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Governo lançará MEI Caminhoneiro que permitirá receita anual de até R$ 300 mil

O teto do faturamento da categoria de microempreendedores individuais é de R$ 81 mil

O governo vai lançar o programa Microempreendedor Individual (MEI) Caminhoneiro que permitirá que os trabalhadores dessa categoria tenham um faturamento anual de R$ 300 mil — o teto do MEI “tradicional” é de R$ 81 mil.

“Vamos aprovar essa semana”, afirmou o senador Jorginho Mello, na saída do Palácio do Alvorada ao lado do presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (25). Segundo o senador, o presidente deu aval para essa iniciativa.

A ideia é que os caminhoneiros paguem uma alíquota de 11% sobre o salário mínimo, de acordo com Mello. “Eles vão ter o CNPJ, vão poder comprar pneu, peça que hoje eles não [compram]. Vão contribuir para o governo; não é um presente, é só uma reivindicação de muitos anos dos 800 mil caminhoneiros do Brasil”, diz o senador.

O que é ser um MEI

Microempreendedor Individual é uma categoria formal para quem quer abrir um negócio ou já trabalha por conta própria e fatura até R$ 81 mil por ano. 

Quais são as condições para se tornar um MEI?

  • Não participar como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
  • Pode ter no máximo um empregado;
  • Exercer uma das atividades econômicas previstas na resolução (confira aqui).

Governo pede mais tempo à Justiça para volta de radares em rodovias

Decisão da semana passada estipulava prazo de 72 horas para recolocação dos equipamentos

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou pedido à Justiça para ampliar de 72 horas para dez dias corridos o prazo para restabelecer integralmente a fiscalização eletrônica por meio dos radares estáticos, móveis e portáteis nas rodovias federais. O recurso deverá ser encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília.

Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro informou que a AGU iria recorrer da decisão da Justiça Federal em Brasília, que revogou a suspensão da utilização de radares móveis nas rodovias federais do país.

O uso de medidores de velocidade móveis e portáteis está suspenso desde agosto por determinação do presidente Jair Bolsonaro.

Em sua justificativa, a AGU acatou ofício da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que classifica a recolocação dos equipamentos eletrônicos como “providência complexa do ponto de vista logístico, contratual, administrativo e de orientações”. 

Segundo a PRF, os equipamentos estavam em operação em quase 600 pontos do país e a sua distribuição envolve uma necessidade logística que exige um prazo superior ao estabelecido pela decisão preferida pela 1ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, na última quarta-feira.

Fonte: Correio do Povo

Governo propõe mudanças no Código de Trânsito Brasileiro

Uma das alterações previstas no Código de Trânsito Brasileiro é aumento no limite máximo de pontos que o motorista pode acumular, passando de 20 para 40.

O presidente Jair Bolsonaro entregou um Projeto de Lei ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que propõe mudanças no Código de Trânsito Brasileiro.

Segundo o presidente, a proposta foi construída a partir de ideias do próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia e de propostas já existentes no Congresso.

O texto propõe mudanças como o fim da exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais. Entenda ponto a ponto.

Atestado de saúde

A proposta retira dos departamentos de Trânsito (Detrans) a exigência de credenciar clínicas para emitirem o atestado de saúde para renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o próprio presidente da República, “qualquer médico” poderá conceder esse laudo.

Validade da Habilitação

No caso de motoristas até 65 anos, o projeto fala em dobrar a validade da habilitação dos atuais cinco para 10 anos. A partir dos 66 anos de idade, a validade do documento passa de dois anos e meio para cinco anos. As carteiras emitidas antes da entrada em vigor a Lei ficam automaticamente com prazo de validade prorrogado.

Limite de pontos

Outro ponto da proposta altera, de 20 para 40, o limite máximo de pontos que um motorista pode acumular, em até 12 meses, sem perder a licença para dirigir. “O código já é antigo, tem mais de 20 anos, e necessita de atualização.

Dois terços das penalidades do CTB são graves ou gravíssimas, então acaba sendo muito fácil o cidadão perder a carteira, atingir a pontuação. Isso tem se mostrado ineficaz porque os Detrans não conseguem operacionalizar os processos para suspensão do direito de dirigir”, defendeu o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que acompanhou Bolsonaro na entrega da proposta aos parlamentares.

Documentos digitais

Freitas ressaltou que o objetivo do projeto de lei é tornar a vida do cidadão mais fácil. Nesse sentido, o ministro lembrou a ideia do governo de transformar a CNH e os documentos do veículo em digitais. “O cidadão vai poder andar com os documentos no celular e quem vai centralizar é o Denatran”, disse.

