 anos e a doença é bem rara antes dos 40.
Fique sempre atento. O diagnóstico precoce é um parceirão nessa luta. Pelo menos 1 em cada 9 homens desenvolve o câncer de próstata ao longo da vida. Mas, quando descoberto no início, o problema tem muitas chances de cura.
Sem preconceito. C uide da saúde sem pensar besteira e faça o exame. Ele dura cerca de 15 segundos e não faz você ser menos homem, pelo contrário, isso aumenta as suas chances de continuar sendo um homem saudável por muito mais tempo.
A ZF não se preocupa só com o estado do seu caminhão. Você é quem toca em frente a história do progresso desse Brasil. Cuide da sua saúde. Entre na luta contra o câncer de próstata e viva mais tranquilo com quem você ama.
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou proposta que permite a motoristas profissionais habilitados nas categorias A (motos) e B (carros) que acumularem 14 pontos, em um ano, na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) participarem de curso preventivo de reciclagem para limpar o histórico de infrações cometidas no trânsito.
A medida está prevista no Projeto de Lei 10551/18, do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), e recebeu parecer pela aprovação do relator, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).
A proposta concede ao condutor que utiliza veículo para exercer atividade remunerada a chance de evitar punições mais severas, como a suspensão ou a perda do direito de dirigir, em razão da quantidade de pontos acumulados na carteira de motorista.
“Longe de configurar privilégio, o mecanismo vai evitar a punição desproporcional de um grupo de cidadãos. Se a suspensão da CNH significa mero inconveniente para muitos, para o motorista profissional representa enfrentar o desemprego”, afirmou Domingos Sávio.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro já prevê a possibilidade de participação em cursos preventivos de reciclagem para motoristas profissionais habilitados nas categorias C, D e E (ônibus e caminhões), ficando de fora os condutores de veículos menores.
“Isso quer dizer que motofretistas, mototaxistas, motoristas particulares, motoristas de aplicativos e tantos outros estão mais vulneráveis por não contar com o direito de submeter-se ao curso de reciclagem”, observou o relator. Ele disse ainda que a antecipação da reciclagem contribuirá para a formação de condutores cada vez mais conscientes.
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Na mesma votação, foi rejeitado o PL 622/19, que tramita em conjunto e trata do mesmo assunto.
Já os valores da gasolina e do etanol voltaram a subir após queda em setembro. Confira o levantamento completo.
Em outubro, o diesel registrou o maior preço médio de 2019 em Juiz de Fora. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e analisados pelo G1.
De acordo com os dados, o diesel chegou aos postos por R$ 3,731 em outubro. Em março e maio, o combustível podia ser encontrado por R$ 3,708. Até então, o maior preço do ano.
Os preços médios da gasolina e do etanol voltaram a subir após registrarem em setembro o menor valor da cidade em 2019. Já em maio, o município teve o maior preço médio do álcool em dez anos. Conforme os números, o combustível acumulou o maior preço médio entre 2009 e 2019: R$ 3,454.
Diesel
Após dois meses de redução no valor médio do litro, o diesel voltou a subir em setembro e outubro. No último mês, o combustível registrou o preço médio de R$ 3,731 em Juiz de Fora, o maior valor contabilizado no ano.
Greve dos caminhoneiros
No ano passado, ocorreu a paralisação dos caminhoneiros e houve protestos pelo país contra os constantes aumentos no preço do diesel.
Na ocasião, o G1 realizou um levantamento nos postos de Juiz de Fora que constavam na pesquisa da ANP feita no dia 21 de maio de 2018. Em todos eles foi observada a redução no valor do diesel, mas em apenas um foi encontrado o desconto determinado pela portaria.
Quando a paralisação de caminhoneiros começou, o preço do diesel comum na bomba variava de R$ 3,760 a R$ 3,899 o litro. Já o diesel S10 estava entre R$ 3,810 e R$ 3,949.
Em outubro deste ano, o preço médio de R$ 3,731 é o mesmo encontrado durante a greve que durou 11 dias no país. O mínimo é R$ 3,490 e o máximo é R$ 3,899.
