Embora o comando nacional do Dnit tenha manifestado otimismo em reunião com a bancada federal capixaba ontem, o fato é que apenas R$ 82 milhões estão garantidos no Orçamento Geral da União para a prometida obra de duplicação do primeiro trecho da BR 262, de Viana até a localidade de Victor Hugo. As intervenções devem começar em breve, cerca de 40 dias após o Iema (Instituto Estadual do Meio Ambiente) liberar as licenças e manifestar as contrapartidas exigidas.
Segundo o diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Halpher Luiggi, as obras do primeiro trecho devem durar três anos, ficando prontas em 2019. Enquanto isso, o governo federal prossegue com os estudos para conceder toda a rodovia à iniciativa privada, nos trechos mineiro e capixaba. Isso significa que a duplicação da maior parte da pista pode ficar a cargo do governo federal ou de uma empresa concessionária, em condições e prazos ainda não definidos. Enquanto isso, o Dnit vai recuperar pavimento e construir várias terceiras faixas na rodovia em todo o Estado este ano.
“A partir de quando liberarem licença, em 40 dias a gente começa a obra. O Iema tem 180 dias a partir do pedido do Dnit. Na prática, tem até 31 de julho, mas é claro que há boa vontade do órgão ambiental, que sabe da importância da intervenção da obra e vai colocar os termos de condicionantes”, pontua Halpher.
O diretor ainda pediu empenho da bancada para fazer emendas ao Orçamento, chegando ao menos a R$ 100 milhões para a duplicação do primeiro trecho. A obra desse pedaço totaliza R$ 579 milhões, mas hoje só tem R$ 82,3 milhões empenhados no Orçamento.
“A 262 é prioridade em Brasília. Se começar no tempo seco, a expectativa é fazer 7 km de duplicação este ano, e vai depender da janela hídrica. No ano que vem, faremos mais 15 km. Chegaremos ao final de 2018 com 22 km prontos, e os outros 30 km concluídos ao longo de 2019, mantidas as condicionantes orçamentárias”, ressalta Halpher. A explicação do fatiamento é que o Dnit não quer repetir equívocos no contrato de duplicação de 52 km. “No passado, o consórcio abria frentes de trabalho e não entregava e a rodovia, que ficava toda mexida”, explica o diretor.