Motociclistas

O texto também prevê mudanças para os motociclistas e passageiros desses veículos. A ideia é que sejam punidos com multa os que forem pegos utilizando capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção, ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Apesar da ampliação da sanção para a categoria, a infração passa a ser enquadrada como média.

Bicicletas elétricas

O texto entregue aos deputados hoje também abre possibilidade de o Contran liberar bicicletas elétricas sem maiores exigências.

Cadeirinha para crianças

Outra mudança é a obrigatoriedade da cadeirinha para crianças nos veículos. Hoje essa exigência não está prevista em lei, apenas em norma do Contran, mas o Supremo Tribunal Federal declarou que o órgão não pode formular exigências dessa natureza.

O projeto deve ser analisado pela Câmara e posteriormente pelo Senado para que seja de fato aprovado.

Fonte: Agência Brasil

Governo de SP anuncia investimento de R$ 200 milhões em rodovias do Vale do Ribeira

Obras incluem estradas como as SPs 165 e 193.

O Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (17), o Programa Vale do Futuro, para a contratação de obras de modernização de rodovias estaduais e pavimentação de estradas vicinais, beneficiando 12 municípios do Vale do Ribeira.

Os empreendimentos contemplam mais de 120 kms de extensão em melhorias nas rodovias estaduais. Estão previstos serviços de recuperação completa no pavimento, modernização no sistema de drenagem, perenização com colocação e compactação de material britado, e nivelamento da plataforma do trecho em terra. Uma nova sinalização horizontal também será implantada.

O montante destinado às rodovias é de R$ 102 milhões.

O evento contou com a presença do secretário Estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, e do superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Cesar Tagliavini.

“Estas obras serão importantíssimas para a logística e o transporte do Vale do Ribeira”, afirma Octaviano.

Vicinais

O recurso destinado será na ordem de R$ 98 milhões para a recuperação de seis vicinais da região do Vale do Ribeirão. As vias passarão por obras e serviços de recuperação da pista, pavimentação, entre outras melhorias.

Os empreendimentos serão conduzidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, com recursos do Tesouro do Estado e a partir de financiamento internacional por intermédio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

As contratações acontecerão por meio de licitação pública.

O montante investido pelo Governo do Estado vai impulsionar o desenvolvimento econômico com melhorias no escoamento da produção regional, além de ampliar o interesse turístico nas cidades do Vale do Ribeira.

Os municípios que receberão as obras são: Apiaí, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Ilha Comprida, Iporanga, Jacupiranga, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu e Pedro de Toledo.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Governo prepara linha de crédito para caminhoneiros no BNDES

Há a possibilidade de os empréstimos terem prestações intercaladas seguindo a entressafra, ou seja, em alguns meses, categoria não pagaria parcelas

O governo deve diminuir as exigências e facilitar o acesso de caminhoneiros a linhas de crédito voltadas para manutenção da frota com juros mais baixos e prazos maiores.

Uma medida provisória deve ser editada para atender à reivindicação da categoria, que ameaçou deflagrar greve no início deste ano, segundo uma fonte que acompanha as discussões.PUBLICIDADE

Em abril, o governo liberou R$ 500 milhões em financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na ocasião, os recursos seriam destinados a empréstimos de no máximo R$ 30 mil por CPF.

Em agosto, porém, apenas um empréstimo havia sido aprovado na linha BNDES Caminhoneiro.

O banco então ampliou o limite para R$ 100 mil e o prazo dos empréstimos passou de dois anos e meio para até cinco anos, com 12 meses de carência, para empréstimos que podem ser pedidos até 26 de maio de 2020.

A mudança, no entanto, não resolveu a situação segundo um dos líderes da categoria, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco.

Segundo ele, há ainda entraves burocráticos que impedem os caminhoneiros de acessar esses financiamentos.

“Hoje, o maior problema do caminhoneiro é a troca de pneu”, disse.

Dedéco afirma que, a convite do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vai participar de um encontro com presidentes de bancos nos próximos dias 9 e 10 em Brasília para tratar do assunto.

Enquanto isso, a equipe do ministério também tem discutido a situação.

Reunidos em uma sala no sexto andar do Ministério da Infraestrutura na sexta-feira, a secretária adjunta da Pasta, Viviane Esse, e representantes do BNDES e da subchefia de articulação e monitoramento da Casa Civil debateram o assunto.

Uma das propostas colocadas à mesa foi a de manter essas linhas de créditos em um limite de R$ 100 mil, com foco na troca de pneus de caminhões.

Outra ideia debatida foi a da possibilidade de os empréstimos terem prestações intercaladas seguindo a entressafra, ou seja, em alguns meses, os caminhoneiros não pagariam as parcelas.