Outros combustíveis
Gasolina
Conforme o levantamento, entre os dias 1º e 24 de outubro foi registrado o valor de R$ 4,669 no preço médio da gasolina nos postos da cidade. No mês de setembro, o combustível chegou a custar 4,524, o menor preço do ano.
Preços já podem ser encontrados nos postos de gasolina de Juiz de Fora — Foto: Fellype Alberto/G1
Etanol
Assim como a gasolina, o etanol voltou a subir no município em outubro e foi encontrado nas bombas por R$ 3,001. Em setembro, o combustível registrou o menor preço médio do ano, de R$ 2,835. Em abril, os consumidores chegaram a pagar R$ 3,217.
A implantação de uma tabela que determinasse um valor mínimo para o frete era uma das principais exigências feita pelos motoristas de caminhão como solução para a categoria colocar fim à greve geral deflagrada em 21 de maio do ano passado com duração de 11 dias. O movimento interrompeu o fornecimento de produtos essenciais para funcionamento de serviços básicos como hospitais, mercados e postos de combustíveis e alertou o País sobre a real importância do caminhoneiro e caminhão para a sociedade.
Os problemas causados pela paralisação levaram o governo a publicar, por meio da Resolução ANTT nº 5820 de 30 de maio de 2018, a tabela com os preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado. A principal pauta da greve havia sido solucionada, mas só em teoria, porque em pouco tempo o setor do transporte rodoviário de cargas percebeu que a metodologia utilizada para os cálculos de frete não seriam o suficiente para atender, de maneira satisfatória, a todos os envolvidos no processo.
A primeira grande insatisfação veio do setor de agronegócio. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com vários pedidos para suspender a tabela. A entidade alegava que a tabela trazia custos altíssimos e, consequentemente, haveria elevação de preço dos alimentos para o consumidor final.
O argumento de que a tabela estava prejudicando o setor aos poucos passou a ser compartilhada também por transportadores, que diante da obrigatoriedade de cumprir o pagamento dos valores e para evitar a autuação, optaram em ampliar a frota própria e reduzir a contratação de motoristas agregados e autônomos. Com isso, a categoria começou a sentir falta de frete e de fiscalização para se fazer cumprir a resolução do governo.
Toda essa avalanche de situações desfavoráveis levou o setor, como um todo, a reivindicar uma nova tabela, cujos valores fossem vistos como mais justos e que contemplassem a todos os participantes do segmento. Foi então que a ANTT anunciou uma a audiência pública para discutir a questão e lançou, no dia 18 de julho, uma nova tabela por meio da resolução nº 5.849/2019.
Essa nova tabela contou com consultoria da USP-ESALQ, que levou cinco meses fazendo estudos e ouvindo as entidades do setor produtivo, transportadores, caminhoneiros e autônomos entre outros envolvidos no processo. Também foram realizadas várias sessões presenciais para debater o tema, porém, diante da reprovação dos caminhoneiros, foi suspensa pelo governo quatro dias depois de ser anunciada.
O fato é que encontrar uma tabela de frete comum aos embarcadores, motoristas e transportadores é uma tarefa difícil. Esta é a visão do engenheiro especialista em transporte, Lauro Valdívia, ao citar a primeira tentativa do governo com a resolução 5820. Ao seu ver, a metodologia aplicada está totalmente errada e fora da realidade do transporte. Talvez por esse motivo, pesquisas revelam que 66% dos transportadores não estão pagando de acordo com o proposto nessa tabela.
A tabela, conforme explica, se fez necessária no Brasil por conta da prática de frete baixo. “A medida que você tem um piso mínimo o transportador não vai aceitar qualquer valor por parte do embarcador, pois sabe que terá de repassar o valor do piso para o motorista. Mas, esse valor não pode ser o previsto na resolução 5820, de maio de 2018.
Para Lauro, a resolução 5849, de julho de 2019, está mais próxima da realidade dos transportadores, porém, ele ainda enxerga a necessidade de alguns ajustes. Ele explica que a USP-ESALQ considerou para cálculo o autônomo que busca carga diariamente com carga horária de 21 dias de trabalho por mês com oito horas diárias. No entanto, esse profissional entrega uma carga e fica parado em busca de outra de retorno, enquanto o agregado, por sua vez, tem carga garantida o mês inteiro. Portanto a sua produtividade é maior.
