Arquivo da tag: gasolina

Petrobras reduz em 3% preço do diesel e da gasolina

A Petrobras vai reduzir em cerca de 3% o preço da gasolina e do diesel comercializado em suas refinarias a partir desta terça-feira.

Este é o primeiro ajuste nos preços dos combustíveis feitos após o início da crise entre Estados Unidos e Irã, que começou após a morte de um general iraniano, em um ataque feito pelo exército americano.

No início da crise, os preços do petróleo chegaram a registrar forte alta, porém, nos dias seguintes recuaram.

O último reajuste feito pela Petrobras no preço da gasolina havia sido em 1º de dezembro do ano passado. No caso do diesel, a última correção de preço ocorreu em 21 de dezembro.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Petrobras aprova mudanças no reajuste nos preços do diesel e da gasolina

A Petrobras informou, por meio de sua Diretoria Executiva, que aprovou a revisão na periodicidade de reajustes nos preços de óleo diesel e gasolina comercializados em suas refinarias.

A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível.

A aplicação imediata desta revisão permitirá à Petrobras, no momento, reduzir os preços do diesel acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias.

Ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismos de proteção via derivativos.


Fonte: Brasil Caminhoneiro

Petrobras anuncia redução no preço do diesel e gasolina

A Petrobras anunciou na tarde de ontem uma redução de valores para o diesel e gasolina, que passam a valer a partir de hoje. O valor do diesel foi reduzido em 6%, passando a ser comercializado a R$ 2,1664 nas refinarias. O valor da gasolina caiu mais, 7,16%, passando para R$ 1,8144.

O valor do diesel não era alterado desde o início do mês de maio, quando sofreu o último aumento, de praticamente 5%, ou R$ 0,10 por litro.

  • 01 de Janeiro – R$ 1,8545
  • 10 de Janeiro – R$ 1,9009
  • 12 de Janeiro – R$ 1,9484
  • 19 de Janeiro – R$ 1,9778
  • 24 de Janeiro – R$ 1,9998
  • 31 de Janeiro – R$ 2,0198
  • 09 de Fevereiro – R$ 2,0005
  • 16 de Fevereiro – R$ 2,0505
  • 23 de Fevereiro – R$ 2,1224
  • 02 de Março – R$ 2,1462
  • 08 de Março – R$ 2,1871
  • 20 de Março – R$ 2,1120
  • 22 de Março – R$ 2,1432
  • 18 de Abril – R$ 2,2470
  • 03 de Maio – R$ 2,3047
  • 31 de Maio – R$ 2,1664

Apesar da redução de ontem, o valor do diesel subiu R$ 0,3119 desde o início do ano, de acordo com a Petrobras, por causa das oscilações do valor do barril de petróleo no mercado internacional.

O preço dos combustíveis comercializados pela Petrobras é formado de acordo com uma série de fatores, como a cotação do dólar, valor do barril de petróleo e outros. A empresa usa operações de hedge para que os reajustes tenham um espaçamento maior entre elas. Antes do uso desse mecanismo, as alterações eram quase que diárias.


Fonte: Blog do Caminhoneiro

Seis perguntas para entender por que a gasolina e o diesel custam o que custam no Brasil

Mercado internacional, tributos e competição: conheça os fatores que determinam o preço desses combustíveis no Brasil.

Se você é dono de um dos 55 milhões de carros que circulam no Brasil, o preço do combustível importa para você. Mesmo se você mal usa o veículo. Como as rodovias são o meio de transporte mais utilizado no país, o valor dos derivados do petróleo afeta o bolso de todas as famílias.

A briga pelo valor do diesel chegou a ser o centro das atenções de todo o país no ano passado, com o protesto de caminhoneiros. A paralisação afetou a distribuição de alimentos em várias regiões e chegou a travar a economia brasileira, que teve um crescimento de 1,1% em 2018.

A categoria voltou a levantar a possibilidade de novo protesto neste ano, o que levou o governo a anunciar medidas para o grupo, como a abertura de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em um total de R$ 500 milhões, para caminhoneiros autônomos. O ponto que mais chamou atenção nesse episódio foi a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, ao segurar o aumento do diesel previsto pela companhia.

Na estrutura atual, o preço dos combustíveis tem colocado, de um lado, os consumidores (taxistas, caminhoneiros e outros motoristas) e, de outro, a Petrobras e os seus acionistas – inclusive o governo, que é o principal deles.

