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Veja os principais fatores que reduzem a vida útil dos freios

O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar) listou alguns dos principais fatores que diminuem a vida útil dos freios:

  • Excesso de peso dos caminhões;
  • Estradas esburacadas;
  • Acidentes e chuvas;
  • Falta de manutenção nos veículos: um dos principais fatores para o enfraquecimento do mecanismo

Ações preventivas

Segundo o diretor do Instituto Setcepar de Educação do Transporte (Iset) Wilson Rebello, com algumas ações simples de prevenção, o motorista pode prolongar a eficiência dos freios, o que gera mais segurança para o profissional e mais economia para as transportadoras. “Há um erro por parte de alguns motoristas em pensar que a manutenção dos freios se limita à checagem das peças depois de um longo tempo de uso”, explica.

De acordo com Rebello, fora as pastilhas e lonas – materiais de atrito que garantem a frenagem – os freios são compostos por peças fixas e móveis, materiais que sofrem desgaste natural com o tempo de uso. “Não é possível determinar a quilometragem específica relacionada à durabilidade do sistema de freio. Por isso, é importante fazer a manutenção preventiva ao menos duas vezes por ano”, esclarece.

Tecnologia

O diretor alerta que existem vários sistemas que indicam que a pastilha precisa ser substituída. Os veículos mais avançados têm um sensor que indica quando o componente atinge a espessura mínima. “É importante investir em tecnologia para a segurança do motorista e da empresa, já que um acidente ou um defeito podem causar grandes prejuízos”, orienta.

Fonte: O Carreteiro

Caminhões sem manutenção podem levar risco às estradas

Nas estradas, o perigo é a carga pesada. Caminhoneiros estão deixando de fazer a manutenção dos veículos. Eles culpam a crise e rodam arriscando a vida deles e de outros motoristas.

Segundo a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo, este ano o número de viagens para frete caiu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. As oficinas sentiram o efeito disso.

Um estepe completamente careca. E sabe o que é pior? A chance do motorista precisar dele é grande. É que os outros pneus também estão em más condições.

“A gente está rodando assim, porque está feio mesmo a situação, mas vai melhorar, espero que esse país melhore. Não pode parar, porque tem as continhas para pagar”, conta o caminhoneiro Osvaldo Cardoso.

Um grande perigo. No vídeo cedido pela concessionária rota das bandeiras, por exemplo, camadas do pneu de um caminhão se soltam, começa um incêndio e o veículo acaba tombando na rodovia. Por sorte, o acidente não envolveu nenhum outro carro.

Sabendo de tudo isso, o que mais assusta é que não são casos isolados. Hoje, três em cada dez caminhões autônomos que circulam pelas rodovias do estado de São Paulo estão com a manutenção atrasada. Seria um reflexo da crise financeira.

Segundo a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo, este ano, o número de viagens para frete caiu 15% em relação ao mesmo período do ano passado. As oficinas sentiram o efeito disso.

A oficina mostrada na reportagem teve uma redução de 40% no movimento. Tanto que, antes da crise, não havia uma parede. O espaço era maior para abrigar mais veículos.

“Teve que diminuir o barracão, diminuir funcionários, tive que dispensar. Nós éramos em oito funcionários, hoje nós só estamos com três funcionários”, explica o dono da oficina, João Borges.

O consultor automotivo Alan Galusni diz que o risco sempre existe em qualquer veículo sem manutenção, no caso dos caminhões, a preocupação é ainda maior. “Tem a questão da velocidade. Eu preciso parar esse caminhão, eu preciso fazer uma curva, eu não vou conseguir por causa dessa manutenção”, afirma.

O mecânico Onéssimo Silva sabe que muito motorista adia a manutenção o máximo possível. “Se der como andar, ele vai andar. Ele dificilmente vai parar para fazer o que tem que ser feito”, conta.