“Como o custo é baseado em horas trabalhadas, por esse cálculo o agregado se tornou um profissional caro e esse fato levou alguns transportadores a pensarem na possibilidade de ampliar a sua frota própria. O ideal para o piso é usar a realidade do profissional com menor custo”, destacou.
O principal objetivo da tabela de frete, para fazer sentindo para todos os envolvidos no transporte, é garantir o custo básico do caminhão não importando quem seja o proprietário desse veículo. Com essa exigência, tanto o embarcador quanto o transportador vão optar em contratar mão de obra terceirizada ao invés de comprar um veículo próprio e assumir as responsabilidades e custos inerentes a uma frota de caminhões, como contratação de profissionais e manutenção entre outros.
O presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, também ressalta que o maior benefício da tabela de frete é estipular um piso mínimo que garanta ao motorista autônomo o recebimento de um valor que cubra os custos do caminhão, evitando assim o prejuízo.
Ele explica que o piso mínimo de frete estabelecido pela ESALQ leva em consideração o custo de toda a operação do transporte, e a partir desse valor estabelecido o motorista consegue negociar uma margem de lucro. “A fixação desse piso é a condição mínima para o caminhoneiro estar garantido de que não terá prejuízo na viagem. Não estamos falando em lucro, mas a partir desse valor – conforme a região, a safra, a época do ano, o tipo de transporte e rota – o autônomo terá condições estabelecer a sua margem de lucro e a livre negociação será mantida”, afirma Bueno.
Diumar explica que 90% das operações de transporte realizadas por autônomo são via transportadoras, portanto ele não negocia o frete com o embarcador. Pelo fato de não existir essa negociação direta, é importante estabelecer esse valor mínimo. “O autônomo emprega o seu capital, sua mão de obra e não tem garantia desse serviço. Hoje, a transportadora oferece qualquer valor para o motorista, o qual muitas vezes não cobre nem os custos básicos. Este valor é o mínimo e vai dar transparência e deixar mais justa as negociações de transporte, pois todos terão acesso ao custo, mas nada impede que as empresas paguem valores superiores”, esclarece.
O presidente da CNTA faz questão de ressaltar que a metodologia feita pela ESALQ é muito boa e se aproxima da realidade do transporte. Mas houve discordâncias de avaliação em alguns itens apresentados na planilha. O assessor jurídico da CNTA, Cleverson Kaimoto, reforça que na primeira tabela não houve tempo hábil para fazer um cálculo detalhado sobre o custo operacional do frete. Com a contratação da ESALQ, esse trabalho foi feito de maneira mais coerente, mas existem certos problemas com os parâmetros considerados para se estabelecer o valor mínimo.
Kaimoto cita entre eles a velocidade média dos veículos, dias trabalhados do autônomo, valor da idade média do veículo. A variação dos parâmetros refletem diretamente no valor dos coeficientes da tabela. “Se você diminui a velocidade média dos veículos, por exemplo, o custo operacional aumenta. Além desses parâmetros, não foram contemplados gastos como as diárias, taxas, tributos e impostos, que consideramos ser essenciais para deixar esse valor mais próximo da realidade dos envolvidos”, explicou.
Para evitar burocracias na aprovação da revisão dos custos dessa planilha, o ministro dos transportes, Tarcísio Freitas, propôs um entendimento entre as representações CNI (Confederação Nacional das Indústrias), CNA (Confederação Nacional, CNT e CNTA. A proposta é que independente de discussões judiciais exista um pacto para pacificar o segmento de transporte rodoviário de cargas, para que a economia possa fluir sem prejuízo e sem preocupações com paralisações e, por outro lado, que os caminhoneiros comecem a ter alguma rentabilidade.