“Se o governo tenta de alguma forma controlar o preço, normalmente isso causa prejuízo à empresa produtora de petróleo. E, se há um repasse integral dos preços, você atinge os setores consumidores do combustível. É uma situação de difícil solução porque sempre vai ter um lado que vai sofrer mais”, explica Mauricio Tolmasquim, professor do programa de planejamento energético da COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética.

A seguir, a BBC News Brasil explica o preço do combustível no Brasil em 5 perguntas.

1. A Petrobras controla os preços no Brasil?

O tamanho da Petrobras faz com que muitos digam que é ela que determina os preços no Brasil. A empresa, por outro lado, diz que as revisões de preço feitas pela companhia podem ou não se refletir no preço final, já que ele tem tributos e ainda há outros agentes da cadeia de comercialização dos combustíveis.

No Brasil, é impossível falar de petróleo sem pensar na Petrobras, estatal criada na década de 1950 após o movimento “O petróleo é nosso”.

Inicialmente, a empresa tinha o monopólio nessa área. Ele só acabou, em teoria, em 1997, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que extinguiu o monopólio nas atividades de exploração, produção, refino e transporte do petróleo no Brasil.

Depois disso, empresas com sede no Brasil e constituídas sob as leis brasileiras passaram a poder atuar nessas áreas mediante contratos de concessão e autorização. Em 2010, foi criado também o regime de partilha para a exploração do petróleo do pré-sal. Nesse regime, a Petrobras tem a preferência de ser operadora e a participação dela no consórcio de empresas não pode ser inferior a 30%.

Mesmo com o fim do monopólio, a Petrobras segue como a grande referência nessa área. Ela é uma empresa estatal de economia mista: tem capital aberto e o acionista majoritário é o governo brasileiro. O bloco de controle, composto pela união, BNDES, BNDESPar, Caixa e Fundo de Participação Social, tem 63,5% das ações com direito a voto.

“A Petrobras é o principal agente de produção, de distribuição. A Petrobras tem um peso muito grande. Ela, no fundo, que define o preço no mercado brasileiro, pelo seu poder de monopólio de fato, mesmo que se possa ter outras distribuidoras, ela tem um tamanho que dá a ela um certo poder monopolista”, diz Tolmasquim sobre a dimensão da estatal no mercado brasileiro.

2. De onde vem o combustível consumido no Brasil?

Para virar combustível, o petróleo passa por um longo processo. Primeiro, o óleo, que leva milhões de anos para ser formado nas rochas sedimentares, é extraído e separado nas plataformas.

Em 2018, a Petrobras exportou 21% do petróleo que extraiu e os outros 79% foram para as refinarias no Brasil.

Abastecimento de combustível — Foto: BBC

Abastecimento de combustível — Foto: BBC

Depois da extração, se for refinado no país, o produto bruto é transportado para terminais no litoral, de onde segue para uma refinaria e passa por três etapas de processamento até se transformar nos subprodutos (diesel, gasolina, querosene e gás liquefeito de petróleo).

A Petrobras responde hoje por 98% do petróleo refinado no Brasil. A estatal tem 13 refinarias que produzem 1,765 milhão de barris de combustível por dia – neste mês, anunciou que vai colocar 8 delas à venda, como parte dos planos de negócio da companhia.

Na produção de derivados no ano passado, a Petrobras usou 91% de petróleo nacional – complementado por petróleo importado devido a especificidades técnicas para o refino. O produto final foi vendido principalmente no Brasil (1,89 milhões de barris por dia), mas também no exterior (178 mil barris por dia).

Atualmente, a Petrobras produz mais petróleo bruto do que o Brasil consome, mas mesmo assim tem que importar uma pequena parte devido ao tipo do óleo brasileiro, que, sozinho, não é adequado para produzir alguns derivados. Além disso, o Brasil não tem capacidade de refino compatível com a demanda interna.

“Ela não tem a capacidade de refinar todo o petróleo que produz, então ela exporta uma parte (de produto bruto) e precisa comprar derivados refinados a fim de atender o mercado”, explicou Antonio Jorge Ramalho, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) que estuda o assunto.

Depois do refino, esses combustíveis são transportados para distribuidoras, onde a gasolina recebe adição de etanol e se transforma na chamada “gasolina comum”, que é a mistura que é encontrada nos postos.

No processo da distribuição, as maiores empresas são a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com 24% do mercado na distribuição de gasolina, além das empresas brasileiras Raízen e Ipiranga, com cerca de 20% cada uma.

