Arquivo da categoria: Pedágios

Tudo o que você precisa saber sobre evasão de pedágio – fique por dentro!

O Brasil possui pedágio em 7% de suas estradas. Os estados que lideram o ranking de mais pedágios são Paraná e São Paulo.

É claro que é irregular evadir o pedágio e deixar de pagar a taxa que todos os demais motoristas pagam devidamente, mas qual será, de fato, a penalidade para quem evade pedágio? Você sabe? Então acompanhe a leitura deste artigo e entenda tudo o que precisa saber sobre o assunto.

Para que servem os pedágios?

Muitas pessoas se sentem lesadas pelos altos valores que precisam pagar pelos pedágios, além da alta quantidade de cancelas existentes em algumas regiões. Mas você sabe para que servem os pedágios?

A cobrança de pedágios é uma forma de arrecadação de recursos que são destinados para a manutenção das estradas e oferta de serviços de primeiros socorros, como os guinchos. Além disso, os recursos arrecadados são também direcionados para as cidades no entorno das rodovias, e também o lucro pela administração da rodovia.

O valor das tarifas cobradas, evidentemente, não é aleatório. Ele é definido com base na extensão da rodovia administrada e no porte do veículo. São cobrados valores diferentes e graduais a motocicletas, carros de passeio e veículos comerciais de grande porte. Neste caso, a tarifa é calculada com base no número de eixos.

Muito se diz sobre as penalidades pela evasão no trânsito; mas o que é verdade e o que é notícia falsa? Afinal, evasão de pedágio é crime? Explicarei a seguir.

Evasão de pedágio é crime?

Uma dúvida comum entre os motoristas brasileiros é sobre a penalidade para quem pratica evasão de pedágio. Tal ato é, de fato, irregular, mas não se caracteriza como crime. O motorista que o faz desrespeita o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), cometendo uma infração de trânsito.

As infrações de trânsito são penalizadas principalmente com multa pecuniária e pontos na carteira. O acúmulo de 20 pontos em 12 meses leva à suspensão do direito de dirigir por um período que pode variar de seis meses a um ano e, em caso de reincidência nos últimos 12 meses, de oito meses a dois anos (art. 261, §1º, inciso I).

As penalidades de trânsito são definidas de acordo com a natureza da infração, que pode ser leve, média, grave ou gravíssima. A evasão de pedágio está prevista no art. 209 do CTB, veja:

“Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio:

Infração – grave;

Penalidade – multa.”

Como você pode ver, evadir pedágio é infração grave, o que gera o acúmulo de cinco pontos na CNH. Além disso, a multa cobrada é de R$ 195,23.

Contudo, para registrar a autuação, não é necessário que um agente fiscalizador aborde o motorista. A forma como a infração é registrada se dá por câmera que identifica a placa do veículo, assim como nos radares de velocidade. Sendo assim, a multa será enviada ao endereço do proprietário do veículo ou principal condutor registrado.

Evasão de pedágio e risco de acidentes

Apenas no estado do Rio de Janeiro, estimativas do DETRAN indicam que um motorista evade pedágio a cada hora. Já no estado de São Paulo, o total é de, em média, dez infrações desse tipo a cada hora, segundo a Artesp.

Quem evade pedágio, em geral, “pega carona” com o veículo da frente, acelerando quando o outro vai passar pela cancela. Outro modo como as evasões ocorrem é ultrapassando a cancela e quebrando-a, como feito por alguns motoristas de caminhões. Em ambos os casos, a conduta do motorista constitui risco de acidentes. Centenas de ocorrências são registradas em praças de pedágio, e alguns até culminam em óbito.

Como medida para redução de danos, em 2018 a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a Lei nº 16.768, que exigia a retirada das cancelas nas estações de pedágio. Contudo, no mesmo ano, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo suspendeu a lei por meio de medida liminar.

Radar de velocidade nos pedágios

Uma medida tomada no estado de São Paulo para coibir a evasão de pedágios é o radar de velocidade antes das cancelas. Se você costuma passar por pedágios, talvez já tenha reparado que o limite de velocidade, ao se aproximar das cabines de pagamento, é de 40 km/hora.

Lombadas eletrônicas foram instaladas em três pontos no estado para autuar os motoristas que ultrapassarem o limite permitido. Elas estão posicionadas na SP-255 no município de Boa Esperança do Sul (km 117,22), em Jaú (km 165,6) e em Coronel Macedo (km 331,5).

