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Fux adia julgamento contra tabela do frete

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na quinta-feira adiar mais uma vez o julgamento das ações que questionam a constitucionalidade do tabelamento do frete rodoviário. Ele marcou outra reunião entre as partes para 10 de março, às 12h, em seu gabinete.

Fux atendeu a um pedido do governo feito pelo advogado-geral da União, André Mendonça, que solicitou a realização de mais uma audiência no gabinete do ministro como “última tentativa de buscar-se a conciliação” entre governo, caminhoneiros e empresários.

Marcado para a manhã da próxima quarta-feira (19), o julgamento das três ações sobre o assunto deve agora ser retirado da pauta pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Fux não indicou uma nova data para que o assunto volte para a agenda do plenário do Supremo. A análise do tema é uma das mais aguardadas pelos agentes econômicos, por ter impacto nos custos das mais diversas cadeias produtivas.

Trata-se do segundo pedido de adiamento feito pelo governo. O tabelamento do frete estava previsto para ser julgado em setembro do ano passado, quando Fux, que é o relator do tema no Supremo, atendeu a um primeiro pedido do AGU para que a análise do assunto fosse adiada.

Desde 2018, Fux realizou ao menos duas reuniões a portas fechadas entre caminhoneiros, transportadores, setor produtivo e representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do governo, sem que nenhum consenso fosse alcançado. Em agosto daquele ano, foi realizada também uma audiência pública.

No pedido protocolado na quarta-feira, Mendonça apelou para o discurso do próprio Fux, que em decisão de dezembro de 2018 disse priorizar “as vias amigáveis de diálogo para a solução das questões sociais subjacentes ao julgamento da causa, inclusive com a realização de audiências com as partes interessadas e também de audiência pública”.

A tabela de preços mínimos de frete foi uma das principais concessões feitas pelo governo do presidente Michel Temer para encerrar uma greve nacional de caminhoneiros, que durou 11 dias em maio de 2018 e causou graves desabastecimentos nos mais diversos setores.

O instrumento, que continua em vigor, foi instituído pela Medida Provisória 832/2018, convertida na Lei 13.703/2018, e pela Resolução 5.820/2018, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que regulamentou a medida.

Fux é o relator de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a medida, ajuizadas pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

As entidades alegam que a tabela fere os princípios constitucionais da livre concorrência e da livre iniciativa, sendo uma interferência indevida do governo na atividade econômica. Elas querem que seja concedida uma liminar (decisão provisória) suspendendo de imediato a vigência da tabela.

O adiamento foi recebido com críticas pela indústria gaúcha, que aguardava ansiosa pela decisão. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, ressalta que o tabelamento tem causado grandes danos à economia gaúcha e nacional, e o não julgamento no próximo dia 19 agravará ainda mais a situação pelos danos que vem causando nas cadeias produtivas. Segundo a Fiergs, o tabelamento prejudica caminhoneiros autônomos, indústrias e consumidores, não resolvendo a falta de demanda por frete e resultando em aumento dos preços finais dos produtos.

Fonte: Jornal do Comércio

Consumidor deve pagar a conta do reajuste da tabela do frete

Representantes da indústria, do agronegócio e do comércio dizem que repasse do reajuste de até 15% determinado pela ANTT para o preço dos produtos será imediato

Representantes da indústria, do comércio e do agronegócio acreditam que se o reajuste da tabela de frete em até 15% – determinado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – não for revogado e passar a vigorar a partir da próxima segunda-feira, 20, haverá impacto imediato nos preços ao consumidor.

“O reajuste da tabela de frete deve ter reflexo imediato nos preços dos eletroeletrônicos”, afirma José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne a indústria do setor. Ele argumenta que no caso da variação cambial, que impacta o custo dos eletroeletrônicos por conta do uso de componentes importados, é possível postergar o aumento de preços trabalhando com os estoques remanescentes. Mas, no caso do frete, isso não é possível.

Levantamento informal feito entre os associados da entidade revela que o frete para os fabricantes de eletrônicos subiu entre 180% e 200% desde início do tabelamento até hoje, já incluindo o reajuste de 15%.