No total, o Brasil importou 206 milhões de barris de derivados de petróleo em 2018, 8,3% a menos do que os 224,7 milhões importados em 2017, segundo dados da balança comercial disponibilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Só de gasolina foram 18,7 milhões de barris comprados do exterior no ano passado.

3. O que determina o preço do combustível?

Como o diesel e a gasolina vêm do petróleo, a flutuação do preço do barril no mercado internacional afeta o custo final dos combustíveis no Brasil. O produto faz parte do grupo das commodities comercializadas em todo o mundo, com uma classificação de qualidade ou uma padronização, como soja, trigo e minério de ferro.

Outro fator determinante para o custo final do combustível é se o país tem forte atividade de extração do petróleo e de refino.

Nessa parte, os especialistas explicam que a estrutura do mercado também afeta o preço que o consumidor paga. Quanto maior a competição entre empresas, menor tende a ser o valor do produto.

Essa estrutura do mercado depende de como historicamente o país tratou o setor e da inclinação dos governos para estimular a concorrência nessa área ou exercer mais poder estatal para controlar preços. (Leia na pergunta 6 exemplos de medidas do governo nessa área)

A forma como os combustíveis são transportados também é relevante, segundo Ramalho.

“O fato de usar matriz rodoviária para entregar o óleo aumenta muitíssimo o preço. Aumenta risco de acidentes, com danos ambientais, e assim por diante. O lógico seria ter refinarias espalhadas pelo país, seria ter o transporte do óleo por oleoduto. É mais seguro e mais barato”, disse.

A paralisação dos caminhoneiros em 2018 afetou a distribuição de combustível em diversas regiões — já que no Brasil diesel, gasolina e querosene são transportados em caminhões. As Forças Armadas chegaram a ser chamadas para escoltar os caminhões que saíam de refinarias, para evitar que os protestos impedissem o transporte desses produtos em um momento em que as companhias aéreas já cancelavam voos por falta de combustível e os postos de gasolina estavam desabastecidos.

“O Brasil é um país enorme, então torna os custos muito mais elevados. Não é só o preço do petróleo que vai definir o preço final da entrega do produto. É esse conjunto de fatores: o preço internacional importa, mas a estrutura do mercado importa, a capacidade de refino importa, o custo dos transportes importa, e os custos finais (tributos) do produto também”, resumiu Ramalho.

4. O que mais está dentro do preço que você paga no Brasil?

Os tributos que incidem sobre os combustíveis frequentemente são alvo de reclamações dos consumidores. Além disso, alterações nas alíquotas são usadas pelos governos como forma de tentar reduzir o preço final do combustível ou aumentar a arrecadação.

No auge da paralisação dos caminhoneiros em 2018, por exemplo, o então presidente Michel Temer zerou a Cide incidente sobre o óleo diesel, numa tentativa de controlar o aumento do preço – alvo de reclamação da categoria.

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, ou Cide-combustíveis, foi criada em 2001 com a finalidade de garantir recursos para investimento em infraestrutura de transporte e projetos ambientais relacionados à indústria de petróleo e gás.

Atualmente, os tributos federais sobre combustíveis têm as seguintes proporções: 9% do preço final do diesel e 15% do valor da gasolina.

No entanto, a maior parcela de tributo é estadual: o ICMS corresponde, em média, a 15% do preço final do diesel e 29% da gasolina, segundo dados da Petrobras.

Isso significa que, em média, a cada R$ 10 gastos com gasolina no Brasil, R$ 4,40 são de tributos. No diesel, a cada R$ 10 em compra, R$ 2,40 são referentes aos tributos.

A justificativa para menor incidência de tributos em cima do diesel é que esse é o combustível usado nos ônibus e caminhões. Como o Brasil depende muito do transporte rodoviário de carga, o aumento no diesel impacta toda a cadeia de produção, afetando inclusive a inflação.

5. O combustível é caro ou barato no Brasil?

O valor dos combustíveis varia inclusive dentro do Brasil. O preço médio da gasolina em abril foi de R$ 4,42 por litro, mas variou de R$ 3,59 a R$ 5,98 em diferentes partes do país.

Os dados são do sistema de levantamento de preços da ANP, em pesquisa com mais de 23 mil postos no país em abril.

Já o diesel teve um preço médio de R$ 3,56 no período e variou de R$ 2,99 a R$ 4,95.

