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Caminhoneiro é condenado após esconder drogas e traficantes para entrar no Porto de Santos

Motorista foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça Federal. Dono do caminhão, cuja cabine foi modificada com um compartimento secreto, foi absolvido. Ambos já têm passagem criminal.

O caminhoneiro Thiago Felipe da Silva, de 36 anos, foi condenado pela Justiça Federal em Santos, no litoral de São Paulo, a nove anos, seis meses e dez dias de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi apontado como o responsável por levar ao porto três traficantes e 279 kg de cocaína. A droga seguiria para a Europa.

Na mesma sentença, a juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal, inocentou o também caminhoneiro Jailton Souza do Carmo, de 42 anos. Ele é o proprietário do caminhão usado na ação criminosa que foi frustrada em janeiro de 2018. A cabine do veículo foi modificada para que fosse possível esconder objetos, além de pessoas.

As investigações mostraram que Thiago conduziu um caminhão com um contêiner vazio até um terminal da margem esquerda do cais, em Guarujá (SP), onde ficou por aproximadamente uma hora durante a madrugada. Enquanto esteve na empresa, ele não despertou qualquer suspeita da segurança, mesmo estacionando em local não permitido.

Foram as imagens de escâneres, ao qual o veículo foi submetido, que indicaram a ação criminosa. Elas foram recuperadas pelas autoridades somente na manhã seguinte. O G1 teve acesso a uma delas, em que é possível observar três pessoas, uma em pé e duas sentadas, entre malas, em um compartimento oculto, atrás da cabine.

Segundo a denúncia, Thiago auxiliou o trio a violar um contêiner armazenado no pátio da empresa e inserir nele 10 malas pretas de viagem com centenas de tabletes de cocaína. A caixa metálica, que teve o lacre adulterado, foi interceptada pela Receita Federal antes de ser embarcada no cargueiro Cap San Antonio com destino à França.

A droga apreendida, além da identificação do condutor e do proprietário do veículo, sustentou a Justiça Federal a ordenar a prisão preventiva de ambos no segundo semestre do mesmo ano a pedido da Polícia Federal. O motorista foi localizado e detido. Jailton, que era investigado por ser um dos que se esconderam na cabine, já estava preso.

O Ministério Público Federal (MPF), com base nas provas colhidas pela autoridade policial, denunciou ambos em novembro por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico. A investigação, entretanto, não conseguiu determinar a real identidade dos três homens que foram descobertos no esconderijo a partir do escaneamento.

A juíza Lisa Taubemblatt, na sentença, absolveu Jailton pelo crime de tráfico e inocentou ambos pela acusação de associação criminosa. Entretanto, condenou Thiago a regime fechado ao entender que ele transportou, guardou e armazenou a droga. A sentença levou em consideração a reincidência do motorista pelo mesmo tipo de crime.

O advogado João Manoel Armôa Junior defendeu Jailton no caso. “A dúvida teve que ser eleita para fundamentar uma decisão absolutória em favor dele, pois nenhuma prova sequer indiciária, foi devidamente comprovada”, declarou. O alvará de soltura foi expedido, mas o réu permanece preso por responder a outro processo na justiça estadual.

Após a sentença, o mesmo advogado passou a representar Thiago e afirmou que vai recorrer em instância superior da decisão que o condenou, visando a liberdade do cliente. “Vamos buscar a absolvição no tribunal, pois não há prova nenhuma de que ele auxiliou no embarque da droga apreendida”, afirma Armôa Junior.

Dono do caminhão

O dono do caminhão adulterado tem extensa ficha criminal, segundo a polícia. Em abril de 2018, ele e outros seis homens foram presos em flagrante com mais de 200 kg de cocaína durante investigação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) de São Paulo em Guarujá. Esse processo ainda não foi julgado.

Na operação da Polícia Civil, houve intensa troca de tiros na região do Distrito de Vicente de Carvalho, próximo a uma das margens do porto, depois que investigadores encontraram um galpão utilizado como entreposto de ilícitos. No local, estava o mesmo caminhão utilizado pelos narcotraficantes para acessar e levar a droga ao cais em janeiro.

Companhia Docas tem projeto de pátio para caminhões no porto de Santos

Área na Avenida Engenheiro Augusto Barata foi cedida pela SPU há dois anos, porém, projeto que prevê criar 800 vagas não avançou por conta da demora na cessão definitiva

A falta de locais para estacionamento de caminhões no Porto de Santos é antiga. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) chegou a anunciar um projeto para o terreno que pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), na Alemoa. Porém, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) revogou a cessão da área.