O presidente da Eletros também questiona o porcentual de reajuste. “Não sei de onde tiraram 15%: a inflação está abaixo de 5%, a taxa Selic (taxa básica de juros) também está abaixo de 5%, o IGP-M um pouco acima de 5% e as margens de lucro do setor produtivo estão longe de 10%.”

Ronaldo dos Santos, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) também diz que, se o reajuste da tabela de frete for aplicado, ele acabará sendo repassado para os preços dos produtos vendidos nos supermercados e o consumidor irá pagar essa conta. “Vamos ter que repassar para os preços”, diz.

Santos, da Apas, é contrário ao tabelamento de preços na economia, especialmente no governo atual que defende a liberdade econômica e Nascimento, da Eletros, Também. “O governo do presidente Jair Bolsonaro que veio com a proposta de ser mais liberal manteve o tabelamento do frete”, lembra Nascimento, apontando que se trata de uma contradição.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan, também diz que o seu setor é totalmente contrário a qualquer tipo de tabelamento, inclusive do produto agrícola. “Tabelamento do frete envolve custo para a sociedade de uma maneira geral que o mercado não suporta e esse aumento de custo vai estourar no consumidor não apenas no produtor rural”, afirma. Ele acrescenta que o aumento do frete pode virar pressão inflacionária.

Cabotagem

Galvan diz que o governo precisa mudar o modal de transporte e que não tem lógica, no caso dos grãos, o custo do frete representar o equivalente de duas a três vezes o valor da carga. A colheita da soja já começou no Mato Grosso. Mas a maior parte da safra sai do campo e é escoada pelas rodovias do Estado até o porto no mês que vem.

Nascimento diz que o aumento da tabela do frete rodoviário tem reflexo maior sobre as indústrias localizadas nas regiões Nordeste e Sul do País. No caso do Sudeste, o impacto é menor por conta da proximidade do mercado consumidor. E os eletroeletrônicos fabricados na região Norte, na Zona Franca de Manaus (AM), são escoados para o Sudeste por meio de navios de cabotagem. “Nosso medo é repetir o que aconteceu em 2018, quando houve reajuste no frete de cabotagem por causa do tabelamento do frete rodoviário e da maior demanda pelo serviço.”

Fonte: Terra.com

Representantes de transportes vão poder opinar na nova tabela do frete

Agência Nacional de Transportes Terrestres abriu consulta pública para colher sugestões de caminhoneiros e interessados no setor

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu nova Audiência Pública (AP nº 17/2019) com o objetivo de dialogar com o setor e estabelecer as regras gerais, a metodologia e os indicadores dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, instituído pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM).

De acordo com o diretor de Departamento de Gestão e Projetos Especiais do Ministério da Infraestrutura, Marcelo da Costa, há novidades que vão favorecer os caminhoneiros, como: a obrigatoriedade do pagamento do retorno para alguns casos específicos, a atualização do preços dos insumos e a inclusão de diária dos motoristas, entre outros.

A nova tabela foi feita em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).

O período para envio das contribuições será das 9 horas (horário de Brasília) do dia 24 de outubro de 2019 até as 18 horas (horário de Brasília) do dia 8 de dezembro de 2019.

Sessão presencial:

Brasília – DF: Edifício sede da ANTT – Auditório Eliseu Resende

Data: 22 de novembro de 2019

Horário: das 13h30 às 18h

Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul, Lote 10, Trecho 03 – Projeto Orla Polo 8 – Brasília/DF, CEP: 70.200-003

Capacidade: 300 lugares

Fique por dentro das informações específicas sobre a matéria, bem como as orientações acerca dos procedimentos relacionados com a realização e participação da Audiência Pública nº 17/2019, que estarão disponíveis, na íntegra, no sítio http://www.antt.gov.br, a partir do dia 24 de outubro de 2019. Informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo e-mail [email protected].