Doutora em Planejamento Energético e coordenadora de pesquisa do centro de estudos FGV Energia, Fernanda Delgado explica que a diferença entre as regiões se deve principalmente à variação da alíquota do ICMS, que é definida por Estado.

“Dentro do país você tem diferenças por causa da tributação de ICMS. O Rio de Janeiro tem a gasolina mais cara do Brasil porque o ICMS sobre a gasolina aqui é de mais de 30%. É um dos percentuais mais altos de ICMS que você tem no país inteiro e isso dá diferença muito grande em relação a outros Estados”, disse.

Em relação a outros países, o Brasil fica em posições intermediárias, sem figurar entre os países que têm os combustíveis mais caros e tampouco entre os que apresentam os menores preços.

No ranking internacional do diesel, 57 países têm o produto a preços menores que o do Brasil e 105 têm o preço mais alto, na comparação dos preços convertidos em dólar. Ou seja, o Brasil fica em 106º lugar no ranking de 163 países com diesel mais caro no mundo.

Preço do diesel em outros países — Foto: BBC

Preço do diesel em outros países — Foto: BBC

Quando a comparação é referente ao litro da gasolina, o Brasil aparece no meio da lista: 82 países registraram preços mais altos e 81, valores menores. Ou seja, o Brasil fica em 83º lugar no ranking de 164 países com gasolina mais cara no mundo.

Nos dois casos, Venezuela, Sudão e Irã estão entre os locais com combustíveis mais baratos e Zimbábue, Hong Honk e Mônaco registraram os preços mais altos. Os dados são do site Global Petrol Prices, usado como referência pela Petrobras.

Os Estados Unidos estão na posição 124 no ranking do diesel mais caro e na posição 130 na lista da gasolina.

Preço da gasolina em outros países — Foto: BBC

Preço da gasolina em outros países — Foto: BBC

6. Dá pra diminuir o preço do combustível no Brasil?

Sem uma considerável queda no preço internacional do petróleo, dois cenários poderiam reduzir o preço dos combustíveis no Brasil de forma instantânea.

Um deles é a intervenção no preço praticado pela Petrobras – vista como medida indesejável por quem defende a autonomia da empresa em relação governo, já que compromete o caixa da empresa e é uma sinalização ruim para os investidores.

Entre 2014 e 2017, a Petrobras acumulou mais de R$ 70 bilhões em prejuízos, resultados que são atribuídos não só aos desvios por corrupção revelados pela Operação Lava Jato, mas também à política de preços controlados.

O governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi criticado por congelar preços em períodos de aumento do preço do petróleo, como medida para tentar controlar a inflação.

Logo nos primeiros meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro também interviu na política de preços da Petrobras, ao determinar que a estatal suspendesse um aumento no diesel. No dia seguinte, a queda de mais de 8% nas ações da empresa fez a petroleira perder R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.

“A política energética nacional sempre foi feita através da Petrobras, usando a Petrobras como política”, afirmou Fernanda Delgado. “Todos os países que tiveram preços controlados pelo Estado tiveram algum problema em algum momento. É parte de uma política muito paternalista, que não é saudável. Temos estrutura de mercado nacionalista e fechado. Falta maturidade pra gente andar em direção a um mercado aberto.”

Outro cenário para a redução do preço do combustível no curto prazo seria a redução dos tributos, o que parece pouco provável no Brasil, onde tanto o governo federal quanto a maioria dos Estados estão com as contas comprometidas.

“(O combustível) tem carga tributária elevadíssima. Então parte do problema, se o governo quisesse resolver, seria reduzir os impostos. Mas a maior parte dos impostos não é federal, é estadual. Então tem aí outra dificuldade, que é chegar a consenso entre governos federal e estaduais visando estabelecer preço razoável”, disse Ramalho.

Segundo ele, o ideal, na verdade, seria que o governo conseguisse usar a receita arrecadada com os tributos incidentes sobre esses combustíveis para estimular o investimento em formas de energia que geram menos poluição.

É o caso, por exemplo, da Noruega, que figura entre os países com combustíveis mais caros, apesar de ser a maior produtora e exportadora de petróleo e gás da Europa ocidental. O preço alto vem de uma alta tributação para desestimular o consumo de combustível fóssil. É por isto que o país é acusado de hipocrisia em sua política ambiental: ao mesmo tempo em que é conhecida como exemplo na proteção do meio ambiente, é um dos principais exportadores de petróleo e gás do mundo.