O terreno, com 226,7 mil metros quadrados, fica na Avenida Engenheiro Augusto Barata (o Retão da Alemoa). A área foi cedida pela SPU em junho de 2016, autorizando o uso da gleba pela Codesp.

Na ocasião, a Docas afirmou que daria início ao licenciamento ambiental para desenvolver o projeto elaborado para a área, que teria vagas para 800 veículos. Porém, o projeto não avançou por conta da demora na cessão definitiva da área. Segundo a Prefeitura de Santos, desde o início da atual gestão, a administração também tenta liberação, via SPU.

“O Governo Federal se comprometeu a liberar a área para a Codesp, mas a empresa não iniciou as intervenções necessárias para que o local se torne um pátio de estacionamento de caminhões”, relatou a prefeitura.

A administração municipal ainda aponta que, na última quarta-feira (13), o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) se reuniu com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e pediu um estudo urgente de um pátio estruturado para estacionamento de caminhões no Porto.

Procurada, a Codesp informou que “a diretoria recém-empossada revisará todos os planos para melhoria na eficiência portuária e, oportunamente, discutirá com as partes interessadas sobre a condução do tema”, em referência ao projeto do estacionamento.

Fonte: A Tribuna

Movimentação de cargas cresce em Santos e atinge novo recorde

A movimentação de cargas pelo complexo portuário de Santos atingiu novo recorde no total acumulado até junho, registrando crescimento de quase 6 por cento em relação à melhor marca até então, verificada em igual período do ano passado.

Foram cerca de 64,5 milhões de toneladas, superando em praticamente 1,5 milhão de toneladas o total do primeiro semestre de 2017. A projeção revisada para o acumulado do ano é de 133,3 milhões de toneladas, 2,7 por cento a maior que 2017.

O desempenho no mês ficou aquém do realizado em junho anterior, forçado pela queda de cerca de 4 por cento nos embarques, ainda influenciado pelos reflexos da greve dos caminhoneiros, mesmo com as descargas apontando crescimento de quase 5 por cento. As cargas embarcadas representaram 71 por cento do total operado.

Acumulado

O movimento acumulado neste primeiro semestre registrou alta de 4,1 por cento dentre as cargas embarcadas e de 9,6 por cento nas descargas.

Dentre os principais destaques nos embarques do período, considerando-se o crescimento percentual, as exportações de milho foram as de maior alta (55,2 por cento), seguidas pela celulose (40,7 por cento) e sucos cítricos (35,2 por cento). Vale destacar que, apesar de não figurar dentre as de maior incremento, a alta de 10,4 por cento nas exportações do complexo soja teve significativa participação com quase 20 milhões de toneladas movimentadas no semestre.

Nas operações de descarga, as maiores altas do semestre ocorreram nas movimentações de fosfato de cálcio (47,0 por cento), seguidas por soda cáustica (35,2 por cento) e amônia (29,4 por cento).

Mensal

Nos números de junho, os índices de crescimento mais significativos foram nas operações de descarga, com destaque para o crescimento nas movimentações de sulfato dissódico (151,3 por cento), soda cáustica (80,7 por cento) e metanol (28,5%). Considerando-se o volume movimentado, adubo e trigo, apesar do menor índice de crescimento, respectivamente 16,4 e 2,3 por cento, agregaram um volume maior em tonelagem, provocando um crescimento mais significativo no total consolidado das importações.

Na movimentação de embarque, o crescimento dos sucos cítricos (62,9 por cento), celulose (48,6%) e complexo soja (15,2 por cento) compuseram as mercadorias com maior índice de aumento. Considerando a tonelagem agregada no total dos embarques em junho, o complexo soja, apesar de registrar alta de 15,2 por cento, destaca-se de forma isolada das demais cargas, acrescendo cerca de 400 mil toneladas, equivalente aproximadamente ao carregamento de seis navios, na comparação com junho de 2017.

Contêineres

As operações com contêineres atingiram o total de cerca de 2 milhões TEU no semestre, refletindo aumento de 11,8 por cento. Foram quase 22milhões de toneladas de carga operadas.

Vale destacar a tendência de crescimento da produtividade nas operações de contêineres. São 11 meses consecutivos de índices de crescimento. Em junho, Santos registrou consignação média de 1972 TEU por navios, variação de 4,67% em relação ao mesmo mês de 2017 no total de TEU’s. No acumulado do primeiro semestre, o índice já atinge incremento de 9,8 por cento. O ganho é resultado das condições de calado que propiciam a navegação de navios de maior porte no complexo santista.