As linhas seriam oferecidas pela Caixa, BB e BNDES.

O governo também deve incluir na MP a criação do Documento de Transporte Eletrônico (DTE), um sistema único para transporte de cargas.

Essa foi uma das promessas feitas à categoria pelo governo para reduzir a burocracia e baratear os custos do frete.

O BNDES disse que vem promovendo “uma série de avanços em seus modelos de financiamento para contemplar as necessidades dos caminhoneiros nos últimos meses”.

O banco lembrou que criou, no mês passado, uma linha de refinanciamento de dívidas que beneficia, inclusive, caminhoneiros.

“O banco promove continuamente estudos e diálogos de forma a aprimorar os seus instrumentos disponíveis para atender a demandas da sociedade, entre as quais as dos caminhoneiros.”

Fonte: R7

Tabela do frete: começa reunião entre governo e setor para fechar acordo

Ministro decidiu que piso mínimo elaborado pela Esalq será uma referência de preços; objetivo agora é incluir a remuneração de parte dos transportadores

Já começou a reunião agendada para esta terça-feira, dia 30, entre o governo e o setor para tentar chegar a um acordo sobre o piso mínimo do frete rodoviário. Nesta segunda, 29, o Ministério da Infraestrutura anunciou encontros durante toda terça e quarta-feira desta semana, que devem contar com a presença de representantes de embarcadores, que são os contratantes de fretes, transportadoras e caminhoneiros autônomos.

A expectativa é que os termos sejam concluídos e assinados até o fim desta semana. Cerca de 30 representantes das três categorias participam dos encontros, que vão continuar no Ministério da Infraestrutura. Eles estão divididos em onze grupos setoriais, um para cada tipo de carga. São elas: carga geral, carga geral perigosa, carga líquida a granel, carga líquida perigosa a granel, carga sólida a granel, carga sólida perigosa a granel, carga frigorificada, carga frigorificada perigosa, carga neogranel, carga conteinerizada e carga conteinerizada perigosa.

De acordo com uma fonte ouvida pelo Canal Rural,  o governo federal deve sugerir mudanças no tabelamento do frete através do relatório da Medida Provisória 881/2019, que tramita no Congresso Nacional e é conhecida como medida da Liberdade Econômica.

Após reuniões na semana passada com os setores, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, decidiu que a tabela do frete, criada pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq, servirá como uma espécie de referência de preços. A ideia é incluir ainda uma remuneração de parte dos transportadores.

“A base será a tabela da Esalq e em cima disso vamos pactuar com os setores a parcela de remuneração, que é extra custo”, disse. A principal reclamação de caminhoneiros era que a tabela não trazia a previsão do lucro, ou seja, a remuneração da atividade. 

Entenda

A última referência de preços mínimos para o transporte rodoviário, publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e elaborada pela Esalq-Log, foi suspensa a pedido do ministro Tarcísio de Freitas, que alegou que havia sido observada uma insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte.

A partir disso, o ministro resolveu que novas reuniões seriam realizadas para os setores chegarem a um acordo. Com a suspensão da tabela, ficou valendo a tabela publicada antes.

STF analisa o caso

O tabelamento do frete deve ser julgado em 4 de setembro no Supremo Tribunal Federal. Há na Corte três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra os preços mínimos do transporte rodoviário. Os processos foram abertos pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Fonte: Canal Rural

Governo quer conceder 16 mil km de rodovias à iniciativa privada

O governo federal pretende transferir 16 mil quilômetros (km) de rodovias para a iniciativa privada por meio de concessões, disse hoje (24) o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Em um encontro com empresários no Rio de Janeiro, ele afirmou que praticamente toda a malha viária do estado deve ser concedida à iniciativa privada, incluindo o Arco Metropolitano e a Rodovia Rio-Santos.

Freitas afirmou que a nova concessão da Rio-Teresópolis será feita incluindo o Arco Metropolitano, e a nova concessão da Rio-Juiz de Fora (BR-040) vai contemplar as obras na subida da serra, em Petrópolis.

O ministro também adiantou que a licitação da Dutra (BR-116) vai incluir obras da nova descida da Serra das Araras como investimento obrigatório. O leilão da BR-116 está previsto para o ano que vem, e o vencedor vai operar a partir de 2021.