“Aí você criaria uma estrutura de incentivos que desfavorece o uso dessa energia e favorece o uso de energia limpa. Vai conduzindo o mercado a criar e ampliar a escala das indústrias mais limpas. E deixaria de subsidiar a indústria do petróleo. Mas aí tem que vencer o lobby”, afirmou.

Ramalho resume o que seria o melhor cenário para a economia brasileira nesta área. “O mercado ideal é o de um país com capacidade produtiva próxima ao menos ao que ele consome – se conseguir produzir mais, melhor – e que ele tenha capacidade de refinar o próprio petróleo. E que tenha capacidade de entregar isso a preços compatíveis com os custos.”

Outro cenário capaz de reduzir o preço dos combustíveis, segundo os especialistas entrevistados, seria estimular a competição na cadeia de produção. O tamanho da Petrobras na área de refino, por exemplo, está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que abriu um inquérito contra a empresa, em dezembro, para apurar “suposto abuso de posição dominante no mercado nacional de refino de petróleo, explorado quase integralmente pela estatal” (98% sob controle da Petrobras).

A abertura do inquérito foi baseada em um estudo sobre a estrutura do mercado de refinaria no Brasil e possíveis medidas para estimular a competição no setor. O documento aponta que há poucas alternativas à estatal para o refino de petróleo e que a concorrência fica a cargo de importação e empresas com baixa expressividade no território brasileiro.

Ainda não houve julgamento. Segundo o Cade, o inquérito continua em análise na superintendência-geral do órgão.

Sobre a formação de preços, a estatal diz que “como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final, que incorpora tributos e repasses dos demais agentes do setor de comercialização: distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis, entre outros.”


Fonte: Portal G1


Petrobras anuncia redução no preço da gasolina nas refinarias

A Petrobras anunciou hoje (09), a quinta redução consecutiva nesta semana do preço da gasolina em suas refinarias. O índice anunciado foi de -1,32%. Com isso, o litro do combustível passará de R$ 1,6958, cobrado hoje, para R$ 1,6734, a partir de amanhã (10), ou seja, uma redução de dois centavos.

Desde o início da semana, quando o litro do combustível era vendido a R$ 1,8466, a gasolina já acumula queda de preço de 9,38% (17 centavos).

Essa também foi a 16ª queda consecutiva no preço da gasolina desde 25 de setembro, quando atingiu o valor de R$ 2,2514 por litro. Desde então, o combustível já acumula redução de 25,67%, ou seja, 58 centavos.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Em quatro anos, barril do petróleo atinge a maior cotação

Alta reflete instabilidade internacional. Movimento pressiona preço da gasolina, do diesel e dos demais derivados no Brasil.

O preço do barril do petróleo negociado no mercado de futuros de Londres rompeu nessa segunda-feira (1º) uma importante barreira “psicológica”. Com uma alta de 2,7%, o chamado petróleo Brent, de referência na Europa e na Ásia, atingiu a marca de US$ 84,98 por barril – o maior valor desde novembro de 2014.

Paralelamente, nos EUA, o petróleo WTI (a outra referência mundial) também experimentava uma alta expressiva na Bolsa de Nova York, fechando a US$ 75,30, por barril. Ambos os movimentos estão sendo interpretados pelos analistas como o início de um ciclo de alta causado pelas incertezas do cenário internacional.

Os investidores aguardam com ansiedade o desenrolar de dois acontecimentos. O primeiro foi a negociação, no domingo passado, do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), envolvendo EUA, Canadá e México. A expectativa é que os três países façam, a partir de agora, um esforço coordenado de crescimento, com forte demanda por combustíveis fósseis.

O segundo é a entrada em vigor, em 4 de novembro, das sanções norte-americanas contra o Irã. Com a vigência, o país persa – terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – ficará impossibilitado de escoar parte da sua produção, ou seja, a oferta de petróleo no mundo encolherá.

Reflexos no Brasil

Embora geograficamente distantes, esses fatores influenciam o mercado brasileiro, uma vez que a atual política de preços da Petrobras reflete a cotação internacional do barril.

Outro elemento importante para a formação dos preços da Petrobras é a taxa de câmbio, que está extremamente volátil com a incerteza eleitoral. O dólar comercial, referência de mercado, aumentou quase 30% nos últimos doze meses, passando de cerca de R$ 3,15 para R$ 4,00.

Por essas razões, os preços dos derivados no Brasil estão caros, e o viés é de alta.