Balança Comercial

A participação de Santos no total da balança comercial do país chegou a 27,7 por cento, com US$ 54,1 bilhões movimentados pelo complexo no primeiro semestre. As exportações representaram 26,7 por cento do total, equivalente a US$ 30,2 bilhões. As importações chegaram a US$ 23,9 bilhões, com 29,2 por cento de participação. Considerando-se exclusivamente as trocas comerciais utilizando o sistema portuário, a participação de Santos atinge 36,4%.

China, Estados Unidos e Argentina foram os principais países de destino das cargas embarcadas. Complexo soja, óleos brutos de petróleo e açúcar foram as cargas que somaram o maior valor comercial dentre as mercadorias embarcadas.

No fluxo de importação, China, Estados Unidos e Alemanha compuseram as principais procedências das cargas desembarcadas em Santos. Óleo diesel, caixas de marchas e outras partes e acessórios para automóveis foram as mercadorias de maior participação nesse fluxo.

Fonte: Brasil Caminhoneiro 

Estado de São Paulo anuncia autorização para ampliação do acesso ao Porto de Santos

A “Nova Entrada de Santos” irá separar o fluxo de entrada e saída ao Porto de Santos

Nesta quarta-feira (4), o Governador Geraldo Alckmin anuncia autorização para inclusão no contrato de concessões da Ecovias do início das intervenções viárias de ampliação do acesso ao Porto de Santos (conexão porto-cidade).

Com a autorização do Governador, a ARTESP adotará as demais medidas necessárias e a Concessionária começará a preparação do canteiro para que as máquinas estejam em operação ainda em abril.

“Nova Entrada de Santos”

A chamada “Nova Entrada de Santos” irá separar o fluxo de entrada e saída ao Porto, composto predominantemente por caminhões, do tráfego que entra e sai da cidade, no qual prevalecem os veículos leves.

As obras serão executadas pela concessionária Ecovias na Rodovia Anchieta (SP-150) e visam organizar os diferentes tipos de tráfego na chegada a Santos, melhorando a fluidez viária e a qualidade de vida na região.

Com investimento de R$ 260,7 milhões – valor proveniente da receita do pedágio –, a previsão é que as obras sejam concluídas em 36 meses.

As intervenções incluem reformulação dos acessos aos bairros lindeiros à SP-150 (Via Anchieta), zona industrial da Alemoa, área portuária e as cidades de Santos e São Vicente (Via Av. Nossa Senhora de Fátima) e contemplam a construção de:

– Vias locais de acesso aos bairros Jd. Piratininga, Jd. São Manoel e São Jorge.

– Três viadutos, sendo: Viaduto Piratininga – Km 62, Viaduto Alemoa – km 64,5 e Viaduto Ariosto P. Guimarães (pista sul) – km 65.

– Ciclovia do km 60 ao km 65, ligando os bairros do Jardim Casqueiro e Vila dos Pescadores à malha cicloviária de Santos. A implantação da ciclovia atende o fluxo de ciclistas entre os bairros, distritos industriais e empresas permitindo acesso seguro na região.

– Duas passarelas no km 62,5 e km 64,3.

A ampliação eliminará os conflitos viários hoje existentes. A implantação do viaduto na Av. Nossa Senhora de Fátima, a cargo da Prefeitura Municipal de Santos, possibilitará a retirada do semáforo instalado na entrada da cidade e, com isso, levará à melhoria no acesso da Via Anchieta aos bairros do entorno e à zona portuária.

Ficará a cargo da Prefeitura de Santos também a interligação da Marginal Sul da via Anchieta com a Rua Júlia Ferreira de Carvalho, via ponte sobre o Rio São Jorge.

Já a CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo) será responsável por fazer a interligação da Via Anchieta à Avenida Perimetral da Margem Direita. O conjunto dessas intervenções vai aumentar a capacidade de tráfego na região e trazer mais segurança e conforto aos usuários da rodovia.

Fonte: Brasil Caminhoneiro 

Porto de Santos atinge novo recorde de movimentação

O Porto de Santos ultrapassou, pela primeira vez, as marcas de 12 milhões de toneladas ao mês e de 70 milhões de toneladas no período.

Impulsionado pelo mês de julho, o porto atingiu o total de 12.053.697 toneladas, superando em 5,75% o volume de cargas verificado em maio (11.397.641 toneladas) e, em 18,4%, o movimento de julho do ano passado (10.182.378 toneladas), elevando em 23,1% as exportações.