Além disso, já está em processo a instalação das lombadas na mesma rodovia na altura de Botucatu (km 229,04) e Itaí (km 306).

A penalidade para quem ultrapassa a velocidade máxima permitida está prevista no art. 218 do CTB. Ao ultrapassar o limite em 20%, o condutor está cometendo infração média (quatro pontos, multa de R$ 130,16). Ao ultrapassar o limite entre 20 e 50%, torna-se infração grave (cinco pontos, R$ 195,37), e acima de 50%, trata-se de infração gravíssima (multa de R$ 880,41 e suspensão do direito de dirigir).

Tudo o que você precisa saber sobre evasão de pedágio

Até aqui, você conheceu qual é a penalidade em caso de evasão de pedágio. Caso você receba a notificação de autuação cometida por outro motorista, é possível fazer a indicação do condutor, que será novamente notificado. Assim, a autuação poderá ser aplicada ao motorista que de fato cometeu a infração. Neste caso, atente-se ao prazo para a defesa prévia, apresentado nesse documento.

Caso tenha sofrido alguma multa indevidamente, este é o momento também de argumentar para tentar anular a multa. Em caso de indeferimento, há ainda mais duas fases às quais recorrer.

Fonte: Portal G1

Tarifas de pedágio ficam mais caras em 4 rodovias na região de Ribeirão Preto

Reajuste de 4,66%, de acordo com a inflação, será aplicado em Ituverava, Sales Oliveira, Sertãozinho e Pitangueiras. Motoristas que utilizam pagamento eletrônico têm desconto de 5%.

Quatro praças de pedágio na região de Ribeirão Preto (SP) devem reajustar as tarifas a partir deste sábado (6). Segundo a Entrevistas, concessionária que administra as rodovias, o aumento é de 4,66%, que corresponde à inflação entre junho de 2018 e maio deste ano.

Em nota, a concessionária informou que reajuste contratual anual é calculado a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Motoristas que utilizam o pagamento eletrônico nas cabines automáticas têm 5% de desconto.

Na segunda-feira (1º) o mesmo reajuste havia sido aplicado nas rodovias que passam por Batatais (SP), Restinga (SP), São Simão (SP) e Guatapará (SP). Entretanto, o valor foi reduzido três dias depois, em função da mudança de concessão.

Confira quais praças de pedágio reajustaram as tarifas neste sábado:

Rodovias Anhanguera (SP-330) – Ituverava

  • Carros: de R$ 11,30 para R$ 11,90
  • Passeio com semi-reboque: de R$ 17 para R$ 17,80
  • Passeio com reboque: de R$ 22,70 para R$ 23,80
  • Motos: de R$ 5,70 para R$ 5,90

Rodovias Anhanguera (SP-330) – Sales Oliveira

  • Carros: de R$ 9,30 para R$ 9,80
  • Passeio com semi-reboque: de R$ 14 para R$ 14,60
  • Passeio com reboque: de R$ 18,70 para R$ 19,50
  • Motos: de R$ 4,70 para R$ 4,90

Rodovia Attílio Balbo (SP-322) – Sertãozinho

  • Carros: de R$ 5,90 para R$ 6,20
  • Passeio com semi-reboque: de R$ 8,80 para R$ 9,30
  • Passeio com reboque: de R$ 11,80 para R$ 12,30
  • Motos: de R$ 2,90 para R$ 3,10

Rodovia Armando de Sales Oliveira (SP-322) – Pitangueiras

  • Carros: de R$ 7,50 para R$ 7,90
  • Passeio com semi-reboque: de R$ 11,30 para R$ 11,90
  • Passeio com reboque: de R$ 15,10 para R$ 15,80
  • Motos: de R$ 3,80 para R$ 3,90

Fonte: G1

STJ suspende redução de tarifas de pedágio no Paraná

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspende nesta segunda-feira a decisão liminar que determinava a redução de tarifas de pedágio no Paraná, das concessionárias Caminhos do Paraná e Viapar. A liminar foi ordenada em abril devido ao envolvimento das empresas na Operação Lava Jato.

A suspensão foi emitida pelo ministro João Otávio de Noronha no dia 28 de junho. Pela decisão, as concessionárias poderão voltar a reajustar os valores em 25,77% nos pedágios da Caminhos do Paraná, e 19,02% nas praças da Viapar.

Segundo o ministro, a redução das tarifas interfere nos contratos de concessão “de maneira precipitada” e pode prejudicar a capacidade financeira das empresas. Para ele, o fato poderia comprometer obras de manutenção das rodovias e por em risco a segurança dos usuários.