Segundo os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em setembro passado, o litro da gasolina atingiu seu maior valor em dez anos (corrigido pela inflação): R$ 4,65 (média nacional). De lá para cá, já foi registrado um aumento de 0,95%, ou seja, o brasileiro desembolsa, hoje, em média, R$ 4,69 por cada litro do combustível.

Fonte: Agência CNT (com informações da Reuters e da Agência EFE).

Preço médio da gasolina encerra setembro com alta de 0,95%, diz ANP

Segundo levantamento semanal, gasolina teve alta de 0,95% e diesel ficou 0,41% mais caro.

Os preços da gasolina, do diesel e do etanol encerram a semana em alta, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta sexta-feira (28).

O preço da gasolina para o consumidor subiu 0,95%, para R$ 4,696, e renovou a máxima do ano. Foi o quinto aumento seguido. A ANP chegou a encontrar o litro da gasolina vendido a R$ 6,290.

A pesquisa também apurou que o diesel aumentou 0,41% na semana. O litro do combustível chegou a R$ 3,655. Também é o quinto aumento consecutivo.

Já o preço do etanol avançou 1,20%, para R$ 2,865. O valor representa uma média calculada pela ANP e, portanto, pode variar de acordo com a região.

No acumulado do ano, o preço da gasolina subiu 14,6%, o diesel avançou 9,9%, e o do etanol caiu 1,6%.

Novos preços do diesel

A ANP publicou também nesta sexta-feira os novos preços de referência para comercialização do diesel, que passou a ser subsidiado pelo governo após a greve dos caminhoneiros. Os preços subiram até 2,76% e variam de acordo com a região.

Os novos preços entram em vigor neste domingo (30) e valerão por 30 dias.

O preço de comercialização do diesel para a Petrobras e outros agentes que participam do programa, incluindo alguns importadores, foi congelado em junho a R$ 2,0316 por litro, após o governo fechar um acordo com caminhoneiros para encerrar os protestos que paralisaram o país em maio. No final de agosto, tiveram sua primeira atualização, com alta de até 14,4%.

A nova metodologia vale até o fim do ano, quando termina o prazo previsto em lei para a concessão da subvenção ao diesel.

4 coisas para prestar atenção em um posto de combustível

Para você, o que é um posto de combustível de confiança? Existem algumas maneiras de descobrir. Muitos estradeiros avaliam o posto pela estrutura, principalmente quanto estes possuem um espaço para caminhoneiros.

Outra maneira é pedindo um teste de qualidade no combustível antes de comprá-lo. Você pode exigir esse teste, pois é direito do consumidor. Saiba mais clicando aqui.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, orienta os consumidores sobre cuidados necessários em postos de combustíveis. São 4 coisas para prestar atenção antes de abastecer naquele posto.

1. ORIGEM, PREÇO, VALIDADE E QUANTIDADE

origem_preco

Imagem: TV Parlamento

Os postos de combustíveis devem informar na entrada do posto, através de placas, faixas ou totens, os valores que são praticados segundo regra da Agência Nacional do Petróleo (ANP). É importante o consumidor verificar se os preços das bombas são os mesmos que os anunciados e se há restrição de horário, forma de pagamento ou bomba.

2. ETANOL

etanol

Imagem: Jonathan Campos

Nas bombas verifique o nível do densímetro, o tubo transparente onde passa o combustível e é possível perceber a quantidade de água. O máximo permitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de 5% ou há adulteração. O etanol deve ser límpido, isento de impurezas. A cor alaranjada significa adulteração.

3. GASOLINA

gasolina

Em caso de suspeita quanto à qualidade da gasolina, o consumidor pode pedir ao funcionário do posto que realize na hora o “teste da proveta”, que mede a porcentagem de etanol misturado. Verifique o tipo de gasolina que está sendo utilizado. A gasolina também tem validade, são até três meses no depósito do posto, por isso, muitos empurram o tipo mais caro com menos saída.

4. FLUÍDOS, LUBRIFICANTE E ADITIVOS

lubrificante_aditivo

Atenção ao trocar lubrificantes e fluídos que têm prazo de validade a ser respeitado, como também conferir se o preço está na prateleira. Consulte o manual e veja quando realizar a troca. É comum postos comissionarem frentistas para realizar a venda.

O engenheiro mecânico e professor do departamento de engenharia mecânica do Instituto Mauá, Celso Argachoy, alerta aos motoristas sobre a importância de respeitar o prazo de validade dos produtos automotivos. Em especial, óleos lubrificantes, fluídos de freio e aditivos, pois após o vencimento passam a absorver a umidade e perdem suas características.