O QUE DIZ A ANTT
Para a Assessoria de Comunicação da ANTT (ASCOM) a tabela de frete realmente é um tema complexo que envolve diversas variáveis (diferentes tipos de veículos e de cargas). Todas essas variáveis são levadas em consideração e precisa de tempo para que sejam equalizadas e abrangidas na tabela. Além disso, há necessidade de submeter a proposta de resolução e tabelas a participação social (audiência pública), o que consome um tempo considerável.
A ANTT garante que apesar dos motoristas reclamarem sobre a falta de fiscalização, operações de fiscalização, distribuídas por todo o Território Nacional têm sido mantidas. Até o momento já foram aplicados 9.805 autos de infração, conforme relatou a ASCOM e, a maioria dos infratores já foi notificada. A todos ainda cabe a defesa em 1ª instância e, num segundo momento, recurso. Somados, os valores atingem R$ 5 milhões (montante das multas, caso todas os recursos sejam esgotados e indeferidos).
Hoje em dia, a legislação obriga as montadoras a oferecer automóveis cada mais eficientes em relação ao consumo de combustível e às emissões. Combinados ou não, recursos como hibridização, turbo, injeção direta, comando de válvulas variável e outras tecnologias já permitem comprar um veículo capaz de percorrer 20 km/l com um litro de gasolina, por exemplo.
Porém, existe outro fator tão ou mais importante para gastar menos com o posto de combustível: você, motorista. A forma de dirigir e utilizar o carro, bem como a manutenção dele, são fatores que fazem muita diferença.
Confira dez dicas simples para fazer seu veículo rodar mais quilômetros com a mesma quantidade de combustível, com base em informações do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
1 – Mantenha os pneus com calibragem correta
2 – Verifique o alinhamento das rodas
3 – Troque filtros e lubrificantes no prazo correto
Um acidente envolvendo um caminhão e um carro de passeio interditou a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Mongaguá, na tarde desta sexta-feira (1º). Segundo apurado por A Tribuna On-line, não houve vítimas.
De acordo com a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, o acidente aconteceu por volta das 14h. A colisão ocorreu no Km 302 da estrada, no sentido Peruíbe.
A motorista do automóvel teria perdido o controle da direção enquanto trafegava na via. Para diminuir os danos, o caminhão fez uma manobra em ‘L’, acertando o carro apenas na lateral. Com isso, a carreta acabou interditando a pista.
O tráfego foi bloqueado totalmente e o trânsito desviado para a avenida marginal. A pista já foi liberada.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ninguém ficou ferido.
Você que usa a internet sabe que ela é hoje a forma mais fácil e rápida de se conectar com o mundo. Por ser um território livre, não é legal ser escravo dela, mas é saudável usar o que ela oferece de bom a nosso favor.
Com o avanço das mídias sociais, é comum seguir perfis, nos mais variados segmentos, no intuito de se informar, comparar e até decidir por algo. Esse trabalho vem sendo realizado pelos “influenciadores digitais”, que são na verdade produtores de conteúdo para seu fiel público da internet. Assim como em várias profissões, motoristas de caminhão investiram na ideia para falar de experiências no melhor cenário que podiam ter: a estrada.
Um exemplo de influenciador digital é a carreteira Sheila Rosa Marchiori, mais conhecida como Sheila Bellaver, que a cada dia conquista mais seguidores em suas plataformas digitais. Natural do Rio Grande do Sul, a motorista tem hoje mais de 1 milhão de seguidores no Youtube, mais de 630 mil no Instagram, além de vários perfis de fã-clubes no Facebook.
Na estrada há 10 anos e há 4 como influenciadora digital, Sheila faz a rota Minas Gerais/Rio Grande do Sul com seu caminhão rosa (Scania R440) com câmara fria, transportando frutas e verduras. “As pessoas que mais assistem meus vídeos são aquelas que sonham entrar para a profissão. Eu nunca pensei ter tantos seguidores, e o resultado disso é que a gente nunca está sozinha na estrada. Costumo dizer que sou vigiada pelo rastreador, por Deus e pelos amigos”, brinca.