Redução das tarifas

Em abril, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou a redução das tarifas cobradas no âmbito das investigações da Operação Integração I e II, da Lava Jato.

Na época, o TRF-4 afirmou em despacho que as concessionárias estavam “se locupletando com benefícios indevidos às custas da coletividade desde o início da concessão”. A decisão passou a valer no dia 30 de abril.

Pela decisão do tribunal, as seguintes praças de pedágio sofreram reduções nas tarifas:

Viapar

  • Arapongas
  • Marialva
  • Presidente Castelo Branco
  • Floresta
  • Campo Mourão
  • Corbélia

Caminhos do Paraná

  • Prudentópolis
  • Irati
  • Porto Amazonas
  • Imbituva
  • Lapa

Investigações

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os processos que tramitam na Justiça apuram práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais do Paraná.

Conforme o MPF foi identificado um esquema criminoso nas investigações da Operação Integração, deflagrada no âmbito da Operação Lava Jato.

De acordo com a denúncia, as irregularidades começaram em 1999, quando as concessionárias passaram a pagar propinas para manter a “boa vontade” do governo e dos agentes públicos na gestão das concessões.

Fonte: Trucão

Pedágio sobe 4,66% a partir desta segunda nas rodovias de SP

Praças mais caras, na rodovia Anchieta e na Imigrantes, entre a capital paulista e a Baixada Santista, custarão 27,40 reais por eixo

As tarifas de pedágio das principais rodovias estaduais de São Paulo serão reajustadas em 4,66% a partir da 0h desta segunda-feira, 1º.

O aumento foi autorizado nesta sexta, 28, pela Artesp (agência reguladora dos transportes rodoviários no estado), com base na inflação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A praças mais caras, na rodovia Anchieta e na Imigrantes, entre a capital paulista e a Baixada Santista, custarão 27,40 reais por eixo.

Fonte: Veja.com

Governo quer leilão com pedágio que varie de acordo com a condição da rodovia

A mudança visa permitir que o usuário pague mais pela rodovia em melhores condições

Governo Federal planeja conceder à iniciativa privada pouco mais de 16 mil quilômetros de 25 trechos de rodovias até 2022. O pacote inclui estradas que sempre foram administradas pela União e também contemplam novos leilões para rodovias já exploradas pelo setor privado, como é o caso da Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo. Uma das grandes novidades – e bastante aguardada – para as próximas concessões será mudança no modelo de cobrança do pedágio. Ou seja, trechos das rodovias que já passaram por obras seriam mais caros.

Uma das possibilidades em estudo é estabelecer preços diferentes de pedágio, de acordo com a condição da rodovia. Com isso, um trecho simples teria cobrança menor do que a de um trajeto duplicado, por exemplo. À medida que a estrada for duplicada, segundo os requisitos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a concessionária poderia elevar o valor cobrado. Isso ocorreria independentemente do aniversário do contrato e de um eventual reajuste autorizado.

Na avaliação de técnicos do governo, as medidas são importantes para fazer com que o usuário sinta que está pagando por um investimento feito na rodovia que trafega. Além disso, a cobrança majorada serviria de incentivo par que as obras das concessionárias andem mais rápido.

Ao todo, o governo planeja leiloar 25 trechos de rodovias federais na maior parte dos estados. Os investimentos previstos nas estradas somam R$ 139 bilhões. Atualmente, cerca de dez mil quilômetros de BRs já são operados pelo setor privado.

O próximo leilão, marcado para setembro, é o da BR-364/365, entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG). Este ano ainda deve ser licitada a BR-101, em Santa Catarina. A partir dos dois leilões, o governo pretende implementar mudanças na cobrança de pedágio nos critérios do certame.

O leilão de rodovias passará a ter como regra para a definição do vencedor uma combinação de menor tarifa de pedágio com o pagamento de maior outorga (valor que é pago à União pelo uso do bem público). O modelo será definido a cada caso. Mas a ideia é que, na maior parte dos trechos, haja combinação entre o piso para a tarifa e a outorga como critério de desempate.

Com isso, o deságio na tarifa seria limitado. Atualmente, vence o leilão quem oferecer a menor tarifa, a partir de um valor estabelecido no edital. O governo acredita, porém, que esse modelo levou a deságios muito elevados e inexequíveis, com as empresas contando com ajustes nos contratos.