Difícil é convencer os caminhoneiros que o risco não vale a pena. “Fico empurrando com a barriga, de um lado para o outro. Vai chegar uma certa hora que vai ter que fazer a manutenção, vai ter que botar os pneus, não adianta. Saia de onde sair o dinheiro, tem que se virar”, diz o caminhoneiro Rudimar Vidal.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Veículos têm até 31 de maio para regularizar vinculação da placa ao adesivo (QR Code)

Os veículos suspensos pela falta de vinculação de sua placa ao adesivo (QR Code), terão até o dia 31 de maio de 2017 para regularizar a situação sem custos extras. A informação é da Portaria SUROC nº 10, de 17 de janeiro de 2017, que trata das regras aplicáveis à identificação visual de veículos automotores de cargas e implementos rodoviários, bem como do detalhamento do processo de cadastramento e recadastramento dos veículos no Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.

A partir dessa data, os transportadores que não completarem o processo de identificação visual dos seus veículos por falta de associação do código (QR Code) à placa terão seus veículos excluídos da sua frota e deverão reiniciar todo o processo de recadastramento arcando com os custos. Além disso, também estarão sujeitos às penalidades previstas na Resolução ANTT nº 4.799/2015.

Fonte: O Carreteiro

Dez caminhões que fizeram história no Brasil

Mercedes L-1113

Sucessor do igualmente popular 1111, o Mercedes L-1113 surgiu em 1969 com a mesma cabine, mas com motor mais moderno e potente – era um seis cilindros 5.7 de 147 cv e 41 mkgf de torque. Contudo, a principal bossa era sua cabine suspensa por molas e dois amortecedores de dupla ação, conforto que nenhum outro modelo tinha até então.

Confiável e de manutenção barata, o 1113 se tornou tão popular que foi apelidado de “Fusca das estradas”. Pudera: foram cerca de 200 mil unidades vendidas até 1987, sem contar as variações 1313, 1513 e 2013 com maior capacidade e tração e de carga. Estima-se que mais de 170 mil deles ainda estejam circulando pelo Brasil.
Scania L111

Lançado no Brasil em 1976, o Scania L111 sucedeu os L75 (de 1959) e L76 (1963). Todos eles receberam o apelido “Jacaré”, mas foi o L111, lançado em 1976, o mais bem-sucedido deles e também o que teve produção em maior escala, sem deixar de lado a cor laranja característica estreada pelo L76.

Boa parte dos L111 recebeu o motor DS11, um seis cilindros de 11 litros com turbo que entregava 296 cv a 2.200 rpm e 111 mkgf de torque a 1.400 rpm, com transmissão de 10 marchas e duas gamas. A produção durou até 1981, mas a robustez e a simplicidade mecânica deste caminhão de origem sueca permitem que eles sejam vistos aos montes cruzando estradas brasileiras, sempre tracionando cargas pesadas.
Chevrolet C6500

C6500 é o “nome científico” do popular Chevrolet Brasil. Levou este apelido por ter sido o primeiro caminhão da Chevrolet fabricado no Brasil, em São Caetano do Sul (SP). A produção começou em 1958 com cabine baseada na picape americana “Advance Design”, mas com frente da “Task Force”.

O motor era um Jobmaster seis cilindros 4.3 a gasolina de 142 cv a 4.000 e 32 mkgf a 2.400 rpm, com câmbio de três marchas. A versão 3100, considerada picape, deu origem a outros modelos: o Alvorada tinha cabine dupla, enquanto a Amazona era a versão fechada de passageiros e o Corisco era seu furgão. A produção deles durou até 1964, quando foram substituídos pela linha C-10.
Mercedes L-1620

Lançado em 1996, o Mercedes L-1620 é considerado sucessor direto do L-1113, tanto pela capacidade de carga quanto pelo sucesso que teve no mercado. Foi campeão de vendas no Brasil por seis anos. O motor é um 6 cilindros turbocooler de 211 cavalos de potência e torque de 71 mkgf entre 1200 e 1900 rpm.