Fonte: Estradas

ANTT e caminhoneiros discutem tabela do frete para carga viva

Encontro tem como objetivo coletar opiniões e sugestões para aprimorar a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em parceria como Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Esalq/USP, realizou nesta quinta-feira, 26, segunda reunião sobre os preços mínimos da tabela do frete. Na ocasião, estiveram presentes representantes de cargas consideradas especiais, como vidros, granéis em silo pressurizado, animais vivos, cargas aquecidas e guincho.

O encontro tem como objetivo coletar opiniões e sugestões para aprimorar a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), reunindo profissionais dos segmentos envolvidos nas cadeias logísticas brasileiras, como transportadoras, embarcadores e caminhoneiros autônomos. Os participantes tiveram a oportunidade de participar presencialmente e também de forma online, por meio de um questionário elaborado pelas instituições competentes.

Caso no STF

Três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) sobre a tabela do frete ainda aguardam julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Em junho, o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, havia marcado a análise do caso para 4 de setembro. No entanto, a data foi adiada a pedido do relator, ministro Luiz Fux. Os processos foram abertos pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A CNA argumenta que o tabelamento é uma intervenção ineficaz no meio econômico, que tem causado perdas ao setor produtivo, como o aumento de 145% no valor do transporte de granéis agrícolas e a redução nas exportações.

Os caminhoneiros defendem o tabelamento. Eles alegam que há uma distorção no mercado e que, sem a tabela, não têm condições de cobrir os custos do serviço que prestam e ainda extrair renda suficiente para o próprio sustento.

Fonte: Canal Rural

Tabela do frete: caminhoneiros têm nova reunião com ANTT na próxima semana

Encontro, que também vai contar com a participação da Esalq-Log, faz parte de uma programação definida em dezembro de 2018

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Esalq/USP, devem se reunir na próxima semana para realizar uma segunda reunião sobre os preços mínimos da tabela do frete. O encontro faz parte de uma programação definida em dezembro para rever os valores do transporte rodoviário.

“Desta vez, será discutida a possibilidade de serem fixados pisos mínimos de frete para o transporte de cargas que tenham custos operacionais diferenciados, tais como vidros, animais vivos, guincho, granéis em silo pressurizado e cargas aquecidas”, disse a Esalq em comunicado.

Segundo o grupo de estudos,  o encontro tem como objetivo coletar opiniões e sugestões para aprimorar a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC). Profissionais dos segmentos envolvidos nas cadeias logísticas brasileiras, como transportadoras, embarcadores e autônomos devem participar.

Diferente das reuniões realizadas no primeiro semestre do ano, o evento será divido por temas, sendo discutidos os aspectos gerais de cada carga especial. As reuniões acontecerão de forma simultânea: no primeiro período, das 9h às 12h, em salas distintas, serão coletadas as sugestões a respeito das cargas a granel em silo pressurizado, vidro e cargas aquecidas. No segundo período, realizado em salas distintas das 14h às 17h, o encontro abordará as cargas de guincho e animais vivos. 

Caso no STF

Três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) sobre a tabela do frete ainda aguardam julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Em junho, o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, havia marcado a análise do caso para 4 de setembro. No entanto, a data foi adiada a pedido do relator, ministro Luiz Fux. Os processos foram abertos pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A CNA argumenta que o tabelamento é uma intervenção ineficaz no meio econômico, que tem causado perdas ao setor produtivo, como o aumento de 145% no valor do transporte de granéis agrícolas e a redução nas exportações.

Os caminhoneiros defendem o tabelamento. Eles alegam que há uma distorção no mercado e que, sem a tabela, não têm condições de cobrir os custos do serviço que prestam e ainda extrair renda suficiente para o próprio sustento.

Fonte: Canal Rural

Governo busca saídas para tabela do frete, diz Tarcísio

BRASÍLIA (Reuters) – O governo federal está tentando construir saídas para a tabela de frete rodoviário e tem um pacote de ações com o setor para melhorar condições do transporte de cargas, mas a normalidade na questão virá do crescimento econômico do país, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, nesta sexta-feira.