As exportações de granéis sólidos de origem vegetal apresentaram expressiva influência no movimento mensal, somando, nos embarques de açúcar, complexo soja e milho, quase 6 milhões de toneladas em julho, o equivalente a 65% do total das mercadorias exportadas no mês.

O total acumulado, chegou a 73.097.632 toneladas, ultrapassando em 7,6% o maior movimento, registrado entre janeiro e julho de 2016 (67.960.460 toneladas).

Em razão do elevado crescimento, as operações de embarque de milho tiveram grande destaque, pela variação de 99,6% na comparação com julho de 2016, atingindo 1.830.567 toneladas. Ainda considerando índice de crescimento, o complexo soja, consolidando os embarques de soja a granel, farelo a granel e grãos em contêineres, ampliou sua movimentação em 38,2%, chegando a 1.552.426 toneladas.

A movimentação de cargas conteinerizadas em toneladas teve incremento de 11,6% em julho e de 9,0% no período, respondendo por mais de um terço (33,5%) do total de cargas operadas no complexo. As operações com contêineres registraram, em TEU, crescimento de 6,5% no movimento mensal, com 333.414 TEU (unidades equivalentes a 20 pés) e de 6,4% no período, somando 2.125.897 TEU.

O fluxo de navios registrou 2.793 embarcações atracadas no período, 0,2% a menor que em 2016, o que representa um ganho de produtividade de quase 8%, com a média de 26,171 mil toneladas operadas por navio em comparação às 24,271 mil toneladas operadas em igual período do ano passado.

Fonte: CNT

 

Pátio para caminhões na Alemoa depende de assinatura do Governo

Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, aguarda a assinatura do contrato de cessão do terreno que pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), na Alemoa, para a implantação de um estacionamento de caminhões no local. Até que isso aconteça, a Autoridade Portuária está impedida de elaborar projetos e solicitar o licenciamento ambiental da área.

Ontem, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) avançou neste processo, declarando a inexigibilidade da licitação de cessão da área. Mas, de acordo com a estatal que administra o cais santista, isto ainda é insuficiente para dar andamento à implantação do estacionamento na Alemoa.

A área em questão tem 226,7 mil metros quadrados e está localizada na Avenida Engenheiro Augusto Barata (o Retão da Alemoa), nas proximidades da Brasil Terminal Portuário (BTP). A implantação do estacionamento, que é chamado de Área de Apoio Logístico Portuário (AALP), é aguardada por caminhoneiros que atuam no Porto de Santos. A expectativa desses profissionais é de que 800 vagas sejam abertas no local.

Em junho do ano passado, a SPU publicou uma portaria que autorizava a cessão do uso daquela área pela Codesp. Na ocasião, a Docas afirmou que daria início ao processo de licenciamento ambiental para desenvolver o projeto que existe para aquela área.

No entanto, mais de sete meses depois, isto ainda não aconteceu. De acordo com a administradora portuária, ainda são necessárias algumas etapas para que o pátio vire uma realidade. Entre elas, estão os trâmites administrativos que darão origem à formalização cessão da área. A partir daí, serão iniciados o processo e os estudos para a obtenção de autorizações ambientais. Além disso, a Codesp prevê para este ano a contratação do projeto-executivo do empreendimento.

Além de um projeto funcional, serão feitos um termo de referência e uma planilha orçamentária para o custeio da obra. Tudo isso é necessário para a contratação de estudos mais detalhados.

O prazo para a implantação do estacionamento naquela área é de três anos. O local poderá receber outras benfeitorias para o atendimentos aos caminhoneiros, como uma central de fretes. Também poderá ser usada parte da área para atividades auxiliares à operação portuária, como armazenagem de contêineres e operação ferroviária.

Está prevista a instalação de escâneres da Receita Federal e postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Guarda Portuária (Gport) no local. A Codesp será responsável pela adequação do sistema viário para acesso ao pátio, assim como pela subestação elétrica, sanitários e outras estruturas de suporte à atividades portuárias.

Aguardado

O estacionamento é aguardado por caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos. Eles se queixam, há muito tempo, da falta de locais para estacionar os veículos quando não estão trabalhando.

As reclamações se referem à insegurança e aos riscos de furtos de peças dos caminhões. Também há críticas de moradores da Cidade, que reclamam da existência de veículos pesados estacionados pelas ruas.

 Além disso, organizar e coordenar o acesso de caminhões que transportam con-têineres vazios no Porto de Santos já foram destacados como metas da Autoridade Portuária. A ideia é manter os caminhões no estacionamento até o momento de eles irem buscar e transportar as caixas metálicas. Mas, para isso, ainda é necessário garantir as vagas de parada dos veículos.