“Na nova licitação da Nova Dutra, a gente vai pegar o trecho que vai do Rio para Ubatuba, ou seja, vamos pegar a Rio-Santos e incorporar a [BR] 101, em São Paulo, nessa concessão da Nova Dutra. Vamos ter a malha do Rio de Janeiro praticamente toda concedida, toda nas mãos da iniciativa privada”, disse ele, que afirmou que também está em estudo uma forma de cobrar o pedágio por quilômetro rodado na Dutra, para adicionar na base de pagamento os usuários da rodovia que trafegam entre as praças de pedágio. “Aumentando a base de pagamento consigo trazer muito investimento para a rodovia e trabalhar até com tarifas menores”.

O ministro citou outras rodovias que estão nos planos do governo para concessão: os percursos das BRs 163 e 230, entre Mato-Grosso e Pará, das BRs 381 e 262, entre Minas e Espírito Santo, e das BRs 364 e 365, entre Minas e Goiás.

No setor portuário, além de terminais, o governo pretende privatizar Companhia Docas, e a primeira experiência será com a Docas do Espírito Santo. A empresa foi escolhida por ter menor passivo trabalhista, menos funcionários e menos contratos de arrendamento. “É um bom case para começar essa jornada”, disse o ministro.

Em ferrovias, o governo planeja aproveitar os pagamentos de outorga das concessões para que as empresas concessionárias construam novas ferrovias. A exigência já deve ser incluída na renovação da concessão da Vale nas estradas de ferro dos Carajás e Vitória-Minas.

“A Vale vai construir para o governo a Ferrovia de Integração Centro-Oeste [Mato Grosso a Goiás]. Ela vai pagar a outorga dela fazendo essa construção. No final das contas a ferrovia é nossa, do Estado, que vai licitar e exigir uma nova outorga”, disse o ministro, que acrescentou que a empresa também vai construir o Ramal Cariacica-Ancheita, no Espírito Santo, como parte do pagamento da outorga.


Fonte: Brasil Caminhoneiro

Governo subsidiou R$ 85 bilhões ao setor de combustíveis em 2018, diz levantamento

O valor equivale a quase três vezes o orçamento do Bolsa Família ou 24 vezes o valor repassado ao Ministério do Meio Ambiente. Além de regimes especiais, isenção de impostos concedida após a greve dos caminhoneiros também entra na conta.

O governo federal concedeu, no ano passado, R$ 85 bilhões em subsídios para produtores de petróleo, carvão mineral e gás natural. Esse é o montante que deixou de entrar nos cofres públicos – resultado de regimes especiais de tributação e de programas de isenção de impostos. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Entre os subsídios, quase R$ 23 bilhões foram voltados à produção. Entram nessa conta a suspensão da cobrança de impostos às empresas beneficiárias do Repetro. Já os subsídios ao consumo representam a maior parte: R$ 62 bilhões. O valor leva em conta a redução das alíquotas do PIS/Cofins e da Cide sobre o diesel e a gasolina – grande parte concedida em meio à greve dos caminhoneiros.

O Instituto levanta a questão sobre a necessidade de tantos subsídios em meio a uma crise fiscal. O valor total de benefícios equivale a quase três vezes o orçamento do Bolsa Família./ Mas o Inesc também questiona as medidas que provocam impactos sociais e ambientais causados pelos combustíveis fósseis. Segundo o levantamento, o dinheiro que deixou de entrar no caixa do governo é 24 vezes o valor repassado ao Ministério do Meio Ambiente no ano passado. 

A coordenadora da assessoria política do Inesc e uma das pesquisadoras do estudo, Natalie Begin, lembra que o governo brasileiro terá que dar uma resposta aos outros países. No final do mês, acontece a cúpula do G20, no Japão. Na contramão do que foi assinado pelo Brasil para reduzir a produção de energia suja, o Inesc ressalta que o governo só tem contribuído mais para o setor. É o caso da Medida Provisória conhecida como “MP do trilhão”, aprovada no final de 2017.

“Por que eu digo que aumenta? Porque no ano passado foi aprovada uma lei que aumenta os incentivos. Foram feitos cálculos por alguns especialistas que mostravam que, em 20 anos, aquela Medida Provisória que virou lei ia custar R$ 1 trilhão aos cofres públicos, a famosa ‘MP do trilhão’. Se é esse o caminho mesmo que a gente quer escolher, de bancar um setor ‘marrom’, porque não é energia limpa, quando a gente está em crise climática e crise fiscal, então pode se cobrar do Brasil. O que a gente tem feito para cumprir o compromisso de, progressivamente, eliminar subsídios ineficientes?”, questiona a pesquisadora. 

O estudo pede mais transparência ao governo federal, que não divulga os valores exatos das renúncias ao setor. O dado mais atual repassado ao instituto é de 2016. O Inesc também faz pressão sobre o Congresso Nacional: uma lei que retire o sigilo fiscal para mostrar quais empresas recebem subsídios do governo e quanto é repassado a cada uma.