*Com informações de O Globo
FONTE: JM ONLINE

Novas concessões terão pedágio flexível

As novas concessões federais de rodovias vão adotar uma regra para estabelecer o preço dos pedágios cobrados ao longo das estradas que forem repassadas à iniciativa privada.

A ideia é que o concessionário só vai poder cobrar tarifas mais caras do usuário, ou seja, o teto tarifário, quando tiver concluído as obras de duplicação ou obras estruturais de determinado trecho que administra. Se mantiver a pista única em outros pontos da estrada, por exemplo, sem entregar as obras, a empresa terá de cobrar um custo menor de pedágio.

O modelo inova em relação às rodadas anteriores de concessões. A proposta antiga previa que o concessionário podia iniciar a cobrança de pedágio em todo o trecho da rodovia, desde que tivesse executado pelo menos 10% das obras de duplicação previstas em contrato.

Pela ideia atual, o concessionário não é mais obrigado a entregar toda a duplicação de sua estrada em até cinco anos, mas sim conforme o aumento da demanda verificado na estrada. A cobrança de pedágio, porém, terá valores diferentes conforme a execução das obras e qualidade da estrada.

“As próximas concessões de rodovias já vão prever essas regras”, disse ao Estado o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Adalberto Santos de Vasconcelos.

A flexibilização dos pedágios é uma estratégia defendida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), como forma de eliminar problemas das últimas concessões, como o risco de demanda alocado apenas ao concessionário, lances agressivos e insustentáveis em leilões de concessão e tarifas baixas sustentadas por financiamentos subsidiados pelo poder público.

Um levantamento feito pela instituição defende a autonomia para o concessionário gerenciar o uso da rodovia, possibilitando, por exemplo, a cobrança de pedágio por quilômetro utilizado, horário e dia da semana, entre outras variáveis que melhorem o uso da uso da rodovia e tragam mais clareza aos indicadores de desempenho.

“Com certeza esse pedágio flexível pode facilitar a viabilidade dessas concessões. Sabemos de experiências internacionais que tiveram sucesso com esse modelo. Há experiências em andamento em São Paulo que estão seguindo por esse caminho”, diz Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI.

São Paulo. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo prevê um novo lote de concessão de rodovias, de Piracicaba a Panorama. O projeto abrange a concessão de 1.201 km, com 417 km de duplicações. Uma das medidas inéditas que serão adotadas é a exigência de tarifa flexível, com desconto progressivo para usuários mais frequentes do trecho. Será concedido desconto de 5% para todos os usuários que optarem pelo pagamento eletrônico. Atualmente, 57% dos pagamentos já são feitos nessa modalidade nas rodovias paulistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto é

Redução das tarifas de pedágio da Caminhos do Paraná passa a valer a partir desta terça (30)

Tarifa terá redução de 25,77% em todas as praças da concessionária, de acordo com a determinação do TRF4.

A Justiça determinou que a redução de 25,77% nas tarifas de pedágio em todas as praças da concessionária Caminhos do Paraná passa a valer a partir da 0h desta terça (30).

A determinação é de caráter liminar do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Com isso, o valor cai de R$ 13,70 para R$ 10,20 nas praças de Relógio, Porto Amazonas e Lapa, e de R$ 12 para R$ 8,90 nas praças de Imbituva e Irati, de acordo com os critérios de arredondamento estabelecidos no Contrato de Concessão.

A concessionária Caminhos do Paraná se posicionou por meio de nota.

“A intimação da decisão monocrática do TRF4 ocorreu de forma eletrônica. A concessionária Caminhos do Paraná, embora respeitosamente discorde dos fundamentos da decisão e do fato de ela ocorrer em sede liminar, irá cumpri-la a partir da 00h do dia 30 de abril.”

Determinação

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou no dia 22 de abril a redução do preço das tarifas cobradas nas praças de pedágio das concessionárias Viapar e Caminhos do Paraná, no âmbito das investigações da Operação Integração I e II.

As reduções de 25,77% para a Caminhos do Paraná e de 19,02% para a Viapar correspondem ao somatório de degraus tarifários obtidos em aditivos recentes mediante pagamento de propina a agentes públicos, conforme o Ministério Público Federal (MPF).

O despacho do tribunal diz que as concessionárias “vêm se locupletando com benefícios indevidos às custas da coletividade desde o início da concessão, a redução tarifária pelo curto período faltante representa um mínimo a ser por elas suportado”.

Investigações

Conforme o MPF, as ações que tramitam na Justiça Federal do Paraná têm como fundamento um esquema criminoso identificado nas investigações da Operação Integração, deflagrada no âmbito da Operação Lava Jato.