Para esclarecer dúvidas do consumidor, acesse o site do ProconIpem ANP.

Fonte: Trucão 

30 postos têm seus combustíveis testados; veja o resultado

Que o combustível anda caro, não é novidade. Para motoristas, profissionais ou não, essa é uma realidade principalmente depois da mudança da política de preços da Petrobras, que completa 1 ano. Mais do que nunca, o consumidor pode e deve exigir seus direitos na hora de abastecer. Pensando nisso, a PROTESTE, associação de consumidores, fez um estudo com 30 postos da cidade do Rio de Janeiro, que tiveram seus combustíveis testados.

A associação exigiu, anonimamente, que fosse feito o teste de vazão, que verifica se a bomba abastecedora fornece o mesmo volume que está sendo registrado. Dos postos abrangidos pela pesquisa, 23 realizaram a prova na gasolina imediatamente após a solicitação, geralmente com a presença do gerente ou do responsável.

Influenciada pelo aumento do dólar e da cotação do barril do petróleo, a escalada de preços dos combustíveis se intensificou no mês passado, irritou consumidores e motivou uma greve de caminhoneiros, que parou o país por mais de uma semana.

Resultados

Apesar da maioria dos postos ter feito o teste imediatamente, uma minoria não colaborou com tanta facilidade.

Sete postos negaram fazer o teste na gasolina, mas quatro voltaram atrás e aceitaram fazê-lo: Gasoal-EPP, localizado no Engenho Novo, ZIP Auto Posto, na Vila Valqueire – ambos de representação ALE –, Posto de Gasolina do Netinho da Tijuca, na Tijuca, e Posto de Abastecimento Gallena Lago, no bairro da Lagoa, estes, respectivamente, de bandeira Ipiranga e branca, ou seja, sem exclusividade à marca.

Os casos mais graves, entretanto, foram os dos postos Gasolina Bonanza (bandeira branca) em Vila Valqueire, Mirante da Taquara (BR Petrobras), na Taquara, e Garagem São José do Grajaú (BR Petrobras), em Vila Isabel. Neste último, ao contrário dos demais – em que se ouviu muito a desculpa de que o gerente não estava no local e que, por isso, seria impossível realizar a avaliação –, foi dito que não havia gasolina comum para esse fim.

Já dos 27 estabelecimentos que realizaram o teste, em apenas dois foram encontradas diferenças entre o limite de 100 ml de disparidade permitido. No Posto de Abastecimento e Serviços V. Marques, de bandeira Ipiranga, em Del Castilho, constatou-se que a quantidade de gasolina entregue pela bomba e a aferida pelo equipamento medidor do Inmetro foi superior, com 180 ml.

O contrário ocorreu no Posto de Gasolina Andaraí (de bandeira ALE), na Tijuca, despejando 120 ml a menos do que o informado no dispositivo abastecedor.

Vale destacar a atitude, que deveria servir de exemplo, do gestor Paulo, do Posto Catedral, da bandeira Shell, na Lapa. Ele estava efetuando o procedimento durante a nossa visita e disse que a aferição das bombas ocorre semanalmente.

Além do volume

Foram analisados, ainda, outros quesitos para ver se esses locais estão respeitando seus direitos. Nesse caso, se as bombas haviam passado pela verificação anual. Isso é vital para evitar fraudes. A boa notícia é que quase todos os locais traziam a certificação do Inmetro de 2017, referente ao ano de 2018, tanto em suas abastecedoras quanto nesses medidores.

dinheiro_do_diesel

A exceção foi a do AT Posto Duzentos e Um Eirelli (bandeira branca), no bairro de São Cristóvão. O selo no dispositivo de gasolina comum tinha validade só até 2010, enquanto as bombas dos demais combustíveis – como, por exemplo, do diesel comum – eram de 2018.

Diante disso, esse abastecedor, com vencimento em 2010, não deveria estar sendo usado. Além disso, deveria sofrer verificação imediata pelo Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (Ipem-RJ) antes de voltar a operar.

Por fim, foram os preços: se estavam sendo exibidos corretamente e com fácil identificação tanto nas entradas dos postos quanto nas bombas, respeitando a exigência de terem três casas decimais.