Fonte: CBN

Governo anuncia crédito de R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos e investimento de R$ 2 bi em rodovias

Anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Dinheiro deverá ser usado para compra de pneus e manutenção dos veículos.

O governo federal anunciou nesta terça-feira (16) uma linha de crédito de até R$ 30 mil, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para caminhoneiros autônomos. Também anunciou o investimento de R$ 2 bilhões em rodoviais.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“O governo anuncia neste momento uma linha de crédito específica para caminhoneiros autônomos de até R$ 30 mil para compra de pneus e manutenção dos veículos”, afirmou Onyx.

De acordo com o ministro, serão liberados R$ 500 milhões na linha de crédito, que poderá ser acessada pelos caminhoneiros primeiro nos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa, e depois nos “demais bancos e cooperativas de crédito de todo o Brasil.”

Além disso, segundo Onyx, poderão tomar o empréstimo apenas caminhoneiros autônomos que tenham até dois caminhões por CPF.

Rodovias

Onyx afirmou que, dos R$ 2 bilhões para as rodovias, cerca de R$ 900 milhões serão usados para manutenção. Ele afirmou que as chuvas intensas do verão, aliadas ao transporte rodoviário, prejudicaram estradas em todo o país.

“Historicamente, há muitos anos nós não tínhamos chuvas tão intensas e tão difusas no Brasil. Nós já não tínhamos uma manutenção das rodovias brasileiras”, afirmou Onyx.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, também presente à entrevista coletiva no Palácio do Planalto, informou que, entre as obras previstas, está a pavimentação da BR-163, que liga o Centro-Oeste ao Norte do país.

A via é muito usada para transporte de carga até o porto de Miritituba, no Pará, mas enfrenta problemas como atoleiros, que geram filas de caminhões.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, os investimentos vão para:

  • BR-381/MG: conclusão de 66 km
  • BR-116/RS: conclusão de 69 km de duplicação
  • Entrega da Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul
  • BR-163/PA: pavimentação até o porto de Miritituba
  • BR-101/BA: duplicação de 84 km
  • BR-242/MT: licenciamento ambiental e construção de 8 pontes de concreto que substituirão pontes de madeira
  • BR-135/MA: complementação do trecho de Estiva a Bacabeira

De acordo com Onyx, o dinheiro a ser usado para as obras nas rodovias deverá ser compensado no orçamento dos ministérios com cortes de despesas.

Preço do diesel

Onyx foi questionado sobre a política do governo para o preço do diesel. Ele afirmou que o tema é uma das reivindicações dos caminhoneiros e será tratado em reunião na tarde desta terça entre o presidente Jair Bolsonaro, a equipe econômica e representantes da Petrobras.

Na semana passada, Bolsonaro determinou que a estatal suspendesse um reajuste previsto para o diesel. A ação do presidente foi vista pelo mercado como interferência política na Petrobras.

“Vai haver uma reunião agora à tarde, que já está anunciada, entre o presidente, o Ministério da Economia, outros ministérios e a Petrobras, que vão discutir esse tema. Agora, o governo sempre disse que a Petrobras tem a autonomia e a liberdade para exercitar aquilo que é necessário do ponto de vista de política de combustível”, disse Onyx.


Fonte: G1

Procuradora Geral considera constitucional tabela de frete a caminhoneiros

Raquel Dodge encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal na defesa do modelo adotado no Governo Temer como adequada para restabelecer a regularidade do mercado.

procuradora-geral da República considera constitucional a tabela do frete aos caminhoneiros. Raquel Dodge encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal na defesa do modelo adotado no Governo Temer como adequada para restabelecer a regularidade do mercado e assegurar a prática justa de preços no setor de transporte de cargas.

Dodge afirma que a livre iniciativa e a livre concorrência são princípios constitucionais, que devem ser conciliados com a dignidade humana, a valorização do trabalho e com os demais princípios da ordem econômica.

Questionam na Justiça o tabelamento do frete, a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil e a Associação do Transporte Rodoviário de Carga do Brasil.

A ministra da Agricultura também defende o fim do controle de preço no transporte, adotado em 2018, diante da paralisação de caminhoneiros. Tereza Cristina avaliou que o sistema foi criado em um momento de fragilidade – e já sabemos que foi um tiro no pé, que deve ser combatido por prejudicar o agronegócio.

O presidente do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Tayguara Helou, reconheceu a divisão no próprio setor pelas dificuldades na infraestrutura brasileira.

A Petrobras mudou recentemente a forma de reajuste do diesel, com base no mercado internacional, mas com intervalos de 15 dias.