Segundo o ministro, o governo está planejando um programa de renegociações de dívidas e está pensando em como aumentar o transporte pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para caminhoneiros autônomos, entre outras medidas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tinha previsão de julgar nesta semana quatro ações respeito do tabelamento do frete rodoviário, mas o presidente da corte, Dias Toffoli, retirou os processos da pauta do plenário do tribunal.

O impasse entre contratantes de transporte rodoviário, que em geral consideram a tabela inconstitucional, e caminhoneiros já dura mais de um ano, após o frete mínimo ter sido aprovado.

Fonte: Extra

Tabela do frete: começa reunião entre governo e setor para fechar acordo

Ministro decidiu que piso mínimo elaborado pela Esalq será uma referência de preços; objetivo agora é incluir a remuneração de parte dos transportadores

Já começou a reunião agendada para esta terça-feira, dia 30, entre o governo e o setor para tentar chegar a um acordo sobre o piso mínimo do frete rodoviário. Nesta segunda, 29, o Ministério da Infraestrutura anunciou encontros durante toda terça e quarta-feira desta semana, que devem contar com a presença de representantes de embarcadores, que são os contratantes de fretes, transportadoras e caminhoneiros autônomos.

A expectativa é que os termos sejam concluídos e assinados até o fim desta semana. Cerca de 30 representantes das três categorias participam dos encontros, que vão continuar no Ministério da Infraestrutura. Eles estão divididos em onze grupos setoriais, um para cada tipo de carga. São elas: carga geral, carga geral perigosa, carga líquida a granel, carga líquida perigosa a granel, carga sólida a granel, carga sólida perigosa a granel, carga frigorificada, carga frigorificada perigosa, carga neogranel, carga conteinerizada e carga conteinerizada perigosa.

De acordo com uma fonte ouvida pelo Canal Rural,  o governo federal deve sugerir mudanças no tabelamento do frete através do relatório da Medida Provisória 881/2019, que tramita no Congresso Nacional e é conhecida como medida da Liberdade Econômica.

Após reuniões na semana passada com os setores, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, decidiu que a tabela do frete, criada pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Esalq, servirá como uma espécie de referência de preços. A ideia é incluir ainda uma remuneração de parte dos transportadores.

“A base será a tabela da Esalq e em cima disso vamos pactuar com os setores a parcela de remuneração, que é extra custo”, disse. A principal reclamação de caminhoneiros era que a tabela não trazia a previsão do lucro, ou seja, a remuneração da atividade. 

Entenda

A última referência de preços mínimos para o transporte rodoviário, publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e elaborada pela Esalq-Log, foi suspensa a pedido do ministro Tarcísio de Freitas, que alegou que havia sido observada uma insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte.

A partir disso, o ministro resolveu que novas reuniões seriam realizadas para os setores chegarem a um acordo. Com a suspensão da tabela, ficou valendo a tabela publicada antes.

STF analisa o caso

O tabelamento do frete deve ser julgado em 4 de setembro no Supremo Tribunal Federal. Há na Corte três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) contra os preços mínimos do transporte rodoviário. Os processos foram abertos pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Fonte: Canal Rural

Ministro da Infraestrutura recebe caminhoneiros para discutir tabela do frete

Mais cedo, Tarcísio de Freitas se reuniu com transportadoras. Nova tabela de frete foi suspensa na segunda-feira após pressão dos caminhoneiros autônomos.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, se reúne na tarde desta quarta-feira (24) com caminhoneiros autônomos para discutir a nova tabela de frete, suspensa na segunda-feira (22)após pressão da categoria.

No final da manhã, o ministro se reuniu com 43 empresas e associações de transportadores. Após a reunião, que durou quase 3 horas, o vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, afirmou que é preciso buscar um consenso com relação a tabela. “Saímos muito otimistas com relação à pretensão do ministério de buscar o consenso”, disse.

O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, José Hélio Fernandes, destacou ainda a importância de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar as ações que contestam o tabelamento do frete.

