Agora é definitivo: CONTRAN dispensa para-choque para caminhão trator

A Resolução CONTRAN 592/16 altera a Resolução 14/98 para isentar de para-choque todas os veículos previstos no artigo 4º da Resolução 593/16, inclusive os caminhões tratores.

Isso extingue uma velha polêmica sobre a exigência ou não de para-choque para caminhões tratores. Antes, ele era exigido pela Resolução 14/98, mas estava isento de cumprir os requisitos da 152/03. Agora, é definitivo: para-choque em caminhão trator não será mais obrigatório.

No entanto, ao isentar de para-choque os veículos produzidos especialmente para cargas autoportantes e veículos muito longos que necessitem de Autorização Especial de Trânsito (AET), a nova Resolução cria uma nova polêmica: os rodotrens e bitrens de 25 a 30 m para cargas divisíveis estão isentos de para-choque? O que o legislador quis dizer com “veículos muito longos?”.

A interpretação literal diz que bitrens e rodotrens comuns para cargas divisíveis de até 30 m estão isentos, pois estão sujeitos a AET.

Numa interpretação levando-se em conta o espírito do texto, pode-se alegar, porém, que os “muitos longos” são somente aqueles acima de 30 m, que vão circular a baixa velocidade e estão sujeitos a batedores.

Outra novidade é a Resolução 608/16, que acrescenta artigo à Resolução 210/06, dando poderes aos órgãos e entidades executivos rodoviários de fixar, para determinadas vias, valores mais restritivos para os pesos e dimensões do que os estabelecidos na Resolução 210/06.

Estas restrições exigem a regular colocação de placas de sinalização modelos R-14 e R-17, previstas no Manual de Sinalização Vertical de Regulamentação.

Esta norma regulamenta o artigo 187 do CTB, que prevê multa (infração média) para quem transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela autoridade competente.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

 

Caminhoneiro perde emprego por resultado falso-positivo em exame toxicológico

Um erro no exame toxicológico – o popular exame do fio de cabelo – exigido para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) custou o emprego do motorista Charles Wagner de Carvalho Vieira, 50 anos, que está sem poder trabalhar desde 14 de março. O teste é obrigatório para motoristas das categorias C, D e E da CNH desde o dia 2 do mesmo mês, em cumprimento à lei federal 13.103. Diante da análise positiva para uso de cocaína, Charles exigiu a contraprova, cujo resultado deu negativo.

Nesse meio tempo, foi demitido da transportadora onde trabalhava. Ele está processando o laboratório pelo dano sofrido. De acordo com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), este foi o primeiro caso em mais de 15 mil processos em que a prova e a contraprova apresentaram conclusões divergentes.

Sem renda

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Charles se mudou para Piraquara no começo de março, com esposa e dois filhos, vindo de Alagoas, após conseguir emprego em Curitiba. No Nordeste, trabalhava como motorista autônomo com sua carreta particular, mas a crise o levou a procurar um serviço fixo. No dia 14 do mesmo mês, sua CNH venceu, e ele apertou o orçamento para pagar os R$ 350 do exame toxicológico.

“Quando fui levar o resultado para a médica do Detran e ela disse que deu positivo para cocaína, fiquei desesperado, pensei: ‘não é possível um negócio desses’. Eu não uso droga, não tomo remédio de tarja preta nem nada. Aí pedi para passar pela junta médica do Detran e fui atrás do laboratório”, conta.

Em contato com o laboratório Sodré, que fica em Marília (SP), Charles foi informado que teria de pagar novamente para que a contraprova fosse realizada. “Eu liguei e falei ‘pelo amor de Deus, eu pago aluguel, não tenho dinheiro, eu vou pra São Paulo acampar na porta de vocês’. Só não paguei a contraprova porque briguei com eles. Foi uma humilhação.” O segundo exame, com resultado negativo, será analisado hoje (1º) pela junta médica do Detran, e só daqui a uma semana Charles receberá a nova carteira e poderá voltar a trabalhar.

Sem trabalho

“Meu patrão me demitiu porque ele não podia ficar me pagando sem eu trabalhar, com carteira vencida. O antigo emprego já era, já botaram outro no meu lugar”, lamenta Charles. Há mais de dois meses sem renda, ele está numa situação financeira complicada. “Quero divulgar o meu caso porque sei que mais pessoas estão tendo problema”, justifica. O laboratório foi procurado pela reportagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

Quanto ao antigo trabalho de Charles, juridicamente não há nada que se possa fazer, de acordo com o secretário de negociações do departamento jurídico da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), Jaceguai Teixeira. “Não tem como exigir nada ainda, a única coisa que dá pra fazer é processar o laboratório. Essa é uma lei recente, que pegou todo mundo de calça curta. Nós estamos entrando com uma ação pra ver se derrubamos ou modificamos essa lei, vários trabalhadores estão perdendo o emprego por causa dela. Além de tudo, o exame tem um custo muito alto”, diz.

Como proceder?

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O coordenador de habilitação do Detran-PR, Farid Gelasco, explica que o órgão não tem nenhum controle sobre o resultado dos exames toxicológicos, que são sigilosos. Segundo ele, o laboratório lança o laudo diretamente na plataforma do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), e o médico do Detran somente tem acesso a ele durante o exame de aptidão física e mental (o popular exame de vista).