Valor pago

O estudo da PROTESTE também notou que o cálculo foi feito errado do valor a ser pago em 12 dos 27 postos. Assim, o resultado da multiplicação do preço por litro de combustível pelo volume total de litros adquiridos, mostrado na bomba, não procedia.

imposto_sindical

Em três locais – Posto de Gasolina e Bar Garoa, em São Conrado, Posto de Gasolina Todos os Santos, no Engenho de Dentro, e Auto Posto Metro, no Centro –, o litro exposto no dispositivo era de R$ 4,879. Na compra de 4,09 litros, a cifra total deveria ser de R$ 19,95, e não de R$ 20, como exibida na bomba, ou seja, uma diferença de R$ 0,05, ou de 10 ml.

Além disso, nem sempre a quantidade de litros na nota fiscal condiz com a que figura na bomba, pois normalmente a gasolina que sai dela tem duas casas decimais, enquanto na nota fiscal aparece com três.

A PROTESTE informou ao Procon e ao Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) os resultados do teste, pedindo providências para que o consumidor não sofra mais com as ofertas enganosas que lhes foram feitas pela entrega de uma quantidade de combustível inferior a realmente está sendo cobrada.

Isso representa fraude econômica e contraria os direitos básicos do consumidor, como o direito à informação correta. Além de tudo, esses produtos possuem um vício de quantidade que lhes diminui o valor – nesse caso, se constatada a ilegalidade, o consumidor pode pedir o abatimento do preço.

Você, como consumidor, pode exigir do postos alguns tipos de testes para conferir se o combustível está sendo vendido de acordo com a lei. Quais são esses testes? Que lei permite essa exigência? Em breve teremos mais posts falando sobre isso.

Fonte: Pé na Estrada

 

Ministro da Fazenda diz analisar mudança em tributação sobre combustíveis

No ano passado, o governo elevou PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol para aumentar arrecadação. Eventual mudança nesses tributos, neste momento, seria para reduzi-los.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (7), antes de café da manhã organizado pelo Council of the Americas com lideranças empresariais em Nova York (Estados Unidos), que a equipe econômica analisa a possibilidade de mudar a tributação sobre combustíveis.

Em julho do ano passado, diante das dificuldades para cumprir a meta de déficit fiscal para 2017, o governo anunciou aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis (gasolina, diesel e etanol). Naquele momento, informou que esperava arrecadar cerca de R$ 10 bilhões a mais no ano passado.

Os tributos foram elevados ao limite máximo permitido pela lei. Deste modo, uma eventual mudança na tributação sobre combustíveis, envolvendo o PIS/Cofins, teria de ser feita, necessariamente, para baixar a tributação.

O aumento de tributos, somado a reajustes feitos pela Petrobras, fez disparar o preço dos combustíveis no Brasil, o que vem gerando reclamações da população e até de integrantes do governo.

Diante dos questionamentos, a Petrobras tem informado que a parcela do preço na refinaria, pelo qual é responsável, representa menos de 50% do preço do diesel e menos de 33% do preço da gasolina.

Ainda de acordo com a estatal, o principal componente dos preços dos combustíveis tem sido a “carga tributária” imposta pelo governo.

“Estamos começando a analisar essa questão [tributação sobre os combustíveis], se teria ou não uma melhora na estrutura de impostos. Não tem prazo definido [para a eventual mudança]”, declarou Meirelles a jornalistas, em Nova York.

Política de preços da Petrobras

O ministro negou, porém, qualquer possibilidade de mudança na política de preços da Petrobras que, segundo ele, é “autônoma” e “baseada na eficiência cooporativa”.

“Não há nenhum pensamento de qualquer discussão a esse respeito. A Petrobras fixa seu preço de acordo com as condições de mercado”, acrescentou.

A declaração representa um recuo em relação ao que o próprio ministro havia dito nesta terça-feira (6), em entrevista à rádio CBN. Ele informou, na ocasião, que o governo estaria discutindo uma nova política de preços junto à Petrobras para evitar que fortes guinadas nas cotações internacionais prejudicassem o consumidor ou a companhia.

A declaração do ministro gerou reação por parte da Petrobras. A estatal informou nesta terça-feira, à Reuters, que, “em nenhum momento”, se cogitou qualquer alteração nas regras atualmente aplicadas pela companhia, “que são de sua exclusiva alçada”.

A estatal também informou que “continuará ajustando o preço da gasolina e do diesel em suas refinarias diariamente conforme as variações nas cotações internacionais do petróleo”. A empresa observa outros parâmetros em sua política, como o câmbio, assim como busca recuperar mercado no setor.

Fonte: G1