Os processos apuram a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais do Paraná.

As irregularidades, segundo o MPF, começaram em 1999, a partir de quando as concessionárias passaram a pagar propinas para manter a “boa vontade” do governo e dos agentes públicos na gestão das concessões.

O TRF-4 também proibiu a celebração de novos aditivos que beneficiem as concessionárias, no intuito de impedir novos ajustes que suprimam obrigações já pactuadas, como a realização de obras ou a prorrogação de prazo dos contratos.


Fonte: G1 Paraná

Para reduzir pedágio, Doria quer adiantar concessão das rodovias

Ideia é antecipar as renovações de contratos com prazos de vencimento mais extensos ou ampliar concessão para os que vencem em breve

Ao completar cem dias à frente do governo paulista, o governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (10) que a redução das tarifas de pedágio é um “compromisso de sua gestão”. Para isso, anunciou que vai antecipar a renovação ou ampliar o lote de concessões das rodovias na expectativa de que resultem em uma diminuição dos valores de cobrança. Os novos contratos também vão estimular a adoção dos modelos de pedágio ponto a ponto e de tarifa flexível.

“Estamos interessados nos benefícios da concessão de novas rodovias, de novas melhorias e de tarifas mais baixas que vão oferecer aos usuários. Isso é o mais importante”, disse.

Segundo Doria, a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) está analisando todos os contratos vigentes para estudar negociações com empresas cujas concessões vencem até 2022. A ideia é antecipar as renovações daqueles contratos com prazos de vencimento mais extensos ou ampliar o lote de concessão para os que vencem em breve.

Estudos de viabilidade de uma nova concessão de rodovias pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) foram aprovados em agosto do ano passado, durante o governo Márcio França. Uma das propostas mais avançadas é oferecer um novo lote rodoviário, de cerca de mil quilômetros, para operação da Centrovias, que administra parte da malha viária da Rodovia Washington Luís.

Em nota, a agência explicou que a opção por nova licitação ou renovação dos contratos será definida com base nos estudos da PGE, considerando a legislação vigente e o interesse público, que seriam “tarifas cada vez mais justas e investimentos na malha”. Segundo a Artesp, outras quatro concessões vencem até 2022 – Autovias, Triângulo do Sol, Renovias e Autovias, todas com administração de malha viária na região de Ribeirão Preto, Araraquara e São Carlos. O projeto prevê que a redução de tarifa seja de 22%.

Modelos

Doria também disse que a renovação de contratos e ampliações de concessões vão permitir o uso de “dois novos modelos” de cobrança de pedágio. Um deles é o ponto a ponto, sistema de cobrança por trecho percorrido, que já foi implementado no Estado na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), por meio de um projeto-piloto que acabou não sendo ampliado.

O outro é o de tarifa flexível, com cobranças menores no período das 22 às 6 horas – que, segundo Doria, pode chegar a metade do preço praticado. “Ajuda a desafogar o trânsito durante o dia, reduz a poluição e estimula o transporte de cargas no período noturno”, disse. O modelo também daria descontos para quem mais usa o trecho e redução de 5% da tarifa para quem utiliza a cobrança automática.

O governo também estuda diferentes formas de entregar as Marginais do Pinheiros e do Tietê ao setor privado. Além da PPP, está na mesa a junção das marginais a algum outro projeto já existente de concessão de rodovias.


Fonte: R7 Notícias

Confira quais são os pedágios mais caros do Brasil

O alto valor cobrado pelos pedágios brasileiros são alguns dos principais gastos de uma transportadora. Enquanto empresas de transporte de carga ficam incomodadas com o alto preço, as administradoras das vias afirmam que já estão operando em seu limite. Conheça neste artigo alguns dos pedágios mais caros do Brasil.

Como é calculado o valor do pedágio?

Para gestores de frota, é importante entender como são calculados os pedágios. Muitos motoristas de caminhão acreditam que o cálculo é feito de formas diferentes por cada empresa. Contudo, a realidade é que existe uma fórmula base que deve ser usada por todos os estabelecimentos.

Cada via possui o seu valor por quilômetro e esse número é chamado de TQ (Tarifa Quilométrica). Além disso, cada praça de pedágio tem a sua cobertura específica, o TCP (Trecho de Cobertura da Praça).