“Se o candidato não concorda com o resultado do exame toxicológico, de aptidão física e mental ou psicológico, ele tem direito de passar por uma junta médica do próprio Detran, que tem autonomia para alterar o resultado do exame anterior diante de uma contraprova”, explica. Para a segunda análise, não há outra coleta de material. O novo exame toxicológico é realizado com uma amostra reserva, que é colhida justamente para casos de contestação de resultado.

O coordenador explica que o caso de Charles teria sido resolvido com mais rapidez se ele houvesse solicitado a contraprova ao laboratório antes de comparecer ao exame de vista. “Antes de apresentar um resultado com o qual você não concorda, peça a contraprova, não precisa apresentar um laudo equivocado para a gente.” O que contribuiu para a demora foi a questão da junta médica, marcada para 18 dias após a solicitação do motorista. Segundo o órgão, caso Charles não houvesse comparecido ao exame de vista com o resultado errado, não teria sido considerado inapto, e sua carteira seria liberada diante da apresentação da contraprova negativa.

Único caso

Desde o dia 2 de março, o Detran-PR já registrou 15.195 processos de habilitação com exame toxicológico. Apenas 45 foram considerados inaptos. “Desses 45, sabemos extraoficialmente que 12 pediram contraprova. Somente o Charles teve o segundo resultado negativo após o primeiro resultado positivo”, conta o coordenador de habilitação, Farid Gelasco. A orientação do Detran é que os motoristas iniciem o processo de renovação da carteira de 45 a 60 dias antes do vencimento, para não terem tanto prejuízo em caso de equívocos e problemas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Festa do Caminhoneiro se torna patrimônio cultural e imaterial

A tradicional Festa do Caminhoneiro, que acontece anualmente no município de Itabaiana e chega à sua 51ª edição, passa a ser patrimônio cultural e imaterial de Sergipe. O reconhecimento foi aprovado na manhã desta terça-feira (7), após a Assembleia Legislativa de Sergipe acatar o Projeto de Lei de autoria da deputada estadual Maria Mendonça (PP).

O evento, também, passa a figurar no calendário oficial do Estado de Sergipe. “Com essa medida, estamos incentivando, preservando e valorizando as manifestações culturais difundidas durante a festa que faz parte da tradição dos itabaianenses e que contribui, sobremaneira, para o desenvolvimento cultural, econômico e social do município”, afirmou Maria, ao destacar a importância da decisão da Alese.

Ao justificar a sua propositura, Maria Mendonça observou que, além de atrair inúmeros turistas dos mais diversos estados brasileiros, a festa tem um imenso condão cultural e grande relevância no cenário sergipano. “Os protagonistas dessa festa tão bonita, sem dúvida, representam uma categoria profissional que tem levado para todas as regiões brasileiras o nome, não apenas do município de Itabaiana, mas de Sergipe como um todo”, argumentou Maria.

Ela lembrou que em outra oportunidade, a Assembleia já havia acolhido propositura de sua autoria, consagrando Itabaiana como a “Capital Sergipana dos Caminhoneiros”, considerando o grande número de caminhões. A cidade serrana já ostenta o título de Capital Nacional do Caminhão, a partir de matéria sugerida pelo senador Eduardo Amorim (PSC).

Anualmente, de 1º a 13 de junho, Itabaiana diariamente aglutina milhares de pessoas, culminando com uma noite festiva na praça de eventos, onde também se realiza uma grande e importante Feira de Negócios, voltada para o segmento do comércio de caminhão, e shows artísticos.

“No dia 12 de junho se comemora a Festa dos Caminhoneiros e, esse dia não representa, apenas, um dia de festejos artísticos, mas é caracterizado como um reencontro, pois esses trabalhadores que atuam no risco das estradas, na solidão, na saudade e na esperança da chegada, fazem desta data, um momento para estarem presentes no seio do seus lares”, explicou Maria Mendonça.

Fonte: Caminhões e Carretas

Test-Driver com Atego 2430 é atração na feira do caminhão de Itabaiana

A Mercedes-Benz, em parceria com o concessionário Mardisa, está presente na 51ª Feira do Caminhão de Itabaiana, em Sergipe, um dos mais tradicionais eventos de motoristas do País. A região é considerada a capital do caminhão Mercedes-Benz, devido à grande concentração de veículos da estrela de três pontas. A marca estará presente no evento entre os dias 9 e 12 de junho, expondo produtos e disponibilizando test-drive.

O estande da marca dá destaque a tradicionais modelos indicados para os caminhoneiros, como o leve Accelo 815 (o “Mercedinho”) e o semipesado Atron 2324 6×2. Além disso, expõe o cavalo mecânico Actros 2651 6×4 com pintura especial em homenagem à equipe Mercedes-Benz AMG Petronas, atual bicampeã da Fórmula 1 – este design arrojado acentua ainda mais a imagem de força e imponência do novo Actros.