As ações foram apresentadas no ano passado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Tabela suspensa

As novas regras para o cálculo do frete mínimo geraram críticas de caminhoneiros. A resolução foi publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na quinta-feira da semana passada, após passar por consulta pública e entrou em vigor no sábado (20).

A nova tabela foi criada em conjunto com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, ligado à Universidade de São Paulo (USP).

Os caminhoneiros reclamam que a nova tabela não leva em consideração a remuneração do caminhoneiro, ou seja, o lucro que ele terá na viagem. Segundo a categoria, como isso não está previsto na resolução, quem contratar o frete não vai querer pagar essa remuneração.

A tabela de fretes foi criada no ano passado pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.

Fonte: G1

Maior parte de fiscalização sobre tabela do frete recai no agronegócio, diz ANTT

Cerca de metade das averiguações feitas pela agência até agora resultou em multas. Preços tabelados foram instituídos para pôr fim à greve dos caminhoneiros em 2018.

Cerca de metade (45%) das fiscalizações realizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o cumprimento da tabela de pisos mínimos de frete rendeu multas neste ano, e a maioria das operações da autarquia recaiu sobre o segmento do agronegócio, aponta levantamento recente da agência.

A tabela de frete rodoviário foi instituída em meados do ano passado, como forma de por fim à greve nacional dos caminhoneiros, mas a aplicação de multas por descumprimento somente passou a ser executada no início deste ano, após publicação em novembro de resolução que orienta a aplicação da penalidade. Anteriormente, as empresas flagradas descumprindo a tabela eram notificadas.

O cumprimento da regra da tabela, uma forma de proteger caminhoneiros de variações no custo do frete como oscilações no preço do diesel, é uma das principais reivindicações da categoria que tem se mostrado cada vez mais insatisfeita com o aumento no preço do combustível vendido pela Petrobras a distribuidores do país.

Segundo a ANTT, desde janeiro até quarta-feira passada (17), foram realizadas 342 operações de fiscalização do cumprimento da tabela em estradas do país, das quais 156 renderam multas por irregularidades no cumprimento da regra do piso mínimo de frete. A agência afirmou que as operações ainda continuam, “de forma prioritária em todas as unidades regionais, com isso os números apresentados certamente sofrerão alterações”.

Questionada sobre quais seriam as áreas de trabalho de quem foi flagrado cometendo irregularidades, a ANTT afirmou que não tem dados sobre essa separação por área de atuação, mas que as “fiscalizações são, em sua grande maioria, no segmento do agronegócio”.

A ANTT também não informou detalhes das ações, como total arrecadado com as multas, mas afirmou que a resolução 5.833/18, publicada em novembro, prevê penalidades de R$ 550 a R$ 10.500.

Entre as situações que podem render multa estão penalidades para contratantes e caminhoneiros que fizeram transporte de carga cobrando menos que o piso e anunciantes de cargas que promoverem serviços de transporte rodoviário por menos que o mínimo previsto na tabela.

Procurada, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), não pôde comentar o assunto de imediato.

Representantes de entidades de defesa de direitos de caminhoneiros autônomos, incluindo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, reúnem-se nesta tarde com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Pacote para caminhoneiros

Na semana passada, o governo lançou um pacote de apoio a caminhoneiros, incluindo crédito para manutenção de veículos e investimentos em rodovias, mas as medidas foram criticadas por entidades que representam a categoria como uma tentativa de apenas reduzir a insatisfação dos motoristas com o custo do diesel e o que citam como descumprimentos da tabela de frete.

No dia seguinte ao lançamento do pacote, a Petrobras elevou o preço médio do diesel em suas refinarias em 4,8%, menos que o índice de 5,7% que a empresa pretendia aplicar na semana anterior. O aumento inicial foi suspenso após interferência do presidente Jair Bolsonaro.

A colheita da soja, principal item da pauta de exportação brasileira, está perto do final e os meses de abril, maio e junho costumam ser muito fortes no escoamento desta produção. A greve dos caminhoneiros do ano passado durou 11 dias e começou no final de maio.


Fonte: Portal G1