Por exemplo: o pedágio X cobre do km 0 ao km 100 (seu TCP) de uma rodovia em que o TQ é de R$ 0,10. Ao fazer o cálculo (TQ x TCP) descobrimos que o valor do pedágio é de R$10. Em geral, estes custos são direcionados para construção e manutenção de vias de transporte.

Os 5 pedágios mais caros do Brasil

1. Sistema Anchieta-Imigrantes

Em primeiro lugar entre os pedágios mais caros do Brasil está a estrada Anchieta-Imigrantes. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) o motorista de caminhão precisa desembolsar uma média de R$ 33,11 para cada 100 km rodados nesta via. O custo elevado pode ser explicado devido ao contrato de concessão, que obrigou a operadora vencedora a realizar altos investimentos na rodovia.

2. Viaoeste

Administrada pela CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), a Viaoeste é a maior concessionária de rodovias no país, sendo responsável por ligar a capital paulista a cidades como Cotia, Barueri, Itu e Sorocaba. A cada 100 km a operadora cobra R$ 23,75 dos motoristas. É o segundo maior pedágio praticado no Brasil.

3. Rodovias no interior de São Paulo

Em terceiro lugar está o pedágio praticado nas estradas do interior de São Paulo. Cada 100 km rodados nesta rodovia custa R$ 17,37 e liga importantes cidades como Jundiaí, Itu, Sorocaba, Rio Claro, Tietê e Indaiatuba.

4. Rio-Teresópolis

Em quarto lugar está uma via presente no estado do Rio de Janeiro e administrada pela CRT (Concessionária Rio-Teresópolis), operadora que inclui empreiteiras como a Queiroz, Galvão e a OAS. Para passar com o transporte de cargas nesta estrada, o motorista precisa desembolsar R$ 16,35 a cada 100 km rodados.

5. Rodovia gaúcha

A Via Lagos é uma das estradas mais usadas pelos cariocas, turistas e empresas de transporte para chegar a Búzios, Cabo Frio e outras praias da região de Lagos. A estrada está em quinto lugar com uma taxa de R$ 14,69 a cada 100 km rodados.

Fonte: Gestran

JUSTIÇA FEDERAL BLOQUEIA R$ 2 BILHÕES DE CONCESSIONÁRIAS DE PEDÁGIO DO PARANÁ

Decisão do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal do Paraná, inclui também os bens de diretores e ex-diretores das concessionárias

O juiz federal Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, mandou bloquear os ativos financeiros de cinco das seis concessionárias de pedágio do Paraná e de diretores das empresas à época das suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. Os valores atingem perto de R$ 2 bilhões. Todos são investigados na Operação Integração.

As quatro decisões dos bloqueios, tomadas na terça-feira (19), abrangem as concessionárias Caminhos do Paraná, Viapar, Econorte e empresas do Grupo Triunfo, Ecocataratas e Ecovia, além de ex-dirigentes citados no processo, e atendem ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) para garantir eventuais prejuízos gerados nas suspeitas de fraudes nos contratos de concessão do pedágio no Paraná.

Além de bloqueio de ativos, o juiz Paulo Sérgio também determinou a indisponibilidade de bens para garantir o pagamento. A CCR Rodonorte não é citada nos bloqueios determinados nesta decisão. A concessionária fechou acordo de leniência com a força tarefa da Operação Lava Jato prevendo o pagamento de R$ 750 milhões de multa.

Operação Integração

A Operação Integração começou investigando a concessionária Econorte. Foram presos o diretor da empresa Hélio Ogawa e o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), Nelson Leal Junior. Os dois afirmaram, em delação premiada, que havia pagamento de propinas durante a elaboração de aditivos de contrato.

As investigações apuram a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculado envolvendo os processos de concessão de rodovias federais no Paraná, parte do Anel de Integração.

A operação começou no âmbito da Lava Jato, posteriormente o juiz Sérgio Moro abriu mão do processo por não encontrar ligação do caso com o investigado na Petrobras.

A continuidade das investigações levou à realização da Operação Integração II, que levou à cadeia outros dirigentes das concessionárias e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná.

Paraná

O Estado do Paraná tem mais de 2,5 mil quilômetros de rodovias federais concedidas a seis grupos privados desde 1997. Os atuais contratos têm validades até 2021.

No meio empresarial e político existe um movimento pela não renovação desses contratos e a realização de nova licitação para a concessão e a redução dos valores das tarifas no estado.

Procuradas pelo Estradas, as concessionárias não responderam aos questionamentos até a publicação dessa matéria.

Fonte: Estradas.com