Os motoristas terão ainda um Atego 2430 6×2 à disposição para test-drive. Isso permite que os profissionais percebam os diferenciais e as vantagens do conceito ECONFORT (Economia+Conforto+Força/Desempenho), filosofia de desenvolvimento da Mercedes-Benz que resulta num maior valor agregado aos caminhões da marca.

“As linhas de caminhões Atego, Axor e Actros oferecem mais de 40 itens relacionados ao ECONFORT”, afirma Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “Dessa forma, atendemos cada vez mais às demandas do mercado e dos nossos clientes, assegurando maior eficiência, produtividade e rentabilidade para suas atividades de transporte, com conforto superior para o motorista. Assim, reforçamos a imagem da marca como provedora de uma solução completa para os clientes”.

De acordo com Ari, os caminhões Mercedes-Benz são reconhecidos no mercado por sua força e desempenho excelente e pela elevada robustez, resistência e produtividade. “Além disso, destacam-se pela versatilidade de aplicação, elevada capacidade de carga, reduzido consumo de combustível e menor custo operacional. Com isso, asseguram a rentabilidade para os clientes, tanto empresas de transporte, quanto os profissionais autônomos”.

A mais completa linha de produtos e serviços de pré e pós-venda

O estande da Mercedes-Benz na Feira do Caminhão de Itabaiana também coloca em evidência a mais completa linha de produtos e serviços de pré e pós-venda. Nesse sentido, a equipe apresenta aos clientes e visitantes as atrativas alternativas de aquisição de veículos da marca oferecidas pelo Banco Mercedes-Benz, Consórcio Mercedes-Benz e unidade de seminovos SelecTrucks. Também serão divulgados outros itens do portfólio da marca, entre eles, três linhas de peças de reposição (peças genuínas Mercedes-Benz, peças originais da Alliance Truck Parts e peças remanufaturadas da linha RENOV), contratos de manutenção e lubrificantes da própria marca.

Fonte: Caminhões e Carretas

Daimler Trucks cortará mais postos de trabalho no Brasil

A divisão de caminhões da Daimler cortará mais 2 mil postos de trabalho no Brasil, além dos 1.240 cortes nos Estados Unidos e no México anunciados na terça-feira, buscando lidar com a fraqueza dos mercados na região.
O presidente-executivo da Daimler Trucks, Wolfgang Bernhard, disse em evento com investidores perto de Stuttgart, na Alemanha, que os 2 mil postos de trabalho serão cortados no Brasil a um custo de 100 milhões de euros em pagamentos. Isso eleva o número de postos de trabalho cortados na maior economia da América Latina para quase 5 mil desde o ano passado.
Ele também disse que não descartaria mais layoffs (suspensão de contratos) nos EUA se o mercado de caminhões naquele país encolher mais que os 15 por cento esperados neste ano.
A Daimler Trucks atualmente emprega 13.700 trabalhadores nos EUA e cerca de 11.500 no Brasil, disse uma porta-voz.
No mês passado, a Daimler alertou que as vendas e lucros na divisão de caminhões cairiam significativamente em 2016 devido à demanda mais fraca nos EUA e no Brasil.
No entanto, Bernhard negou que a companhia necessite tomar medidas mais drásticas.
“Não precisamos de um programa adicional, podemos reagir rapidamente e flexivelmente a condições de mercado em transformação”, disse Bernhard, citando passos para reduzir as durações das montagens de caminhões e diminuir seu portfólio de veículos pesados.
“Se queremos permanecer competitivos, precisamos construir mais veículos com menos pessoas”, disse Stefan Buchner, chefe regional da divisão de caminhões para Europa e América Latina.

Crise do milho também já preocupa caminhoneiros

Não são apenas os confinadores de bovinos e criadores de suínos e aves que estão alarmados com a quebra da segunda safra de milho. A crise de abastecimento do cereal também é motivo de preocupação dos caminhoneiros, que temem ter diminuição de renda em função da escassez do cereal.
Boa parte da renda anual da categoria está ligada ao agronegócio. De acordo com o diretor da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Alziro Filho, a quebra da safra de milho pode agravar a situação do setor. Ele afirma que o valor do frete não varia há uma década, apesar de sucessivos aumentos no preço do diesel e da evolução da inflação.
“O que alivia um pouco a categoria é a remuneração um pouco mais elevada durante a safra”, afirma o dirigente.
Alziro Filho esteve nesta quarta, dia 8, na reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística, no Ministério da Agricultura, em Brasília. Um dos temas tratados no encontro foi o Programa de Parcerias e Investimento, anunciado no último mês pelo governo interino. De acordo com o presidente do colegiado, Edeon Vaz, a medida vai contribuir para resolver entraves nas concessões de portos e ferrovias.
A Câmara Temática também discutiu um projeto de lei que tramita no Senado, prevendo o fim da taxa de 10% sobre o frete de mercadorias movimentadas por cabotagem (transporte entre portos brasileiros). Para o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima, Luis Fernando Resano, a medida pode resultar em um aumento no custo do frete.
“Vai ser uma diminuição na arrecadação das empresas de navegação marítima. E, portanto, nós teremos que subir o valor do frete para os usuários do transporte marítimo”, diz Resano.