Toda essa repercussão chega a ser uma surpresa para a gaúcha, que começou a fazer vídeos graças a ideia de um colega de estrada. “Lembro que na época não tinha mulher na estrada fazendo isso. Ser Youtuber hoje não deixa de ser uma profissão como qualquer outra, é uma fonte de renda. Por outro lado, me preocupo com o conteúdo que passo, sempre com o melhor exemplo, pois muitas crianças assistem o meu canal. Pra mim, o influenciador digital passa experiências, opiniões e, de certa forma, ensinamentos”, conta. Segundo a motorista, as mídias sociais vieram para ajudar na rotina do motorista de caminhão que já sofre tanto na estrada. “Eu amo ser motorista de caminhão, sonho com isso desde criança, mas precisamos de mais união para que as coisas melhorem, porque enquanto a classe trabalhar contra a classe, não há como chegar a lugar algum”, finaliza.
Outro influenciador digital do transporte é Claudemir Gigliotti, 36 anos, 18 anos de profissão, de Sinop/MT. Ele transporta grãos, na rota de Miritituba, Imbituba, Paranaguá, no estado do Paraná e Nordeste; cavalos acidentados para uma associação de Cascavel/PR e máquinas linha amarela em todo território nacional. Conhecido como Neni, atualmente o influenciador tem mais de 600 mil inscritos e 597 vídeos no seu canal no Youtube e 146 mil inscritos no Instagram. Ele explica que não tinha muito conhecimento dessas plataformas e que tudo foi acontecendo de maneira natural.
“Quando comecei não tinha ideia do que essas mídias eram e nem que podiam ser rentáveis. Tudo começou como um hobbie, de estar entre os colegas fazendo vídeos, brincando um com o outro. Mas, todos os vídeos que eu postava começaram a ter bastante acesso. Um exemplo é o vídeo do “Pneus amarrado atrás da carreta” que estourou e as pessoas começaram a pedir para eu fazer mais vídeos. Até que eu recebi uma ligação de um amigo dos Estados Unidos, do canal Presta Atenção Brasil, dizendo que eu era um “Youtuber” pois tinha mais de 25 mil inscritos e me explicou todas as vantagens da ferramenta e que poderia ter uma renda com isso. E foi ai que tudo começou efetivamente”, contou.
Para Neni, o trabalho do influenciador digital é muito importante. No seu caso, ele explica que o grande objetivo é trazer o espírito de humanidade entre os motoristas e oferecer dicas para melhorar o dia a dia. Garante que muitos seguidores olham o seu trabalho como um apoio e agradecem pelas dicas de produtos e serviços oferecidos no canal. “Acredito que os motoristas se identificam com meus vídeos pois eles se deparam com a rotina deles e com as dificuldades que enfrentam”.
Ele conta que o número de pessoas que pedem para continuar com esse trabalho o faz acreditar que está no caminho certo, ajudando os colegas. “Na Fenatran desse ano, por exemplo, um mecânico que estuda engenharia mecânica disse que visita o meu canal para aprender na prática aquilo ele viu na teoria. Pessoas doentes, com depressão também me procuram para agradecer e dizem que os vídeos deram inspiração para seguir”, explicou.
O influenciador explica que sua rotina mudou bastante pois antes era apenas um motorista que fazia uns vídeos. “Hoje é difícil eu conseguir conciliar o trabalho de motorista de buscar carga, carregar o caminhão com o de influenciador digital, gravando vídeos, postando nas mídias sociais e dividindo a minha vida com os seguidores. Tenho que tomar cuidado com o que eu falo e posto”.
Neni afirma que ser o influenciador digital ajudou a abrir muitas portas e a encurtar alguns caminhos burocráticos. Por outro lado, afirma ser um trabalho de extrema responsabilidade. “As pessoas acreditam nas coisas que a gente posta e por isso eu decidi desde o início que falaria apenas das coisas que eu realmente provo e aprovo”, afirmou.
Para Neni, a profissão hoje está muito defasada no Brasil, principalmente para os autônomos. Acredita que não existe leis que realmente os apoie. “A profissão é tão digna quanto qualquer outra e merecia mais respeito. Tenho orgulho de ser motorista e amo trabalhar com caminhão. Por isso eu falo que hoje só amando a profissão para se mante nela, pois está muito difícil”, destacou.