O modelo foi descontinuado em 2012, sendo substituído pelo Atron 2324, que por sua vez foi descontinuado no final de 2016. A cabine bicuda continua viva apenas no Atron 1635, um cavalo mecânico com motor de 12 cilindros que gera 345 cv e 147,9 mkgf.
Volvo Titan L935

Os veículos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934. Além de automóveis, vieram ônibus, tratores e caminhões, que lidavam bem com as primitivas estradas brasileiras. Mas os famosos L385 “Viking” e L395 “Titan” só chegaram nos anos 50. Também conhecido pelo nada modesto apelido de “Super Volvo” o Titan tinha motor seis cilindros 9.6 diesel de 150 cv, bastante força para a época.

 

Ford F-Series

Em 1971 a quinta geração da Ford Série F estava saindo de linha nos Estados Unidos. Foi o ensejo para importar o ferramental e fabricá-la no Brasil. Era considerada terceira geração por aqui, onde marcaria o retorno da Ford às estradas. Ali nasceria uma família com diversas variações de chassi e capacidade de carga.

O F-8500, maior cavalo mecânico da família, chegaria em 1977 para acabar com o hiato da Ford no segmento, que durou quase 10 anos. Seu motor era um Detroit (sim, um GM) V6 5.2 de 202 cv a 2.600 rpm e 61 mkgf a 1.800 rpm, números excelentes que só eram conseguidos pelo fato deste motor ser dois tempos.
Os grandes caminhões da Série F ganhariam mais uma geração e algumas reestilizações até seu fim, em 2005. Hoje, são representados pelos F-350 e F-4000.
FNM  D-11.000

FNM (ou FêNêMê) é a sigla para a Fábrica Nacional de Motores, estatal que foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil. A fábrica de Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro) chegou a fica um ano parada por causa da má situação financeira da Isotta Fraschini, que lhe fornecia as peças para o D-7.300. Sem poder contar com a Isotta, encontraram outra fabricante de caminhões italianos, a Alfa-Romeo!

Não havia “cuore sportivo” nos cara chata da FNM derivados dos Alfa Romeo. O primeiro foi o D-9.500, mas quem se destacou na histótia foi o D-11.000, lançado em 1958. Caminhão pesado da empresa, tinha motor seis cilindros todo de alumínio de 150 cv. Logo veio o apelido “Barriga D’água”, culpa do vazamento de água no bloco em cerca de 30% dos veículos vendidos no primeiro ano. A FNM trocou gratuitamente todos os motores afetados naquele que pode ter sido o primeiro recall do Brasil.
O detalhe mais curioso do D-11.000, porém, era o cruzamento de marchas. Para cada uma das quatro marchas à frente, havia uma reduzida controlada em uma alavanca extra no painel. Em algumas trocas o motorista precisa tirar as duas mãos do volante, mas na passagem da terceira para a quarta reduzida ele pode usar a mão e o cotovelo. Ao mesmo tempo.
VOLVO N10

Apesar do relativo sucesso dos Titan e Viking, só em 1979 a Volvo deu início à produção de caminhões no Brasil. Foi com o N10, com motor 10 litros de 263 cavalos de potência e capacidade de tração de até 52.000 kg. O detalhe mais característico está nos quatro faróis.

Para entrar nos canaviais, em 1984 a Volvo instalou no N10 um motor que queimava álcool e diesel. Duas linhas de combustível alimentavam o motor turbo TM101 G de 9,6 litros com injeção piloto, que produzia 275 cv. Apenas 10 unidades foram produzidas.
Mercedes L-608 D

Sempre é mais legal chamar o Mercedes L-608 D de “Mercedinho”. Lançado no Brasil em 1972 (a estreia na Europa foi em 1967), foi a aposta da marca para o segmento de caminhões urbanos. Deu tão certo que ao final do primeiro ano já detinha 35% do segmento. Com motor 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de cinco velocidades ZF, tinha capacidade para 3.500 kg.

Muito utilizado para entregas , o L-608 seria reestilizado 1984 e substituído pelo L-709 em 1988. Este depois ganharia motor turbo de 106 cv e seria rebatizado de L-710. Aos poucos esta família foi substituída pelo Accelo, desenvolvido no Brasil e muito mais moderno, até ter a produção encerrada em 2014.
Volkswagen Constellation

Último caminhão de Pedro e Bino na série Carga Pesada, o Volkswagen Constellation foi lançado em 2005. É a família de caminhões pesados mais nova da Volkswagen (MAN), desenvolvida por engenheiros alemães e brasileiros. Ele chegou a ser testado na África e na Europa, mas sua produção se dá unicamente na fábrica de Resende (RJ), de onde também é exportado.

Hoje, existem 29 variações na família, graças a diferença de potência, capacidade de tração e tipo de chassi. O menor, 13.180 (4×2), tem motor MWM 4.7 quatro cilindros de 179 cv, enquanto o 31.370 usa motor Volkswagen 9.4 seis cilindros com turbo de geometria variável que gera 367 cv.

Pátio para caminhões na Alemoa depende de assinatura do Governo

Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, aguarda a assinatura do contrato de cessão do terreno que pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), na Alemoa, para a implantação de um estacionamento de caminhões no local. Até que isso aconteça, a Autoridade Portuária está impedida de elaborar projetos e solicitar o licenciamento ambiental da área.

Ontem, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) avançou neste processo, declarando a inexigibilidade da licitação de cessão da área. Mas, de acordo com a estatal que administra o cais santista, isto ainda é insuficiente para dar andamento à implantação do estacionamento na Alemoa.

A área em questão tem 226,7 mil metros quadrados e está localizada na Avenida Engenheiro Augusto Barata (o Retão da Alemoa), nas proximidades da Brasil Terminal Portuário (BTP). A implantação do estacionamento, que é chamado de Área de Apoio Logístico Portuário (AALP), é aguardada por caminhoneiros que atuam no Porto de Santos. A expectativa desses profissionais é de que 800 vagas sejam abertas no local.

Em junho do ano passado, a SPU publicou uma portaria que autorizava a cessão do uso daquela área pela Codesp. Na ocasião, a Docas afirmou que daria início ao processo de licenciamento ambiental para desenvolver o projeto que existe para aquela área.

No entanto, mais de sete meses depois, isto ainda não aconteceu. De acordo com a administradora portuária, ainda são necessárias algumas etapas para que o pátio vire uma realidade. Entre elas, estão os trâmites administrativos que darão origem à formalização cessão da área. A partir daí, serão iniciados o processo e os estudos para a obtenção de autorizações ambientais. Além disso, a Codesp prevê para este ano a contratação do projeto-executivo do empreendimento.

Além de um projeto funcional, serão feitos um termo de referência e uma planilha orçamentária para o custeio da obra. Tudo isso é necessário para a contratação de estudos mais detalhados.

O prazo para a implantação do estacionamento naquela área é de três anos. O local poderá receber outras benfeitorias para o atendimentos aos caminhoneiros, como uma central de fretes. Também poderá ser usada parte da área para atividades auxiliares à operação portuária, como armazenagem de contêineres e operação ferroviária.

Está prevista a instalação de escâneres da Receita Federal e postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Guarda Portuária (Gport) no local. A Codesp será responsável pela adequação do sistema viário para acesso ao pátio, assim como pela subestação elétrica, sanitários e outras estruturas de suporte à atividades portuárias.

Aguardado

O estacionamento é aguardado por caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos. Eles se queixam, há muito tempo, da falta de locais para estacionar os veículos quando não estão trabalhando.

As reclamações se referem à insegurança e aos riscos de furtos de peças dos caminhões. Também há críticas de moradores da Cidade, que reclamam da existência de veículos pesados estacionados pelas ruas.

 Além disso, organizar e coordenar o acesso de caminhões que transportam con-têineres vazios no Porto de Santos já foram destacados como metas da Autoridade Portuária. A ideia é manter os caminhões no estacionamento até o momento de eles irem buscar e transportar as caixas metálicas. Mas, para isso, ainda é necessário garantir as vagas de parada dos veículos.